1999

[PVP] Water and Oil. - Publicado Sáb Jan 21, 2023 10:36 pm

E então o Quinto Espada dirigiu palavras para Ei Sei. Pouco depois dirigiu a própria foice, que encontrou a Zanpakutou do Shinigami no caminho. Era aço contra aço, Shinigami contra Hollow.
"Lixos?" A reiatsu de ambos explodia durante a colisão, o rosa neon encontrava o amarelo dourado, e a pressão se espalhava por todo salão. Uma força imparável havia encontrado uma barreira intresponível, e agora mediam suas forças, cada qual com sua arma uma distância infímia um do outro. Ei Sei com seus afiados olhos castanhos encarando o Arrankar fixamente, buscando pelo homem por trás da máscara. O Arrankar cerrando os dentes e aumentando o peso por detrás do golpe enquanto a estrutura do castelo ameaçava ruir.

O capitão da segunda divisão sentiu as lascas de concreto se desprendendo em volta de sua pegada, e então o chão abaixo de seus pés se partiu, logo em seguida seus corpos começaram a cair dançando no ar enquanto se desvinciliavam um do outro.

Quando seus pés tocaracam novamente o chão firme, estavam a pelo menos dois andares abaixo do salão da reunião, novamente cercado das pilastras que sustentavam a fortaleza. Acima de suas cabeças a fissura que lhes dava visão dos dois andares acima. "Droga..." Pensou consigo enquanto as observava. Precisava impedir que os corpos de Nobara e Komei fossem violados. Mas antes disso precisaria lidar com o inimigo a sua frente.

- Uma existência deprimente como a de um Arrankar chamando um Shinigami de lixo? Vou faze-lo se arrepender de suas palavras. - Disse Ei Sei, extendendo o braço e apontado a lâmina na direção do Espada, e depois cuspindo para o lado.
- Kuina confiava na paz entre Hollow e Shinigami. Mas pelo que vejo a alta cúpula de Hueco Mundo não passa de um bando de animais. - Seus olhos voltavam a encarar o adversário a sua frente.
- Como eu disse, não pense que sairá impune. - Por um instante seu cenho se dobrou, em uma momentânea expressão de raiva.

- Mas antes de faze-lo... Me diga Arrankar... Qual o seu número... E qual o seu propósito nessa terra? Pelo que você luta? Se não a paz... Qual futuro você vê para Shinigami e Hollow? - Seus olhos voltavam a sua recolhida expressão casual, frios como os de um tubarão. A perguntava que fazia parecia reverberar pelo salão. Uma questão inesperada, que colocava em cheque a natureza daquele com quem trocava golpes.

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A força com que meu novo oponente rebatia minha investida era de se admirar até certo ponto. Mostrava determinação, algo que faltava e muito nos outros que haviam sido derrotados. As cicatrizes representando todas as batalhas em que esteve, mostrava, além de sua força para responder minha investida, que de fato parecia um oponente digno. Não conseguia esconder o sorriso sádico em meu rosto.

Quando o chão rachou, nossos corpos começaram a cair. Tentei manter-me reto, abusando um pouco da minha agilidade e em como eu conseguia manter meu corpo estável em qualquer tipo de situação.

Quando caí, em pé, sobre o solo arenoso de uns dois andares abaixo de onde havia acontecido o massacre, fitei de forma rápida todo o cômodo, que muito se assemelhava ao da reunião. O cheiro de morte característico do palácio, as grandiosas pilastras, algumas rachaduras tanto no teto quanto no solo por conta de toda a concentração e explosão de Reiatsu da sangrenta batalha e, lógico, a penumbra que abraça toda Las Noches.

A forma áspera e ácida com que ele me respondia tirou uma gargalhada de mim. Por mais sério que eu tentasse ser, não consegui conter, afinal, era como mais um rato rogando pragas ao vento.

— Arrependimento? Nfufufu. A Ceifeira do cheiro desagradável disse o mesmo antes que eu a cortasse com minha zanpakutou. Não me entenda mal, mas a sua raça não tá em uma posição tão boa assim para cumprir com ameaças. — O sorriso sádico ainda fazia-se presente em minha face, destilando todo o veneno das minhas palavras. Ele parecia se importar bastante com seus companheiros o que, de fato, só me mostrava o quão fraco é e talvez minha decisão de lutar com ele tenha sido, no mínimo, prematura.

— Kuina se mostrou tão tola quanto todos vocês. Quem acha que incitou essa guerra? Nós, que acolhemos a visita, digo, a armadilha dos Shinigamis ou vocês, que invadiram nossas terras com um grupo que lutou contra vários da minha raça, enquanto o outro alegava querer uma falsa paz? — A Reiatsu dele se mostrava a mesma de um dos Ceifadores que lutaram contra o líder dos Exéquias então a colocação serviria perfeitamente para ele. Ri quando ele ameaçou uma vez mais.

Olhei para cima mimicando o mesmo movimento do Verme, enquanto levava minha destra até o peito, mostrando a marca do número que carrego. Entretanto, lembrei rapidamente que, graças ao corte de Kuina, o número cinco havia sido parcialmente detonado o que, talvez pro meu oponente, fosse difícil decifrar qual número seria.

— Espada Cinco. — Fui sucinto enquanto retirava parte de cima da minha veste, já rasgada. Amarrei o pano branco visando cobrir todo o ferimento, assim, talvez conseguir estancar o sangramento.

— Meu propósito? — A pergunta dele me fez refletir durante alguns segundos, conforme levei a canhota sobre o queixo e troquei o semblante sádico para um sério.

— Bom… eu vivo pra ser o mais forte. — Não havia como negar. Eu, de fato, sou um Arrankar simples. Tenho um objetivo simples. Vivo por um sonho simples. Ser o mais forte de todos, independente de raça ou crença.

— Isso já deve te responder sobre a paz, certo? Não existe paz entre nossas raças, nunca existirá enquanto vermes como vocês chegarem em terras que não são suas e quererem mandar nelas, ignorando os que vivem aqui. O erro de Kuina, entre tantos, foi pensar que ela estava em seu patético mundo, mandando em seus peões como se suas palavras não fossem ter uma consequência mortal. O resultado está lá em cima… com três da sua raça derrotados com extrema facilidade. — Pausei para refletir um pouco, conforme olhava mais uma vez pro buraco no teto.

— Eu entendo que uma raça inferior como a de vocês precise de ajuda para lidar com quem quer que seja. — Meu semblante mudou mais uma vez para o sádico, com o sorriso estampado de ponta a ponta.

— Agora é a minha vez de te questionar algumas coisas. — Voltei meu olhar fixamente ao oponente, encarando-o nos olhos.

— Que fim teve o líder dos Exéquias que lutou contra você e mais alguns Shinigamis no deserto? Como foi a luta? — O primeiro questionamento. Não mudaria muito o fato do protetor da areia estar morto, mas serviria para saber se eu realmente posso respeitar o da minha raça mesmo no seu pós-morte.

— Por que deseja tanto defender aqueles lixos? Vermes que não conseguem ao menos se defenderem não merecem meu respeito e não deveriam merecer o seu, tão pouco preocupação. — Apontei pra cima, em direção ao buraco no teto, me referindo aos Shinigamis desmaiados e ao que estava morto na reunião.

— E, por fim, o que te leva a crer que nós, Hollow’s, fomos os causadores dessa confusão toda? Sabe, se não fosse a petulância de Kuina em querer mandar dentro de Las Noches, nós teríamos lutado no deserto. Seria muito mais interessante, não acha? Nfufufu. — Quando terminei meus questionamentos, fiquei estático, observando meu oponente com um olhar frio e o sorriso sádico, carregando a foice com a canhota enquanto movia de forma circular o braço direito tentando me acostumar um pouco com a espécie de torniquete improvisado em meu peito.

HP: 683/800 l RE: 540/900 l ST: 5/7

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Re: [PVP] Water and Oil. - Publicado Seg Jan 23, 2023 7:03 pm

- Você não poderia estar mais errado Arrankar. - Disse o Shinigami rebatendo as palavras do Arrankar.
- Aquele que atacou primeiro foi o Hollow, e seu suposto grupo de invasores do deserto não passava de um grupo de batedores. O líder Exequias foi purificado por um Tenente. Uma vingança pela morte de seu Capitão. - Nesse momento lembrou de Harueikin. Seu rosto iluminado pela Reiatsu vermelha neon que disparava na direção do Rei Exequias. A expressão de ódio que carregava.
- Eu entendo seu ponto Arrankar... Isso apenas prova que shinigami também estão longe de serem exemplo. Ainda existe um grande caminho a ser percorrido até a paz. - O cenho do capitão se curvava, antes de continuar.

- Mas Komei, Nobara e até mesmo Ohta. Todos eram a favor do fim dos confronto entre as Raças... Em algum momento qualquer um de seus aliados presentes no salão acima de nossas cabeças partilhou do mesmo objetivo? Ou simplesmente trataram nossos mensageiros com desdém, e atacaram na primeira oportunidade? Sou tentando a acreditar que desde o ínicio sua hospitalidade era um mero pretexto para subjulgar os Shinigami em seu território. - Seus olhos se afiaram.

- Fazem 500 anos... - As palavras eram ditas enquanto levava a canhota até a gola do quimono, despindo-se da parte de cima. Pelo menos uma centena de cicatrizes poderiam ser contadas apenas no tronco e espalhadas pelos braços. Ás costas a imagem do dragão chinês, um minucioso trabalho de sombras e traços que parecia ter vida própria.

- Fazem 500 anos que estou preso nesse ciclo... Hollow e Shinigami... Travando uma batalha eterna pelo equilíbrio das almas. Kuina está certa. Alguém tem de dar um fim a esse ciclo. - Os olhos se encaravam. O brilho distânte da irís púrpura parecia materializar o caos escondido por trás daquela máscara de ossos através de seu sorriso sádico. O vento entrava por uma janela balançando o cabelo negro do Samurai. O número "5" cortado no peito do Hollow agora visível, uma menção ao seu número de poder na Hierarquia do Hueco Mundo. O algorismo representava aquele escolhido como o Quinto mais forte dentre as Espada do Rei, e que agora provavelmente deveria estar alguns números acima, considerando a morte dos números "1" e "2". Ei Sei entendeu, que se o que almejava era poder para substitui-los, estava diante de Hollow em sua mais pura essência, e eventualmente um candidato ao titulo de Rei de Las noches.

- Razões supérfulas como obter poder apenas vão na contra mão desses sonhos. Me diga número 5. O que é poder? - Ei Sei novamente apontou a lâmina na direção de seu rival.

- Força para subjulgar seus inimigos? Força para partir fortalezas com sua foice? Esse tipo de poder só gera destruição... Solidão. Vidas dedicadas para atingir o pináculo marcial, e então depois suas almas são consumidas pelos sacrifícios que fizeram para conseguir alcançar esse feito... Eu costumava ter o mesmo pensamento quando era um jovem... Até perceber o quão sem sentido tudo isso é. - A ultima frase era dita em um tom casual, a expressão próxima de um sorriso. Sua mente havia sido invadida por memórias de seu passado, a história de um jovem Shinigami que a certa altura poderia ser considerado a espada de toda Gotei 13.

- E então observando aqueles a quem eu admirava eu descobri a resposta. A única coisa a se fazer com tal poder é proteger o sonho das pessoas ao seu redor. - Seus olhos determinados mais uma vez voltaram a encarar o Hollow, naquele que possivelmente era o desfecho de seus dialogos.
- Somos como Oléo e a Água quinto espada, temo que tenhamos que concordar em discordar. E agora mais do que nunca percebo que devo elimina-lo, caso contrário estarei permitindo que se torne mais forte, o tornando o eventual arauto de mais conflitos entre as raças. -

- Vamos deixar que nossas lâminas digam quem está certo e quem está errado. -

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Saber que o líder dos Exéquias foi quem havia começado a luta no deserto me trouxe uma sensação de calor percorrendo todo meu corpo. Ele estava mesmo lutado contra cinco oponentes de uma vez só e conseguiu levar um deles? Não consegui esconder o sorriso que anteriormente ostentava. Dessa vez, não era um sorriso de desdenho mas sim de orgulho.

— Uma pena ele ter perdido a vida nas mãos de vermes. Tenho certeza que seria um oponente formidável. — Pela primeira vez meu tom sério apareceu. Fui sincero em minhas palavras, o máximo possível.

Escutei sobre os Shinigamis que perderam a batalha na sala de reunião. De fato, o Ceifador à minha frente não fazia ideia do que realmente tinha acontecido dentro daquelas paredes. Será que eu deveria mencionar o fato de Denki, meu Rei, ter oferecido chá como um bom anfitrião? Ou então dizer sobre a tentativa falha de Noboru em intimidar os Espadas e o Rei dentro do nosso próprio mundo? Ou quem sabe falar sobre a estranha de cabelos verdes ter ativado sua transformação e tentado, de forma invasiva, mudar nossos sentimentos? Seria perda de tempo. Já estava conformado. Não conseguiria mudar a opinião dele com palavras.

— 500 anos? Por isso essa aparência de acabado. Nfufufufu. — A falta de interesse na conversa foi aumentando cada vez mais enquanto o Ceifeiro falava. Salvar pessoas? 500 anos de guerra entre Hollow’s e Shinigami’s? Admiração? De fato, somos como água e óleo. Mas, se fosse pra escolher, obviamente gostaria de ser o óleo, capaz de causar cicatrizes com um pouco de motivação certa.

Mantive o sorriso escutando as últimas palavras daquele breve diálogo que virou um monólogo por parte do Ceifeiro.

— É, vou te mostrar o significado de poder. — Apontei minha zanpakutou na direção dele, analisando a pouca distância entre nossos corpos. Não passava de cinco metros. Antes de partir na direção dele, deixei um pouco de minha Reiatsu abraçar o ambiente de forma invasiva, na tentativa de intimidar minha nova presa por conta de tamanho poder espiritual.

Em conjunto à tentativa de intimidação, parti, abusando da velocidade e agilidade para diminuir a diferença de alcance entre nós em um piscar de olhos. Frente a ele, com a foice pronta para ser utilizada, busquei um movimento semelhante ao que havia utilizado contra Nobara. Meu alvo inicial não foi o homem e sim sua arma. Girei a foice, buscando atingir a haste de ferro dela na base da espada de Ei Sei, a fim de desarmá-lo e jogar a arma dele para longe, dependendo unicamente da força impregnada no movimento e o quão gritante seria a diferença de nossos movimentos.

Aproveitei o resquício do movimento de girar a foice e da proximidade em que nos encontrávamos para, agora sim, começar meu ataque. Sem pausa e abusando do tamanho da minha arma, busquei um corte limpo e preciso, na horizontal, com objetivo de cortar os membros inferiores de Ei Sei, pegando da esquerda para direita e, caso tenha força suficiente no movimento, até mesmo decepar um dos membros.

Não obstante, girei sobre meu próprio eixo. Dessa vez, a tentativa seria aplicar mais um golpe, da direita pra esquerda aproveitando o giro e a força centrífuga, mantendo a base do meu corpo sólida enquanto realizava o giro. O objetivo seria atingir o braço direito do oponente em um movimento limpo e rápido.

Não sabendo se seria suficiente ou não, me movi rapidamente pra direita buscando abrir certa distância entre nós, visando ficar de costas para a única pilastra próxima, me mantendo atento aos movimentos do alvo com olhos fixos nele, como um predador observando sua presa.

HP: 683/800 l RE: 540/900 l ST: 5/7 l Cansaço: 0/4

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Re: [PVP] Water and Oil. - Publicado Qua Jan 25, 2023 10:34 pm

E quando o embate de palavras encontrou seu fim, havia chegado a hora de cruzar espadas. O Arrankar tomou a iniciativa e avançou na direção do Shinigami com velocidade máxima. O sorriso sádico em seu rosto, a foice empunhada em ambas as mãos. Na direção oposta desse poder Ei Sei, empunhando a Zanpakutou na destra com cabelos balançando, empurrados por uma corrente de vento criada pela pressão espiritual que emanava do Arrankar. Não estava diante de nada que já não tivesse visto antes e que tão pouco parecia lhe trazer alguma sensação de incomodo ou desconforto. Estava concentrado demais para isso.

Os olhos sequer pareciam piscar. Neles o Espada era capaz de enxergar seu próprio reflexo ficando maior a medida que se aproximava. Na distância correta, era capaz de enxergar neles o brilho das fagulhas, o cabo da própria foice se chocando com o cabo da lâmina do Shinigami que como consequência era arremessada no ar, girando sob o próprio eixo uma dezena de vezes antes de cravar-se no concreto.

Aproveitando-se do primeiro giro o Espada continuava disferindo outros dois golpes no Capitão da 2a divisão, que apenas acompanhava a tragetória da Foice imóvel como uma estátua. Quando ela tocava sua pele, Ryuugan podia sentir a força do choque se espalhando a partir da lâmina, tremelicando por toda sua extensão até chegar na Haste pela qual a segurava. A sensação era a mesma de tentar cortar uma liga de aço reforçado, ou um minério resistente. Por alguma razão a pele de Ei Sei parecia intresponível. Ele fitou rapidamente o Arrankar naquela distância e a seguir enquanto se afastava. Um sorriso ironico em rosto.

- Sua técnica é incrível... Devo admitir. - Disse o Capitão, suspirando. Logo em seguida encarou a lâmina cravada a alguns metros de distância à sua direita. Seu corpo primeiro ficou de perfil em sua direção, deu um passo, e então desapareceu em um Shunpo. Reaparecendo a alguns centimetros da Zanpakutou.
- De fato. Sua velocidade e Zanjutsu estão acima dos meus. - A destra agarrava o cabo da Katana e sem muitas dificuldades a arrancava do solo, recuperando a empunhadura perdida. Suas falas continham um tom casual e despreocupado.
- Ainda sim a pressão espiritual que flui naturalmente em nossos corpos estão em níveis totalmente diferentes. Você será incapaz de me ferir a menos que tente de verdade... - Afirmou mudando o tom da conversa, enquanto volta-va a encara-lo com olhos felinos.
- Isso é, se realmente for capaz. - Disse com um sorriso amigável arqueando o cenho.
- Agora é minha vez Hollow. - Terminou, extendendo o braço e apontando a lâmina na direção de seu rival.
- Sangue. - Evocou falando alto.

Neste momento sua Zanpakutou passou a emanar uma fina camada de vapor vermelha que rapidamente se espalhaçava pelo salão. O Shinigami gesticulou, como se realizasse um corte no ar com a destra, dissipando a fumaça no ar e revelando a nova silhueta da lâmina; Uma Katana serrilhada de cabo vermelho e empunhadura redonda. Ele a trouxe para próximo de sí, e deslizou suavemente alguns dedos da mão esquerda sob o fio da espada, despejando nele algumas gotas de sangue que pareciam desaparecer em contato com o aço.

Na sequência seu corpo avançava em velocidade máxima enquanto se aproximava o suficiente para desferir um golpe no cabo da foice, na tentativa de obrigar Ryuugan a provar do próprio veneno. Na sequência, um corte horizontal com força o bastante para partir a pilastra às costas de seu adversário, impedindo que pudesse usa-la como escudo. O movimento era seguido de um giro, que lhe colocava ás costas do alvo, para enfim desferir uma estocada, mirando diretamente no torso do Hollow.

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Vida: 1120/1500 Reiatsu: 575/940 Stamina: 7/9 Cansaço: 0/4

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Ver a espada do meu oponente dançando com o vento enquanto ia se distanciando do corpo de seu portador me trouxe uma sensação calorosa durante a batalha. Essa visão muito se assemelhava ao que havia feito com a pobre Ceifadora momentos antes, na reunião.

Não tive tempo para deleitar-me com o sucesso da investida, afinal, meus próximos movimentos foram completamente ignorados pelo Ceifeiro que, parecendo ter uma pele mais dura que o próprio aço, conseguiu repelir o primeiro ataque sem expressar qualquer tipo de dor ou desconforto. O segundo ataque, como o primeiro, foi repelido, fazendo minha mão que estava empunhando a arma tremer um pouco por conta do choque entre as duas forças opostas.

Franzi o cenho. Não havia visto nem ouvido relatos de um Ceifeiro tão forte fisicamente como esse à minha frente. Nem mesmo a Nona Espada estava no mesmo patamar que ele, mesmo já tendo se provado bastante útil durante a breve batalha na reunião. O que, de fato, me tirou do sério foram as palavras dirigidas a mim logo após meus golpes. Ele estava desdenhando da minha ofensiva, mesmo tendo sido desarmado de forma tão patética.

Deve ter sido sorte. Posso ter me descuidado… Pensei conforme ele desapareceu de minha vista, com uma técnica semelhante ao Sonido mas que sequer havia visto. Esse, de fato, parecia mais preparado que os vermes dois andares acima. Quando vi ele pegando a própria espada, já pressentia o que poderia acontecer. Uma única palavra foi dita, Sangue, quando a zanpakutou do Ceifeiro mudou completamente. Uma fina camada de névoa vermelha começava a se dissipar percorrendo todo o salão, não obstruindo minha visão, mas trazendo uma certa dramatização à cena.

Quando cortou os próprios dedos, mesmo que de forma insignificante, pude ter total certeza de que estava lutando contra um maluco masoquista. O sangue percorreu até a lâmina, desaparecendo sobre o aço da arma. Mesmo de longe, era nítido.

Quando ele avançou já tinha ideia de que era a vez dele atacar. Responderia na mesma moeda. Sem perdê-lo de vista, acumulei uma quantidade absurda de Reiatsu sobre meu corpo, sussurrando a frase característica para liberação de minha Transformação.

— Surja, senhor do relâmpago. — Minha pele mudou, recebendo uma tonalidade esbranquiçada. A cor roxa dos olhos começava a brilhar, assim como uma espécie de símbolo na testa aparecia, na mesma coloração também. Raios começavam a percorrer todo meu corpo e foice, energizando-os enquanto sentia aumentar potencialmente minha agilidade.

Meu sorriso se tornou mais sádico ainda e, aproveitando da minha velocidade e agilidade, não só para mover meu corpo, mas para conseguir acompanhar visualmente a investida do Ceifeiro que tinha como objetivo replicar o mesmo golpe que eu havia lhe feito sentir, desarmar. Girando sobre meu próprio eixo na direção contrária ao golpe dele, aproveitei do concreto da pilastra para cobrir parcialmente meu braço, recolhendo-o enquanto via a espada dele cortar o vento e se chocar contra o concreto.

Não pude tirar o foco dele, conforme vi mais uma ofensiva vindo na minha direção. O golpe emanava poder. Aproveitando da pouca distância entre nossos corpos, fiz com que minha foice balançasse envolta de mim diversas vezes, quase que como uma defesa intransponível. Ainda assim, ele tentou, de forma imprudente, recebendo meus golpes enquanto eu repelia o dele, evitando qualquer efeito posterior. A eletricidade imbuída na foice serviu para fazê-lo sentir e engolir as palavras que havia despejado contra mim anteriormente à sua investida.

Mesmo paralisado, mostrou determinação em querer ir nas minhas costas. Segui o movimento dele, aproveitando da minha agilidade superior para conseguir ficar de frente ao seu segundo golpe. Canalizei rapidamente uma pouca quantidade de reiatsu sobre a foice, se mesclando a eletricidade da transformação para defender, colocando minha arma na direção do golpe dele, interceptando a trajetória e fazendo as duas armas se chocarem, uma contra a outra.

O corte proporcionado pela minha defesa era evidente. Não consegui conter o sorriso sádico, ainda mais depois de escutar que eu precisaria me esforçar mais.

— Parece que essa pele não é tão resistente assim. — Respondi com um tom sarcástico, sentindo o poder pulsar por todo meu corpo. Era exatamente por isso que eu vivia. Sentir a adrenalina da morte, de lutar contra um bom oponente e, obviamente, me deleitar com o poder provindo da minha transformação. Uma aberração da natureza, assim como qualquer outra Espada vivendo sobre os tetos de Las Noches.

Acumulei uma quantia ínfima de Reiatsu em minha boca, produzindo ácido que logo foi arremessado na direção do Ceifeiro, visando acertar o rosto dele, principalmente, os olhos, buscando causar uma cegueira momentânea.

Aproveitando da pouca distância já que o Ceifeiro não tentou se reposicionar quando atacou, sem pausa alguma entre a ação de cuspir no rosto dele, movi minha foice fintando um movimento ofensivo, rápido, com a intenção de distraí-lo e criar uma brecha necessária.

Ainda durante o movimento, julgando já ter sido o suficiente para chamar a atenção dele pra finta, giraria em cento e oitenta graus, deixando a foice reta na horizontal, buscando atingir o braço dominante do qual ele segura a zanpakutou, com força e objetivo para decepar o membro, se assim conseguisse concluir minha tentativa.

Por fim, abusando mais uma vez da velocidade e agilidade em discrepância à dele sem pausa em comparação a ofensiva anterior, busquei as costas do alvo para aplicar mais um golpe, da direita pra esquerda, na intenção de cortar a perna em um movimento rápido, aplicando a mesma força do golpe anterior para, se o Ceifeiro não conseguisse resistir o suficiente, decepar o membro.

Julgando ser o suficiente por enquanto, corri até a pilastra um pouco mais acima de onde estávamos, fitando o oponente a todo instante para não ser pego de surpresa pelas costas em uma possível ofensiva dele. Próximo da pilastra, repetiria a mesma postura, ficando centímetros na frente dela, com as costas quase colada no concreto, enquanto permanecia olhando na direção de Ei Sei.

— Ryugan. Esse é o nome do Vasto Lorde que vai te matar. — Disparei a ameaça na direção dele. De fato, julguei-o digno o suficiente para saber o nome de quem o mataria em instantes.

HP: 683/800 l RE: 415/900 l ST: 4/7 l Cansaço: 0/4

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Re: [PVP] Water and Oil. - Publicado Sex Jan 27, 2023 3:43 pm

A liberação de sua Shikai logo evocou a reação do Hollow, ativando sua Ressúrection. Sua nova forma possuia a pele branca como o concreto no qual pisavam e finalmente revelava o rosto escondido oculto pela máscara de ossos. O roxo neon brilhando como faróis em seus olhos, mais vívidos do que nunca, replicados agora também por um símbolo em sua testa. Dois novos apêndices também surgiam ao redor de seu pescoço, suas finalidades, caso possuissem alguma, eram uma incógnita para o Shinigami assim como o som de pássaros que ouvia. Ei Sei todavia parecia ignorar todos estes sinais.

Estava decidido a tomar os riscos, era tarde demais para voltar atrás, já havia perdido muito tempo. Foi incapaz de chegar à tempo de salvar Nobara, Ohta ou Komei, e agora enquanto batalhava sentia a Reiatsu de Kuina descrescendo gradualmente. Um fogo distante prestes a se apagar.
Talvez tivesse perdido o foco nesse momento, e por um instante o Arrankar se aproveitou, ocultando-se através da pilastra que o ajudava a evitar o desarme, logo na sequência passou a girar a foice à frente do próprio corpo. Um olhar confiante em rosto. Ei Sei hesitou por um instante, e de imediato quando golpeou com a destra foi capaz de destruir a pilastra entre-eles. Os pedaços de concreto branco estilhaçavam no ar enquanto a estrutura acima de suas cabeças ameaçava ruir. A força por trás do golpe superava em muito a técnica exércida em sua execução. O arrankar todavia, permanecia intocavel.

Quando estocou o segundo golpe, já não possuia a mesma velocidade, e então lhe veio a sensação. Primeiro percebeu o campo estático que permeava o ar em volta do Arrankar, e depois de forma súbita, sentiu a eletricidade percorrendo seu corpo, passando por cada uma de suas células até que a fibra de seus musculos ficassem rígidas. Foi só então que pode sentir o corte em seu peito se abrir, jorrando sangue aos seus pés.

- Então essa é sua verdadeira forma? - Disse Ei Sei, encarando seu oponente, a mão esquerda tocando o ferimento em seu peito. Havia sido ferido duas vezes na mesma noite, um evento raro. Aquilo não parecia um bom sinal.
- Acho que mereci isso. Eu com certeza fiquei muito descuidado. - Franziu o cenho, suspirando, enquanto assumia novamente uma instância de luta. Pensou nas possibilidades. "Talvez o primeiro e o segundo ataque tivessem sido uma armadilha para que avançasse de forma descuidada." "Ou talvez não. Após a transformação sua velocidade também mudou. Provavelmente estava lidando com uma besta completamente diferente agora""Definitivamente estou lidando com algum tipo de paralisia". Juntou todos esses pensamentos e confabulou que era necessário ser mais prudente em seus próximos ataques.

Enquanto pensava, o Hollow voltou a tomar iniciativa com uma cusparada de ácido em sua direção, algo que já havia visto outros Hollow fazendo antes. Com a Zanpakutou empunhada na destra, o shinigami a levantou até a altura de sua cabeça, descendo o braço em um corte com Reiatsu capaz de dissipar o ácido no ar antes que pudesse atingi-lo.
Ele viu a finta do Arrankar mas não foi capaz de evita-la, assim como mal pode aparar o ataque seguinte graças a sua velocidade. O aço de ambas as armas se tocaram no bloqueio, as faícas foram arremessadas mas a foice ainda foi capaz de tocar sua pele lhe cortando. Sentiu a estática ao redor de seu corpo enquanto movimentação do Arrankar continuava, terminando em um corte que o Shinigami era incapaz de evitar.

Seu sangue mais uma vez era arremessado ao ar, enquanto seu corpo permanecia estátíco. Seus olhos acompanhavam novamente enquanto o Quinto espada se distânciava. A eletricidade pecorrendo seu corpo. Os músculos não respondiam.

Os olhos do Shinigami se moveram, encarando os próprios ferimentos por um instante, antes de se fecharem. Quando os abriu novamente sua pressão espiritual explodiu. Um tom neon de amarelo dourado o envolvia de forma intensa, fazendo com que sua silhueta gigante se oculta-se em seu interior. Junto dela eram arremessados no ar pedaços de concreto que se desprendiam, e uma sede de sangue incomum que parecia se espalhar com o vento. Um convite para uma nova investida do Arrankar. Um brilho continuo que aguardaria até o momento em que se aproximasse o suficiente para cega-lo.

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Vida: 875/1500 Reiatsu: 425/940 Stamina: 6/9 Cansaço: 0/4

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Bingo. Conseguia mais uma vez não só encostar em Ei Sei, mas como também feri-lo consideravelmente. Quem diria que no meio de tantos músculos e certo carisma existiria sangue, né? Gargalhei vendo a situação do Ceifeiro piorar significativamente. Além dos cortes, minha eletricidade conseguiu correr por entre nossas armas e afetar o corpo dele mais uma vez, entretanto, diferente de quando eu havia defendido, essa paralisia parecia ainda mais brutal e invasiva.

Ele não mostrou nada em relação ao meu nome, sequer deve ter escutado. A paralisia devia estar mexendo não só com o corpo mas com a mente dele também. Afinal, que homem em sã consciência não reconheceria seu oponente como digno e falaria seu nome em retribuição à gentileza? Não se faz mais Shinigamis como antigamente. Esses são fracos e arrogantes. Pensei comigo mesmo, vendo ele de joelhos de forma similar ao que aconteceu com todos os outros dois andares acima.

Pensei em repreendê-lo, mas quando olhei de volta para seu corpo, vi uma aura amarelo vívido começar a abraçar o corpo do Ceifeiro de forma intensa e acalorada. Doía os olhos só de ver de longe e fiquei imaginando como seria de perto. Insuportável, com toda certeza. Mas não posso parar agora.

A técnica dele não foi suficiente para tirar meu ímpeto, entretanto, senti uma outra explosão de Reiatsu sair do corpo dele. Dessa vez, não conseguia ver, mas meu corpo era invadido por uma vontade diferente. O medo, sensação que depois de me tornar um Arrankar e quebrar minha máscara nunca mais senti. Hesitei, com toda certeza. Me vi, pela primeira vez, temendo um adversário, por mais que ele não se mostrasse tão forte assim.

Balancei a cabeça algumas vezes de forma negativa, chegando até mesmo a dar alguns tapas na minha própria face. Tentei me concentrar, esquecendo um pouco a sensação que me abraçou, por mais que ela não me deixasse esquecê-la com tanta facilidade. Teria de conviver com a sensação intrusa.

Alguns segundos se passaram. A sensação permaneceu e o clarão não se mostrava uma luz passageira assim como um clarão deve ser, mas sim algo mais intenso e duradouro. Não tinha como voltar atrás. Por mais forte e resistente que eu seja, lutar duas batalhas seguidas, mantendo minha transformação ativa traria sérios problemas ao meu corpo. Sentia isso a cada instante em que mantinha a Tormenta ativa.

Por mais que minha consciência pedisse para não ir, pensar em um plano melhor, meu alvo estava à minha frente, suplicando para ser caçado. Peguei um pedaço de concreto com a mão não dominante na intenção de diminuir a força da luz conforme avancei. Talvez pelo tamanho insuficiente ou pela força daquela técnica, o objeto não serviu de nada. Quanto mais perto, mais difícil era enxergar até chegar em uma distância da qual não conseguia enxergar mais nada. Me via completamente envolto por aquela luz vibrante.

Mesmo não conseguindo enxergar, desferi golpes no ponto em que meu alvo estava antes de eu ser abraçado pelo clarão. Um golpe de cima para baixo, com a lâmina da foice e o outro pegando na horizontal, da esquerda para direita, aproveitando o movimento do primeiro golpe, sem pausa alguma. Não conseguiria ser tão preciso em onde acertar no corpo de Ei Sei, como das outras vezes, mas acreditando ser suficiente, corri para longe do clarão na tentativa de voltar a enxergar melhor.

De costas para mais uma pilastra, a poucos centímetros de distância, permaneci, conforme sentia minha visão voltando aos poucos.

HP: 800/800 l RE: 355/900 l ST: 3/7 l Cansaço: 0/4

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Re: [PVP] Water and Oil. - Publicado Dom Jan 29, 2023 2:10 am

E então ao redor de Ei Sei sua Reiatsu se expandiu, brilhando como uma explosão de Ions. Faíscas cintilantes de coloração dourada envolviam sua silhueta, que pouco a pouco desaparecia como uma mancha escura dentro de sua luz, exceto talvez por um par de olhos. Eles observavam Ryuugan fixamente, e ele também era capaz de enxerga-los de volta, na forma de duas esferas vermelho-sangue. Seus cabelos brancos eram arremessados na direção oposta pelo vento, que também carregava consigo uma aura assassina, uma sede descomunal. Forte o bastante para faze-lo hesitar.

Quando o medo lhe aflingiu, lembrou que era a primeira vez que era intimidado pelo ímpeto de um rival e não o contrário. Um instante depois ele se estapeou, encarou o shinigami e decidiu que deveria faze-lo. Avançou.
Instantes depois era incapaz de enxergar um palmo a frente do próprio rosto.

- Um vasto lorde é? Faz uma centena de anos que não enfrento alguém do seu tipo. - A voz de Ei Sei invadiu os ouvidos do Arrankar. Sua mão esquerda novamente tocava outro ferimento. Mesmo cego, ainda era um alvo imóvel para o Arrankar. Embora a foice mais uma vez tenha falhado em corta-lo no primeiro golpe, não teve a mesma sorte no segundo.

- Meu nome é Ei Sei. Braço direito de Ayato, ex-comandante da primeira divisão, e atual capitão encarregado da segunda. - Completou após uma pausa. Pensou que talvez estivesse jogando ao ar uma informação inútil. Sequer sabia se o Hollow compreendia o que eram as 13 divisões, quem era Ayato, e a diferença entre Tenentes e capitões. A essa altura, a reiatsu dourada ao redor do corpo de Ei Sei já havia dissipado por completo. A ultima fagulha parecia sair a partir da ponta de um fio de cabelo. Os olhos em seu tom usual de castanho claro.

A primeira técnica utilizada era um fluxo que não era capaz de manter por mais tempo, e a segunda a materialização da sede de sangue de sua Zanpakutou infundida com o próprio Reiatsu. Truques que havia aprendido com o passar dos anos, e que já haviam lhe salvado antes.

Por um breve instante ele abaixou a guarda, e apenas agradeceu a própria sorte, se é que tal coisa existia. Ele encarou os dedos da palma, a abrindo e fechando duas vezes. Quando terminou, deu um passo a frente, e então sentiu seu corpo voltar a funcionar, como uma engrenagem que havia sido sabotada, mas que já havia sido concertada. Embora tenha ouvido as palavras do Vasto Lorde no momento em que foram proferidas, optou por não responde-las. Ao invés disso sua mente estava empenhada em cronometrar em segundos o tempo em que esteve paralisado. Com sua experiência isso lhe permitiu fazer alguns ajustes, adaptar sua estratégia de combate.

- Ryuugan... Você tem um diabo de habilidade aí consigo. Pelo visto não só é capaz de me ferir, como também me paralisar. Estou surpreso admito. Sem sombra de dúvidas, o número cinco não faz jus a seu poder. - Disse Ei Sei enquanto deixava um sorriso sonoro escapar. A mão rebuscava o cabo da pistola. Os movimentos seguintes foram: sacar, mirar e engati-lhar, sendo feitos nessa exata ordem.

- Mas como eu disse antes... Eu irei para-lo aqui, custe o que custar. - E apertou o gatilho. O estampido do revolver podia ser ouvido de longe. A bala carrega de Reiatsu na direção da perna do Hollow. E depois um movimento planejado.

Ei Sei já havia o visto duas vezes escondendo-se atrás das pilastras, e agora usava isto a seu favor. Embora soubesse que a cegueira lhe era temporária, e que poderia acabar agora mesmo, ele se aproveitou dela, assim como do campo de visão parcial que o Arrankar tinha toda vez que se escondia atrás de uma das pilastras, um padrão comportamental que havia seguido até ali, e que abria o timing que o shinigami compreendeu como o perfeito para se ocultar. Seu corpo evadiu na direção oposta e durante o movimento, em um piscar de olhos seu corpo desapareceu. O Shunpo utilizado sequer reproduzia algum som. E sua nova distância não permitia contato visual com seu adversário. Tomou até mesmo o cuidado necessário ao ocultar sua Reiatsu, desativando sua Shikai temporariamente.

Já havia colhido informações o suficiente sobre as habilidades de seu adversário, agora era hora de enfrenta-lo com a sabedoria e experiência.

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O clarão irritante foi se dissipando quando escutei as palavras do Ceifador e, finalmente, seu nome. Ei Sei. O restante pouco importava, sequer entendia quais as diferenças entre Capitão e Tenente. Ayato? Quem diabos é Ayato? O que importava, de verdade, era saber o nome de quem eu mataria.

Perdi alguns segundos fitando a lâmina da minha foice, com mais sangue ainda do que antes. Tinha conseguido cortar Ei Sei mais uma vez, dava pra ver no corpo dele mais uma marca de nossa batalha. Para quem estava tão confiante que não seria cortado no começo, agora, era óbvio no seu semblante certa cautela em me enfrentar, por mais que permanecesse determinado a ganhar.

— Sim, o número cinco não me veste tão bem. Quem sabe ser chamado de Rei? — Gargalhei quando escutei ele falar sobre a hierarquia do meu mundo como se soubesse algo sobre ela.

Não estava totalmente focado nele, muito pelo contrário. Analisava todo o entorno quando vi ele puxar um objeto metálico com acabamentos dourados. Nunca havia visto algo como aquilo, mas sentir seu poder se acumular por entre o item e desferir, a partir dele, me alertou de imediato. Parecia potente. O disparo se deu de forma rápida e precisa, viajando os metros que nos separavam.

Similar ao Bala, técnica característica dos Arrankar capaz de mimicar o poder, guardada as proporções, de Cero’s. Vi toda a trajetória do que foi disparado na minha direção. Esquivei indo para a direita, usando a pilastra como auxílio para que minha defesa fosse um sucesso. O projétil de Reiatsu causou um impacto forte na pilastra, fazendo-a rachar em algumas partes antes de começar a desabar em grandes pedaços de concreto. Estava ao lado dela, longe o suficiente para não ser atingido pelos resquícios de concreto, mas quebrar algo de trinta metros ou maior mostrava tamanho poder da arma.

Quando voltei a focar no meu oponente, ele já não estava mais lá, à minha frente, assim como antes. Vi a poça de sangue no solo arenoso, como algumas gotas envolta, mas nada que me desse uma pista rápida de para onde ele pudesse ter ido.

Franzi o cenho de imediato. Como ele teve coragem de me ameaçar novamente e, um segundo depois, sumir da minha vista como uma presa acuada e indefesa. A luta, apesar de duradoura, estava unilateral. Tanto eu quanto ele sabíamos disso. Ele não conseguia fazer nada a não ser se defender, quando conseguia e eu, diferente dele, conseguia mostrar toda a minha força, mesmo tendo dificuldade para sobrepujar o resistente corpo do Ceifeiro.

— Então é assim que você vai me parar? Fugindo? Vocês são todos patéticos, assim como Kuina, sua Comandante, é. Não merecem sequer existir em um mesmo lugar que a minha raça. — Tentei mexer com o psicológico dele enquanto me movi até a pilastra onde estava, analisando as gotas de sangue e a poça maior.

Olhei atrás da pilastra, se é que podia chamá-la assim após o golpe de espada de Ei Sei, alguns segundos antes. Não conseguia ver nada de diferente. Então, decidi ir um pouco mais pra frente, na direção da próxima pilastra. Ali, também não consegui ver nada. Olhei pro solo, não achei sangue. Olhei pros lados, nada do meu oponente ou qualquer vestígio dele ter passado por ali. Respirei fundo, bufando no fim. Não estava crendo nisso. Havia saído da reunião, aonde tinha acabado de sobrepujar três Ceifeiros de forma fácil, pensando que Ei Sei poderia ser um oponente mais digno que qualquer outro que estivesse dentro de Hueco Mundo, mas, no fim, não passava de uma escória assim como os outros, fugindo e mostrando fraqueza.

Atrás da pilastra, permaneci, com as costas coladas nela e buscando olhar para todos os lados na tentativa de achar algum resquício de onde Ei Sei poderia ter passado, tentando ver, principalmente, se ele havia deixado cair o próprio sangue no solo.

HP: 800/800 l RE: 260/900 l ST: 2/7 l Cansaço: 0/4

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Re: [PVP] Water and Oil. - Publicado Seg Jan 30, 2023 11:54 pm

Ei Sei podia ouvir claramente as provocações do Arrankar, assim como os insultos a ele dirigidos. "Não importa." Pensou enquanto checava o tambor de sua arma. A dentre por cima de um ferimento, o sangue vazando por entre o indicador e o médio. As costas alinhadas à pilastra, tão próxima que podia sentir a textura fria do concreto encostando no dragão ás suas costas. Contou polvora suficiente para quatro disparos, e então guardou a arma de fogo na cintura, no lado oposto da Zanpakutou.

- Lamento Kuina, acredito que irei demorar um pouco mais do que pensei. - Suspirou fechando os olhos. Uma gota solitária de suor escorrendo pela testa. Ela deslizava por entre a cicatriz, passando pela maçã esquerda de seu rosto antes de chegar até o queixo e por fim pingar na poça de sangue que se formava aos seus pés. - Ainda assim não posso me dar ao luxo de perder... Não agora. - Abria os olhos, encarando a parede lisa à sua frente. Neles a mesma determinação e confiança que nunca o havia deixado. E junto delas um novo plano de combate que era capaz de desenhar com o tempo ganho. Seu corpo mais uma vez evadiu, abandonando a pilastra antes de novamente desaparecer aos olhos de seu rival, para aparecer novamente no outro extremo da sala. Em seu mente possuia um plano, talvez alguma armadilha, um jogo mental para que testasse as reações de seu advesário, ou quem sabe estivesse esperando por algo, uma brecha por exemplo. Seja como for, aos olhos do Arrankar talvez pudesse parecer que estava simplesmente fugindo, ou que havia enlouquecido.

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O quão patético era a cena? Funcionava como brincar de gato e rato. O caçador caçando sua presa. Mas, deveria ser assim? Após tanta falação sobre salvar os outros, me fazer pagar… será mesmo que deveria ser assim? Fugir de uma luta, tendo a chance de me fazer pagar, assim como ameaçou? As atitudes de Ei Sei fugiam e muito do que eu considerava como aceitável vindo de um oponente do qual eu priorizei, largando todas as conquistas de uma guerra e os espólios provindos dela.

Fiquei mais alguns minutos olhando de um lado ao outro. Não conseguia manter meu foco em um só ponto, afinal, precisava procurar o verme aonde quer que estivesse, se realmente estivesse dentro do grande salão. Poderia ter fugido, já, não me surpreenderia se fizesse.

Daquele lado não havia sinal de sangue, barulho da presa acuada e com medo, nada. Absolutamente nada. Somente o silêncio e a penumbra característica de Las Noches.

— É, talvez esse tenha sido o principal problema de vocês nessa empreitada. Não conseguir cumprir com as promessas. Te esperei por muito tempo, Ei Sei. Sonhei com o dia em que meu maior oponente, aquele que eu precisaria subjugar em uma luta até a morte, iria aparecer. Acreditei que você seria esse oponente formidável quando conseguiu defender meus dois primeiros golpes. — Pausei franzindo o cenho e cerrando ambos os punhos, um deles, segurado a haste metálica da foice. Rangi os dentes antes de continuar.

— Sou um Arrankar falho. Coloquei muitas expectativas em você… não se sinta mal por isso, é normal ser fraco e ter medo. Eu também teria se tivesse nascido do outro lado da moeda. Bom… você sequer deve estar aqui agora. É apenas um desabafo, Las Noches, de um ser simples que só queria encontrar a motivação certa. — Finalizei o desabafo fechando os olhos e escutando o barulho de pássaros provindo de Tormenta. O desgosto era tanto que havia esquecido de desativar a transformação, mas quando comecei a me mover Tormenta já não estava mais comigo.

Voltei cerca de trinta e oito metros para trás, parando e observando mais um pouco. Estava descrente que ele teve a coragem de fugir, mas, como não consegui ver nada, nem mesmo rastros de sangue na parte mais atrás do salão perto de onde havíamos lutado, fui perdendo as esperanças. Não estava contente. Usei o Sonido para me auxiliar no deslocamento, indo até a parte externa do salão, me deparando com a parede esbranquiçada. Olhei pra direita, atrás da pilastra. Nenhum sinal. Pra esquerda, nada além da penumbra. Bufei, respirando fundo.

Incrédulo com a situação, peguei a zanpakutou com firmeza, realizando um golpe seco de cima para baixo visando quebrar o solo abaixo dos meus pés. Se ele realmente havia fugido da luta, não tinha mais motivos pra permanecer ali. Estava cansado, quase no meu limite do esgotamento físico. Sairia pelo buraco criado.

As marcas que eu causei estariam perpetuadas para sempre no físico e mental de Ei Sei. O vencedor daquela breve luta, ou melhor, massacre unilateral era óbvio. Se ele queria tanto salvar Kuina, finalmente teria sua chance, apesar de julgar pelos poderes limitados dele que não conseguiria durar sequer três minutos contra Kana.

HP: 800/800 l RE: 235/900 l ST: 2/7 l Cansaço: 0/4

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Re: [PVP] Water and Oil. - Publicado Qui Fev 09, 2023 12:32 am

- Impaciente... - Ei Sei fechou os olhos enquanto a fumaça subia. Havia recém acendido seu cachimbo, após finalmente perceber que seu adversário havia deixado o campo de batalha. Sua impaciência ao se demonstrar incapaz de encontra-lo e lidar com suas táticas de espionagem diziam muito sobre sua personalidade, assim como modo de pensar. Seus olhos encaravam a cratera criada pelo Hollow pra evadir, a poucos metros de seus pés.

- Tsc. Fui incapaz de toca-lo, sua zanjutsu estava perfeita esta noite. - Disse para sí mesmo, enquanto encarava a lâmina na destra. Infelizmente foi incapaz de validar seu ponto, ou demonstrar seu poder total. O quinto Arrankar certamente subiria de número após as mortes do primeiro e segundo espada, e agora conhecendo sua personalidade e ambição não possuia dúvidas de que havia enfrentado o prodígio que se tornaria o próximo rei Hollow a governar o Hueco Mundo, graças a sua falha; A incapacidade de para-lo ali. O que certamente contribuiria para que ficasse mais forte.

Os anos estavam passando para Ei Sei. Quando convocado pela Central 46 para assumir o posto de capitão temporário estava a pelo menos dez ou vinte anos parado, sem sequer tocar a Zanpakutou. Tão pouco utiliza-la em combate. Ryuugan entretanto, havia se demonstrado um bom desafio. Inteligente, afiado. Alguns de seus golpes eram incapazes de perfurar seu corpo, mas ainda sim a breve dança de ambos tenha sido o suficiente para aquecer o Shinigami que simplesmente parecia lento demais para alcança-lo. Era como a sensação de estar de volta a ativa depois de pelo menos cinco décadas sem ser de fato alvejado por algo capaz de perfurar sua pele. Naquele noite entretanto, já havia perdido as contas.

Havia demorado demais para solucionar o enigma que era as habilidades de seu adversário, e quando foi capaz de vir com uma estratégia apropriada, e estava pronto para de fato liberar sua força total, ele simplesmente já estava cansado, e decidiu por abandonar o campo de batalha, ao invés de persegui-lo em um jogo de sombras que era a especialidade de sua divisão. Desde o ínicio a medida que lutavam, Ei Sei era capaz de sentir sua Reiatsu diminuindo, então suas palavras não lhe enganavam. Ele entendia o real motivo pelo qual ele havia abandonado o campo de batalha, embora reconhecesse sua falha em ser incapaz de para-lo. Infelizmente as coisas eram assim. Talvez simplesmente tivesse mais sorte com o próximo Hollow.

- Kuina... - Pensou fechando novamente os olhos e sentindo a Reiatsu da capitã comandante, rapidamente esquecendo de seu rival e lembrando de seu real objetivo.
- Aguente só mais um pouco... Estou a caminho. -

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Vida: 765/1500 Reiatsu: 325/940 Stamina: 6/9 Cansaço: 0/4

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PVP — Water and Oil

Boa galera, deixarei abaixo, como forma de oficializar o fim do Evento e a atribuição das recompensas, o que vocês receberam com esse PVP. Pelo que vi, não houve um vencedor efetivo, mas como houve um grande empenho de cada um, creio que seja justo a recompensa a seguir:

Coca: 1 Vitória PVP (Nível 3)
Kurt: 1 Vitória PVP (Nível 3)

Re: [PVP] Water and Oil. - Publicado

1999

Inverno

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