"Sonhos são apenas sonhos, desejos de um futuro que nunca teremos ou lembranças de uma vida que tivemos." Assim pensava Darius enquanto se levantava na cama de palha mal feita de sua casa construída com um esforço tremendo desde a sua chegada à Rukongai. O jovem loiro pensava isso após sentir um aperto no peito enquanto dormia, tendo um sonho que mais parecia uma realidade do que um sonho. Um fato vivido por ele há muito tempo que não sabia em que vida teria sido, mas que sabia que afetava a sua nova vida na grande Soul Society e Rukongai.

Um mar de sangue e uma pilha de corpos surgia aos pés de Darius e algumas pessoas com a mesma vestimenta que ele, um manto negro com algumas letras em dourado. Um jovem com cabelo branco se aproximava de Darius e se curvava, todos os sobreviventes estavam machucados, ensanguentados, com um olhar vazio e sorrisos estampados no rosto. -Comandante, conseguimos a vitória. A missão foi um sucesso e os terroristas foram todos todos, mas nossa equipe ficou devastada também. Dos 10 que vieram, apenas 4 sobreviveram e nem estão inteiros, o que será que vai acontecer agora?- Falava o rapaz de cabelos brancos.

Darius olhou para o seu companheiro e desceu da pilha de corpos, saltitando entre as cabeças dos mortos e parando ao lado de seu companheiro. -Bom, não sei, ainda verei como vamos voltar para casa.- A conversa dos dois durou um pouco mais de dois minutos e assim que os quatro estavam prontos, começaram a sair dali.

Um ruído ensurdecedor tomou conta da cabeça de Darius, que ajoelhou e começou a gritar, não conseguia entender o motivo daquele ruído que somente ele ouvia. Seus  companheiros lhe olhavam e não conseguiam entender o porque de seu comandante estar caído e gritando daquele jeito. Porém tudo passou muito rápido. O som na cabeça de Darius começou a tocar uma melodia, não era mais um ruído e sim uma melodia sinistra e bem densa que começou a deturbar a cabeça do loiro. O rapaz pegou a sua arma e começou a matar seus companheiros, sem entender que eram seus amigos. Porém ao matar o último, um tiro foi-se ouvido e antes de descobrir quem havia atirado, o rapaz acordou de seu "sonho".

Sentado na cama, suando frio e com os olhos arregalados, ele percebia que aquele sonho não era um simples sonho, mas não podia fazer muito além de sonhar. Se levantava da cama e saía de sua humilde casa no distrito de Rukongai.