Força
  • Acertar Sufocamento:
  • Manter Sufocamento:
  • Intimidar:
  • Arremesso de Armas:
  • Derrubar:

  • Fator Bônus:
    Agilidade
  • Esquiva:
  • Ocultar Presença:
  • Manipular Objetos:
  • Desarmar:
    Inteligência
  • Acerto Mental:
  • Detectar Presença:
    Velocidade
  • Iniciativa:
    Resistência
  • Resistir Fisicamente:
  • Resistir Veneno:
  • Resistência de Dano:
  • Stamina:
    Pressão Espiritual
  • Acerto com Técnicas/Equipamentos:
  • Intimidar:
  • Dano Bônus:
    Hakuda
  • Acerto Corpo-a-Corpo:
  • Dano Físico:
    Zanjutsu
  • Acerto com Zanjutsu:
  • Dano Físico:
    Kidou
  • Acerto com Kidou:
  • Dano Bônus:
Bleach
Las
Noches

1999

Inverno

Contexto Atual
Após centenas de anos com uma paz frágil sendo mantida a partir dum pacto entre Shinigamis e Hollows, as peças-chave para este falso senso de segurança foram destruídas: A morte do capitão Comandante do Gotei 13 e do Rei Hollow de Hueco Mundo foram o catalisador para uma nova tensão que se surgiu. Agora, sob a letal ameaça Quincy, ambas as raças devem tomar decisões importantes para que não sejam esmagadas.

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[RP] La oscuridad cruza la frontera - Publicado Sex Nov 11, 2022 10:40 pm

OSCURIDADPlease save my time and kneel.

Seiteirei, Soul Society.
Contemporaneidade.

O Hueco Mundo estava, como sempre, no silêncio absoluto.

O luar inundava as areias áridas do vasto deserto num prateado mórbido, que, curiosamente, se parecia com o mesmo cenário de dois mil anos atrás. E a verdade, talvez não tão agradável, é que de fato o era.

Nada mudava na aparência da terra dos hollows, nem mesmo a mais sangrenta das guerras ou o mais benevolente dos armistícios poderia interferir em como enxergava-se o horizonte da Noite Eterna que recaía ali.

Magnus sinceramente já havia se acostumado. Não possuía, nem nunca possuiu, ambição de mudar o que se via no horizonte, mas concretizou mudanças no que era palpável e onde a vastidão de seu poder poderia alcançar.

O Primeira Espada, naquela noite, iria ao Mundo Humano. Sua missão naquelas terras desérticas estava findando àquele momento e não havia a necessidade de permanecer entre as dunas de areia daquele lugar.

O Mundo dos Humanos era efetivamente muito melhor, com mais cor, mais harmonia, mais músicas e mais comidas – não que Magnus precisasse.

Magnus já não era mais bestializado como fora antes de tomar para si consciência, arrancando sua máscara e vivendo a vida dos poderosos e, por isso, tinha o absoluto entendimento de que poderia tomar para si o que queria, mas que este não era mais seu destino.

O destino de Magnus não comportava a luta eterna. Não comportava a beligerância. Não comportava protagonismo.

Comportava ser quem era, pura e essencialmente, e tudo o que disso decorria e desencadeava – quer seja bom, quer seja ruim.

A Garganta surgiu em sua frente, abrindo um abismo negro que o permitiria transpassar os planos existenciais e reaparecer onde gostaria: em sua residência, em Paris, na França. E assim o fez, violando a fronteira dos mundos e reaparecendo no mundo dos homens.

Trajava um sobretudo negro, justo ao corpo. A máscara, em sua nuca, permanecia oculta pela gola alta e alva feita de pelos, e sua zampakutou, raramente usada e consigo transportada, estava em sua bainha.

Quando seu corpo tomou a luz solar, diante dos imensos portões que selavam sua moradia, o Primeiro Rei sequer possuiu tempo para sorrir satisfeito em ter alguns momentos de merecida – ou não – paz, isto porque sentiu cinco pressões espirituais de imenso poder irradiarem ao redor de si, pressionando seus ombros em direção ao solo, embora Magnus tenha resistido ao irresistível e se mantido firme, era inegável o poder e a ameaça que aquelas reiatsus emitiam.

Eram shinigamis.

E não eram quaisquer shinigamis.

Não... Eles eram os caras "de cima".

Magnus sorriu, dando as costas aos portões e ficando de frente às figuras que o cercavam ali.

O Primeiro Rei colocou as mãos nas costas, divertido, e abriu um largo sorriso, que demonstravam muitas coisas... E uma delas não era felicidade.

A que devo a honra... Ou a desonra... Dessa ilustre visita em meu esperado momento de descanso? — Questionou Magnus, olhando nos olhos dos cinco, um de cada vez. Trajavam-se como os shinigamis, e as zampakutous repousavam embainhadas. Um deles usava um haori de coloração acinzentada, e foi ele quem respondeu.

Magnus zu Wasser... — Soou como se cantasse o nome. — O Primeiro Rei dos Hollows. Você deveria estar honrado em nos ter aqui. Não são todos que tem esse privilégio. — Aqueles homens não eram fracos e Magnus não possuía certeza absoluta se venceria os cinco de uma vez. Um cada vez, não havia dúvida da vitória. Magnus preferiu o silêncio, aumentando visivelmente seu sorriso descontente. — Viemos aqui a...

Deixe-me adivinhar: me oferecer um chá? — Arqueou a sobrancelha, escorando-se nas grades douradas do portão.

Se você insistir, é possível que o ofereçamos — sorriu —, todavia, é de interesse da Central 46 que você nos acompanhe, pois eles têm um pedido a ser feito, e estão cientes de que a proposta o agradará. — Finalizou. Os outros quatro permaneciam impassíveis, de modo que não era possível nem mesmo extrair suas expressões ou sentimentos sobre o assunto.

Um convite? — Questionou o Primeiro Rei, curioso.

Sim, um convite. Não viemos aqui para obriga-lo a ir, nem mesmo viemos aqui para uma luta. — Seu olhar suavizou. — Como sabe, já que aconteceu também com seu Rei anterior, um inimigo misterioso se avizinha e também sofremos baixas. — Ele deu um passo à frente, buscando demonstrar intensidade. — Nosso Capitão Comandante foi levado e sabemos que não foram os hollows. — Ele iria continuar, mas Magnus o interrompeu.

Compreendo. De fato, minhas suspeitas a respeito do desaparecimento do rei perdido não estavam recaindo sobre vocês, afinal, não há resquícios da existência de alguns hollows que antes possuíam poder suficiente para confrontar capitães. Eles estão sendo exterminados, no sentido mais literal possível para nós, almas, que, teoricamente, estariam fadadas ao Samsara e ao ciclo perpétuo.

Se desejar, por favor, nos siga. Este é um assunto por demais sigiloso e garantimos, desde já, em nome do Seireitei, o mais absoluto sigilo. Você, Magnus, é uma peça num tabuleiro, assim como nós. E você sabe jogar. — Encerrou, dando ao Primeiro Rei motivo para rir internamente, embora tenha mantido a expressão tranquila.

Maneou positivamente com a cabeça, interessado no convite.

Um portal surgiu diante do Vasto Lorde, à frente dos shinigamis, pelo qual o Wasser transpassou.

E quando piscou por uma segunda vez, estava diante dos Quarenta Sábios e Seis Juízes da Soul Society, que decretavam o destino daqueles milhões que residiam desde o Seireitei até o Rukongai – e se achavam no direito de interferir na vida daqueles que nos outros planos habitavam.

Prova disso era ele estar ali.

Magnus.

Um Vasto Lorde.

Um Rei Desertor.

Eles sabiam quem era Magnus.

Magnus sabia quem eles eram.

Eles eram inimigos no passado.

E o tempo fez com que os Sábios o respeitasse...

E os Juízes o temesse.

No centro daquele grande salão, Magnus olhou a todos os quarenta e seis presentes com curiosidade, olho a olho. O Velho reconhecia a maioria, pois alguns viveram e se fortaleceram há tanto tempo quanto se podia contar, e alguns, inclusive, contra si cruzaram lâminas.

Magnus há muito não era atraído pela beligerância.

A gloriosa... E insípida, talvez... Central Quarenta e Seis. — Magnus sorriu, olhando para o número um. — Definitivamente é curioso eu estar aqui. Em eras passadas, com certeza, eu seria um ryoka... E com toda certeza suas quarenta e seis zampakutous estariam no meu pescoço. Alguns com suas shikais, outros com suas bankais. Sem dúvidas, alguns séculos atrás, minha presença aqui seria absolutamente impensável. Seria uma guerra declarada. — Magnus fortificou sua postura, seus olhos os estudando como gavião. — Por que estou aqui, Magistrados? — Pergunta curta, que exigiria uma longa, bem longa, resposta. E com certeza não teria uma.

Magnus zu Wasser. — Aparentemente nem todos da Central concordavam com Magnus ali. Seu nome fez alguns tremerem brevemente, e outros suarem. — O infame Primeiro Rei dos Hollows. Uma figura tenebrosa, a síntese da escuridão que tanto combatemos. Bem aqui... Diante de nós. — Magnus mostrou seus dentes, sorrindo largamente.

Sinto-me honrado, e vejo que a recíproca é verdadeira... Para alguns. — Sua pressão espiritual, avassaladora, ribombava em chicotes para além do seu corpo, ladeando os Quarenta e Seis como uma víbora que estuda a presa, antes de abocanhá-la, imobilizá-la e destroçá-la.

Estamos aqui para te fazer um pedido. — Iniciou. A sinceridade pegou o Vasto Lorde de surpresa. — Estamos numa situação delicada, tanto vocês Hollows como nós, Ceifadores, temos um inimigo que inicialmente desconhecemos. Todavia, entendemos que unir forças com... O Outro Lado... Seja a forma mais adequada de adquirir respostas. E, mesmo você sendo a síntese do mau, Magnus, há um inconteste respeito sobre sua integridade. Você cumpre suas promessas e se tornou um observador, cujo conhecimento pode ser útil. E é por isso... Que temos um pedido, que será bem retribuído. — O sábio dois instigou.

Pretendem que eu pergunte o que é, ou irão desde logo contar? — Questionou Magnus.

Fá-lo-emos Capitão do Oitavo Esquadrão, gozando de todas as prerrogativas, direitos, sem os deveres, e a garantia de absoluta proteção... Você trabalhará com Nimura Kishou para descobrir o que está acontecendo. Ele o disfarçará completamente, de modo que você se passará por shinigami sempre que estiver em uma missão que isto exija e você deseje, e sempre que estiver no Seireitei. — Disse um terceiro.

Você — continuou o quarto — terá sua voz ouvida, terá os privilégios que o aprouver. Poderá fazer o que bem entender, sem restrições...

Em troca, todavia... — Contrapôs um quinto.

Fará tudo que estiver ao seu alcance para alinhar os interesses dos Hollows e da Soul Society, descobrir o que está havendo... — Disse um sexto.

E ajudar a enterrar a ameaça. — Finalizou o primeiro, novamente.

Deveras tentador. — Respondeu Magnus. — Me levem até Nimura Kishou. Eu aceito a oferta.

Magnus sabia que aqueles homens não eram confiáveis. Magnus, para eles, seria um peão. Mas eles enganavam-se.

O Primeiro Rei conhecia Kishou.

E eles não faziam ideia do quão perigoso esse fato era.

E um portal se abriu à frente do Vasto Lorde, pelo qual ele passou e, quando saiu, estava diante de uma porta de mogno negro, altamente adornada em dourado.

Sem bater, Magnus a abriu, fragilizando as dobradiças e amassando a maçaneta.

À sua frente estava o altamente perigoso cientista shinigami, o infame criminoso que vaporizou milhões.

Nimura Kishou.



HP: 1100 / 1100 || REI: 1100 / 1100 || ST: 11 / 11 || CS: 00/04
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Re: [RP] La oscuridad cruza la frontera - Publicado Sáb Nov 12, 2022 12:57 am

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É bom ver vocês. — Silvou.

Além da própria sala, que exibia uma coloração soturna, o ambiente era mantido quase que totalmente em luzes baixas. Quase, pois fortes lamparinas iluminavam as mesas dos homens. Quarenta e seis deles. Os representantes da vontade do Rei das Almas, conforme instituído há muitos e muitos anos. O homem que entoou as únicas palavras até então caminhava em direção ao centro; a disposição dos juizes os colocava em um círculo em volta do homem, progressivamente em andares mais altos. Movia seus pés lentamente para desferir passadas e adornava um sorriso mefistofélico. Conforme se aproximava mais e mais de sua posição, era possível, agora, ouvir algumas coisas ─ o pigarrear de um, depois o arrasto de cadeira de outro, e alguns cochichos aqui e ali. Embora seus rostos fossem permanentemente ocultos por suas placas, estavam incomodados. O ar estava diferente, afinal de contas. Como se alguém soltasse uma serpente em sua casa. Você não sabe onde ela está, o que está fazendo nem o que planeja. Mas sabe que o confronto é inevitável. E, então, você não consegue se concentrar em mais nada. Dobrar suas roupas? Onde está a serpente? Ir à despensa? Mas onde está a serpente? Dormir? Onde. Está. A. Serpente?

Finalmente tomou posição. Moveu seu braço direito para ajustar a posição de sua espada em sua cintura, e aproveitou o movimento para, também, ajustar o haori que o cobria. O símbolo de que havia se tornado um capitão. — Nimura Kishō. — Uma voz das bancadas mais superiores rosnou em desdém. A própria menção do nome fez com que alguns outros dos presentes se movessem em sua cadeira novamente. Parecia ter existido um suspiro, assustado, mas foi distante demais para que se pudesse ter certeza. O cientista ainda estava sorrindo quando posicionou uma de suas mãos em cima de suas sobrancelhas, para proteger seus olhos da luz enquanto olhava para cima. A voz grossa que veio de cima continuou: — Você foi solto para que cumprisse trabalhos. E cumprir trabalhos você irá. — O sorriso tornou-se uma pequena gargalhada, contida, pois não estava tentando chamar muita atenção. Mesmo assim, todos os olhos estavam nele, então não poderia evitar ser notado; conseguiu transformar o restante da risada num sorriso ao canto de sua boca antes da voz desconhecida prosseguir. — Soubemos que concluiu o portal. Desta forma, perdoaremos seus dois dias de atraso em comparecer. — Concluiu, antes de outra voz dar sequência.

Kuroyami Watanabe. — Por um instante, a serpente cinzenta foi surpreendida; algo que presumiu que não aconteceria na reunião. Um nome desconhecido? E, então, sua atenção se dividiu. Por um lado, havia acabado de notar a necessidade de manter-se informado a respeito dos acontecimentos do mundo exterior. Caso ele devesse conhecer este homem, seus próximos minutos ali não seriam agradáveis. Aparentemente, o juiz que narrava fez uma pausa longa de propósito. — Ele é um Arrankar, mas está a serviço do Rei. — O sorriso apareceu mais uma vez. Prendendo cientistas que salvavam a Soul Society apenas para reconhecer seus esforços um século depois, e, agora, recrutando representantes de raças inferiores para auxiliar o Gotei 13. De fato, seria muito importante se manter informado daquilo que acontece fora de seu laboratório. Afinal de contas, a Seireitei parece estar absolutamente desesperada. E, por outro lado, talvez fosse simplesmente um teste de quarenta e seis velhotes entediados para se certificarem de que o animal selvagem diante de seus olhos havia sido domesticado. Independente do rumo que esta reunião tomasse, estava muito mais interessante do que havia imaginado que seria. — Como podes imaginar, é fácil identificar um Arrankar dentro da Soul Society. Precisamos que você resolva isso. — Terminou.

O primeiro “pedido” impossível veio de Kuina. Ela me pediu para que eu criasse um portal capaz de sustentar a reiryoku de diversos capitães por várias horas. Eu estipulei que o faria em seis dias, o que, por si só, é uma tarefa impossível para qualquer outro indivíduo. Eu o faço em dois dias. E, agora, recebo um “pedido” dos quarenta e seis idiotas para que eu consiga camuflar um pequeno cordeirinho para que ele se pareça com um lobo. Você deve admitir que é fascinante o quanto estão dependendo de um “temido e desgovernado ex-criminoso de guerra”, não? Eu amo a ironia. Fico surpresa que ela esteja tão rampante entre meus semelhantes nos dias de hoje.

Interlúdio — Discromatopsia

Kishō havia concedido para os juizes um dispositivo que enviaria o alvo em questão diretamente para seu laboratório. Desta forma, ele poderia passar despercebido por todo o Gotei 13 até que chegasse em seu lugar de destino, isto é, o laboratório oculto dentro do ISPD. Ele tinha, contanto, outros planos. Afinal de contas, ele tinha muito a dizer para a Central 46, mas não lhe foi dada a oportunidade. O encontro foi excelente, é verdade, mas enquanto eles não estivessem agonizando em suas pequenas cadeiras, não lhe seria o suficiente. A sua maior vantagem no momento era a mesma que havia feito Kuina rastejar para dentro de sua toca para pedir por ajuda: a sua mente. Como a alma mais inteligente, era naturalmente visto como o único capaz de realizar o conjunto de feitos absurdos que lhe eram solicitados com tanta frequência. Desta forma, em seu laboratório, aguardava a chegada da escuridão, para que cruzasse a fronteira. Neste meio tempo, lidava no supercomputador, abrindo pastas e mais pastas que pareciam inventariar todos os experimentos que estavam sendo conduzidos dentro de seu complexo.

E faltava algo, em particular.

[...]

Três alarmes dispararam no laboratório; uma luz vermelha que girava para lá e para cá complementava o som, pondo o local num estado de alerta. O capitão estava presente, portanto, ao pressionar um botão, imediatamente desligou todas as formas de notificação. Estas medidas defensivas visavam proteger o Instituto Shinigami de Pesquisa e Desenvolvimento, afinal de contas, mas quando Nimura Kishō está presente, não há necessidade de nenhum outro tipo de proteção.

Você está atrasado… — Entoou o pesquisador, dando as costas para o imenso computador em um súbito movimento que fazia com que seu haori esbranquiçado que adornava o símbolo de sua divisão tamborilasse no ar. Seus movimentos cênicos haviam lhe conferido tempo o suficiente para que pudesse analisar a assinatura de reiatsu que havia recebido, detectado a remota familiaridade e, então, associasse um nome à memória que lhe aturdia. — Magnus. — Afirmou entre seus dentes expostos, pois sorria. O primeiro alarme correspondia à excedência de reiryoku no ambiente. O segundo, de um indivíduo cujo rosto não havia ainda sido lido pelas centenas de milhares de câmeras espalhadas no ISPD. E o terceiro alarme, o principal para que Nimura se lembrasse, detectava existências que não compunham a raça Shinigami.

Lembro-me dele de um tempo atrás. Uma existência racional. Algo raro dentre Hollows, que usualmente vivem pela espada e pelo ego. Eu era apenas um jovem cientista, impulsionado pela flama de minha idade à realizar todos os mais diversos tipos de experimentos para obter os mais diversos tipos de conhecimento obtenível. Em uma destas minhas aventuras em busca de saber aquilo que não é sabido, encontrei-me com um Hollow muito poderoso. Creio que, naquela época, ele poderia ter me matado facilmente. Dadas as circunstâncias, provavelmente seria o certo a se fazer, não? Afinal de contas, eu estava carregando quatro cadáveres (e meio) de Arrankar com uma corda de volta para a Soul Society. E, mesmo assim, ele expressou…

Curiosidade. Os olhos de Magnus mostram sua idade. Desde aquela época, Nimura lembra-se do aspecto cansado que eles exibiam; ao menos pareciam, para ele. E então, ao invés de agir como um típico exemplar de sua espécie, o predador de almas decidiu providenciar mais corpos para que o então Shinigami em tenra idade pudesse estudá-los melhor. A serpente nunca entendeu a verdadeira motivação de Magnus a respeito desta decisão, mas nunca questionou tanto assim também. Apenas presumiu que seres muito antigos possuem linhas completamente diferentes de raciocínio e que, contanto que pensasse em todas as variáveis estratégicas deste arranjo, não teria nenhum tipo de problema. Talvez por isto, estivesse minimamente interessado na situação que havia lhe sido forçada pela Central 46. Girou o parafuso de sua cabeça umas duas vezes, sem desanuviar o sorriso que ocupava seu semblante. Uma vez a cada mil anos, a sorte parece lhe sorrir; já que tem de interagir com um Arrankar, é melhor que seja com um que conhece, afinal de contas. O seu plano, que antes era apenas uma teoria, agora ganhava mais força e parecia ser viável enquanto tivesse a cooperação do Hollow que adentrava seu laboratório.

Ainda de costas para o supercomputador, esticou sua mão direita para apertar algumas teclas diante do monitor. Celeremente, coberturas de um material específico desciam onde ficariam as portas, isolando completamente a área onde estavam de todo tipo de olhos, ouvidos ou leituras de reiryoku que pudessem atrapalhar a reunião.

E então? — Questionou, com a voz carregada de sarcasmo. Sentou-se na cadeira, cruzando suas pernas e apoiando um de seus braços na mesa antes de continuar. — Como a vida tem lhe tratado? — Desta vez, não foi retórico. Ainda que sarcástico de novo.
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Re: [RP] La oscuridad cruza la frontera - Publicado Sáb Nov 12, 2022 1:35 am

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Os olhos vermelhos do Primeiro Rei fitaram a figura curiosa de Kishou com um bom tom de nostalgia. Enquanto analisava as expressões faciais do homem, lembrava-se com clareza do passado não tão longínquo em que o ajudara em suas peripécias no Hueco Mundo, quando para lá foi sem conhecimento da Soul Society e levou consigo, sob o apoio do próprio Velho, corpos de arrankars para estudo.

O tempo permitiu que o Velho Rei olhasse iniciativas corajosas como as de Nimura com boas expectativas. Magnus, se fosse em eras primevas, com certeza tê-lo-ia eliminado pela própria essência do que ele era: um shinigami.

Todavia, a consciência perena lastreada em genuína curiosidade sobre como o mundo funciona permitiram que, ao passar dos éons, o Primeiro Rei se tornasse mais compreensivo do que ele se via.

Talvez aquelas atitudes passivas de Magnus em relação àquele homem tivessem o levado ao proibido –, mas necessário – conhecimento que o levou a esmagar parte da Soul Society.

O Vasto Lorde desconhecia os detalhes, mas conhecia os fatos.

Nem mesmo os hollows chegaram tão longe em eliminar shinigamis como o homem à frente de Magnus chegara.

O Velho compreendia seu papel na balança do mundo, e este era um passo para concretiza-lo. Afinal, entre os shinigamis, Nimura Kishou era o homem que mais se parecia consigo próprio – embora mais inteligente -, isto pois a consciência e a racionalidade imperavam nas decisões.

Os motivos de Magnus são frequentemente uma incógnita, mas sempre desencadeiam na abertura de grilhões – ou na construção de fortalezas.

— Perdão pela demora. — Disse, sorrindo de lado e achando graça. — Eles demoraram mais do que eu previ para virem ao meu encontro, e me ofereceram mais do que eu imaginei. — Sua voz tranquila cantarolou até uma cadeira, onde sentou-se. Não era um profundo conhecedor de tecnologias shinigamis, mas as máquinas que espalhavam-se por aquela sala eram evidentemente impressionantes. Botões piscavam aqui e ali, claramente querendo dizer algo. Havia um mundo ali, afastado do resto das pessoas. — Nimura Kishou. Quem diria que nos veríamos novamente, nessas condições? É impressionante que eu esteja vivo ainda, depois de ter aceitado vir para cá. — Magnus procurou a sala, em busca de chá. Não encontrou (e tocaria no assunto). — Ambos sabemos que aqueles quarenta e seis são muitas coisas… E nenhuma delas é confiável. — Magnus arqueou a sobrancelha direita, fingindo olhar para o lugar em busca de algo escondido. — Onde está o chá?

Magnus recostou-se na poltrona, olhando o haori branco com o sinal da Décima Segunda Divisão estampado às costas, a zampakutou embainhada e a reiatsu potente do homem reverberando pelo ambiente.

Magnus não estava em seus domínios.

Deveria temer a desvantagem óbvia, ao ser trancafiado ali.

Mas… Se vivo estava, vivo continuaria.



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Re: [RP] La oscuridad cruza la frontera - Publicado Sáb Nov 12, 2022 6:47 pm

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Por trás de seu sorriso, cálculos. Questionava o quê, exatamente, a Central 46 havia lhe oferecido para ter se sujeitado a aceitar as condições impostas. Concluiu, por fim, que provavelmente não muito lhe havia sido dado e, na verdade, estava blefando. Por outro lado, entendeu, também, que não estava correndo nenhum tipo de risco; contanto que tivesse seu laboratório e tempo o suficiente para preparo, nunca seria derrotado através de nenhuma forma. Portanto, este encontro não passava mais do que isso: uma oportunidade interessante com um prospecto ainda mais interessante.

Observei seus olhos curiosos correndo por meu laboratório. É engraçado ter algum… intruso por aqui. As luzes piscando, as estatísticas nas telas, as fórmulas que ele não é capaz de entender. Todos estes esforços científicos para manter a minha raça no topo da cadeia alimentar. Neste caso, em específico, lhe deve aturdir alguma curiosidade, não? Conversar com o pináculo da ciência. Algo completamente ausente em seu mundo selvagem repleto de criaturas ininteligentes buscando saciar a própria fome. De fato, o deserto escuro serve para criar formas de existência estúpidas. Imagino que seja um verdadeiro inferno ter de passar anos e anos não vendo mais nada além de areia e mortes sem sentido. É irônico que eles tenham de vir aos nossos domínios encontrar algo mais complexo que brandir uma espada.

Ah. Lamento. — Gostava de alguns sabores de chá, na verdade. Mas não havia saído de seu laboratório desde que entrou nele, e tempo não era exatamente um recurso que tinha à disposição recentemente. — Tenho sido mais um homem de café nos últimos dias. Te mantém acordado. — Apontou para um conjunto de garrafas térmicas, num canto discreto da sala. Quanto maior é o fluxo de energia espiritual, mais se sente determinados desejos que geralmente são limitados aos humanos. Uma existência do nível de Kishō quase que têm as mesmas necessidades que os habitantes do mundo humano. Desta forma, a única coisa que seu estômago tem visto é ração militar e café; têm trabalhado de forma ininterrupta e não se pode dar ao luxo de dormir ─ apesar do sono ser implacável às vezes.

E, então, decidiu que estava na hora de iniciar o pequeno plano que havia confabulado. Levantou-se de sua cadeira e foi até determinada mesa. Puxou a segunda gaveta, de cima para baixo, destacando-a do móvel. Colocou o recipiente em cima da mesa. — A Central quer que eu lhe torne parecido com um Shinigami. Irônico, hein? — Virou seu rosto para Magnus para dar continuidade. O sorriso, ameaçador e distante, não havia saído de sua expressão em nenhum momento. — Mas eu calculo que, quando entraram em contato com você, não mencionaram todos os… detalhes do acordo. — Voltou sua atenção para a gaveta que repousa na superfície da mesa.

E retirou de dentro dela duas seringas. Levantou uma delas em cada mão. Aproximou a primeira dela, na mão direita, para o rei caído. — Esta aqui é a seringa feita de acordo com as ordens da Central. Ela vai te transformar num Shinigami, sem dúvidas! — Entoou, colocando-a de volta na gaveta para rebuscar dentro de suas roupas por um dispositivo. Um pequeno botão. — Só que, quando alguém apertar este botão, as lascas microscópicas de Zanpakutō presentes na composição do químico serão liberadas e você será desintegrado em poucos segundos. — Girou o parafuso de sua cabeça uma vez; já sabia que Magnus não escolheria esta opção, mas mesmo assim se orgulhava de ter feito um mecanismo tão complexo em níveis moleculares em cerca de sessenta minutos.

E, então, levantou o outro braço, que segura a segunda seringa. — Esta aqui, por outro lado… — Aproximou-a de seus próprios olhos para olhar o líquido dançando dentro do pequeno pote enquanto o balançava. — Irá lhe transformar, visualmente falando, em um Shinigami também. E só isso! — Concluiu de forma irônica, esticando novamente seu braço para aproximar a segunda injeção do Hollow. Parecia uma escolha óbvia, certo? Mas Magnus não havia decidido poupar a vida de Nimura há tanto tempo atrás se ele fosse apenas uma forma de vida ordinária. Ele era, afinal de contas inteligente. E tão astuto quanto.

Nenhuma escolha é óbvia quando é oferecida pela serpente da Soul Society.
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Re: [RP] La oscuridad cruza la frontera - Publicado Sáb Nov 12, 2022 7:13 pm

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As coisas operavam pelo e com o poder. Todavia, poder era composto por muitas coisas. Magnus era poderoso, pois havia consigo poder no sentido mais bruto, mais literal. Kishou era poderoso por sua mente, tempestuosa e incompreensível para aqueles que operavam em outra sintonia. O Primeiro Rei com certeza não entenderia com perfeição os estratagemas daquele homem, por isso esperava não ser colocado numa posição ainda mais desvantajosa do que a que já se encontrava.

Não havia chá, mas café. O Velho não gostava muito da bebida brasileira, pois o deixava agitado. De qualquer forma, maneou a cabeça negando a oferta. Não queria aquela bebida. Queria chá. Não tinha chá. Então, não beberia.

— Com certeza não me disseram tudo. E eu nem perguntei os detalhes, pois a mentira seria óbvia. Se tivessem mandado eu ir ao encontro de outro alguém, provavelmente meu tempo no Seireitei teria sido encerrado. Mas você... — Magnus o olhou profundamente com seus olhos rubros. — É uma existência curiosa demais para que eu recusasse. E outra. Não acho que iria seguir fielmente as ordens de seus agrilhoadores, certo? — O Wasser sorriu levemente, desviando os olhos novamente para os equipamentos de alta tecnologia.

Tudo isso contra os hollows? Era sem dúvidas lisonjeiro. Poder adiamantado contra conhecimento.

— Que ideia brilhante. E cruel. — O Velho suspirou. — Não me venceriam na espada, então preferiram um modo de contenção mais... Covarde. — Magnus não suportou, e gargalhou alto, realmente achando graça. — Mas com certeza você não fará essa gentileza de graça, não é? Não me parece que agiria apenas para... Pagar uma dívida antiga. — Encerrando o riso, reclinou-se à frente, cruzando os dedos à frente do queixo. — O que quer em troca, Kishou?



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Re: [RP] La oscuridad cruza la frontera - Publicado Sáb Nov 12, 2022 8:19 pm

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Até então, o diálogo se dava exatamente como Nimura havia calculado. Magnus ainda era um potencial aliado ─ enquanto seus interesses se alinhassem ─, a Central 46 não havia investigado a história de ambos bem o suficiente antes de forçar esta colaboração e isto o permitia atingir outros de seus objetivos. Entendia que todos estes anos de paz acabaram tornando os esquadrões complacentes, e, agora que o perigo parecia estar se aproximando de uma Gotei 13 fragilizada devido à perda, ele deveria fazer algo a respeito enquanto ninguém se propunha ao mesmo. Dizem que apenas os paranoicos sobrevivem, afinal de contas.

Bem, estou pagando a dívida antiga ao lhe contar a respeito disso. — Retornou ambas as seringas para a gaveta, dando as costas para seu companheiro de conversa para lidar no supercomputador que ocupa o centro da sala. Suas mãos eram rápidas e habituadas com a tecnologia, então lhe ocupava poucos segundos trazer as informações pertinentes e colocá-las num grande monitor holográfico. — Acho que algo grande está por vir. — Retirou a falsa personalidade, a máscara que apresentava para o exterior, apenas por alguns segundos. Seu semblante, sério. Sua voz, contida. — Não sei como são os Hollows, Magnus-sama. Individualistas, eu imagino. Shinigamis são um pouco diferentes. É um tanto quanto irônico, caso pare para pensar. Eu sou a alma mais insólita que conheço, mas ainda assim estou trabalhando em equipe. — As longas linhas de diálogo e o tom sério que ocupava eram atípicos. Presumiu que este homem em particular, Magnus, não precisasse passar pelo tratamento que costumava oferecer à outros.

Apertou mais umas duas teclas no computador. No grande gráfico, o Mundo Humano. A cidade de Karakura, no Japão. — A anomalia espiritual: Karakura. Duas facções dos quincies estão em guerra. Tanto faz. Que se matem. Mas eu preciso de um espécime deles. Alguém forte. E traga-o inteiro. — Apertou outra tecla, que revelou o rosto de alguns alvos em potencial; como o pesquisador já havia adquirido tantas informações durante este período onde o contato com o Mundo Humano é escasso, não se sabe. Mas lá eles estavam. — Caso consiga cumprir os requisitos, lhe transformarei em Shinigami. E nada mais do que isso. — Concluiu, voltando-se para Magnus outra vez.
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Re: [RP] La oscuridad cruza la frontera - Publicado Sáb Nov 12, 2022 9:01 pm

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— Os hollows são bestiais. — Magnus respondeu. — Não os arrancars, mas os demais da espécie inferior pouco conseguem fazer além de seguir seus instintos mais intrínsecos. Em linhas gerais, os arrancars, que gozam de consciência, são a única coisa que permite ao Hueco Mundo manter-se livre. — Sorriu curtamente. — Ou tão livre quanto pode ser. Hollows e arrancars não se alinham senão sob o jugo de um poder superior que os comande. Sobre isso, então, eu concordo contigo. — Olhou para os computadores, analisando o holograma. — Não trabalhamos bem em equipe.

Quincies. Ouvir o nome dessa raça estava entre as suspeitas de Magnus para aquela reunião. Quincies nada mais eram que uma subespécie, destinada a exterminar tanto os hollows quanto os shinigamis, como o fim de seus objetivos.

Não existe shinigami sem hollow. Não existe hollow sem shinigami. Então, para exterminar os “maus” hollows, os quincies também exterminam os “maus” ceifadores, que afetam o equilíbrio do mundo com suas individuais e características existências horrendas.

Magnus foi puxado às memórias antigas.

FLASHBACK – 800 ANOS ATRÁS


Magnus já não era Rei, tampouco era bem-vindo ao Hueco Mundo pelo atual soberano – e não estava ligando para isso, afinal, não é como se algo pudessem fazer a respeito. Todavia, naquele momento, Magnus estava no Mundo Humano, longe dos desertos e da escuridão noturna eterna que recaía sobre os hollows.

Sentado numa praça mau iluminada pelas lamparinas a óleo, seus olhos vermelhos fitavam a noite humana com tranquilidade. As estrelas resplandeciam, embora cobertas pelas densas nuvens que ameaçavam a chuva, e a lua ocultava-se em parte, mostrando estar minguante.

— A noite está agradável? — Uma voz grossa o questionara, surgindo às suas costas. Magnus permitiu-se ficar surpreso por ter sido pego desprevenido, visto que não sentira a aproximação. Quem falara não era humano, hollow e, curiosamente, também não era shinigami. — Eu imagino o que está pensando... E não sou nada do que você tenha visto. — Contou a voz inominada, cujo som, Magnus notou, encaminhava-se para sentar-se ao lado do Primeiro Rei naquele banco.

— A noite está fresca e a chuva cairá em breve. — Magnus respondeu, sem mover seus olhos do ponto fixo onde observava. Magnus via por uma janela, uma mulher banhava-se. — Se você sabe que não sei, tenha a gentileza de contar-me.

— Sou um Quincy. E vim dar-lhe um aviso. — Comentou, sua voz cantarolava como se estivesse em uma orquestra.

— Oh... Um aviso. — Magnus comentou, ainda despreocupado. — E sobre o que me avisas?

— Sua morte virá. Quando achar que não há mais nada a temer... A foice perpétua cortar-lhe-á, e arrancará de sua essência todos as almas que tu prendes. — E Magnus sentiu seu peito ser perfurado por algo similar a uma zampakutou, mas feito de energia. Cada molécula do corpo do Velho incandesceu, começando a sair fumaça de sua pele, que claramente borbulhava.

O Primeiro gritou em dor, enquanto o Quincy inominado sumia, consumido por sombras.

FIM DO FLASHBACK

Compreendendo a ameaça citada por Kishou, Magnus maneou a cabeça positivamente, compreendendo.

— Precisarei do disfarce para concretizar o que me pedes. É preciso que eu possa escolher quando o disfarce operará e quando não. Senão, muitas suspeitas serão levantadas quanto a Magnus zu Wasser interferir numa guerra civil quincy. — A voz era perena, tranquila. Magnus não possuía nenhum objetivo escuso àquela ocasião. — A você será trazido o mais forte que sobreviver. Concordo a respeito da importância de descobrirmos tudo o que gira ao redor dos quincies... Eles são uma ameaça ao nosso mundo, não apenas a nós. — Pausou um segundo. — E precisam ser extintos.



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Re: [RP] La oscuridad cruza la frontera - Publicado Dom Nov 13, 2022 12:54 pm

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Ah. — Redarguiu. — Não se preocupe. — Pegou a seringa limpa, isto é, aquela que lhe iria conferir o aspecto físico de um Shinigami, e mais nada. Era uma versão inicial do sérum cujo qual ainda estava trabalhando, e não gostava muito de utilizar projetos inacabados em situações adversas, mas sua carga de trabalho estava grande demais ultimamente. Entre portais nunca antes construídos por nenhuma forma de vida, a criação da primeira alma sintética através do projeto Uroboros e dos preparativos que estava realizando para uma guerra que galgava em passos largos na direção da Sociedade das Almas, entendeu que simplesmente não tinha tempo suficiente para dar a atenção devida à projetos menos importantes. Neste caso, Magnus era infelizmente um deles.

Arremessou o líquido junto da seringa em direção ao rei caído. — Estranhamente confio em sua palavra. Não cabe a um rei mentir, afinal de contas. — “Mesmo o de uma raça inferior”, pensou, voltando-se à seu computador. Apertou o teclado umas outras duas vezes, e isso fez com que uma impressão se iniciasse. Um conjunto de cinco papéis saíram da copiadora da grande máquina. Alinhava os papéis enquanto posicionava o grampeador para uni-los todos juntos. — Estes são os alvos que pude rastrear. Quero um deles ou alguém mais forte. Qualquer coisa inferior e não temos mais um acordo. — Pregou os papéis e caminhou até Magnus para lhe entregar. Os documentos possuíam algumas fotos e algumas anotações sobre suas possíveis habilidades, apesar de que o maior foco do escritor tenha sido descrever suas rotinas e os lugares que frequentam. Isto havia sido claramente premeditado.

Voltou-se, então, para seu computador. — É um prazer revê-lo… Magnus-sama. Tenho de voltar a meus projetos. — Sorriu novamente, ainda que de costas para seu ouvinte. Sua mão esquerda começou a rebuscar entre algo dentro da manga de seu braço direito. Um segundo depois, puxou um pequeno fio com alguns botões. Apertou o terceiro botão, e isso fez com que uma onda de choque criasse um portal atrás de Magnus. Através do portal, era possível olhar para seu destino: estava de noite, notavam-se alguns prédios numa área suburbana que parecia calma o suficiente. Sem dúvidas, o levaria direto para alguma região dentro da cidade de Karakura. Considerando a conversa concluída, Nimura voltou a se sentar de frente para seu computador, apertando os botões para recolher as proteções das portas agora que a reunião havia acabado. Voltou, também, a conduzir suas pesquisas e experimentos.
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Re: [RP] La oscuridad cruza la frontera - Publicado Dom Nov 13, 2022 1:26 pm

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Magnus tomou a seringa jogada no ar, e a guardou cuidadosamente em seu sobretudo. Seus olhos giraram no globo e retornaram a fitar o homem.

A mentira é um escape para se evitar consequências. — Disse o Velho, austero. — E apenas fracos evitam consequências. Eu sou Magnus zu Wasser, o Primeiro Rei do Hueco Mundo: a mentira não é necessária para existências como a minha. — Seus olhos miraram o teto, pensativos. — Quando chegar o meu momento de desvanecer, não será a mentira que me salvará. — Sentenciou, como se já soubesse os fatos que viriam. Se o futuro repetisse o passado, talvez, de fato, então, soubesse.

Magnus tomou em suas mãos os papéis grampeados pelo homem, olhando os dados a si fornecidos. Não havia rostos conhecidos, mas, ainda assim, havia rostos, o que já era um grande passo a auxiliá-lo a encontrar diretamente as pessoas desejadas por Kishou.

Por algum motivo, Magnus sabia que esse pedido do cientista não era apenas para auxiliar o Velho Rei em troca de um favor. Sentia, no entanto, que o objetivo era mais intrínseco da personalidade do shinigami: fazer o que for necessário para alcançar os fins desejados.

Kishou tinha um objetivo alinhado ao do Wasser, e ambos trabalhariam em conjunto, por mais absurda que fosse a ideia, para que, enfim, isto fosse concretizado.

Os quincies não venceriam e esta guerra civil de distração seria desmantelada.

Talvez Magnus despertasse algo que ninguém desejava.

Todavia, se não mexer no vespeiro, nunca saberá o real propósito das vespas.

O prazer é meu, Nimura Kishou. — Magnus curvou a cabeça levemente, em tom de despedida breve. — Nos veremos novamente, nos termos em que me pediu. Que este seja o início de uma parceria que nos conceda frutos. — E sorriu de lado. — Muitos frutos. — Virou-se, dando as costas para o shinigami e, num passo, já não estava mais na Soul Society.

“Olá, Karakura.

Quanto tempo...

Espero que sobreviva a mim mais uma vez.”




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Wraith

Re: [RP] La oscuridad cruza la frontera - Publicado Dom Nov 13, 2022 7:04 pm

@Aprovadíssimo.

Essa eu acompanhei de perto. Excelente narração de ambos, foi uma RP surpreendente.
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Re: [RP] La oscuridad cruza la frontera - Publicado


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