Força
  • Acertar Sufocamento:
  • Manter Sufocamento:
  • Intimidar:
  • Arremesso de Armas:
  • Derrubar:

  • Fator Bônus:
    Agilidade
  • Esquiva:
  • Ocultar Presença:
  • Manipular Objetos:
  • Desarmar:
    Inteligência
  • Acerto Mental:
  • Detectar Presença:
    Velocidade
  • Iniciativa:
    Resistência
  • Resistir Fisicamente:
  • Resistir Veneno:
  • Resistência de Dano:
  • Stamina:
    Pressão Espiritual
  • Acerto com Técnicas/Equipamentos:
  • Intimidar:
  • Dano Bônus:
    Hakuda
  • Acerto Corpo-a-Corpo:
  • Dano Físico:
    Zanjutsu
  • Acerto com Zanjutsu:
  • Dano Físico:
    Kidou
  • Acerto com Kidou:
  • Dano Bônus:
Bleach
Las
Noches

1999

Inverno

Contexto Atual
Após centenas de anos com uma paz frágil sendo mantida a partir dum pacto entre Shinigamis e Hollows, as peças-chave para este falso senso de segurança foram destruídas: A morte do capitão Comandante do Gotei 13 e do Rei Hollow de Hueco Mundo foram o catalisador para uma nova tensão que se surgiu. Agora, sob a letal ameaça Quincy, ambas as raças devem tomar decisões importantes para que não sejam esmagadas.

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[RP] — FATA MORGANA - Publicado Seg Jan 16, 2023 10:27 pm

脳にキく薬
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Movia-se na escuridão.

Realizou investigações em alguns de seus estudos pendentes, e, então, voltou para a sala com as múltiplas telas que lhe transmitiam informações obtidas dos olhos dos capitães diretamente da dimensão inóspita que invadiam. Com o cotovelo apoiado em um de seus joelhos e uma das mão cobrindo seu rosto, observava, do escuro, com olhos baixos e um semblante ausente, cada uma das telas. E, então, saiu mais uma vez. Desta vez, foi necessário que visitasse a própria dimensão pessoalmente, pois precisava salvar uma certa pessoa e adquirir outra. Quando concluiu, voltou para seu quarto tomado pela caligem mais uma vez, derramando-se sobre a cadeira enquanto a forma computadorizada que utilizava seu cérebro continuava retendo informações. Assistia poderes sendo revelados e confabulava hipóteses para seu funcionamento, possíveis contramedidas ou planos de contingência e calculava ─ os números dançavam atrás de seus olhos, supondo alcance, massa, diâmetro, circunferência e tempo. E, ainda outra vez, teve de sair dali. A Central estava o pressionando para que tivesse um tenente, e, assim, um tenente encontrou. Um pequeno sapo que fará boa companhia para a serpente. E de volta ao escuro. A única iluminação no lugar vinha dos monitores que recebiam atenção incondicional de seus olhos, tamborilando para a esquerda e para a direita, para cima e para baixo, sem perder nada do que acontecia.

E, então, teve de sair outra vez.

Mestre! — A voz feminina e robotizada, de aspecto artificial, rompia o silêncio ameaçador que repousava sobre a sala de observação como se fosse uma anágua. O seu criador teve um espasmo em um dos dedos da mão que se apoiava em seu queixo, como que tomado por uma pequena surpresa, sendo puxado de volta do universo de sua psique para o mundo real. — Mestre?! — Mudou o tom, desta vez questionando-se sobre seu estado ainda que sem perder a energia inicial que apresentou. — Estou aqui, Kusanagi. — Redarguiu, em baixo tom, ainda mais imerso em pensamentos do que de volta à realidade. — Eu tenho algo para o senhor. — Continuava ela, sem deixar-se abalar pela falta de energia daquele que lhe ouvia. BrrrruuuummMMmmMmmmMmmMMMmmmM. Assim que terminou de lhe responder, uma intensa vibração galgou por boa parte do complexo laboratorial, incluindo onde estava o seu líder e capitão, que, agora sim, havia sido completamente removido de profundos pensamentos. Levantou sua cabeça, removendo o rosto de sua mão, curioso em observar alguns livros caindo no chão e os aparelhos que lhe transmitiam imagem oscilando para lá e para cá. Detentor de um cérebro paranoico e irrequieto, imediatamente calculou da onde este estardalhaço poderia estar vindo.

Levou apenas alguns segundos para obter a resposta: Kanzen Akashi. Ao longo de todo o Instituto Shinigami de Pesquisa e Desenvolvimento ─ um imenso complexo cuja arquitetura, móveis e dispositivos haviam sido completamente memorizados por aquele que o dirige ─, apenas um local havia se provado, até então, inviolável. Composto por uma imensa porta circular com vestígios de Sekkiseki em seus vários metros de espessura, uma espécie de esconderijo oculto do capitão anterior era protegido por algum tipo de senha. Ao longo dos poucos dias que teve como o novo encarregado da 12ª Divisão, Kishō conseguiu utilizar suas habilidades de programação para gerar o protótipo de um algoritmo capaz de violar senhas. E, quando desenvolveu Kusanagi, uma inteligência artificial, utilizou-a para multiplicar em várias vezes a potência do algoritmo inicialmente desenvolvido. E, ao que tudo indicava, este seco e forte ribombar só poderia ser da porta finalmente se abrindo. Combinando o som com a animação de sua “filha”, a conclusão era óbvia. E, então, depois do grande estrondo correr ao longo do complexo laboratorial, era a vez agora do pesquisador-capitão o fazer, andejando de forma fugaz em direção da porta. — Você… é incrível, Kusanagi. — Sorriu, pondo-se no começo do corredor escuro que culminava na grande porta, agora escancarada. Um pouco de poeira caía do teto e parecia que uma parte do chão havia sido destruída, mas nada o distrairia ou o impediria agora. — Bem, fui eu que te fiz, no final das contas! — Rapidamente recobrou sua postura cínica, ajeitando seus óculos enquanto caminhava para a penumbra que abrigava o desconhecido.

[...]

Eu encontrei muitas coisas no laboratório daquele charlatão. Consigo entender como alguns experimentos exijam determinados sacrifícios ou ações que possam ser interpretadas como tortura ou violência. Por outro lado, este cara parecia fazer tudo aquilo apenas por prazer, se é que posso deduzir alguma finalidade para seus métodos. De qualquer forma, consegui alguns materiais importantes para pesquisas, alguns ingredientes que posso enviar para o laboratório principal para os outros usarem e muitas anotações. Suponho que esta seja a única similaridade entre eu e ele; somos escritores prolíficos, ainda que eu seja muito mais capacitado. Várias coisas me chamaram a atenção, é claro, e não poderei perder todo o meu tempo descrevendo cada um destes objetos que você provavelmente nem vai conseguir entender. Não está aqui para isso. Está aqui para um… “Sasaki Jin”. Eu tenho visto bastante gente ultimamente, hein? Lembre-me de jogar isso na cara da Aoi quando ela disser que eu preciso socializar mais.

Sim, entendo que, tecnicamente, ler sobre pessoas não é interagir com elas. Mas eu estou disposto a julgar isto como um avanço. De acordo com os relatórios que encontrei do antigo capitão, ele é um raro sobrevivente de uma condição psicossomática, e ele parecia acreditar que os frutos de um possível estudo a respeito do que aflige, ou, bem, afligia este oficial, fossem produtivos para seus propósitos particulares. A parte que me surpreende: ele conseguiu fazer metade de um estudo de caso que não ficou horrivelmente escrito. A parte que não me surpreende: ele não foi capaz de se aprofundar no assunto ou chegar a um diagnóstico. Não respondeu perguntas, não haviam teorias, nada. Metade de uma página. A julgar por o quão chato está assistir aquele monte de brutamontes tentando se arranhar com pedaços afiados de metal, acho que consigo arrumar um tempo para isto agora. — Kusanagi, mude a senha desta sala para… “KANZENAKASHI=JEGUE”, estabeleça algumas defesas e feche a porta novamente. Eu voltarei mais tarde. — Informei-a, saindo com os papéis a respeito de meu mais novo experimento em mãos.

Apenas cento e sessenta e dois anos. Muito jovem. Um oficial com níveis médios de desempenho, de acordo com os relatórios mais recentes. Suponho que, se sua condição é tão ruim como dizem, é justo presumir que seu desempenho está alto ─ os outros oficiais não possuem impedimentos, afinal de contas. Mas não é como se eu possuísse tantas informações assim a respeito dele ainda. Ainda. — Aoi, traga-me um oficial “Sasaki Jin”. Eu não estou no escritório, estou aqui embaixo mesmo. — Ordenei-a através do comunicador em meu laboratório particular. Em luz de alguns acontecimentos recentes, opto pela abordagem direta ao invés de perder meu tempo espionando-o. Pois bem, Akashi. Hora de confrontar este seu grande e insolúvel problema.


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Re: [RP] — FATA MORGANA - Publicado Seg Jan 16, 2023 11:43 pm

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— Você ficou sabendo? Os Capitães estão no Hueco Mundo lutando. —

Não era incomum ouvir os múrmurios por entre as barracas da 12ª Divisão. Ainda mais, quando se pensa que as salas dos corredores estão vazias. O que não é totalmente verdade. Na realidade, não é como se os oficiais não soubessem que dentro daquele quarto houvessem alguém. Era possível ouvir seu bufar, sua respiração, o movimento da espada, seus passos sobre a madeira. No entanto, aprenderam a ignorá-lo ao longo do tempo. Ele era diferente da maioria. Apesar disso, não era odiado. Houve momentos em que foi, mas a verdade era que não sentiam ódio do mesmo. Apenas não entendiam o que ele fazia ali. Ele não era inteligente, não era forte, não era como os demais que estavam naquela divisão. Era bem-humorado, apesar de tudo, mas, no fim, isso não fazia diferença pra muitos deles.

— Fiquei sabendo que Nimura-sama criou o portal para eles irem até lá em apenas 12 minutos. — Uma das vozes falou tentando parecer discreta. — Sério? — A outra questionou.

Falar sobre os feitos de alguns não parece ser um problema para a maioria das pessoas. Afinal, chamariam de inveja, cobiça ou até mesmo egoísmo se sentir incomodado com isso. Mas, dentro daquele quarto, onde a luz fraca iluminava uma espada de cabo branco que era movida numa dança singela e graciosa, porém bruta, aquelas palavras soavam diferente do comum. Os cabelos ruivos sacolejando junto ao movimento, a determinação naqueles olhos vermelhos e as presas perceptíveis de um corpo repleto de suor e já trêmulo de tanto treinar, pareciam não ouvir o que acontecia lá fora, mas a verdade é que ouvia. Ouvia e sentia uma grande distância de si e daquelas pessoas. O que era, afinal? Um shinigami? Um experimento? Um doente? Um morto-vivo? Alguns achavam que o simples fato de estar vivo já era uma conquista para o mesmo. Talvez fosse, afinal. Mas queria mais que isso. Precisava de mais. Não sabia quanto tempo duraria ali, talvez mais alguns dias? Dois, três, quatro? Não dava pra saber.

— Sasaki Jin? Vocês viram o oficial Sasaki Jin? — Uma voz infantil porém retilínia e estridente correu pelos ouvidos do garoto dentro do quarto e ele parou com a espada em riste. — Não, não conheço. — A voz lá de fora falou, mas a porta do quarto se abriu ao fim da frase. A espada ainda em mãos, o corpo suado e o olhar curioso correu pelo corredor de madeira até chegar a pequena garotinha que estava de frente aos dois oficiais sentados. — Eu sou Sasaki Jin. — Falou, acenando com a mão livre para a jovenzinha. A garota o olhou de cima abaixo, como se o analisasse e, então, se virou. — Nimura-sama quer vê-lo no laboratório agora! — Ela ordenou, caminhando rapidamente. Jin expressou certa estranheza no olhar, mas quando a viu se distanciar demais, deu um salto e apressou-se para pegar suas Zanpakutous. — Espera, espera. — Falou, correndo atrás da pequenina. — Como assim quer me ver? — Ele perguntou, na sua face um olhar de dúvida que lançava em direção a garotinha que logo o repreendeu colocando a mão frente ao seu rosto, como se o afastasse. — Eu só recebo ordens. Anda logo. — O tom autoritário da pequena Aoi fez Jin soltar um pequeno sorriso no rosto, mas esse mesmo sorriso, logo sumiu.

[...]

Era a primeira vez que descia até aquele andar, desde muito tempo. A escuridão, o frio e como os pequenos sons ecoavam. Havia me esquecido disso. O caminho até ali, não me foi suficiente para confabular todas as possiveis cenas que iriam se desenrolar, mas uma me veio a mente. Não havia porquê continuar com um peso morto em sua própria divisão, não é? Bom, já era de se esperar que uma hora isso acontecesse. Estava pronto para enfrentar meu destino, enfim. Sem tremer, sem tristeza no olhar, uma profunda e imponente determinação. "Não importa". Eu arrumaria um jeito. Eu arrumarei um jeito de me tornar um shinigami mais forte.

Meu coração está batendo rápido.

Será que vou ter outra crise? Não, não, calma. Estamos chegando. Já havíamos terminado de descer as escadas e agora, atrás dessa porta, estava o famoso Cientista, Nimura Kinshou. — Boa Sorte. — A garotinha falou em tom sarcástico, mas eu estava tão imerso em meus pensamentos que sequer ouvi direito. — Oi? Como é? — Perguntei, mas a porta já estava aberta. A jovem não me respondeu, simplesmente saindo. Eu só pude ver, lá dentro, escondido em meio as luzes de monitores e numa penumbra maquiavélica, um haori branco e um parafuso. Dei um passo a frente, depois outro. Não o temia, afinal. Meu medo era outro. Meu medo era sua decisão, pois, no fim, era mentira o fato de não temer.

Eu temia.

— Me chamou, Capitão? — Finalmente falei tentando transparecer certa tranquilidade em minha voz, mas a verdade é que estava encabulado, em dúvida. Em dúvida sobre o futuro.




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Re: [RP] — FATA MORGANA - Publicado Ter Jan 17, 2023 12:28 am

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Kishō virou seu rosto, parcialmente dando atenção ao seu convidado. Desta forma, metade de seu rosto ainda estava imersa na escuridão que predominava o ambiente, e a lente de seu óculos deste lado não refletia nada além do brilho de seu olho, enquanto que a outra metade de seu rosto constantemente piscava, cintilava e depois retornava para a escuridão absoluta, dependendo das cores que seus monitores transmitiam. Eram voluptuosos e ocupavam a maior parte da parede onde estavam, e o cientista não fez questão de privar as imagens de seu imberbe oficial. — Nossa abrasiva comandante está lutando. Gostaria de me acompanhar? — Ofereceu-lhe de forma régia, em uma voz calma e reservada, retornando seus olhos para o monitor central, onde Kuina transmitia ─ involuntariamente ─ seu combate. Aoi, que havia deixado o rapaz na sala de seu pai adotivo, agora retornou, ignorando Jin enquanto passava ao seu lado, caminhando de forma despreocupada em direção do homem de cabelos acinzentados. Esticando a bandeja que carregava em uma das mãos, ofereceu-lhe uma xícara com algum líquido quente, este último trato se tornando o mais visível sempre que a fumaça escapava para cima e luzia em várias cores diferentes de acordo com os grandes monitores. A mão com um remendo que atravessava toda a extensão de sua parte superior pegou o recipiente por sua alça.

Aoi permitia-se agir de forma informal quando próxima de Nimura, e, então, meio que abraçou a bandeja com um dos braços e pôs-se nas pontas dos pés enquanto acompanhava-o um pouco, demonstrando uma ansiedade jocosa ao ver tantos deles lutando. — Alguma surpresa até agora, mestre? — Questionou, em baixo tom. Por um momento, Jin poderia ver como era o ambiente como se fosse um fantasma; um convite lhe fora feito, mas a decisão que tomasse não pareceria afetar a disposição de nenhum dos presentes. — Ainda não. — Soprou o líquido escuro, esparramando sua emanação para todos os lados por um pequeno momento antes de bebericar. — Mas estou fazendo umas descobertas interessantes. E a Kuina está lutando. — Corriqueiramente comentou. Por outro lado, a tarefa que realmente desejaria estar fazendo, a de dissecar um espécime recém adquirido no Hueco Mundo, estava passando por determinadas etapas de análises depois de alguns estudos iniciais e o capitão teria um retorno de seu maquinário apenas no dia seguinte. Além disto, estava tratando de um outro assunto, presente em sua sala neste momento. — O que acha do homem conhecido como Kanzen Akashi? — Perguntaria ao seu comensal, independente de onde estivesse agora e sem interromper a ação de seus olhos, pulando de um monitor para outro de forma fugaz.

Assim que ouvisse a resposta de Sasaki, alcançaria, com sua mão livre, um papel. Talvez antes inalcançável, visto que permeava a escuridão, mas não para o homem que conseguia enxergar dentro dela após ter sido transformado num animal noturno mediante tanto tempo numa masmorra. Após brevemente correr seus olhos no documento confidencial, livremente entregaria-o ao garoto. Esta poderia ser vista como uma violação jurídica, mas não existia outra lei no ISPD que não fosse a dele. Aoi olhou para o papel de forma desinteressada, com olhos baixos, disfarçando sua inclinação para ver melhor pondo uma de suas mãos em sua coxa. Caso detectada, desviaria o olhar para os monitores mais uma vez. — Consegue me informar como um homem da ciência passa tanto tempo com um caso tão atípico e interessante quanto o seu e é incapaz de realizar quaisquer descobertas a respeito, pequeno Jin? — Concluiria inquirindo após ouvi-lo. Não tentava manipulá-lo, como poderia ser interpretado, mas carregava consigo genuínas dúvidas a respeito do homem que o antecedeu e a respeito do ponto de vista de um oficial que, para todos os efeitos, serve a 12ª Divisão, enfrentando dificuldades, a mais tempo do que si próprio. Quando chegou nesta conclusão, neste momento do diálogo, despertou certa admiração pelo garoto ─ admiração esta que não demonstraria. Ao invés disto, voltou sua atenção para os monitores, ação repetida por sua filha.
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Re: [RP] — FATA MORGANA - Publicado Ter Jan 17, 2023 10:12 pm

...
...
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Tum Tum.

Tum Tum.


Por que meu coração palpita tanto? Eu deveria estar preocupado?

Aqueles olhos se viraram em minha direção. As luzes dos monitores iluminavam parte de sua face, suas cicatrizes, sua pele clara. Seu olhar frívolo, direto, podia até dizer que...confiante. Estava em seu covil, afinal. Era como o chamavam, não é? A serpente, Nimura Kinshou. Mas, olhando-o de perto, ele não era tão medonho. O que as pessoas temiam nele? Eram as cicatrizes? O parafuso em sua cabeça? Não, não, devia ser o olhar. Aquele olhar devia intimidar muita gente, afinal. Não que eu fosse imune. Não, não... mas eu conhecia bem aquele mesmo olhar, já havia visto-o em algum lugar... só não me recordaria onde.

— Oh?! — O convite inesperado me fez arregalar os olhos. Surpreso. Não imaginava que começariamos a conversa desse modo. A ideia pareceu flutuar por um tempo em minha cabeça antes de eu conseguir digerí-la. Afinal, assistir a Capitã-Comandante? Como seria isso? Dei um passo em direção ao monitor, depois outro e depois continuei. Olhei ao redor no processo, num genuíno interesse por aqueles aparatos científicos. Me perguntava: o que será que eles fazem? Quando cheguei a uma distância onde era capaz de enxergar o monitor, eu parei. Me inclinei levemente para ver melhor. A luz incidia em meus olhos curiosos e bem abertos. Minha boca arreganhada de surpresa e minha mente vagando por aquele cenário que se passava na tela. — Incrível! — Murmurei sem perceber. De algum modo, as imagens pareciam ser em primeira pessoa. Como se os olhos que gravassem fossem os da própria Capitã-Comandante. Era incrível imaginar como aquilo poderia ser possível. As perguntas corriam desenfreadas em minha mente. Como ele fez isso? Quem é aquela outra? Isso é o Hueco Mundo? Ele pode ver ela tomar banho? Isso seria impróprio.

— Alguma surpresa até agora, mestre? — A voz da garotinha me fez acordar de meu transe. A olhei curioso, com o cenho erguido e os olhos atentos. Depois, meus olhos foram até o rosto do Capitão Nimura. Ele dizia não ter encontrado nada de interessante mas, ainda sim, estava interessado na luta de Kuina. Interessante. Justo, afinal. Balancei a cabeça de um lado para o outro como se ponderasse o que havia sido dito. Pela situação, esperava que ninguém estivesse me olhando mas fora nesse exato momento que Nimura Kinshou lançou uma pergunta em minha direção. Por um instante, assustei-me, achando que me observava. Não queria passar a impressão de um jovem inconsequente e imaturo. A verdade, porém, parecia ser que ele estava mais interessado na própria pergunta em si do que no meu comportamento anterior, o que me fez ficar mais calmo. Respirei devagar, por um momento.  — Kanzen Akashi. — Repeti para mim mesmo colocando uma das mãos no queixo e fitando o chão. Refleti no que iria dizer. Afinal, minha relação com Akashi nunca havia sido de proximidade, porém, ele havia me dado uma oportunidade. O que eu sentia? Gratidão? Admiração? Respeito? Ou, talvez, raiva por ele me ver como uma espécie de experimento? — Creio que não gostava, nem odiava ele como os outros. Bom... — Naquele instante, enquanto falava, consegui me descontrair e levar minhas mãos para a nuca, como se me sentisse mais leve do que antes. — Ele me deu uma oportunidade, afinal, mas não é como se ele fosse a melhor pessoa do mundo. — Soltei uma gargalhada ao fim da frase, mas logo me arrependi, calando-me forçosamente. Novamente, voltei ao modo sério, dando uma rápida olhadela para a menininha. Meus olhos perceberam as mãos de Nimura pegarem alguma coisa e depois, trazerem próximos a si. Ele a entregava  para mim logo em seguida, um documento. Abri a pasta enquanto escutava as palavras do Capitão da 12ª Divisão, no entanto, meus olhos não conseguiam enxergar direito o que estava escrito naquele papel. Estava escuro demais. Só pude flagrar a menininha tentando bisbilhotar o documento e quando a vislumbrei, ela disfarçou rapidamente, voltando a olhar para os monitores. — Desculpe, senhor. Não entendo de ciência o suficiente para opinar. Para mim, sempre foi o suficiente ser chamado de oficial. Minha doença e eu nos viramos bem. Muitos já tentaram entendê-la e não me surpreende que mais um tenha falhado. — Dessa vez, estava sério. Não precisava ler os documentos para saber que a doença não seria curada tão facilmente. Os anos que havia passado com a comorbidade haviam me ensinado a conviver com isso. Não era como se tivesse perdido a esperança, porém, não era como se estivesse buscando verdadeiramente uma cura. As coisas são como são, afinal. Minhas mãos levaram o documento de volta à mesa, dessa vez com uma certa informalidade ou confiança que antes não parecia demonstrar. Meus olhos baixaram para o chão, mais uma vez e, por um instante, permaneci em silêncio, antes de soltar um breve murmurio. — Não é como se fosse evitável. — Talvez, me referisse ao fato da pesquisa ter falhado ou, talvez, meu próprio inconsciente estivesse falando sobre a possibilidade de todo meu esforço na 12ª Divisão finalmente chegar ao fim.




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Re: [RP] — FATA MORGANA - Publicado Ter Jan 17, 2023 11:23 pm

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coagula
Tsch.

Praguejou Aoi, esboçando o começo de um sarcástico e desnatural sorriso, visto que o restante de seu rosto não mudava além de sua boca, assim que ouviu os últimos dizeres do convidado de seu mestre. — Você claramente não o conhece. — Referiu-se ao seu capitão com todo o arder de sua juventude, ainda que fosse comedida. Sim, comedida, pois, acostumada a ter de defendê-lo, pensou em gritar sobre o quanto ele já havia feito; em tempos recentes, “ele fez o melhor portal de todos em um dia” tornou-se uma de suas frases mais populares nos laboratórios. Mas, decidiu não acrescentar à sua fala. Kishō, o contrário de sua filha, era contido, não dado para a vaidade e nem estimava a si mesmo diante de outros em forma de argumento. Mas não repreendeu-a, também, pois sabia da importância que tinha para seu anjo de cabelos cerúleos e entendia que ela não o fazia por mal. A respeito das respostas que recebeu, não muito pensou a respeito delas. Seu subordinado ausentava-se de julgamentos e não tentava vê-lo ─ Kanzen Akashi ─ com o rótulo compartilhado pela maior parte dos outros oficiais. De certa forma, entendia que poderia habitar algum mérito moral nisto. Mas não ligava muito para estes também.

Pensou em determinada proposta, mas, cauteloso como uma serpente, precisava avaliá-lo antes. Ingeriu mais um pouco de sua bebida, repousando a xícara na mesa após o fazer enquanto mantinha sua atenção cativada por sua dezena de monitores. — Você nos trouxe uma interessante discussão, Aoi. E sobre mim, Sasaki-san? — Trouxe-lhe à discussão. Também sorriu de forma leve, de uma forma tão única quanto a de Aoi há alguns minutos. — Não me conhece, é claro, então não estou perguntando-lhe o que acha de mim. Mas o que sabe sobre mim? — Concluiu seu questionamento, realizando um movimento horizontal com seu dedo indicador depois de apontá-lo para frente. Quando o fez, todas as transmissões mudaram, pulando agora para o que parecia ser a cidade de Karakura. Completamente diferente do que antes estava sendo transmitido, utilizava agora as câmeras que sua inteligência artificial invadiu, no Mundo Humano, para supervisionar como estavam as buscas por Atlantis, um capitão desaparecido. Os olhos da serpente pulavam de um monitor para o outro, e, quando terminava de realizar o breve reconhecimento, outro gesto trazia de volta a coleção de transmissões em tempo real dos capitães no Hueco Mundo. Ao longo dos últimos dias, era isto que passou a maior parte de suas horas fazendo.

Os constantes olhares para baixo indicam-me que carrega certa medida de ansiedade. Peculiar, pois parece capacitado. Em termos físicos, capacitado até demais. Mais do que os outros de meu esquadrão. Definitivamente já sabia que não era alguém versado em ciências… e, então, têm esta questão de sua reiatsu... — Ciciava tão baixo que alguém desavisado acharia que estava falado sozinho. Neste caso, contudo, ao menos alardeava sua voz em volume o suficiente para que fosse ouvido pelos outros presentes. Mas isto não abalava o aspecto de que parecia estar falando mais consigo mesmo do que com os outros. Como que pensando alto. — Ela é inconstante. E só agora, neste calmo silêncio, noto que ela harmoniza sua frequência com seus batimentos cardíacos, que, por sua vez, também são irregulares. Uma espécie de… arritmia espiritual. Heh. — Deleitou-se em teorias, enquanto Aoi sorria, disfarçando-o virando seu rosto totalmente para os monitores. Aturdiu-se novamente com o pensamento de que nem isso Akashi havia sido capaz de inferir. Estaria ele sem tempo para cuidar deste experimento? Ou era tão limitado assim? Parecia, com o passar do tempo, que conhecer mais sobre este garoto lhe revelaria detalhes importantes sobre sua própria divisão.
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Re: [RP] — FATA MORGANA - Publicado Qui Jan 19, 2023 9:59 pm

...
...
...
O barulho que Aoi soltou o fez olhá-la por um instante, sem entender se havia feito ou dito algo de errado. Aquela pequena dava calafrios, de algum modo, mais do que o próprio Nimura. É como se ela fosse capaz de cortar sua jugular enquanto você dorme ou algo do tipo. Teria dito alguma coisa e chegou a inspirar para dizer, mas a jovenzinha fora mais rápida. Confuso, olhou para Nimura e depois para a jovem novamente. Talvez, fosse sobre a questão da doença, afinal. Não esperava ofender ninguém com aqueles comentários. Novamente inspirou para dizer algo, mas dessa vez, Nimura fora mais rápido. A pergunta o pegou de surpresa e seus olhos arregalados denunciaram tal acontecimento. Por um instante, teve de se recuperar do choque e permaneceu ali, estático. Seu olhar fixado no vazio. Logo, no entanto, despertou para a realidade que o cercava. — Bem... — Quando pensou em falar, Nimura lhe indicou os monitores e seus olhos captaram as mudanças nas telas. O mundo humano. Parecia ocorrer uma luta por lá também. O cientista manteve as transmissões na tela por tempo o suficiente para que averiguasse a situação e, então, as imagens voltaram ao Hueco Mundo. Mais uma vez, o jovem Jin ficava fascinado.

Foi então que ele começou a falar sobre mim.

Confesso que, no começo, não entendi o sentido, mas logo suas palavras chegaram à minha mente de maneira mais clara. Chamar-me de capacitado, talvez não me trouxesse o sentimento que esperava, apesar disso, contive a reação engolindo a saliva que estava em minha boca junto de minhas palavras. Por fim, veio a questão da... reiatsu? Até então, ninguém havia chegado a tal conclusão. Reiatsu inconstante. Arritmia espiritual. Era como se alguém falasse japonês na minha frente. — Incrível. — Falei, mais uma vez fascinado. Não havia entendido nada que ele havia dito, no entanto, achei que a melhor expressão para aquele momento fosse tal. Naquele momento, no entanto, algo me veio à mente. Trouxe minha mão ao queixo e olhando o teto semicerrei os olhos como se buscasse alguma coisa. Nem percebi mas a careta que fazia enquanto, possivelmente, fazia força para pensar era assustadoramente tola; ou, ao menos, me fazia parecer como tal. — E se o senhor me ensinasse ciências? — Soltei, num certo ânimo que, até então, havia contido por todo nosso diálogo. Era difícil manter um coração palpitando tanto e meu corpo parado daquele modo. Olhei para Nimura com meus olhos brilhando e, depois, para a pequena Aoi. — Hein, Hein... imagina só. Seria interessante, não? — Talvez, eu fosse o único que visse tal interessante coisa que havia sido dito, no entanto, estava convicto que havia acabado de ter uma ideia magnífica. Uma ideia digna de um gênio, afinal. Não?



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Re: [RP] — FATA MORGANA - Publicado Sex Jan 20, 2023 10:50 pm

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O desmazelo por sua pergunta inicial o causou um leve incômodo, o que indubitavelmente afetaria o pequeno tempo restante que tinha para dispender a um oficial de baixo escalão. Ao menos ouviu atentamente aos seus pensamentos iniciais a respeito da condição que o afligia, e parecia recebê-los de forma positiva. Não o questionava nem parecia insatisfeito por não ter sido dito aquilo que desejaria que fosse dito, isto é. Aoi, por outro lado, prestava cativa atenção ao seu mestre, realizando algumas anotações cerebrais a respeito do que estava sendo dito, parcialmente surpresa com tantas observações e parcialmente frustrada por não ter percebido nenhum destes sintomas até então. Mesmo que estivesse conversando com Sasaki, o capitão não permitiu que isso interferisse em seu objetivo principal, de forma que, assim que um dos inimigos demonstrou uma de suas habilidades, fez um gesto com os dedos indicador e médio que, aparentemente, fez com que o trecho da transmissão fosse retornado e gravado, automaticamente voltando para a transmissão em tempo real após o processo todo, que levou cerca de dois segundos. Mais informações que poderia estudar com mais atenção posteriormente.

Em sequência, a indagação do visitante no laboratório atingiu Aoi como um disparate. — Pft. Te ensinar? O capitão da 12ª? — Parecia mais estar rindo do que, de fato, indignada, e era difícil ter certeza pois sua feição não estava totalmente visível, já que observava os monitores. Kishō tomou mais um gole de seu café e estendeu seu braço pela frente de Jin, sendo correspondido pela mão de sua filha, que agarrou a xícara e também se pôs a beber sem particularmente dar muita atenção ao ato. Passaram-se uns bons trinta segundos de silêncio instaurado, talvez porque o pesquisador estivesse prestando muita atenção em algo, ou estivesse pensando em outros assuntos exteriores. Independente do cenário, isto não se refletia em sua fisionomia, já que continuava sentado, com as pernas cruzadas e uma expressão que não apresentava emoção. Elevou sua mão esquerda, ajeitando os óculos em sua face. — Que pedido incomum. — Ternamente observou, correndo seus olhos para a parte superior da tela, onde Kuina se encontrava. Kuina. Uma dentre os vários capitães que o condenavam, de forma hipócrita, por suas ações.

O ressentimento que o pesquisador sentia a respeito da organização que compunha aflorou-se, de forma que pensou em rapidamente descartar seu estudante em prospecto. “Como ousa, moleque? Existem pelo menos outros três mil cientistas no salão principal cujo desempenho é melhor do que o seu e merecem mais esta chance”, poderia redarguir. Por outro lado, considerou como a opinião de seu esquadrão mudou quando trata-se de si; apesar dos atritos iniciais, era, agora, muito admirado por seus oficiais. O nível de desempenho, estatisticamente, havia atingido um pico sem precedentes. Isto ao menos significava que nem todos os shinigamis eram podres. E, portanto, ao menos os de sua própria divisão mereciam um pouco mais de atenção. Ou menos crueldade, talvez fosse uma colocação melhor. — Creio que eu seja visto como um homem muito mau por algumas pessoas. — Entoou, mantendo um tom despreocupado, claramente intocado pelo fato. — Não sente-se incomodado por isto? — Questionaria. No último encontro que teve com um oficial, tiveram um diálogo interessante, e esta era uma oportunidade para que replicasse o acontecimento, já que tinha poucos momentos para fazê-lo.

Estas não eram todas as suas dúvidas, ainda. — E por que eu deveria ensinar, pessoalmente, justamente você? Certamente não seria apenas por sua condição física, certo? Me levará apenas alguns dias para que eu a resolva, imagino. — Aoi tragou mais um pouco do líquido pesadamente adocicado, espremendo um pouco seus olhos diante da quantidade de açúcar que seu capitão gostava de ingerir. Sentia-se levemente insultada por pedidos irrealistas como este, mas fazia o seu melhor ─ a pedido de Nimura ─ para não ofendê-los diretamente. Talvez tenha sido por isto que seu pai lhe deu um pouco de seu café. O encarregado do instituto, por outro lado, limitou-se a continuar observando suas transmissões e adquirindo o essencial enquanto aguardava por outra resposta do garoto. Enquanto entendia a situação desfavorável em que Jin se encontrava, desejava que não desistisse ainda. Sabe-se lá quando teria outra oportunidade para interagir com outras pessoas novamente.
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Re: [RP] — FATA MORGANA - Publicado Sáb Jan 21, 2023 9:08 pm

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As filmagens pareciam capturar grande parte da atenção de Nimura Kinshou. Perceptivelmente, os olhos perspicazes do homem avaliavam cada tela como se analisasse cada movimento e detalhe dos acontecimentos. Uma situação incomum e seus dedos fariam um movimento que retrocedia a imagem por um breve instante. Sasaki Jin não deixava de notar esses pequenos detalhes.

A pergunta de Jin causava certo espanto ou mesmo graça entre os demais. A garota era a primeira a se expressar e, notando certo desdém ou ironia, Jin a olhou com olhar repreensivo que, por um instante, tentou disfarçar. Era a segunda vez que ela se portava de tal maneira e, naquele instante, o rapaz sentiu certa aversão pela falta de educação que a jovenzinha apresentava. Porém, as próprias mãos de Kinshou passando frente ao seu corpo foram suficientes para que seu olhar relaxasse e ele voltasse a testemunhar a face do cientista. O silêncio, no entanto, perdurou por longos segundos. Os olhos concentrados do Capitão não pareciam denunciar qualquer pensamento ou ideia. A apreensão floresceu no peito do jovem oficial, contendo suas expressões de inquietude. Até que, finalmente, alguma palavra foi dita. Os olhos do cientista correram os telões mais uma vez e então, redarguiu perguntas um tanto quanto inesperadas. Naquele primeiro momento, os olhos de Jin denunciaram o susto que tomara com a própria pergunta. Um confronto com o inesperado que, logo, era tranquilizado. Ele suspirou e um leve sorriso correu por sua face, enquanto, mais uma vez, seus olhos caminhavam pelo chão. — Algumas pessoas me veem como doente. — Falou e, naquele momento, o silêncio permaneceu. Mas logo sua face se ergueu novamente buscando a de Nimura Kinshou. — O que os outros dizem não me interessa, senhor. Já ouvi sua história e, francamente, não me importo. Seria hipocrisia da minha parte julgar os demais sem antes conhecê-los. Assim como as pessoas fazem comigo. — Sua voz era determinada, assim como seu olhar. Sua mão tocou o cabo de uma das Zanpakutous que estava em sua cintura e foi possível ouvir, por um instante, o barulho de sua respiração firme.

As perguntas do Cientista, porém, não haviam terminado. Havia a questão principal. Por que ele deveria ensiná-lo? Dessa vez, no entanto, Sasaki Jin não tinha uma resposta pronta. Ele pensou em falar e sua boca chegou a se abrir para tal, mas nada saiu. Ele engoliu em seco, seu olhar pesaroso buscou o chão e ele apertou firmemente o cabo da espada. — Desculpe, não tenho um motivo. Afinal, não sou mais inteligente ou mais forte que nenhum dos outros oficiais da divisão. — Ele soltou. — Mas... — Era possível ouvir sua voz tremular, assim como a mão firme em sua espada sacudir levemente pela força que fazia. — Eu tenho me esforçado todos os dias para me tornar melhor e mais forte. Eu luto contra mim mesmo e minhas próprias dificuldades e não falo isso como se fosse um mérito, pois sei que muitos outros o fazem. A verdade é que eu preciso me esforçar duas vezes mais para conseguir os mesmos resultados e, talvez se eu soubesse mais ou aprendesse coisas novas eu pudesse... —  Ele parou. A agitação em seu corpo também findou por um momento. Respirando fundo, ele se recompos, erguendo o rosto mais uma vez e relaxando o corpo. — Não, eu não tenho um motivo, senhor. — Ele finalmente falou, como se aquela fosse sua resposta final.




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Re: [RP] — FATA MORGANA - Publicado Sáb Jan 21, 2023 11:11 pm

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A mão delicada de sua aluna adentrou seu campo de visão, devolvendo-lhe a xícara. O seu café estava quase acabando, assim como o tempo que tinha para entreter um oficial. Pensou no quão interessante era a reflexão de que o sofrimento gera boas pessoas a partir de sobreviventes. Caso Jin não tivesse passado pelas dificuldades que passou, provavelmente encontraria em sua mediocridade alguma forma de se colocar num pedestal de superioridade moral em relação ao capitão, não muito diferente de muitos outros ceifadores. Genuinamente parecia ser um bom garoto, mesmo que nada de especial. Surpreso com esta boa realização, perguntou-se também quantos outros de seus subordinados tinham um coração como este e mereceriam mais atenção.

Estava prestes a dispensá-lo quando outra parte de seu cérebro ativou-se. Talvez porque estivesse pensando em suas responsabilidades científicas, talvez porque vislumbrou seus companheiros sendo derrotados através dos monitores, mas a paranoia retornou. Não via mais ninguém além de Aoi como um experimento em prospecto ou uma oportunidade. Uma infrequência cardíaca e espiritual deixou de ser um sintoma para se tornar um ingrediente. Como algo assim se comportaria caso pudesse o sintetizar numa solução e a diluísse para que agisse de forma mais violenta? Poderia ser o começo de alguma coisa. — Acho que o Flan vai gostar disso… — Brincou consigo mesmo, e depois com a garota.

O quão determinado, exatamente, ele estava? Esticou uma de suas mãos sob a mesa escura mais uma vez, esticando as costuras em sua pele quando esta era tensionada. Pegou novamente o documento do capitão fracassado e, aproveitando o espaço em branco ─ algo que ele deveria gostar ─ na folha, começou a realizar algumas anotações adicionais com sua mão esquerda. Por volta de um minuto depois, a folha estava completamente preenchida. Era rápido, e sua letra era legível o suficiente para que Sasaki entendesse como uma lista de químicos, um possível diagnóstico e alguns livros. — Certo. — Afirmou. Ao o fazer, o ranger da porta de metal interpolou-se com sua voz, abrindo de acordo com sua vontade. Ofereceu-lhe o papel. — A primeira etapa para um processo científico é a observação. Vá. Interaja com os cientistas, visite alguns de meus associados na Rukongai, reúna o que puder. — Soltou o documento em seu colo, nunca retirando os olhos dos monitores.

Não haviam motivos para que Kishō começasse a tratar seus subordinados de forma diferente a menos que exibisse uma ínfima capacidade para a arte que dominava. Possuía cerca de nove possíveis resultados para a condição física do garoto em sua mente, e um décimo improvável evento, que sinceramente torcia para que acontecesse. — Adeus, garotinho. — Apressou-se em afirmar Aoi, olhando-o nos olhos para que entendesse o recado. Ambos, pai e filha, continuariam realizando seus estudos a respeito da batalha no deserto.
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