Força
  • Acertar Sufocamento:
  • Manter Sufocamento:
  • Intimidar:
  • Arremesso de Armas:
  • Derrubar:

  • Fator Bônus:
    Agilidade
  • Esquiva:
  • Ocultar Presença:
  • Manipular Objetos:
  • Desarmar:
    Inteligência
  • Acerto Mental:
  • Detectar Presença:
    Velocidade
  • Iniciativa:
    Resistência
  • Resistir Fisicamente:
  • Resistir Veneno:
  • Resistência de Dano:
  • Stamina:
    Pressão Espiritual
  • Acerto com Técnicas/Equipamentos:
  • Intimidar:
  • Dano Bônus:
    Hakuda
  • Acerto Corpo-a-Corpo:
  • Dano Físico:
    Zanjutsu
  • Acerto com Zanjutsu:
  • Dano Físico:
    Kidou
  • Acerto com Kidou:
  • Dano Bônus:
Bleach
Las
Noches

1999

Inverno

Contexto Atual
Após centenas de anos com uma paz frágil sendo mantida a partir dum pacto entre Shinigamis e Hollows, as peças-chave para este falso senso de segurança foram destruídas: A morte do capitão Comandante do Gotei 13 e do Rei Hollow de Hueco Mundo foram o catalisador para uma nova tensão que se surgiu. Agora, sob a letal ameaça Quincy, ambas as raças devem tomar decisões importantes para que não sejam esmagadas.

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[RP] Gama-yu. - Publicado Sáb Jan 07, 2023 8:15 pm

Flan
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Meu êxito trouxe rápidos frutos. Mesmo esperando, mesmo almejando o reconhecimento foi difícil acreditar que realmente havia dado certo.

Os eventos, todos ocorridos num único dia, necessitando de poucas horas, agora pareciam ter sido fruto de uma sequência de sonhos que vivi no lugar de outra pessoa. E mesmo assim, lá estava a carta, repousando sobre minha cama. Em outros tempos teria me demorado o quanto fosse possível, evitando-a. Dessa vez abri rapidamente e li seu conteúdo. Era o que eu esperava.

Por sorte, estava em meu melhor humor naquela manhã. Imaginava que estar num estado de desinteresse e insubordinação causaria danos a qualquer reivindicação implícita em minha missão, portanto consegui manter-me mais confiante que o habitual.

Trajei o shihakusho por cima das usuais vestes pretas, o chapéu de sapo numa cor sóbria de azul escuro e Kaeru selada em forma de chokuto, presa em sua bainha mas com as faixas sobressaindo no punho, se arrastando em meu rastro como gêmeos desleixados. Frequentemente tinha de limpar as faixas para que não ficassem sujas de tanto eu pisar ou tropeçar nelas.

Dobrei algumas esquinas contornando os barracões da Décima Segunda Divisão pelo lado de fora, evitando os intermináveis corredores frios. Suas acomodações pareciam muito maiores do que qualquer ceifador precisaria, afinal o que uma única pessoa fazia com tanto espaço enquanto havia almas lutando por cada centímetro em distritos longínquos da Rukongai? Passei por uma enorme porta de metal, tentando me distrair com a abundância de informações naquele ambiente, tudo para não pensar no encontro para o qual me encaminhava. O lado interno dava-me a impressão de ter acabado de passar por um portal para outro mundo, parecia que estava numa versão correta do que deveriam ser os laboratórios e salas da própria divisão, tudo ocupava posições que deveriam ter sido milimetricamente pensadas para otimizar o espaço do lugar. Estava perdido, ao que tudo indicava, mas segui caminhando sem rumo definido, seguindo a organização de placas invisíveis que direcionavam como que por instinto. Evitar olhar além da mobília, havia tubos e vidros por todo o lado, pesquisas próprias do capitão, supus, mas também o tipo de coisa que eu preferia não saber que existia, assim resisti a curiosidade, apertando o passo em direção à minha convocação.

A porta final.

Meu destino — ou a consequência de meus atos — residia ali atrás. Recuar estava fora de cogitação, portanto avancei, ausente de medo, curiosidade, coragem — tudo. Sequer notei que apertava firme o cabo de Kaeru. Bati na porta, tirando a convocação do bolso para segurá-la na canhota, e esperei por minha sina.

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Re: [RP] Gama-yu. - Publicado Sáb Jan 07, 2023 11:05 pm

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Haviam muitas coisas aguardando-me em meu laboratório, e eu, também, gostaria de estar nele. Sinto falta da ausência de tanta luz natural, de silêncio, de estar isolado e próximo de meus experimentos. Da voz irritante de Aoi, de meus computadores e dos sublimes espécimes que coletei no Hueco Mundo.

Mas estou aqui. “Porquê?”, você pode se perguntar.

Burocracia e formalidades. Esta era uma tarefa derradeira para o capitão-cientista. Aproveitando-se do fato de que, apesar de detestá-la, entende a sua necessidade, sua assistente e oficial, Aoi, costuma agendar todos estes compromissos num único e exaustivo dia, geralmente no primeiro da semana. Quando faltou com estes apontamentos, arrumou problemas. Quando, na semana seguinte, decidiu colocar Nezumi para fazê-lo, arrumou mais problemas ainda, e, desde então, um decreto da Central 46 o impele a estar ali; esparramado em sua cadeira, com o cotovelo em cima de sua mesa auxiliando o seu punho a segurar o seu queixo e aguardando a passagem do tempo. Havia autorizado através dum documento o envio de alguns componentes químicos para as barracas de suprimentos da Quarta Divisão, assinou outra folha que confirmava o recebimento de grandes cargas de ácido clorídrico e monoclorobenzeno, fez o envio das avaliações dos membros de seu esquadrão e solicitou alguns relatórios atrasados dos demais.

— Mestre Nimura. — A tonalidade aguda mas delicada de sua voz fez vibrar o comunicador na mesa daquele que a ouvia. Levemente feliz por algo romper a onda de marasmo que inundava sua sala, levantou seu queixo, arcou as sobrancelhas, abriu um pouco sua boca e conduziu sua mão direita para um pequeno painel ao lado do comunicador, aumentando o seu volume. — Argh… fale, Aoi. — Arrastou as palavras apenas alto o suficiente para ser ouvido. — Referente a sua solicitação pela investigação de atividades anômalas nos distritos de Rukongai… — Começou. Mas, na verdade, assim que “solicitação pela investigação” foi entoado, o pesquisador endireitou sua postura inopinadamente, mantendo a mesma expressão de surpresa em sua face, ainda que mais agravada, agora. A assistente continuou: — Algo foi detectado por um oficial… “Sato Flan”. — Precisou ensaiar dentro de sua cabeça o nome uma ou duas vezes para acertá-lo. — Supostamente, trata-se de um caso de gravidez, *ahem*, espontânea. — Concluiu. A julgar pela sua voz, não parecia exatamente convicta das circunstâncias, afinal de contas surgiram muitas “anomalias não tão anômalas assim” desde que a solicitação foi sancionada por Nimura. “Sumiço de comida”, mas Akatsuchi estava comendo toda ela. “Gás tóxico matando dezenas de civis”, e era apenas um acidente local. “O tenente Mikan sumiu”, mas ele havia apenas sido explodido por seu capitão.

Mas, mesmo assim, este caso chamou a atenção de seu mestre. Talvez, se ele não estivesse preso dentro de um exército de documentos obtusos, seu ímpeto fosse diferente.

E este “ventre que produz bebês” já está em nossa posse? — Inquiri, calculando a viabilidade de algo como isto de fato acontecer, que erros este “Flan” pode ter cometido em seu julgamento e como eu poderia me certificar. — Sim, mestre. — Aliás, quem é esse oficial, afinal de contas? Nunca o vi. E, por isso, ignorei a confirmação da garotinha impertinente de cabelos azuis. — Talvez, uma melhor pergunta agora: Quem diabos é Flan? — Girei minha cadeira com o auxílio de suas rodas parcialmente para a direita, aproximando-me do comunicador. Então, debrucei-me sobre ele para ouvir melhor. Assim que o fiz, escutei as mãos de minha assistente dedilhando o teclado. Provavelmente buscando-o em nosso banco de dados. — Aqui. Flan Sato. Oficial de baixo nível, recebeu baixas notas nas avaliações mensais de Nezumi. Realizou algumas solicitações a respeito… de eventos ou informações acerca de algumas datas específicas, próximas de sua soltura, Kishō-sama. — Fascinante, não? A aleatoriedade do universo. Mundo Humano, Sociedade das Almas, Mundo Vazio. Independente de onde estiver, está sujeito a ela: a forma que uma pequena alma, inculta e despreocupada, consegue adquirir uma resposta que antes eludia toda uma organização capacitada. — Acho que já vi ele. — Continuou a garota, como se eu tivesse pedido para que continuasse. — Esse chapéu gigante ridículo me é familiar mesmo... — Céus. — Silêncio. Ele está presente no ISPD agora? Se não estiver, mande-lhe uma carta, certo? Finja que sou eu na carta, tanto faz. Apenas convoque-o para o meu gabinete, com urgência. Ah, e mande alguém da infantaria para vasculhar as instalações dele aqui no Instituto. — Nunca se pode ser cauteloso demais, certo? Caso sirva-o de consolo, só estou fazendo isto porque começo a detectar potencial. De qualquer forma, terei certeza assim que conversarmos.

[...]

Entre. — Afirmou o capitão, distraído com determinados papéis. Assim que o fizesse, pediria para que se sentasse numa cadeira de frente para si, do outro lado de sua mesa. A sua mão, atualmente, ocupava-se com os documentos que o jovem havia guardado em seus aposentos. Estava ciente a respeito deles, é claro. Já se deparou com várias cópias do documento e não fazia particular questão de ocultar os atípicos fatos que ocorreram ao longo daquele período. — Então… — Sorriu, olhando-o nos olhos pela primeira vez. — Soube que tem feito uma bagunça e tanto na minha divisão! — Concluiu, equilibrando seu sorriso com uma tonalidade sarcástica de voz. Aguardaria uma resposta de seu subordinado antes de continuar.
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Re: [RP] Gama-yu. - Publicado Dom Jan 08, 2023 9:50 pm

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À luz de sua permissão, adentrei o cômodo onde o capitão aguardava. Era a primeira vez que o via com meus próprios olhos, pois através dos corredores da divisão tinha escutado cochichos a respeito de como ele era um sujeito completamente desfigurado em razão de experimentos que deram errado. Vi que os rumores eram um tanto exagerados, mas os traços dele provocaram calafrios instantâneos que rapidamente subiram à espinha, enquanto eu tentava disfarçar o nervosismo. Dancei os olhos pela sala, tentei captar algum detalhe que saltasse aos olhos, sem motivo nenhum, apenas para me distrair do fato de que enfim estava diante do Capitão da 12ª. Seus olhos desinteressados, os cabelos brancos como o de um velho, óculos sem nenhum rigor estético e os assustadores detalhes que, quando exagerados, criavam sua reputação: um parafuso atravessando sua cabeça e inúmeras marcas de remendos, que inclusive sobrepunham o haori. Respirei fundo enquanto procurava um lugar para sentar, mas acabei caminhando às cegas, tateando em plena vista e tropeçando na cadeira imediatamente antes de me sentar nela ao buscar por equilíbrio. A queda evitada por pouco, o pouso atrapalhado — isso deveria render uma péssima primeira impressão.

“Acho que-”, comecei, mas interrompi a fala de súbito, recomeçando em seguida com um tom mais confiante. Achismos na frente do capitão provavelmente seria minha ruína. “Sinto muito se causei problemas, mas meu intuito sempre foi de trazer progresso, ajudar a divisão”, falei, fazendo meu melhor para mirá-lo nos olhos. Era uma sensação desagradável, encarar as cicatrizes, tentar encontrar uma explicação para o parafuso ter atravessado sua cabeça sem matá-lo — mas me lembrei do estudo sobre resistência do corpo, eu próprio tinha sustentado uma grande quantidade de traumas e outros ferimentos que matariam um ceifador menos resistente.

Precisava criar coragem para um último comentário, o motivo de estar ali, o motivo que levou à pequena excursão irresponsável na Rukongai para investigar o evento atípico de uma gravidez espontânea. “Capitão, se me permite o comentário. Em minha breve experiência como Oficial senti que a rotina monótona não fazia jus ao que eu era capaz, até mesmo fiz algumas pesquisas para buscar progresso em áreas que achava pouco exploradas e os resultados”, comecei a empolgar no fim da fala, percebendo, tarde demais talvez, que os papéis na mão dele não se tratavam de papelada burocrática da divisão. Mesmo pelo lado contrário consegui reconhecer minha escrita.

“Ah…”

Não tinha passado pela minha cabeça que o que fiz antes da última empreitada fosse de sua total ciência.

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Re: [RP] Gama-yu. - Publicado Seg Jan 09, 2023 12:55 pm

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Durante o breve espaço de tempo que demarcou a interação inicial entre ambos, o oficial reafirmou sua posição como uma existência ímpar, excêntrica, ainda que levemente desengonçada. Como se estivesse acostumando-se a vestir a própria pele. Para o cérebro por trás dos olhos que o observavam, tais características eram desejáveis ─ o próprio capitão não exibia pouca singularidade quando estava na idade do jovem Flan. E, portanto, o sapo ainda não havia sido descartado pela serpente. Mediu-o desde a porta e então durante todo o seu percurso até sua mesa, realizando algumas observações e formulando alguns pensamentos. Era desleixado e despreocupado, o que justificava as notas de sua avaliação de performance, ainda que, também, único e altivo. Pensou novamente sobre si mesmo naquela idade: não havia sido aceito na Décima Segunda Divisão, para a qual assinou a solicitação, ao invés disso sendo designado como um patrulheiro. Assim como o pequeno Flan, suas vestes eram um tanto descuidadas, e ele parecia ter uma espécie de aura intuitiva o rodeando, o que havia, também, detectado em si mesmo desde muitos anos. O patrulheiro Nimura era muito mais inteligente e perfeccionista do que Flan, que, por sua vez, é muito mais preparado em combate, possui uma curiosidade tão afiada quanto seus instintos e uma melhor inteligência social.

Logo após sentar-se ─ ou ter realizado um pouso de emergência ─ na cadeira diante de mim, começou a tomar um tempo para coletar seus pensamentos. Dispensou algumas ideias, gaguejou algumas vezes e continuou pensando. Então é assim que capitães se sentem, hein? Não tenho utilizado muito de minha autoridade já que passo a maior parte do tempo conduzindo experimentos a uns trezentos metros abaixo da terra e, portanto, esta parte acaba sendo sonegada para a Aoi. Mas noto que o trabalho dela é mais fácil do que pensei. Ouvi, com atenção, a primeira frase coesa do rapaz. — Seu… “intuito” sempre foi, sim? — Palavra interessante. Como eu havia previsto, esta é uma criatura de instintos. — O misterioso milagre de comunicar-se com a parte inconsciente do cérebro. Eu o invejo, então. Como um cientista, tudo que ocorre neste parafuso é consciente. Lógico. Racional. — Será que ele acha que estou prestes a encarcerá-lo? Que ironia esta seria. Isto é divertido. Girei o meu fiel parafuso duas vezes. Teria mais algumas coisas para falar, mas ele estava aparentemente imerso em seus pensamentos, tentando conjurar a próxima frase, então decidi não perturbá-lo.

Rotina… monótona, hein? — Suponho que faça sentido. Na verdade, eu mesmo nunca experimentei como é ser um membro de baixo escalão de minha própria divisão, o que pode enevoar meu julgamento quando se trata do assunto. Mas consigo entender o desejo de fazer algo por conta própria ao invés de perder-se em coisas corriqueiras. Não posso culpá-lo a respeito. — Bem! — Interrompi-o no final de sua frase. — De fato, você fez pesquisas. — Retornei meus olhos para as páginas que estava anelando antes, presumindo que nesta altura já deveria ter percebido. — Conte-me sobre esta pesquisa que lhe trouxe até mim, para começar. — Qualquer um poderia interpretar dados, mas gostaria de entender como pensa e o que o levou, exatamente, ao espécime da jovem que repousa em meu laboratório.
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Re: [RP] Gama-yu. - Publicado Ter Jan 10, 2023 9:26 pm

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Ao que parecia, eu realmente não seria preso. Ou tudo não passava de um ardil para arrancar de mim o máximo possível? Encarei a pergunta final alguns segundos em silêncio, olhando para minhas mãos entrelaçadas acima das coxas, escondidas de sua visão pela mesa que nos dividia. Ponderei por um longo tempo e cheguei a conclusão que a rotina de um oficial na 12ª divisão era, de fato, monótona. Não havia escapatória da papelada interminável, dos relatórios desnecessários sobre pesquisas das quais sequer participei — havia tanto a ser feito e mesmo assim indignava-me nenhum outro ter pensado em tais coisas.

“Veja bem, a pesquisa não foi feita. Ainda. A não ser que você se refira a pesquisa sobre o rumor”, disse, refletindo com o indicador sobre o queixo. “Nesse caso… Por onde começo? A princípio imaginei que outros oficiais estavam zombando de mim, pois, convenientemente, eles falavam a respeito sempre que eu me aproximava. Decidi investigar primeiro a veracidade do ocorrido. A parte mais difícil foi encontrar uma data, qualquer que fosse, para usar como ponto de partida. Acabei descobrindo que existem muitos rumores sobre acontecimentos estranhos na 12ª divisão, o que me levou a uma certa data. Ainda não compreendi o porquê” — “o porquê disso tudo aparentar estar ligado à você, capitão”, quis dizer, mas guardei para mim. Estava sentindo-me seguro apenas pelo fato de estar jogado ao destino que ele escolhesse para mim, mas mesmo assim não arriscaria mais do que o bom senso permitia.

“Depois que encontrei uma data, cruzei referências, solicitei documentos e encontrei o relatório oficial, muito minimalista, sobre o acontecimento. Observei o distrito por alguns dias e a encontrei. Temo não ter mais nenhum detalhe, a verdadeira investigação sobre o fenômeno ficará a cargo de quem for delegado para a pesquisa. Esse campo, se me permite dizer, não é do meu interesse.”

Devia aproveitar a situação para uma solicitação. Aliás, era bem provável que não devesse não — mas depois de tanto pensar sobre fazê-lo ou não, resolvi agir por impulso. Que diferença teria em meu destino final apenas mais um pedido?

“Gosto de sapos, capitão. Se possível, gostaria de estudá-los numa pesquisa própria. Digo, com orçamento, laboratório e tudo. Como os outros”, conclui, me referindo aos outros oficiais que conduziam pesquisas sem a mínima importância para a divisão. Sapos, por outro lado, carregavam a chave para antídotos, venenos e muitos outros usos que eu poderia descobrir os pesquisando a fundo.


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Re: [RP] Gama-yu. - Publicado Ter Jan 10, 2023 10:14 pm

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Nimura não precisou mais realizar suposições a respeito da inaptidão acadêmica de seu subordinado, agora que este havia, basicamente, confessado tal trato. Por um lado, encontrou-se decepcionado pelo fato de que Nezumi havia, de alguma forma, se mostrado correto ao realizar sua avaliação de performance. Ao menos no caso do pequeno Flan. E, por outro lado, se viu duplamente decepcionado pela incompetência do Shinōreijutsuin, designando alguém sem proficiências científicas para a divisão responsável por esta ramificação. “Mas, seria, o garoto, de todo inculto?” perguntaria-se quando tivesse a chance. Ele foi, afinal de contas, capaz de encontrar Yumin antes de todos. Conhecia-a por nome, afinal de contas, realizou pesquisas em seu tempo livre quando pôde ─ o problema principal era não ter tanto tempo livre assim. Além disso, desde que seu tenente anterior foi vítima de um de seus experimentos, a vaga tornou-se livre; e o “caso Yumin”, ou a resolução dele, se mostrava um teste perfeito para o próximo ocupante da vaga, já que exigia astúcia, curiosidade, a falta de consciência e a disposição de cometer crimes pelo avanço científico. Não representava exatamente o segundo posto mais importante da divisão, que pertencia à Aoi, sua filha adotiva. Mas sim o de um agente particular do pesquisador-capitão. Surpreendentemente, o párvulo de cabelos esverdeados adornava cada uma dessas características exigidas, a primeiro olhar.

Bem, não se preocupe com a experimentação em si. — Redarguiu, olhando para fora de uma das janelas laterais com certa satisfação, pensando em todas as possibilidades que se abririam quando se encontrasse numa sala, a sós, com Yumin e um bisturi. — A menos que você… queira… de fato aprender alguma coisa? — Aproveitou para lhe questionar. Não ter inclinações científicas por falta de oportunidade é uma coisa, e por simples desinteresse era outra. Seria importante ter certeza de qual situação Flan se encontrava para que prosseguisse de acordo. Mas, de qualquer uma das formas, não é como se Nimura tentasse se previnir da decepção de uma das respostas. O jovem já havia mostrado-se altamente capaz, mesmo que não diretamente embasado com propósitos científicos. Parecia ser habilidoso em extrair informações de pessoas, de alguma forma: começou sua investigação por causa de alguns rumores que ouviu, e, de acordo com seus rascunhos, parece ter encontrado o espécime desta forma também. E, então, algo interessante: “Ainda não compreendi o porquê”, conformou-se, forçosamente encerrando a frase por aí. Meio segundo após enunciar a última letra desta afirmação, o capitão o complementou: — o porquê de eu ter causado este fenômeno? — Inquiriu, despreocupadamente. — Também estou tentando descobrir. — Concluiu, no mesmo tom de antes.

E, então, depois de Flan detalhar como se deu o seu processo de investigação, resposta esta que foi solicitada por seu capitão há poucos momentos atrás, concluiu dizendo que, na verdade, não estava particularmente investido no assunto da pesquisa. O homem de óculos levemente abaixou os olhos, um pouco desapontado. Entendia sua ausência de inclinações intelectuais, mas presumiu que possuía alguma motivação lancinante que o fazia chegar até o final de mistérios. Não era o caso. Mas, não teve muito tempo para lamentar enquanto olhava para a madeira que compunha sua mesa, já que recebeu uma solicitação que o fez prontamente sorrir. Sapos. — Sapos. — “Sapos”, repetiu em sua mente. Parecia que os outros ceifadores estavam certos, no fim; de alguma forma, a 12ª Divisão é capaz de atrair os tipos mais peculiares de criaturas que podem ser encontradas em todo o reino. E, nisto, Flan tinha sorte. Ou, talvez, fosse este o motivo que tal esquadrão lhe tivesse sido designado. Um lugar onde todos aqueles que são considerados diferentes podem perseguir aquilo que lhes deixa feliz sem precisar se preocupar com julgamentos. Um princípio simples, talvez idealista demais, mas simplesmente inegável neste ponto. E, então, finalmente, Nimura percebeu que o primeiro shinigami que o ensinou alguma coisa desde que saiu de sua caverna foi um menininho descarnado que utiliza chapéus engraçados.

Eu, particularmente, gosto de serpentes. — Entoou, sustentando o sorriso genuíno enquanto se inclinava para frente na mesa, entrelaçava suas mãos para conjurar um apoio para o seu queixo e cruzava suas pernas. — Como se sente a respeito de serpentes, jovem Flan? Ou, talvez, uma pergunta boa, também: o que deseja aprender de sapos? — Esta era uma dupla interessante. A serpente e o sapo. O capitão pensou assim também, e não percebeu o quão rápido o tempo passou durante aqueles momentos.
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Re: [RP] Gama-yu. - Publicado Qua Jan 11, 2023 6:50 pm

Flan
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Percebi que caminhava sobre um terreno perigoso. Ao mesmo tempo que parecia relevar tudo que eu dizia, havia um quê de perigo nas mesmas palavras que pareciam me confortar de meus temores. O capitão da 12ª divisão era um homem interessante, mas ao mesmo tempo eu me perguntava se não seria também um homem de quem eu devia manter distância.

Serpentes? Ele queria dizer que fazia o tipo traiçoeiro? Imagino que seja possível extrair um perfil de alguém com base em respostas como essa, mas essa ciência é mais uma que está além dos conhecimentos.

“Não conheço serpentes como conheço sapos, fica difícil te dizer com exatidão. Mas por senso comum”, pensei, “me parece que o potencial de uma cobra é muito limitado em comparação a um sapo. Estudando sapos eu poderia aprender a usar suas secreções para criar vacinas contra venenos conhecidos, transformar essa mesma secreção em um remédio, explorar as propriedades regenerativas e até mesmo criar venenos que poderiam ser transformados em armas por nossa divisão.”

Cheguei a uma conclusão, mas que deixei pairar entre nós por alguns instantes, enquanto a formulava para ficar inteligível.

“Em termos práticos, capitão, se uma cobra atacar um sapo ela o mata facilmente. Mas ao abocanhar o sapo, a serpente acaba morrendo por seu veneno, restando a ela somente a opção de deixar o sapo em paz. Ou seja, é improdutivo que um sapo e uma serpente estejam em lados opostos. Imagino que entenda meu ponto.”

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Re: [RP] Gama-yu. - Publicado Qua Jan 11, 2023 8:13 pm

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A serpente testava o pequeno sapo, deixando-o envolto em seu corpo escorregadio apenas para testar sua astúcia. Não o apertava forte demais, nem o impregnava com tanto veneno, pois é desta forma que animais de sangue frio agem. Eventualmente, então, o sapo cedeu.

É assim que pensa, então… — Recostou-se sob sua cadeira, olhando novamente para fora do cômodo através de uma das janelas exibindo uma expressão similar a de uma criança que orgulha-se por saber de algo que seus colegas de classe não sabem. — O seu ponto é interessante. Sapos, de fato, apresentam grandes variações em suas subespécies, o que inclui o conjunto de habilidades que lhes acompanha. — Admitiu, ainda que de forma leviana. — Mas… — Sorriu, mostrando-lhe uma boa porção de seus dentes e olhando-o diretamente nos olhos. — Serpentes possuem um potencial ilimitado de evolução. Entendo que deve ter aprendido pouco sobre ofídios nos escassos livros que temos por aqui a respeito. — Levantou-se, encontrando seus punhos na parte de trás de seu corpo enquanto olhava pela grande janela atrás de si, que dava para um pequeno jardim de cultivo. Estava, também, de costas para Flan; tudo que veria agora seria o branco retalhado de um haori que carregava o número doze.

Serpentes estão em constante adaptação. Constantes mudanças. Uma cobra abocanha um sapo e seu veneno a mata? Bem, então, um ano depois, a mesma espécie irá devorar o mesmo sapo, pois desenvolveu imunidade ao seu veneno. — Em seu bosque particular, observava conforme uma cascavel-de-mojave resvalava para fora de seu esconderijo, entre os arbustos, para abocanhar um pássaro de forma fugaz. — Uma serpente possui o talento em uma coisa: caçar. Sapos, por outro lado, podem se alimentar passivamente. E fazem algumas outras coisas. Sinto que, talvez, isto ressalte a nossa diferença. — Levantou os olhos, buscando os céus, pois já estava enfastiado de ver a serpente se alimentando. — Digo no sentido de que… — Iniciou um pensamento, mas rapidamente descartou-o, pois não valia mais a pena. E outra coisa borbulhou o seu caminho para a superfície de sua mente.

”orçamento, laboratório e tudo. Como os outros” — Murmurou o que o jovem havia dito há alguns momentos, baixo, mas talvez ele conseguisse ouvir. — Como, exatamente, você pretende gastar nossos preciosos recursos para estudar sapos sendo que não gosta e nem possui inclinações científicas? — Questionou-o, mantendo o foco do que estavam fazendo ali. — Pretende aprender? Tens alguém para lhe ensinar? Suponhamos que você consiga um sapo, e um laboratório. O que fará então? — Complementou sua dúvida, agora genuinamente curioso no que estava por vir. Parou, também, para pensar no quão bem Flan estava conseguindo medi-lo. Era astuto. Rápido em evadir de situações desfavoráveis. Não tão diferente de um pequeno sapo, no final das contas.
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Re: [RP] Gama-yu. - Publicado Sex Jan 13, 2023 1:26 am

Flan
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Estava percebendo que era um bom jogador de xadrez, pois comecei a gostar daquilo, mesmo sabendo que qualquer deslize, qualquer palavra colocada de forma errada poderia custar minha vida.

Escutei suas conclusões com atenção. Mesmo sem poder compreender totalmente a mente responsável por elaborar aquele raciocínio, minha memória guardaria o seu discurso e o deixaria amadurecer na gaveta das coisas importantes, para quando eu pudesse enfim dissecá-lo. Era estranho pensar que em tão pouco tempo minha visão de mundo se expandiu tão drasticamente — as pesquisas, o método científico, as lutas e os perigos que espreitavam. Havia tomado uma decisão: se pudesse, tornaria-me o tenente da 12ª divisão. Não tinha escutado, até o momento, nenhuma menção a ele, enquanto até mesmo aqueles que eram temerosos do capitão falavam sobre ele, mesmo que aos sussurros. Isso me levou a crer que não existia um responsável pela divisão além do capitão, ninguém imediatamente abaixo dele.

“Se me permite corrigi-lo, capitão, acho um exagero dizer que não tenho inclinações científicas. Admito que quando cheguei aqui sequer tinha ciência dos conhecimentos mais elementares, mas com o tempo aprendi a observar, formular minhas hipóteses e testá-las, não é disso que se trata a ciência? Mas deixe-me contar um segredo, capitão. Não existe um “o que farei”, minha pesquisa, mesmo sem recursos fornecidos pela divisão ou pelo ISPD, em trazer o potencial ilimitado dos sapos para o meu lados e controlá-los através de minha zanpakuto. Considerando tudo isso, imagino que o mais apropriado seria questionar o que poderíamos atingir juntos.

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Re: [RP] Gama-yu. - Publicado Sex Jan 13, 2023 6:42 pm

脳にキく薬
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Bem, isto foi divertido o suficiente.

A diferença, imutável e indiscutível, é que eu, infelizmente, sou um capitão. E, portanto, ocupado. Este garoto é agradável o suficiente para que eu desejasse gastar mais alguns minutos aqui, foi convincente o suficiente para que eu o achasse capacitado e era irritante na medida certa para que, caso eu precisasse explodi-lo assim como fiz com Mikan ou enviá-lo em alguma missão suicida, eu não sentisse tanto remorso assim. Caso me surpreendesse e não morresse, seus interesses pareciam levá-lo a algum lugar desconhecido, o que também parece proveitoso.

De fato… — Considerou, pensativo. Seus últimos dizeres, “o que poderiam atingir juntos”, parecia pouco genuíno, ainda que, em camadas mais inferiores, revelasse seu desejo. Os demais capitães eram vistos como heróis em armaduras reluzentes, e basicamente todos os outros ceifadores desejavam ser eles quando sonhavam acordados. O reconhecimento que Nimura tinha era diferente; eram gestos como estes de Flan, discretos, atípicos e despretensiosos. Consolou-se com isso. Virou novamente para o rapaz, caminhando em sua direção com olhos semicerrados. Levou sua mão esquerda em seu braço esquerdo, apertando-o uma ou duas vezes enquanto calculava sua circunferência.

Colocou, também, uma de suas palmas em sua testa, afastando as madeixas verdes para que o cálculo fosse mais exato, e outra na parte de trás. Levantou suas mãos sem perder as medidas, arcando as sobrancelhas enquanto anotava o número mentalmente. Ainda ao lado do jovem cientista, inclinou-se para a sua mesa com certo esforço para alcançar o comunicador acoplado nela. — Aoi! Encontrei nossa nova cobaia. Apronte a braçadeira de tenente; quatorze centímetros de comprimento por seis centímetros e quatro de largura. — Girou o parafuso e olhou para o garoto novamente, franzindo o cenho para olhá-lo de forma estranha antes de voltar sua face para a mesa. — Também faça o desenho pra mim de um… ah, quer saber, eu vou descer daqui a pouco. Ele vai descer agora. — Concluiu, desligando o aparelho antes de dá-la uma chance de retorno.

Caminhou novamente para o trono mais burocrático que existe, afundando na cadeira enquanto pegava o próximo documento da pilha. — A menos que queira me ajudar a confirmar a densidade de propileno glicol e solicitar um novo lote de sulfato de bário, saia, pequeno Flan. Fuja dos papéis enquanto pode!!! — Gritou, tentando desanuviar o tédio com as cordas vocais. — ah, e bem-vindo à 12ª divisão. Oficialmente. Irá me ver bastante, agora! — Ciciou, cobrindo um dos lados de sua boca com a mão como se derramasse um segredo sagrado. Voltou sua atenção para o documento.
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Re: [RP] Gama-yu. - Publicado Sáb Jan 14, 2023 1:33 am

Flan
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Naquele momento, senti que uma parte de mim que nunca devia ter sido acordada, despertou. Medo, insegurança, ter sentido-se fraco agora parecia inconcebível. Pela primeira vez desde que existia sentia plena e total confiança em mim mesmo, sem sombra de dúvidas em minhas capacidades, no poder oculto sob minha pele, gravado em meus ossos. Suspirei — diferente do habitual, de modo contido, breve — depois baixei meus ombros e alinhei a postura, dando conta que conseguia fitar o capitão em mesma altura. Suas considerações tinham chegado ao fim, enquanto eu percebia que a película sobre meus olhos, o que me permitia enxergar o mundo como eu o enxergava, ganhava um tom diferente. Endireitei a coluna e deixei o pescoço apenas parcialmente erguido, o suficiente para que o chapéu se ajustasse um pouco para trás sem cair.

Deixei ele avançar contra mim — dessa vez, não por aceitar meu destino, qualquer que fosse, mas por compreender instintivamente que ele já havia me aceitado, antes mesmo de dizer palavra. Apenas sentia, sem precisar de uma explicação pautada em observações lógicas para confirmar aquilo. Quando ele terminou e se comunicou através de um aparelho em sua mesa com “Aoi”, desviei o olhar para a cintura. Enquanto ele me examinava, notei um toque frio entre a cintura e o abdômen.

Parecia que o punho de Kaeru estava manchado com sangue. Quando toquei o cabo, fui absorvido por memórias de um passado distante, um que minha mente tinha reprimido para me proteger. Em todas as imagens: minha chokuto, ainda sem nome, pingando sangue, o cheiro ferroso gravado na recordação, a noite sem estrelas na Rukongai.

Acho que você sabe do que estou falando. Não sabe, Flan?

Sim. Adeus velho amigo.

Engoli seco, lutando para me recompor o mais rápido possível, a tempo de captar retrospectivamente as falas dirigidas a mim, enfim compreendendo a fala que formalizou minha aceitação como tenente. A experiência catártica de viajar a um passado tão vívido selou o amadurecimento daquela manhã — além disso, a conversa com o capitão, diferente de outros momentos impactantes que tivera desde minha chegada na 12ª divisão, foi a chave definitiva para desbloquear o que estava guardado a tanto tempo. Ele tinha feito aquilo de propósito? Duvidava. Seria impossível sobre mim antes da Shin’so.

“Obrigado, Capitão Nimura. Estou ansioso para servir.”

Me retirei.

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