1999

Ícone : Mensagens : 140 Data de inscrição : 04/10/2022

Nome do(s) jogador(es) envolvido(s): Baal
Modalidade da trama: Solo
Ficha: https://bleachlasnoches.forumeiros.com/t298-ficha-baal-hagane#1061
Objetivo(s): Ganhar a habilidade principal de Mestre em Hakuda
Número de Posts: 10
Enredo: Na seireitei, após matar um arrancar, Baal pretende voltar para seu distrito natal para reencontar seu mestre. Hagane vê que suas habilidades apesar de fortes, não eram o suficiente.

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Vida: 920 Reiatsu: 800 Staminha: 7

Passou-se um dia, um dia desde que enfrentei Daomal no campo de batalha, aquele madito arrancar, e um dia em que encontrei o capitão Kuchiki Hārekuin da Todoroku Gosei Butai. Aquele encontro e aquela batalha me deixaram com uma questão incômoda que comichava em minha mente como uma pedra no sapato, minha força. Os outros podiam achar que eu fosse um monstro, mas eu mesmo não acreditava tanto nisso, tinha de melhorar, por isso chegou a hora de reencontrar meu antigo mestre, Yumuji, que me ensinará o Quebra Osso, mas esse não era o estágio final de um Mestre em Hakuda.

Distrito 80, Zaraki, chovia como sempre chovia a essa época do ano. Adentrei na bodega como antes e lá estava o sobrinho do mestre.

- Vou levá-lo.

Lá estava Yumuji, ruivo, barbudo e com seu único braço ainda existente.

- Aí está, o bom filho à casa torna pela segunda vez em menos de um mês. Brincou.

- Acho que o senhor meu mestre sabe o motivo do meu retorno.

- Óbvio, pessoas como você não se contentam, ma tem outras questões que eu tenho de te colocar a par antes de seu treino, vamos, sente-se

Sentei-me e o sobrinho de Yumuji nos trouxe chá

- Existem coisas, que bem, eu tenho minhas limitações, por isso vou ter que chamar outro mestre, ou melhor, tu tens de ir até ele.

- Outro? Como assim? Se não fosse Yumuji quem seria?

- Sim, sou forte, mas não sou o único, me falta perícia, saber bater não significa que você sabe ensinar, concorda?

Concordei com a cabeça.
259 palavras

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Vida: 920 Reiatsu: 800 Staminha: 7 Cansaço: 4

Mais um dia havia se passado. Yumuji me permitiu dormir embaixo de seu telhado enquanto contactava esse meu novo mestre. Esse novo mestre era rabugento, recluso e cuidadoso com quem seria seus discípulos, por isso tinha que ser avisado antes. Yumuji voltou no final da tarde com um recado desse tal mestre.

- Ele vai aceitá-lo se eu te testar antes.

- Aceitar? Mas eu aprendi o quebra osso.

- Sim, mas não é o bastante, tem que passar por esse teste ai sim vai estar apto.

- Que merda de teste é esse? Como se eu fo..

Não terminei de falar e Yumuji acertou um murro na minha barriga me jogando para trás. “Desgraçado” pensei. Yumuji voltou a avançar tentando me ferir no rosto com um chute, porém eu previ seu movimento e me agachei fazendo com que seu pé passasse sob a minha cabeça sem tocá-la. Tentei me levantar desferindo um golpe de baixo para cima para assim acertar o queixo do mestre, mas ele caiu para trás virando uma estrela usando de seu único braço como suporte, agora estava fora de meu alcance.

- Tem de ser mais rápido garoto, não quero que digam que o ensinei errado.

Avançou de novo contra mim, desta vez com um soco. O movimento foi rápido, mas não tão rápido quanto minha mão que segurou seu punho fechado fazendo minha palma estalar. Com a mão livre soquei a costela. Yumuji pendeu para baixo como se estivesse caindo, mas foi um engodo, chutou minha coxa com um dos pés e me afastou aos tropeços.

257 palavras

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Vida: 920 Reiatsu: 800 Staminha: 7 Cansaço: 4

Enquanto me recompunha Yumuji tentou me atacar, mas era apenas uma finta, então não me dignifiquei em me defender ou me movimentar o mínimo possível.

- Está esperto, está esperto, mas tem de ter um pouco mais de habilidade nesses seu pés e mão.

- Talento eu diria.

-Não existe talento Baal, devia ter aprendido isso faz tempo.

Dessa vez eu ataquei. Um soco dirigido a sua têmpora. Um gancho de direita, limpo, curvo usando d peso de meu corpo, mas Yumuji era rápido e um golpe deste tinha de ser muito bem encaixado para acertar, por isso, ele saiu ileso. Não deixei tempo de folga para Yumuji, um soco voou atrás do outro. Direita, esquerda, direita, direita, esquerda, atacava em todas as direções fazendo chover golpes contra sua face, mas poucos acertavam. Yumugi bloqueava com o seu único antebraço restante, ou por vezes desviava, agachava e uma ou duas vezes eu acertava seu ombro quando ricocheteava o soco.

Acelerei o ritmo dos golpes, aumentei, pois com apenas um braço Yumuji não conseguia se defender direito, por isso não tardou para que eu encaixasse um murro bem na cara de meu mestre, mas ele revidou com uma joelhada em minha barriga já que não estava prestando atenção nos membros inferiores.

Nos distanciamos alguns metros graças ao soco e a joelhada. Tive de engolir o bílis e o almoço que ameaçava sair da boca em esguicho.

- Usou de minha fraqueza e eu usei da sua, está melhorando, quase passando no teste.

-E qual é o teste?

253 palavras.

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Vida: 920 Reiatsu: 800 Staminha: 7 Cansaço: 4

Minhas perguntas passaram pelos ouvidos de Yumuji como as flechas erravam os alvos, inúteis. Mal proferi minhas indagações e fui atacado imediatamente. Com apenas um braço fez com que parecesse cem contra ao invés de apenas um. Foi difícil desviar dos socos quanto mais bloquea-los, alguns me acertavam em cheio bem no centro do nariz, droga, aquilo só me deixava com mais raiva

A única coisa que eu podia fazer, sem ser nocauteado com dez socos na têmpora, foi erguer meus braços juntos e colocá-los na frente da minha cara guardando o meu rosto, mas surgiu uma ideia. Ia usar do mesmo veneno para infectar Yumuji.

No breve e quase inexistente intervalo de um golpe e o outro abaixei a guarda para ver com mais clareza, então chutei a barriga de Yumuji, o golpe foi em cheio ele nem esperava. Yumuji cambaleou para trás e essa foi minha oportunidade. Um gancho de direita e outro na esquerda e para finalizar um soco reto no nariz derrubando Yumuji n chão como se fosse um cadáver. Teria eu superado meu mestre?

Estendi a mão para levantar o mestre no chão, estava com o nariz sangrando.

- Então, parece que eu ganhei.

- Por enquanto. Disse ao se levantar com o sangue pingando em seu peitoral torneado.

- Então qual era a lição? Perguntei, meio inconveniente.

- Você a completou na hora que me atacou por baixo não é? Dar socos, chutes e movimentos de Hakuda é fácil, mas raciocinar enquanto luta, bem isso sim é difícil.

- Bem eu tento.

254 palavras.

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Vida: 920 Reiatsu: 800 Staminha: 7 Cansaço: 4

Estávamos embaixo de uma grande escadaria ladeada por grama alta e capim gordura que batia na cintura, Yumuji disse:

- Eu vou subir primeiro, e vou dizer que passou no teste.

- Quem é esse cara?

- Mestre você quis dizer, mestre, melhor não irritá-lo -. Disse efusivamente, parecia nervoso e inquieto. - O nome dele é Wang Sang.

- Wang Sang?, Da segunda? Achei que fosse uma lenda urbana a existência desse homem, não imaginaria que morasse aqui também.

- Pois existe, não há registro dele na Gotei 13, mas de alguma forma o mestre existe e está andando e respirando normalmente como um sinhigami normal.

Yumuji subiu a escadaria, mas seu ritmo e sua postura dizia que não queria aquilo. Demorou cerca de uma hora para que voltasse, nesse tempo eu não conseguia ficar sentado, nem parado, estava inquieto também. Quando Ymuji chegou estava sangrando, sangrando e mancando.

Fui de encontro ao meu mestre original na escadaria e perguntei o que tinha acontecido.

- Nada, só um treino leve como fizemos ontem. Limitou-se a dizer isso apenas.

- E então? Perguntei

- Suba, aproveite que já está aqui e vá aprender a ser mestre em Hakuda.

E assim o fiz, não estendi o assunto e também não me atrevi a perguntar se Yumuji estaria ali quando eu terminasse.

Subi aquela longa escadaria de trezentos degraus e lá encontrei o mítico capitão da 2, velho, encarquilhado, totalmente calvo, porém detentor de uma grande e longa barba branca. O velho se levantou e foi ao meu encontro, tinha uma cabeça a menos que eu, seu olho direito estava totalmente branco de catarata.

262 palavras.

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- Os inúteis da 11 Butai não conseguem aprender Hakuda sozinhos, por isso tem que vir aqui implorando meu conhecimento. Disse se aproximando de mim até ficarmos frente a frente me encarando de baixo enquanto eu o encarava por cima.

Não respondi, fiquei quieto.

- Você é daqueles que não respondem não é mesmo? Que, bom, é menos ignorante que Yumuji e os anteriores. Vamos! Mostre sua habilidade. Mandou.

Antes que fizesse qualquer ação o ataquei. Um soco reto em direção a sua cara, mas o velho era rápido e não teve esforço nenhum para se esquivar. Fiz chover uma muralha de socos e chutes contra o velho, um gancho, um chute reto, um gancho de esquerda e por fim uma rasteira, mas o velho era intocável e se desviava de meus ataques com as mãos juntas para trás. Quando minha sequência de golpes terminou eu parei para analisar o velho.

- Desistiu? Provocou.

- Não vai contra atacar?

- Só existe contra ataque quando se é atingido, não sabia disso?

-Sandbag Beat. Disse

O movimento foi rápido, uma sequência de golpes rápidos e fortes, tantos soco rápidos que eu perdi o número de golpes que eu perfazia, mas inúteis.

Quando eu terminei o Sandbag Beat, fui derrotado com apenas dois golpes em contrapartida. Uma palmada na barriga me fez agachar e um ataque com o canto da mão no pescoço me derrubou por fim. Me levantei com dificuldade como se meus ossos tivessem sido quebrados.

- Vai ter que melhorar garoto, isso aqui não é brincadeira, não sei se você sabe disso.

257 palavras

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Eu e Wang Sang não tivemos a melhor das apresentações, mas ele aceitou me treinar reservando uma cela em sua casa para que eu dormisse. Apenas no dia seguinte tive de começar o treinamento de verdade, pois nas horas seguintes de nossa pequena luta meus músculos ficaram travados como seu o mestre Wang tivesse me atacado com acumputura.

Ao primeiro raiar do dia eu tinha de subir um morro pedregoso a quase noventa graus com uma tora de madeira sob meus ombros.

- Além dos braços, as pernas têm que ser fortes também, e o folêgo também. Dizia o Mestre em cima do morro e eu só respondia.

- Sim mestre. Chamá-lo de Wang Sang era uma sentença de morte, só os Mestres em Hakuda podiam chamá-lo de Wang Sang.

Eu só subia o morro à beira da morte, por pouco minhas pernas não falharam e eu despenquei colina abaixo. Terminei meu primeiro treino, porém havia mais. Uma pequena troca de socos entre eu e o Mestre e depois socos em um tronco de árvore.

- Rachar pedras a meio com Yumuji é fácil garoto, fortalecer o braço a ponto de despedaçar um tronco de árvore é mais impressionante.

Tinha que socar aquele tronco até que minha mão trespasse a madeira, mas da pior forma possível aprendi que seria o contrário. Grunhi de dor ao acertar o primeiro murro na madeira.

- Não relinche como um jumento seu animal, haja como um homem.

Tive de agir como agi com a pedra de granito com Yumuji, um soco leve, outro mais forte e por fim um um pouco mais forte que o último, minhas mãos já sangravam nessa altura.

274 palavras

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Segundo dia de treinos. Um breve desjejum de puro arroz e chá e um longo dia de treino pela frente. Mais um dia subindo aquela colina rochosa de quase noventa graus, bastasse o tronco de árvore sobre os ombros agora tinha pesos de areia atados na minha canela. Primeiro passo, segundo e terceiro a cada passo parecia uma torutura, a cada passo parecia quase a ponto de despencar morro abaixo me matando esmagado pela rocha e a madeira.

- Vamos, quero ver se na batalha vai ter toda essa moleza garoto.

Moleza? Wang Sang era um velho, que sabia sobre lutas? Estava mais de um milênio fora delas, censurei o pensamento assim que essas questões viram a minha mente, talvez o velho soubesse ler mentes.

Cheguei ao topo do morro e joguei a tora no chão, o barulho reverberou pelo horizonte, assim que fiz isso o velho me chutou na cara, depois tentou fazer isso de novo, mas eu o bloqueei com o antebraço, ele estava se contendo.

- Calma Mestre, eu só joguei no chão. Argumentei, pensado que o barulho o havia incomodado.

- Deve estar preparado para lutar a qualquer hora e não me peça calma garoto.

Trocamos movimentos, socos, chutes e o velho mal era acertado por mim, a única coisa que eu conseguia fazer era bloquear seus ataques, mas nunca o contra atacar. Aquele velho conseguia me matar com apenas um movimento, ele se continha nos treinos.

Mais tarde minhas mão deformadas de tantas lutas socava incessantemente aquele tronco de árvore para trespasse-lo. Em vão.

256 palavras

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Vida: 920 Reiatsu: 800 Staminha: 7 Cansaço: 4

Passaram cinco dias de treino pesado e a cada dia ficava mais pesado a subida daquela maldita colina. Pesos de areia e troncos mortos de árvore agora não faziam mais peso, agora eu carregava um bloco de arenito do tamanho de minhas costas, com as duas mãos para trás eu segurava bloco o suportando em minha coluna. Parecia mais uma mula carregando uma carroça do que um shinigami que ascendeu à posição de capitão, tanto é que agora eu usava uma sela. Couro para que minha pele não fosse esfolada nas costas e uma proteção de couro para mão, se não meus dedos seriam cortados com o peso de arenito. Andava com as pontas dos pés, caso contrário escorregaria facilmente com a sola do pé que estava cheia de bolhas estouradas, doía a cada passo. Me tornei um zumbi, não comia direito, não andava direito, não falava direito. Meus dias se resumiam ao treino e não havia um segundo que meu corpo não reclamava de dor ou que minha respiração custasse um ponta de sofrimento, dor, dor e mais dor seguida de mais dor.

As lutas com o velho eram automáticas, respondia seus golpes sem maior dificuldade e por vezes eu arriscava um contragolpe, em vão mas conseguia, antes mal me defendia sem sair com um hematoma, os hematomas roxos vinham, não podia evitar, mas agora estavam menos doloridos do que antes.

Enquanto o tronco, bem um grande buraco de sangue, hastes de madeira e carne se formou no seu centro, por isso eu tive de mudar para um intacto porque segundo Wang Sang, “Só assim mostrará sua verdadeira força, garoto.", podia socar ferro neste momento quem mal sentiria a dor do choque, estava quase trespassando o outro tronco.

289 palavras

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VIDA: 920 REIATSU: 800 STAMINHA: 7 CANSAÇO: 4

Subi a colina e joguei a pedra de granito no chão, ela se quebrou, e retirei a caneleira cheia de areia que servia como peso a mais, se não bastasse aquela pedra agora agachada no chão de tanto que eu a joguei no chão. A sexta subida de colina, mas dessa vez eu e o mestre não lutamos nesse dia em específico, ele disse:

- Hoje é seu último dia, se aprender, aprendeu se não, vai embora do mesmo jeito, chega de comer de minha comida e dormir debaixo de meu teto.

Me perguntei o que Wang Sang ganhava me treinando, será que Yumuji o pagava? Ou fazia isso como meio de se promover? Talvez me treinar e os outros também fosse o meio com que tentava proteger a soul society mesmo depois de afastado.

O último dia, o último dia para eu provar minha perícia e lá estava eu sob o olhar criterioso de meu mestre. O tronco de salgueiro bravo estava na minha frente, respirei, respirei fundo e por fim, sem pensar o fiz. Soquei a árvore e nada, da segunda também nada, a essa altura nem sangue saia mais de minha mão de tão calejada. Na terceira vez soquei a árvore com tanta força e tão instintivamente que meu punho trespassou o tronco como se feito de papel.

Wang Sang se limitou a sorrir e finalmente, meu treino havia acabado. Agradeci, mas o mestre fez pouco caso, virou as costas e foi embora, desci as escadas do monte de Wang Song quase rolando escada abaixo para não sentir mais dor, porém caminhei como um shinigami e voltei ao meu posto na Gotei 13.

275 palavras

Ícone : Mensagens : 230 Data de inscrição : 10/08/2022

Treino maneiro, gostei da história apesar do clássico clichê do mestre velho e frio. Mas clichê só é clichê por que é bom.

@

Agora você é mestre em hakuda!

Re: [SOLO/TREINO] Cemitério dos Ossos 2 - Publicado

1999

Inverno

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