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antemortem
脳にキく薬
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coagula
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Caminhar pelo turvamento que interligava duas dimensões juntas foi um processo que não durou muito tempo, mediante a eficácia da tecnologia implementada no portal que estavam utilizando. Desta forma, poucos minutos depois, os quatro ceifadores puseram seus pés de volta na dimensão que os pertencia. Estavam, mais especificamente, em uma das entradas para o grande complexo que compunha o Instituto Shinigami de Pesquisa e Desenvolvimento. Naturalmente agindo como o líder por ali, o capitão e pesquisador Nimura Kishō conduziu o pequeno grupo laboratórios adentro. — Suponho que Magnus era, de certa forma, forte. — Diria para Kurosawa, dando continuidade no assunto que se iniciou no Mundo Humano. — Mas não se preocupe. Ele não lhe incomodará mais. — Concluiria. Passavam através de uma plataforma superior por uma imensa sala ─ o laboratório principal ─ que continha quase que a totalidade da força de pesquisas da divisão. Cientistas, de todas as idades e de todas as vertentes de conhecimento, operavam máquinas, conduziam experimentos ou ensaiavam apresentações para seus superiores num ambiente que parecia ser o seu próprio universo, separado do Gotei 13, separado da Seireitei, separado de toda a Soul Society. Poucas coisas do mundo exterior realmente importam ali, num lugar que preza pelo conhecimento e pela inteligência acima de quaisquer tarefas mundanas. Peles de cor escarlate, pregos na testa, centenas de piercings nos seus rostos, tatuagens, gigantes de quatro metros de altura: Nimura poderia ser o mais atípico entre os capitães, mas definitivamente não era o de sua própria divisão.
Cruzaram, então, uma espécie de antecâmara assim que saíram do laboratório principal. Neste momento, Aoi desapareceu com o cadáver pela porta à direita. Como previamente instruída por seu mestre, extrairia a substância espiã que havia sido plantada em Noboru para reciclar a mistura para preservar aquela fornada de agentes patogênicos. O restante do grupo, por outro lado, prosseguiu por mais algumas portas e corredores para o norte. — Vocês sabem me dizer o que é uma Zanpakutō? — Interpelaria durante o andejar. Neste momento, passariam pela frente de uma dupla de portas para um dos laboratórios pessoais ─ este havia sido atribuído a Dobu, uma peculiar forma de vida de três olhos, três metros de altura e novecentos quilos. Trabalhando como cientista, o grupo de Kishō passaria pela frente de seu laboratório no exato momento em que um dos tentáculos de seu subordinado engatilhava um novo tipo de canhão de gás. Voltou um de seus olhos para o grupo, mas continuou a trabalhar. Nesta altura, o capitão provavelmente já teria ouvido uma resposta. — Uma Zanpakutō é uma Asauchi que recebeu o fragmento da alma de um Ceifador. Nada mais. — Concluiria, finalmente posicionando-se diante de duas grandes portas albugíneas de mármore. — Bem-vindo de volta, mestre. Noto que está acompanhado, hoje. Sejam bem-vindas: Komei. Kurosawa Nobara. — A inteligência artificial da serpente imediatamente escaneou o seu rosto, lhe concedendo acesso e imediatamente abrindo as portas do laboratório pessoal de seu criador e tutor. Este laboratório, por sua vez, era maior do que os próprios aposentos de um capitão, e se via suprido por toda a sorte de aparatos científicos, eletrônicos ou tecnológicos em geral.
Tendo antes os recebido com sua doce e régia voz, Kusanagi agora, com o fervor de um adolescente, flutuou através de seus cabos de contenção para vê-los “pessoalmente”. — É muito bom conhecê-las! Trouxe-me novas amigas, mestre? — Levitou para perto das duas, desvencilhando-se de seus cabos de contenção brevemente, apenas para ficar na mesma altura que elas para fazer uma reverência, curvando seu corpo de metal por alguns instantes. — Improvável. — Redarguiu o capitão, sentando-se de frente para um imenso computador que, na verdade, coordenava todas as operações da divisão. Digitava um pouco, realizava um gesto com sua mão para mudar uma das telas, deslizava as rodinhas de sua cadeira para outro monitor, digitava mais um pouco e assim sucessivamente. — Fez café? — Perguntou. Ao invés de responder, conectou-se novamente aos seus eletrônicos, flutuou para seus aposentos pessoais e rapidamente voltou com uma garrafa e três copos. Olhou, novamente, para as duas visitas. — Podem beber, também! (Não precisam se preocupar. Não foi o mestre que fez.) — Folgazou, fazendo com que os olhos de Nimura a fuzilassem por metade de um segundo antes de voltá-los para o computador. — Argh. Pois bem. — Chamou-lhes a atenção, levantando-se de sua cadeira e virando de frente para as duas ceifadoras. Subitamente, desembainhou sua espada, erguendo a lâmina na horizontal para ilustrar o seu ponto. — Caso consigam um par de Asauchi com os parâmetros certos, basta treinarem novamente, como fizeram na academia, para despertar as mesmas habilidades que já tinham, porém numa nova espada. Eles terem confiscado-lhes suas Zanpakutō não significa muito, na verdade. — Concluiu, embainhado Manda novamente em sua toca.
Dentro de sua mente, ainda confabulava o motivo para desejarem a espada de um ceifador. Conseguiriam trabalhar com seu material, de alguma forma? Analisariam seus pontos fracos? Sequer tinham alguém inteligente o suficiente para saber que se empunha uma espada pelo cabo e não pela lâmina? Desejaria retornar para suas câmeras para obter respostas imediatas para as múltiplas perguntas que disparavam aos montes, embora não pudesse devido responsabilidades para com os demais. Esperava, contudo, que isto lhes esclarecesse. Tendo respostas ou não, se sentaria novamente, bebericando um pouco de seu café enquanto retornava para as frescas anotações que inseria em seu diário de pesquisas.
Cruzaram, então, uma espécie de antecâmara assim que saíram do laboratório principal. Neste momento, Aoi desapareceu com o cadáver pela porta à direita. Como previamente instruída por seu mestre, extrairia a substância espiã que havia sido plantada em Noboru para reciclar a mistura para preservar aquela fornada de agentes patogênicos. O restante do grupo, por outro lado, prosseguiu por mais algumas portas e corredores para o norte. — Vocês sabem me dizer o que é uma Zanpakutō? — Interpelaria durante o andejar. Neste momento, passariam pela frente de uma dupla de portas para um dos laboratórios pessoais ─ este havia sido atribuído a Dobu, uma peculiar forma de vida de três olhos, três metros de altura e novecentos quilos. Trabalhando como cientista, o grupo de Kishō passaria pela frente de seu laboratório no exato momento em que um dos tentáculos de seu subordinado engatilhava um novo tipo de canhão de gás. Voltou um de seus olhos para o grupo, mas continuou a trabalhar. Nesta altura, o capitão provavelmente já teria ouvido uma resposta. — Uma Zanpakutō é uma Asauchi que recebeu o fragmento da alma de um Ceifador. Nada mais. — Concluiria, finalmente posicionando-se diante de duas grandes portas albugíneas de mármore. — Bem-vindo de volta, mestre. Noto que está acompanhado, hoje. Sejam bem-vindas: Komei. Kurosawa Nobara. — A inteligência artificial da serpente imediatamente escaneou o seu rosto, lhe concedendo acesso e imediatamente abrindo as portas do laboratório pessoal de seu criador e tutor. Este laboratório, por sua vez, era maior do que os próprios aposentos de um capitão, e se via suprido por toda a sorte de aparatos científicos, eletrônicos ou tecnológicos em geral.
Tendo antes os recebido com sua doce e régia voz, Kusanagi agora, com o fervor de um adolescente, flutuou através de seus cabos de contenção para vê-los “pessoalmente”. — É muito bom conhecê-las! Trouxe-me novas amigas, mestre? — Levitou para perto das duas, desvencilhando-se de seus cabos de contenção brevemente, apenas para ficar na mesma altura que elas para fazer uma reverência, curvando seu corpo de metal por alguns instantes. — Improvável. — Redarguiu o capitão, sentando-se de frente para um imenso computador que, na verdade, coordenava todas as operações da divisão. Digitava um pouco, realizava um gesto com sua mão para mudar uma das telas, deslizava as rodinhas de sua cadeira para outro monitor, digitava mais um pouco e assim sucessivamente. — Fez café? — Perguntou. Ao invés de responder, conectou-se novamente aos seus eletrônicos, flutuou para seus aposentos pessoais e rapidamente voltou com uma garrafa e três copos. Olhou, novamente, para as duas visitas. — Podem beber, também! (Não precisam se preocupar. Não foi o mestre que fez.) — Folgazou, fazendo com que os olhos de Nimura a fuzilassem por metade de um segundo antes de voltá-los para o computador. — Argh. Pois bem. — Chamou-lhes a atenção, levantando-se de sua cadeira e virando de frente para as duas ceifadoras. Subitamente, desembainhou sua espada, erguendo a lâmina na horizontal para ilustrar o seu ponto. — Caso consigam um par de Asauchi com os parâmetros certos, basta treinarem novamente, como fizeram na academia, para despertar as mesmas habilidades que já tinham, porém numa nova espada. Eles terem confiscado-lhes suas Zanpakutō não significa muito, na verdade. — Concluiu, embainhado Manda novamente em sua toca.
Dentro de sua mente, ainda confabulava o motivo para desejarem a espada de um ceifador. Conseguiriam trabalhar com seu material, de alguma forma? Analisariam seus pontos fracos? Sequer tinham alguém inteligente o suficiente para saber que se empunha uma espada pelo cabo e não pela lâmina? Desejaria retornar para suas câmeras para obter respostas imediatas para as múltiplas perguntas que disparavam aos montes, embora não pudesse devido responsabilidades para com os demais. Esperava, contudo, que isto lhes esclarecesse. Tendo respostas ou não, se sentaria novamente, bebericando um pouco de seu café enquanto retornava para as frescas anotações que inseria em seu diário de pesquisas.
- Considerações:
- Todos os participantes autorizados deste tópico vieram daqui.
- Utilizado(s):
Kusanagi (Destruidora de Relvas, 草薙)
Rank: A.
Descrição: Durante a autópsia dos pedaços de sua alma artificial, "Mikan", o pesquisador Nimura Kishō decidiu reutilizar outro órgão importante além de seu apêndice ofídico: o cérebro. Por realizar uma mistura química para vincular o remanescente de Mikan com uma alma artificial, foi possível criar uma criatura diferente, com a personalidade de sua alma artificial enquanto retém todos os conhecimentos inseridos nos códices tecnocientíficos inseridos no cérebro de sua criação morta. Não tendo um corpo, por conta própria, cérebro e alma foram unidos dentro de uma casca robótica com aspectos femininos amenos. Desta forma, então, nasceu Kusanagi.
Geralmente confinada numa sala de computadores e utensílios científicos dentro do Instituto Shinigami de Pesquisa e Desenvolvimento, Kusanagi possui a parte inferior de seu cérebro conectada por múltiplos cabos de diversos propósitos: fluir informações e impedir sua morte cerebral sendo os principais objetivos dos aparelhos; a androide consegue sobreviver por dezesseis minutos quando desconectada de todos os cabos. Na maior parte dos casos, contudo, não é necessário: o objetivo desta é administrar, operar e transmitir informações ─ primeiro para seu criador e mestre, depois para aqueles que recebem a permissão do mesmo para serem agraciados por seu ímpar conjunto de habilidades.
Kusanagi exibe uma personalidade que Nimura descreve como "agradável e régia, semelhante a uma torrente chuvosa depois de um dia quente": é leal, completamente dedicada a seu trabalho e altamente inteligente, capaz de não apenas administrar toda a descarga de informações presente nos códices nela inseridos mas, também, de aprender novas proficiências sem aparentar dificuldades. Considera uma honra servir uma mente tão brilhante, e acredita que o apreço que tenha seja recíproco: seus aposentos foram colocados de forma paralela ao laboratório pessoal de seu mestre.
Efeitos: 1. Kusanagi é conectada diretamente a todos os computadores presentes na 12ª Divisão e no ISPD, tendo credenciais de acesso similares às do próprio capitão;
2. A androide pode se conectar automaticamente em todo tipo de dispositivo tecnológico ou biotecnológico presente na dimensão que ocupe; sua criação acompanha pequenos satélites voadores (05 satélites, 30cm cada) que podem expandir sua conexão para outros planos: pode se conectar em todos os dispositivos tecnológicos que não sejam itens criados por jogadores. Uma vez conectada, pode obter todas as suas informações e diretivas de uso. Para que consiga se conectar ao item de um jogador, um pequeno chip de acesso precisa ser inserido no mesmo para que Kusanagi consiga invadir seu uso;
3. Visto que compartilha a maior parte dos conhecimentos tecnocientíficos de Nimura Kishō, poderá realizar a fabricação de experimentos já aprovados sem a necessidade da criação de um tópico ou de lançamento de dados. Pode realizar fabricações semanais de itens já previamente criados, que serão acusadas num tópico à parte, pertencente unicamente à Kusanagi e ainda obedecendo os limites semanais;
4. Este experimento acompanha um conjunto (13) de borboletas infernais robóticas de longo alcance, úteis para comunicação em tempo real independente do lugar e que não são consumidas uma vez que a mensagem é dada; ao invés disso, o receptor da mensagem pode mantê-la consigo para a troca de informações, já que ela é, também, capaz de ouvir e ligar informações entre múltiplas borboletas infernais.
Rashōmon (Conflito, 羅生門)
Rank: S
Descrição: Rashōmon, também chamado de “Éden”, “Kasa Jizō” ou “Samsara”, é a maior tecnologia existente de deslocamento já fabricada por alguma forma de vida. Foi criado por Nimura Kishō debaixo da necessidade emergencial da Sociedade das Almas por uma forma de transporte interdimensional com sustentação de longa duração. O conceito inicial fabricado pelo cientista seria ocultar uma forma extremamente intrínseca de tecnologia dentro de um aspecto superficialmente simples ─ e isto foi atingido: construído numa caverna a uns cinquenta pés abaixo do laboratório particular do alto escalão da 12ª Divisão, na parte mais inferior do Instituto Shinigami de Pesquisa e Desenvolvimento, o Rashōmon parece ser apenas um torii simples, feito de madeira, talhado de forma rudimentar e com uma espessa e gasta corda que percorre horizontalmente o caminho de uma pilastra até a outra do portal, seria fácil confundi-lo como apenas parte do cenário caso ele não estivesse em evidência, no centro da secretiva gruta. O lugar onde é mantido é igualmente corriqueiro, e pode aturdir olhos desavisados como completamente ordinário; é, basicamente, o interior que se esperaria de uma caverna, com suas superfícies não tratadas, um riacho nos sopés do portal e as formas de iluminação, câmera e microfones espalhados de uma forma quase que improvisada, ainda que em abundância dentro do lugar.
Uma página de um dos vários livros de registros mantidos pelo detentor da mente por trás deste projeto fala o seguinte a respeito de sua estrutura em determinado excerto: “Por que coisas feitas ao contrário são muito mais interessantes do que quando são feitas da forma que se espera? Ora, prefiro um experimento de aparência simples e com um funcionamento intrínseco muito mais do que algo com traços complexos e pretensiosos com um funcionamento simples. Desta forma, decidi que a coisa mais interessante a se fazer seria camuflar o melhor portal feito por uma criatura com um simples e malfadado torii.”
O pequeno lago que acabou se formando naturalmente durante as escavações e mantém úmida a base do Éden acabaram encontrando uma utilidade: o fluxo constante de água foi conduzido até que se infiltrasse nas pilastras, correndo para debaixo da terra e agindo como uma forma de refrigeração natural quando entram nos exaustores conectados ao núcleo, que se encontra exatamente no meio do caminho de uma pilastra e outra a cinco metros abaixo da terra, mantendo-os sempre numa temperatura desejável. Dentro dos pilares em questão, o imenso fluxo de energia irradiado pelo núcleo furtivo é conduzido através de trezentos e trinta e três cabos de força em ambos, encarregados de distribuir essa torrente massiva de emissões à toda a extensão do construto, principalmente na parte do topo, que recebe retransmissores de reishi ─ quatro deles conectados à Sociedade das Almas, coletando e redirecionando a energia encontrada em sua atmosfera, e outros dois retransmissores centrais conectados à desconhecida massa nebulosa encontrada dentro de portais ordinários, como o Senkaimon, durante viagens entre dimensões, cumprindo a mesma função. Desta forma, este projeto já realiza a conexão de forma natural com a Sociedade das Almas em questão, com o seu ponto de origem sendo a caverna onde foi construído, e com a dimensão de matéria negra chamada pelo cientista de “Vazio”. Assim, falta, apenas, a terceira e última forma de alimentação do portal: o ponto de destino.
Esta é a única forma de inserção exterior necessária para alimentar o Kasa Jizō para que este programe em suas funções o destino da viagem; um fator que por vezes irrita a serpente que o projetou, desejando providenciar alguma melhoria assim que tiver tempo para isso. Usualmente, esta forma de inserção exterior é feita coletando uma “parte” da dimensão, ou mundo, ao qual se deseja viajar. Para realizar os testes e a validação experimental do Rashōmon, Kishō trouxe potes de vidro com grama, areia ou qualquer outro componente do solo das várias dimensões diferentes. Ao espalhar estes componentes logo na entrada do portal, logo abaixo da pilastra horizontal, o material começa a ser consumido, recebendo o aspecto de que está se desintegrando, enquanto se põem a mover para “dentro” do lugar. Em uma rápida construção que é conjurada a partir desta reação química, uma espécie de ponte púrpura se ergue para dentro do vazio de escuridão que se estende junto portão adentro. A mecânica de travessia interdimensional, então, apresenta-se de forma similar ao Senkaimon, embora possa ser um pouco mais difícil que isso: para poupar a energia necessária para manutenções longas deste experimento, pequenas plataformas surgem entre o “Vazio”, e torna-se necessária pular de uma em uma até chegar no destino em questão. Caso o portal vá ficar aberto por menos tempo que o seu limite ─ de dez horas ─, é possível fabricar uma ponte que conecte os pontos A e B e facilite a navegação. Esta limitação, por sua vez, é um outro aspecto que será trabalhado pelo cientista eventualmente, vendo-o como um defeito numa criação que possui o potencial de ser impecável.
E, então, tornam-se úteis num texto deste cunho, algumas informações adicionais, também retiradas dos registros pessoais do cientista: “Manter o fluxo de energia espaçado o suficiente para comportar os níveis espirituais de múltiplos capitães, como presumo que vá ser necessário, foi uma tarefa árdua. Mas foi, também, muito satisfatória e satisfatoriamente irônica: eu utilizei o mecanismo reverso de minha bomba de fissão para que, ativando-se no momento da abertura do portal, uma onda de impacto que consuma, temporariamente, toda a matéria negra em torno do ponto de origem, empurrando-o para trás e atrasando o seu avanço. Isto acontece através da descarga de energia acumulada pelo núcleo do portal, que, precisando ir para algum lugar, é disparada enquanto seus átomos se rompem, gerando um impacto grande e forte o suficiente para repelirem, temporariamente, as matérias que impossibilitariam viagens de longa duração. Afinal de contas, é esta área aberta, este “Vazio” durante as travessias que suprimem as capacidades de reiryoku deste lugar. Desta forma, toda a energia acumulada pelo núcleo durante seu tempo inerte é descarregada numa violenta explosão de fissão, criando não apenas o tempo necessário para viagens longas, mas também um enorme espaço que recebeu uma titânica descarga espiritual que pode, por sua vez, ser preenchido novamente por enormes quantias de reiatsu. Como a de vários capitães do Gotei 13, por exemplo. Anseio por contar aos meus colegas capitães esta parte, em específico”. E, por fim, em suas observações finais, ele diz o seguinte a respeito de um mecanismo espontâneo que descobriu durante seus testes: “eles não irão acreditar em mim se eu disser que o descobri por acidente, não é mesmo? Mas é verdade. Um de meus alunos, a garotinha Aoi, descobriu que, caso a substância espalhada nos pés do portal seja misturada com a substância de alguma outra dimensão, um labirinto infindável se criará dentro do Éden, fechando-o permanentemente dentro de incontáveis explosões de minha bomba de fissão que entrará numa reação em cadeia cíclica. É melhor eu manter minhas mãos bem distantes dessas substâncias quando meus queridos companheiros estiverem viajando!”
Efeito: Transporte interdimensional. Clique para obter visualização completa do portal.
Observações: Caso pego nas explosões, um indivíduo deve jogar um d20 por turno e tirar resultados maiores que treze para escapar dos ataques enquanto, de alguma forma, busca por uma saída. Terá três postagens para encontrar a saída, de fato, antes que a energia do núcleo se acabe e os pontos de entrada/saída se fechem.
HP: 700/700
RE: 1350/1350
ST: 07/07
RE: 1350/1350
ST: 07/07
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Midnight
Nona divisão Komei |
C
á estávamos novamente de volta ao mesmo lugar do início, o Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Shinigami, lar de diversas invenções que revolucionaram a Soul Society e o modo de viver dos ceifadores de almas e bom...lar de Nimura Kishou. Após cruzarmos a fenda entre as dimensões, saiamos em um novo ambiente, não de onde saímos da última vez, mas agora dentro do próprio laboratório, em uma de suas entradas. Nimura não parava, continuando a andar em direção do interior do prédio enquanto parecia conversar com Nobora. ”Completamente insano” pensava caminhando junto do grupo até olhar de soslaio para trás e ver sua assistente tomar uma porta a direita, por um momento eu erguia a mão tentando impedi-la, mas era tarde demais, o ambiente era selado por outra divisória de aço e agora Noboru estava nas mãos das crias da serpente. Se eu tivesse força, se eu fosse mais forte, talvez Ohta estaria recebendo um funeral digno, ou melhor, ele estaria vivo. Fechava as mãos com força, amaldiçoando minha própria fraqueza e assim continuava a caminhar junto ao grupo.Agora na outra sala olhava para o que deveria ser um assistente de Nimura, segundos antes de eu tomar um susto, primeiro pelo tentáculo que aquele ser possuía, segundo por estar testando o que parecia ser um...canhão? O som era estrondoso, mas tentava de uma forma ou outra não perder a compostura. De fato, Nimura Kishou era um completo maluco asassino, mas era brilhante, isso era inegável.
Continuávamos andando, passando por outra porta, e aí a bizarrice começava. Uma espécie de maquina começava a aproximar-se do grupo, contida por alguns cabos, o que fazia minha mão ir de encontro a zanpakutou, mas encontrava nada. Sem opções, dava apenas um passo para trás, mas ficava um pouco mais aliviada ao notar que tratava-se de mais uma das criações do cientista, aparentemente uma espécie de assistente, talvez ele fosse seu tenente? De todo modo afastava esses pensamentos e voltava a prestar atenção no grisalho.
Uma asauchi, sim, todos nós recebíamos uma desde nosso começo na academia Shin’o, mas seria possível despertá-la novamente e transformar em nossa zanpakutou, e nossa antiga, o que aconteceria com ela? Havia muitas perguntas ainda, mas se alguém poderia responder elas, com certeza seria o homem a frente. Assim, procurava ao redor por algo para escrever, até que lembrava do caderno, rapidamente levava a mão para dentro das vestes e encontrava-o ainda lá, são e salvo, pelo menos isso.
Retirava o pequeno caderno de notas e sua caneta, começando a escrever e virava-o, exibindo em direção ao cientista.
E quanto a nossa antiga espada? Nosso espírito continuaria lá? Não estaríamos dividindo nossa força ainda mais?
Esperava a resposta do outro e então os questionamentos de Nobara se viessem por fim apenas concordando com o próximo passo, iramos reforjar nossas espadas com nossas próprias almas, custe o que custar.
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DelRey
— rose
ichirin no hana
Your words will disappear. Your house will disappear. Your name will disappear. All memory of you will disappear.
O Instituto Shinigami de Pesquisa e Desenvolvimento era talvez o maior departamento dentro da Soul Society, além do mais único e diverso entre todos. Me sentia estranha, completamente deslocada, havia crescido próximo a nobreza, era difícil contemplar tamanha diferença entre minha própria raça, esperava aquelas aparências e deformidades em criaturas como os Hollows, mas não em outros Shinigami. — Você comanda uma divisão e tanto, Nimura-sama. — enquanto a sensação de perda deixava meu corpo e retornava para o conforto da minha casa, era possível se reconectar com meus laços familiares, mesmo naquele ambiente.
Era difícil separar ainda quem merecia ou não o meu respeito, mas eu entendia que numa estrutura e hierarquia como havia na Soul Society, eu não podia simplesmente ignorar as leis comuns que mantinham a ordem estável, além disso, se alguém parecia merecer o meu respeito nesse momento, era aquele homem.
Quando adentramos o corredor, era possível notar que Aoi se afastava, carregando o cadáver. Notei a movimentação de Komei, ela claramente estava incomodada com a perda de seu companheiro e talvez mesmo com minha admiração algo deveria ser dito. — Ele parece importante para ela, eu não conheço muito bem os demais Capitães, visto que na ausência de um líder na oitava eu estive muito ocupada nos últimos anos, mas lhe peço um favor, Nimura-sama, permita-a se despedir devidamente de seu amigo em um outro momento. — eu já tinha percebido que Nimura não era o mais gentil possível, ou o mais sentimental, mesmo assim, talvez por ingenuidade minha, eu acreditava que bastaria um pequeno empurrão para entender um pouco das decisões irracionais que Komei lidava e enfrentava no momento, pois além de perder um amigo, tinha perdido sua honra e zanpakutou, consequentemente, parte de sua alma.
— É a espada de um shinigami, certo? Ela carrega uma parte de nós, um poder oculto que demoramos anos para refinar e aprimorar. — por mais que não soubesse uma resposta tão detalhada do assunto, tentava responder todas as interações do capitão, evitando um silêncio constrangedor. Enquanto caminhávamos era possível ver algumas maravilhas — ou aberrações — frutos da magnitude daquela divisão e daquele homem. Experimentos e tecnologias que não podia sequer imaginar ou lidar, me perguntava quais os limites para aquela divisão, mas a pergunta logo deixou meus pensamentos ao notar um tentáculo, um canhão e uma explosão de gás, era muito para ser processado no momento. No fim, sua explicação final, que não distanciava inteiramente da minha, mas me relembrava da existência de uma Asauchi — Quase... — respondi baixinho, referindo-se a minha resposta incompleta, quase como se tivesse realmente retornado a academia.
Nossa caminhada parecia chegar a um fim, de frente a uma porta dupla, fomos recebidos por uma voz estranha, robótica, mas gentil. As portas se abriram, revelando o estranho aparelho que tinha falado conosco segundos antes, esse que se moveu através de seus fios, se aproximando para um cumprimento mais pessoal. — Oi... o prazer é nosso. — respondi desconfiada, era estranho conversar com uma maquina tão viva, parecia que possuía uma personalidade própria e assim como tudo o que tínhamos encontrado naquele instituto, era fiel a Nimura, nomeando-o de mestre. — Sua divisão também é assim, capitã Komei? A oitava é bem mais... comum. — comentei.
A máquina deixou a sala, por alguns segundos, obedecendo as ordens de Nimura, que exigia um pouco de café, ouvir aquilo animou meu estomago que estava completamente vazio e acordou minha mente, liberando um pouco de dopamina pela possibilidade de se deliciar com sua bebida favorita depois de tanto caos. Quando ela retornou, esperou que alguém lhe permitisse desfrutar da bebida, se surpreendendo com a brincadeira provinda do robô, tentando disfarçar sua risada. — Agradeço. — respondeu, pegando um dos copos.
Nimura concluiu sua explicação, deixando uma interpretação no ar, mas que rapidamente acreditei tirar de letra a solução. — Certo. Então se normalmente as Asauchi ficam na academia, não deve ser difícil uma Capitã e uma Tenente invadirem e arrumarem uma, certo? — respondi. Dei mais um gole no copo de café, retornando minha fala — Eu quero tentar. Mas isso não mudará o curso dos meus planos, eu retornarei ao Hueco Mundo e quando fizer isso, matarei todos os hollows no meu caminho, até recuperar minha antiga Zanpakutou. — conclui de semblante sério.
Era difícil separar ainda quem merecia ou não o meu respeito, mas eu entendia que numa estrutura e hierarquia como havia na Soul Society, eu não podia simplesmente ignorar as leis comuns que mantinham a ordem estável, além disso, se alguém parecia merecer o meu respeito nesse momento, era aquele homem.
Quando adentramos o corredor, era possível notar que Aoi se afastava, carregando o cadáver. Notei a movimentação de Komei, ela claramente estava incomodada com a perda de seu companheiro e talvez mesmo com minha admiração algo deveria ser dito. — Ele parece importante para ela, eu não conheço muito bem os demais Capitães, visto que na ausência de um líder na oitava eu estive muito ocupada nos últimos anos, mas lhe peço um favor, Nimura-sama, permita-a se despedir devidamente de seu amigo em um outro momento. — eu já tinha percebido que Nimura não era o mais gentil possível, ou o mais sentimental, mesmo assim, talvez por ingenuidade minha, eu acreditava que bastaria um pequeno empurrão para entender um pouco das decisões irracionais que Komei lidava e enfrentava no momento, pois além de perder um amigo, tinha perdido sua honra e zanpakutou, consequentemente, parte de sua alma.
— É a espada de um shinigami, certo? Ela carrega uma parte de nós, um poder oculto que demoramos anos para refinar e aprimorar. — por mais que não soubesse uma resposta tão detalhada do assunto, tentava responder todas as interações do capitão, evitando um silêncio constrangedor. Enquanto caminhávamos era possível ver algumas maravilhas — ou aberrações — frutos da magnitude daquela divisão e daquele homem. Experimentos e tecnologias que não podia sequer imaginar ou lidar, me perguntava quais os limites para aquela divisão, mas a pergunta logo deixou meus pensamentos ao notar um tentáculo, um canhão e uma explosão de gás, era muito para ser processado no momento. No fim, sua explicação final, que não distanciava inteiramente da minha, mas me relembrava da existência de uma Asauchi — Quase... — respondi baixinho, referindo-se a minha resposta incompleta, quase como se tivesse realmente retornado a academia.
Nossa caminhada parecia chegar a um fim, de frente a uma porta dupla, fomos recebidos por uma voz estranha, robótica, mas gentil. As portas se abriram, revelando o estranho aparelho que tinha falado conosco segundos antes, esse que se moveu através de seus fios, se aproximando para um cumprimento mais pessoal. — Oi... o prazer é nosso. — respondi desconfiada, era estranho conversar com uma maquina tão viva, parecia que possuía uma personalidade própria e assim como tudo o que tínhamos encontrado naquele instituto, era fiel a Nimura, nomeando-o de mestre. — Sua divisão também é assim, capitã Komei? A oitava é bem mais... comum. — comentei.
A máquina deixou a sala, por alguns segundos, obedecendo as ordens de Nimura, que exigia um pouco de café, ouvir aquilo animou meu estomago que estava completamente vazio e acordou minha mente, liberando um pouco de dopamina pela possibilidade de se deliciar com sua bebida favorita depois de tanto caos. Quando ela retornou, esperou que alguém lhe permitisse desfrutar da bebida, se surpreendendo com a brincadeira provinda do robô, tentando disfarçar sua risada. — Agradeço. — respondeu, pegando um dos copos.
Nimura concluiu sua explicação, deixando uma interpretação no ar, mas que rapidamente acreditei tirar de letra a solução. — Certo. Então se normalmente as Asauchi ficam na academia, não deve ser difícil uma Capitã e uma Tenente invadirem e arrumarem uma, certo? — respondi. Dei mais um gole no copo de café, retornando minha fala — Eu quero tentar. Mas isso não mudará o curso dos meus planos, eu retornarei ao Hueco Mundo e quando fizer isso, matarei todos os hollows no meu caminho, até recuperar minha antiga Zanpakutou. — conclui de semblante sério.
- Considerações:
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As garotas pareciam desbravar o ISPD como se fosse um inóspito e nunca antes visto planeta. Corriam seus olhos para lá e para cá, faziam expressões atípicas e tudo lhes espantava. Depois das introduções e das explicações, contudo, vinham as réplicas. O cientista ainda estava de pé dando atenção às duas garotas quando Komei buscou algo que pudesse utilizar para manifestar suas dúvidas. — Bem, suponho que, neste cenário, vocês podem pensar no “espírito” como um líquido que sempre irá lhes seguir. — Levantou as duas mãos, mantendo-as numa altura paralela e com as palmas viradas para o teto. — Neste exato momento, provavelmente 100% do fragmento de seus espíritos está na espada que vocês perderam. — Ilustrou o seu argumento elevando um pouco a mão esquerda, dando-lhe destaque como sendo o primeiro receptáculo de um ceifador. Neste pequeno intervalo em sua fala, o breve silêncio lhes introduziu o barulho de algum tipo de maquinário sendo operado nos aposentos de Kusanagi. Kishō considerou protestar, mas não quis abandonar sua explicação. — Por outro lado, caso vocês consigam tomar posse de uma Asauchi e dediquem-se em seus treinamentos, esta porcentagem irá diminuindo: o que é 100% passará a ser 90% na espada perdida e 10% na nova. Depois, 70% e 30%. E assim por diante. — Elevou, agora, a mão direita, abaixando a esquerda para reforçar seu argumento.
Quando o barulho da máquina no cômodo adjacente finalmente parou, a inteligência artificial manifestou-se em seu corpo tecnológico para trazer para o seu capitão um novo haori, cuidadosamente fabricado e cheio dos retalhos costurados que este tanto gostava. A menina auxiliou-lhe a vestir a manga esquerda, e depois a direita. Digitaria algo no computador de seu mestre, pegaria a sua xícara agora vazia e, no caminho para as cozinhas compartilhadas, saindo do laboratório pessoal, ciciou para Nobara que poderia ficar com as vestes que lhe foram emprestadas agora que seu criador havia ganhado outras novas. Pegaria também a xícara de sua mão, caso já estivesse vazia. — Correto, tenente Nobara. — Iniciava sua resposta, dirigindo-se à outra ceifadora agora. — Infelizmente não conduzo muitas interações com o mundo fora de meus laboratórios, então temo que como conseguirão elas ou com quem falarão para isto seja uma área desconhecida para mim. — Concluiria, dando-lhes as costas por alguns momentos para verificar o que aparecia em seus monitores e digitar algumas coisas de acordo. Ouviu todas as ameaças que a tenente desferiu contra aqueles que lhe haviam vencido, mas optou por ignorar. Simplesmente presumiu que era normal que todos que foram derrotados sintam-se amargurados com o resultado e ajam de forma imatura durante os dias que iriam se seguir. Não era bom com relações interpessoais ou sentimentos abrasivos, então calculou que nada que dissesse para ela mudaria alguma coisa agora.
Em seus aposentos pessoais, paralelamente, Aoi distraía-se com o cadáver de Noboru. Levantava a borda direita de seu shihakushō ─ que já era mais curto do que o normal, na altura de suas coxas, para facilitar o movimento ─, revelando no começo de sua perna direita uma pequena cinta que segurava diversos apetrechos médicos. Ao invés de utilizar os disponíveis na 12ª, optava por guardar todas as ferramentas que seu capitão descartava quando adquiria alguma nova. Pensava em suas mãos costuradas empunhando as mesmas lâminas, sentindo o mesmo frio do mesmo metal e dilacerando as mesmas carnes. Desta vez, entretanto, não realizaria nada do tipo: limitou-se a obedecer o seu mestre, realizando uma pequena cissura na parte posterior do braço esquerdo para, então, colher-lhe o sangue e preservar o agente patogênico que o impregnava. Após alguns minutos de sangria, amostras o suficiente haviam sido coletadas para que manufaturassem uma nova fornada do vírus, economizando recursos e tempo no processo. Armazenou o sangue em um balão volumétrico e inseriu-o numa espécie de centrifugadora, que na verdade seria capaz de separar aquilo que o capitão desejava ─ o Daisan no Me ─ do que lhe fosse inútil: sangue de um capitão fracassado. Mas seus métodos eram paranoicos demais para que simplesmente o jogasse fora, é claro, então Aoi coletaria um pouco mais e os armazenaria em locais apropriados para isso numa das alas do complexo laboratorial.
Blam. A garota de cabelos cerúleos havia retornado, e estava com Noboru em seu ombro, assim como quando lhe haviam visto da última vez. Simplesmente parou de segurá-lo quando aproximou-se de Komei, permitindo que caísse no chão de qualquer jeito. Controversamente curvou-se diante da capitã afônica. — Como cortesia de meu capitão e um gesto de boa fé entre divisões do Gotei 13, gostaríamos de lhe conceder o cadáver de… — Ainda prestando seu ato de reverência, foi aturdida pelo silêncio. Passaram-se cinco, então quinze, e vinte segundos. Nimura finalmente parou de dedilhar o seu teclado, permitindo que seu cérebro se voltasse para o que estivesse acontecendo na sala. — Ahm… Noboru, alguma coisa. — Disse-a, em baixo tom. — Noboru-alguma-coisa-sama. — Concluiu, voltando a deixar sua coluna ereta, imediatamente virando-se para o seu mestre, que já havia, também, voltado a bater em teclas. — Bem, suponho que seja isso, minhas queridas ceifadoras que não conseguem ceifar. Lhes desejo o melhor na Academia Shin'ō. Mandem-lhes meus cumprimentos! Eles devem me amar por lá. — Aoi imediatamente caminhou para as portas duplas, mantendo-as abertas e posicionando-se ao lado delas para escoltá-las para fora. Na verdade, o termo certo seria “escoltá-la”. No singular. Por quê? — Ah, é verdade, pois bem. Pequena Nobara. Acompanhe este solitário cientista por mais alguns minutos, sim? Gostaria de discutir algo com você. — Convidou-a. Em nenhum momento virou-se para realizar formalidades, comprometido com seus computadores.
Quando o barulho da máquina no cômodo adjacente finalmente parou, a inteligência artificial manifestou-se em seu corpo tecnológico para trazer para o seu capitão um novo haori, cuidadosamente fabricado e cheio dos retalhos costurados que este tanto gostava. A menina auxiliou-lhe a vestir a manga esquerda, e depois a direita. Digitaria algo no computador de seu mestre, pegaria a sua xícara agora vazia e, no caminho para as cozinhas compartilhadas, saindo do laboratório pessoal, ciciou para Nobara que poderia ficar com as vestes que lhe foram emprestadas agora que seu criador havia ganhado outras novas. Pegaria também a xícara de sua mão, caso já estivesse vazia. — Correto, tenente Nobara. — Iniciava sua resposta, dirigindo-se à outra ceifadora agora. — Infelizmente não conduzo muitas interações com o mundo fora de meus laboratórios, então temo que como conseguirão elas ou com quem falarão para isto seja uma área desconhecida para mim. — Concluiria, dando-lhes as costas por alguns momentos para verificar o que aparecia em seus monitores e digitar algumas coisas de acordo. Ouviu todas as ameaças que a tenente desferiu contra aqueles que lhe haviam vencido, mas optou por ignorar. Simplesmente presumiu que era normal que todos que foram derrotados sintam-se amargurados com o resultado e ajam de forma imatura durante os dias que iriam se seguir. Não era bom com relações interpessoais ou sentimentos abrasivos, então calculou que nada que dissesse para ela mudaria alguma coisa agora.
Em seus aposentos pessoais, paralelamente, Aoi distraía-se com o cadáver de Noboru. Levantava a borda direita de seu shihakushō ─ que já era mais curto do que o normal, na altura de suas coxas, para facilitar o movimento ─, revelando no começo de sua perna direita uma pequena cinta que segurava diversos apetrechos médicos. Ao invés de utilizar os disponíveis na 12ª, optava por guardar todas as ferramentas que seu capitão descartava quando adquiria alguma nova. Pensava em suas mãos costuradas empunhando as mesmas lâminas, sentindo o mesmo frio do mesmo metal e dilacerando as mesmas carnes. Desta vez, entretanto, não realizaria nada do tipo: limitou-se a obedecer o seu mestre, realizando uma pequena cissura na parte posterior do braço esquerdo para, então, colher-lhe o sangue e preservar o agente patogênico que o impregnava. Após alguns minutos de sangria, amostras o suficiente haviam sido coletadas para que manufaturassem uma nova fornada do vírus, economizando recursos e tempo no processo. Armazenou o sangue em um balão volumétrico e inseriu-o numa espécie de centrifugadora, que na verdade seria capaz de separar aquilo que o capitão desejava ─ o Daisan no Me ─ do que lhe fosse inútil: sangue de um capitão fracassado. Mas seus métodos eram paranoicos demais para que simplesmente o jogasse fora, é claro, então Aoi coletaria um pouco mais e os armazenaria em locais apropriados para isso numa das alas do complexo laboratorial.
[...]
Blam. A garota de cabelos cerúleos havia retornado, e estava com Noboru em seu ombro, assim como quando lhe haviam visto da última vez. Simplesmente parou de segurá-lo quando aproximou-se de Komei, permitindo que caísse no chão de qualquer jeito. Controversamente curvou-se diante da capitã afônica. — Como cortesia de meu capitão e um gesto de boa fé entre divisões do Gotei 13, gostaríamos de lhe conceder o cadáver de… — Ainda prestando seu ato de reverência, foi aturdida pelo silêncio. Passaram-se cinco, então quinze, e vinte segundos. Nimura finalmente parou de dedilhar o seu teclado, permitindo que seu cérebro se voltasse para o que estivesse acontecendo na sala. — Ahm… Noboru, alguma coisa. — Disse-a, em baixo tom. — Noboru-alguma-coisa-sama. — Concluiu, voltando a deixar sua coluna ereta, imediatamente virando-se para o seu mestre, que já havia, também, voltado a bater em teclas. — Bem, suponho que seja isso, minhas queridas ceifadoras que não conseguem ceifar. Lhes desejo o melhor na Academia Shin'ō. Mandem-lhes meus cumprimentos! Eles devem me amar por lá. — Aoi imediatamente caminhou para as portas duplas, mantendo-as abertas e posicionando-se ao lado delas para escoltá-las para fora. Na verdade, o termo certo seria “escoltá-la”. No singular. Por quê? — Ah, é verdade, pois bem. Pequena Nobara. Acompanhe este solitário cientista por mais alguns minutos, sim? Gostaria de discutir algo com você. — Convidou-a. Em nenhum momento virou-se para realizar formalidades, comprometido com seus computadores.
- Considerações:
- Missão atribuída a ambas:Almas de Ferro
Rank: B.
Descrição: Conforme instruídas pelo cientista e capitão da 12ª Divisão Nimura Kishō, Komei e Kurosawa Nobara terão de entrar no Shinōreijutsuin ─ a Academia de Ceifadores ─ e adquirir um par de Asauchis; katanas de ferro espiritual capazes de receberem o espírito de um ceifador que as empunhe. Assim que as tenham adquirido, poderão realizar o treinamento devido com estas espadas para que consigam recuperar seus poderes.
HP: 700/700
RE: 1350/1350
ST: 07/07
RE: 1350/1350
ST: 07/07
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Midnight
Nona divisão Komei |
O
s olhos ficavam completamente fixos no cientista, então seira realmente possível reparar nossas zanpakutous, ou melhor, reforjar elas. O que ele falava fazia sentido, a zanpakutou era um receptáculo para nossa própria alma e se passasse muito tempo longe de nós tinha riscos para que ela começasse a enfraquecer tal como o metal enfraquecia com a ferrugem crônica. Era um caminho, árduo, mas era um caminho. Ouvia Nobara comentar algo e pensava a respeito, com certeza a nona divisão era agitada, mas isso era completamente diferente, era longe de qualquer coisa, longe de qualquer costume, era de certa forma até agressivo e ofensor a moral dos shinigamis. Entretanto, Nimura tinha um voto de confiança ao apresentar-nos o caminho, ainda que não fosse uma verdade confirmada.Então via sua pequena e arrogante assistente voltar e junto com ela o corpo de Noboru, a mesma, sem o mínimo de respeito ou decoro deixava o cadáver cair e com rapidez eu chegava até ele, colocando meu ombro abaixo do peitoral dele impedindo-o de cair no chão. Era pesado, ainda mais pelo estado em que estava, mas nada que não tivesse sentido pior. Olhava pelo morto e notava alguns furos, parecidos com os da injeção que tomamos, aparentemente ele tentara retirar uma amostra de sangue ou coisa assim, entretanto para cientistas isso deveria ser normal.
Agora restava-me apenas seguir a pista, se fosse verdadeira, Kishou poderia ganhar um voto de confiança, agora se fosse falsa, eu voltaria aqui para terminar a conversa. Assim, olhava diretamente para o capitão, dando uma curta e amigável reverência, retirando-me dali rumo a sexta divisão.
790/790 HP -/- 1300/1300 RES -/- 6/6 Stamina -/- 0/4 Cansaço
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DelRey
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Chegava a ser desconfortável o abismo de conhecimento que havia entre nós. Nimura definitivamente era uma aquisição única da Soul Society, por mais que fosse um pouco estranho toda a atmosfera que o cercava. Seria possível aquele homem se tornar nosso inimigo em algum momento? Nunca antes tinha cogitado essa possibilidade quanto aos demais capitães, mas também não tinha conversado mais de cinco minutos com nenhum outro, nem mesmo aquele que lhe proclamou tenente da oitava divisão. — Eu diria que é um pouco solitário... mas você está cercado de ajudantes. — a resposta veio diante sua afirmação quanto o mundo afora.
Ele tinha nos explicado quanto o nosso treinamento e nossa transferência de alma, no entanto ainda restava dúvidas quanto a minha capacidade de realizar aquilo, ainda havia vergonha em meu semblante e um incomodo constante em meu peito. Eu seria capaz? Minha ambição de ascender como capitã da oitava divisão ainda era alta, mesmo assim, não restava mais a mesma confiança de antes.
Dúvidas e mais dúvidas, era tudo o que tinha em meus pensamentos.
Aoi retornou, carregando novamente o corpo morto, jogando-o próximo a Komei. Tudo bem que apenas algumas horas tinham passado, mas logo seria insuportável o cheiro do seu cadáver perambulando de lá e para cá o tempo todo. — Noboru Ohta, capitão da sexta divisão. — repreendi ao fim da fala de Nimura, não havia nenhum sentimentalismo em minha voz, era apenas uma forma de respeitar, mesmo que houvesse desrespeitado antes, a dor de Komei.
Fiquei surpresa quando subitamente o capitão solicitou que eu ficasse mais um pouco, dispensando a capitã da nona. No mesmo lugar em que estava, permaneci, apenas respondendo seu pedido. — Eu não sou tão pequena, sou? — enquanto falava, olhava para meus pés, tentando medir com os olhos meu tamanho.
Ele tinha nos explicado quanto o nosso treinamento e nossa transferência de alma, no entanto ainda restava dúvidas quanto a minha capacidade de realizar aquilo, ainda havia vergonha em meu semblante e um incomodo constante em meu peito. Eu seria capaz? Minha ambição de ascender como capitã da oitava divisão ainda era alta, mesmo assim, não restava mais a mesma confiança de antes.
Dúvidas e mais dúvidas, era tudo o que tinha em meus pensamentos.
Aoi retornou, carregando novamente o corpo morto, jogando-o próximo a Komei. Tudo bem que apenas algumas horas tinham passado, mas logo seria insuportável o cheiro do seu cadáver perambulando de lá e para cá o tempo todo. — Noboru Ohta, capitão da sexta divisão. — repreendi ao fim da fala de Nimura, não havia nenhum sentimentalismo em minha voz, era apenas uma forma de respeitar, mesmo que houvesse desrespeitado antes, a dor de Komei.
Fiquei surpresa quando subitamente o capitão solicitou que eu ficasse mais um pouco, dispensando a capitã da nona. No mesmo lugar em que estava, permaneci, apenas respondendo seu pedido. — Eu não sou tão pequena, sou? — enquanto falava, olhava para meus pés, tentando medir com os olhos meu tamanho.
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antemortem
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solve
coagula
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O capitão concordou. — Ah, sim, bem… não se preocupe. — Respondeu-lhe a respeito de sua primeira afirmativa enquanto continuava a digitar vorazmente em seu teclado. — Não acho a solidão ruim. É uma companhia melhor do que praticamente todos os ceifadores que conheci até hoje. — Completou, sem permitir que nada do que dissesse afetasse a velocidade com que dedilhava o teclado. Em determinado momento, então, Aoi, a assistente do cientista, bateu as portas duplas, com o ruído anunciando a saída da outra e menos interessante visitante. Quando aconteceu, Kishō parecia ter terminado de digitar, pois bateu apenas em mais algumas teclas antes de se distanciar do computador.
Caminhou em direção da garrafa térmica que guardava seu café para pegar mais um pouco. — Lembra-se de Magnus, o Arrancar sobre o qual estava lhes falando? — Inquiriu, ainda curvado sob a garrafa apertando um botão em sua lateral para despejar o líquido fumegante na xícara. Endireitou-se novamente e tomou um gole, com o vapor temporariamente embranquecendo seus óculos. — Ele era, também, o capitão da oitava divisão. — Informou-a, sem pestanejar. Estaria a olhando no fundo de seus olhos se suas lentes não tivessem sido temporariamente obstruídas pelo café. Impossibilitado de saber, então, sua reação, caminhou em direção da mesa de seu computador.
Pousou a xícara sob a mesa, abriu uma gaveta e retirou dela um documento envolto numa pequena pasta bege. Com um breve movimento, jogaria a pasta na mesa mais próxima de Nobara. No arquivo, encontraria um dossiê reunindo informações sobre Magnus ─ um longo conhecido do capitão ─ e relacionando-o aos pedidos da Central 46 para que encontrasse uma solução científica para camuflá-lo entre as fileiras dos treze esquadrões. — Ele era, na verdade, o primeiro rei do Hueco Mundo. Cerca de três mil anos de idade, calculo eu. Decidi, então, agir como seu aliado, fornecendo-lhe informações falsas ou vítimas em potencial. — Disse-lhe, antes de bebericar da xícara mais uma vez. — Aguardando o momento certo de lhe dar o bote. — Concluiu.
Nimura presumia que ninguém seria capaz de derrotá-lo nas lamentáveis condições em que o Gotei 13 era mantido ao longo dos últimos séculos e, por este motivo, tornou-se uma espécie de infiltrado na hierarquia de Magnus para ter a chance de lhe assassinar. Um ceifador de quinhentos anos contra um rei de três mil; o resultado do confronto dizia muito a respeito das capacidades do cientista. Provavelmente não receberia congratulações ou algum mérito nisso, mas não parecia ser exatamente o tipo de pessoa que desejava por estes também. Era uma serpente, afinal de contas. Uma que havia conquistado outra vitória, ainda que nas sombras, para a Sociedade das Almas.
Caminhou em direção da garrafa térmica que guardava seu café para pegar mais um pouco. — Lembra-se de Magnus, o Arrancar sobre o qual estava lhes falando? — Inquiriu, ainda curvado sob a garrafa apertando um botão em sua lateral para despejar o líquido fumegante na xícara. Endireitou-se novamente e tomou um gole, com o vapor temporariamente embranquecendo seus óculos. — Ele era, também, o capitão da oitava divisão. — Informou-a, sem pestanejar. Estaria a olhando no fundo de seus olhos se suas lentes não tivessem sido temporariamente obstruídas pelo café. Impossibilitado de saber, então, sua reação, caminhou em direção da mesa de seu computador.
Pousou a xícara sob a mesa, abriu uma gaveta e retirou dela um documento envolto numa pequena pasta bege. Com um breve movimento, jogaria a pasta na mesa mais próxima de Nobara. No arquivo, encontraria um dossiê reunindo informações sobre Magnus ─ um longo conhecido do capitão ─ e relacionando-o aos pedidos da Central 46 para que encontrasse uma solução científica para camuflá-lo entre as fileiras dos treze esquadrões. — Ele era, na verdade, o primeiro rei do Hueco Mundo. Cerca de três mil anos de idade, calculo eu. Decidi, então, agir como seu aliado, fornecendo-lhe informações falsas ou vítimas em potencial. — Disse-lhe, antes de bebericar da xícara mais uma vez. — Aguardando o momento certo de lhe dar o bote. — Concluiu.
Nimura presumia que ninguém seria capaz de derrotá-lo nas lamentáveis condições em que o Gotei 13 era mantido ao longo dos últimos séculos e, por este motivo, tornou-se uma espécie de infiltrado na hierarquia de Magnus para ter a chance de lhe assassinar. Um ceifador de quinhentos anos contra um rei de três mil; o resultado do confronto dizia muito a respeito das capacidades do cientista. Provavelmente não receberia congratulações ou algum mérito nisso, mas não parecia ser exatamente o tipo de pessoa que desejava por estes também. Era uma serpente, afinal de contas. Uma que havia conquistado outra vitória, ainda que nas sombras, para a Sociedade das Almas.
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RE: 1350/1350
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DelRey
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Nimura, afinal, parecia um ceifador comum, que já tinha prendido e entendido muito mais do que podia suportar, mas que no fim não passava de mais uma alma que preenchia o próprio vazio com todo tipo de conhecimento possível. — Entendo. Mas acredito que isso seja culpa dos ceifadores que você andou conversando. — as palavras saíram sem muita avaliação, quando percebi o que havia feito senti meu rosto corar, não queria que ele pensasse que eu estava oferecendo minha amizade a ele, mas também não dispensaria conhecer ele ainda mais, afinal de conta ele definitivamente era o ceifador mais interessante que eu já tinha conhecido.
Somente quando sua assistente, Aoi, fechou a porta dupla foi que entendi a seriedade da situação. Não havia motivos para conversar comigo, então imaginei o pior: ele havia mentido. Tensai estava morto nesse momento, provavelmente abandonado naquelas areias frias e eu não tinha poder o suficiente em mãos para resgatar o seu corpo, na verdade, eu sequer havia poder naquele instante. Suspirei, soando frio, senti meu peito apertar fortemente, queria chorar, mas tentei manter a postura firme diante o capitão, estava cansada de parecer fraca, não me resumia a isso e não podia ser essa a única imagem que Nimura guardaria de mim.
Quando se referiu a Magnus, outro suspiro, mas dessa vez de alívio. O medo de perder Tensai ainda era recorrente em meu pensamento, mesmo sabendo que estava vivo, enquanto não o encontrasse novamente não me sentiria livre daquela sensação. — O Espada? Lembro. — respondi, curiosa. As palavras seguintes me pegaram desprevenida, havia muito o que se pensar sobre o meu capitão, mas jamais poderia sequer imaginar algo como aquilo, uma traição que me fazia repensar não apenas meus deveres como ceifadora, mas também minha devoção aquele sistema.
Raiva, ódio, medo, aflição, decepção — tantas palavras, mas nenhuma delas era suficiente para expressar o meu sentimento naquele instante. — Como? Impossível. Me perdoe, Nimura-sama, mas não posso acreditar nas suas palavras. — a negação era a única reação possível, eu não podia sequer imaginar, aquele mesmo homem que estava em minha frente horas atrás, era o mesmo que havia me levado aquele lugar, com a permissão da comandante, me carregado até o local que quase havia se tornado o meu próprio cemitério.
Os documentos em minhas mãos eram provas irrefutáveis de um crime que a própria Central havia cometido contra seu povo, era imperdoável, inimaginável. — Isso não devia ser possível. A própria Central?! Eles devem pagar. — quanto mais falava, mais alta se tornava sua voz, até perceber: não era o momento. Encarei Nimura, seus olhos expressavam sinceridade, sozinho ele havia passado por cima das ordens da Central, eliminando aquela ameaça. O encarei, tentando compreender as intenções por de trás daquela revelação, mas não conseguia pensar em nada, ele apenas tinha julgado necessário.
— Você é uma boa pessoa, Nimura-sama. — expressei.
Junto as minhas palavras, um momento de lucidez, aquele dia não parava de melhorar — ou piorar — a cada novo instante. Dei um sorriso leve, quase que como se aquele estado anterior quisesse retornar, mas contive o meu próprio desejo. — Me permita uma última dúvida, Nimura. — disse, me aproximando um pouco mais. — Kuina, a comandante, ela sabia? — uma última pergunta.
Somente quando sua assistente, Aoi, fechou a porta dupla foi que entendi a seriedade da situação. Não havia motivos para conversar comigo, então imaginei o pior: ele havia mentido. Tensai estava morto nesse momento, provavelmente abandonado naquelas areias frias e eu não tinha poder o suficiente em mãos para resgatar o seu corpo, na verdade, eu sequer havia poder naquele instante. Suspirei, soando frio, senti meu peito apertar fortemente, queria chorar, mas tentei manter a postura firme diante o capitão, estava cansada de parecer fraca, não me resumia a isso e não podia ser essa a única imagem que Nimura guardaria de mim.
Quando se referiu a Magnus, outro suspiro, mas dessa vez de alívio. O medo de perder Tensai ainda era recorrente em meu pensamento, mesmo sabendo que estava vivo, enquanto não o encontrasse novamente não me sentiria livre daquela sensação. — O Espada? Lembro. — respondi, curiosa. As palavras seguintes me pegaram desprevenida, havia muito o que se pensar sobre o meu capitão, mas jamais poderia sequer imaginar algo como aquilo, uma traição que me fazia repensar não apenas meus deveres como ceifadora, mas também minha devoção aquele sistema.
Raiva, ódio, medo, aflição, decepção — tantas palavras, mas nenhuma delas era suficiente para expressar o meu sentimento naquele instante. — Como? Impossível. Me perdoe, Nimura-sama, mas não posso acreditar nas suas palavras. — a negação era a única reação possível, eu não podia sequer imaginar, aquele mesmo homem que estava em minha frente horas atrás, era o mesmo que havia me levado aquele lugar, com a permissão da comandante, me carregado até o local que quase havia se tornado o meu próprio cemitério.
Os documentos em minhas mãos eram provas irrefutáveis de um crime que a própria Central havia cometido contra seu povo, era imperdoável, inimaginável. — Isso não devia ser possível. A própria Central?! Eles devem pagar. — quanto mais falava, mais alta se tornava sua voz, até perceber: não era o momento. Encarei Nimura, seus olhos expressavam sinceridade, sozinho ele havia passado por cima das ordens da Central, eliminando aquela ameaça. O encarei, tentando compreender as intenções por de trás daquela revelação, mas não conseguia pensar em nada, ele apenas tinha julgado necessário.
— Você é uma boa pessoa, Nimura-sama. — expressei.
Junto as minhas palavras, um momento de lucidez, aquele dia não parava de melhorar — ou piorar — a cada novo instante. Dei um sorriso leve, quase que como se aquele estado anterior quisesse retornar, mas contive o meu próprio desejo. — Me permita uma última dúvida, Nimura. — disse, me aproximando um pouco mais. — Kuina, a comandante, ela sabia? — uma última pergunta.
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Para o seu espanto, havia encontrado um ceifador que não o odiasse. Calculou que eventualmente aconteceria, mas presumiu que demoraria mais tempo. Optou, entretanto, por manter o silêncio momentâneo ─ afinal de contas havia revelado para uma tenente que seu capitão, com quem provavelmente mantinha certo estimo, compunha uma facção inimiga e havia sido derrotado em combate. Considerou, mediante suas dúvidas, mostrar-lhe o seu cadáver e como exatamente ele fazia para ocultar sua real identidade, mas então reconsiderou ao pensar o estado em que se encontrava dentro de seu laboratório, a apenas algumas portas de distância. — Eu entendo, pequena Nobara. — Tentou confortá-la. — A culpa é dos que estão na liderança, não nossa. — Rapidamente complementou, voltando para seu computador enquanto os olhos de sua convidada corriam pelo documento.
E, depois de lhe demonstrar afeição, expôs algo com o qual concordava. — A Central é, sem dúvidas, um impedimento. Mas contenha seu ódio; eles irão pagar, em tempo. — Concluiu. De fato, o capitão os via não como a extensão de uma criatura divina que governa por toda a dimensão, mas como ratos políticos em busca de autobenefício às custas da instituição que regem. Quanto mais ceifadores dispostos como Nobara a entender a situação verdadeira, melhor. Mas, então, algo incomum. Engraçado, até mesmo. — Heh. Eu? Uma boa pessoa? Pois acho que essa é a coisa mais sem sentido que ouvi desde que saí! Pior que as estratégias da Kuina. — Entoou, disfarçando o elogio. Voltou sua atenção para o computador, voltando a digitar mais algumas palavras até que a última pergunta da tenente interrompesse suas ações.
Nobara entendia as coisas rápido. E, assim como ele, tinha uma mente que buscava por conexões e inter-relações. — Sim. Acredito que ela só tenha sido posta como Capitã Comandante para obedecer a Central sem questionamentos. — Foi sincero e direto, revelando seus verdadeiros pensamentos pela primeira vez para alguém que não compusesse a sua própria divisão. Este era um dos motivos para não sair do Instituto Shinigami de Pesquisas e Desenvolvimento em nenhum momento; nem para comer, nem para dormir, e apenas quando estritamente necessário. Ali dentro, era um universo que controlava. Os olhos pútridos e as garras sujas da Central ou de suas marionetes não o alcançavam ali. E, também, foi por isso que depositou tanto engenho na construção do melhor meio de transporte interdimensional existente: poderia agir nas sombras.
Repensando o que havia considerado antes sobre a garota, estava satisfeito que tivesse sobrevivido. Ela era o primeiro sinal que lhe foi dado de que nem todos os componentes das outras divisões eram marionetes imbecis e sem cérebro. Nobara deveria ser protegida. O pesquisador parecia ser o homem ideal para manter esta afirmativa. Levou sua mão em uma gaveta, e retirou um simples dispositivo. Arremessou-o em sua direção. — FIque com isto. Aperte o botão quando estiver em perigo ou quando precisar de ajuda. — Informou. É verdade que conseguia ver a todos os momentos todos aqueles que haviam sido infectados com seu agente patogênico, mas era impraticável a noção de assisti-los a cada segundo. E não poderia simplesmente arriscar perder a promissora tenente por não ter tido tempo o suficiente para ajudá-la. — Para uma nobrezinha, você não é tão ruim. — Comentou, dando-lhe as costas e fechando a gaveta, voltando-se para seus monitores.
E, depois de lhe demonstrar afeição, expôs algo com o qual concordava. — A Central é, sem dúvidas, um impedimento. Mas contenha seu ódio; eles irão pagar, em tempo. — Concluiu. De fato, o capitão os via não como a extensão de uma criatura divina que governa por toda a dimensão, mas como ratos políticos em busca de autobenefício às custas da instituição que regem. Quanto mais ceifadores dispostos como Nobara a entender a situação verdadeira, melhor. Mas, então, algo incomum. Engraçado, até mesmo. — Heh. Eu? Uma boa pessoa? Pois acho que essa é a coisa mais sem sentido que ouvi desde que saí! Pior que as estratégias da Kuina. — Entoou, disfarçando o elogio. Voltou sua atenção para o computador, voltando a digitar mais algumas palavras até que a última pergunta da tenente interrompesse suas ações.
Nobara entendia as coisas rápido. E, assim como ele, tinha uma mente que buscava por conexões e inter-relações. — Sim. Acredito que ela só tenha sido posta como Capitã Comandante para obedecer a Central sem questionamentos. — Foi sincero e direto, revelando seus verdadeiros pensamentos pela primeira vez para alguém que não compusesse a sua própria divisão. Este era um dos motivos para não sair do Instituto Shinigami de Pesquisas e Desenvolvimento em nenhum momento; nem para comer, nem para dormir, e apenas quando estritamente necessário. Ali dentro, era um universo que controlava. Os olhos pútridos e as garras sujas da Central ou de suas marionetes não o alcançavam ali. E, também, foi por isso que depositou tanto engenho na construção do melhor meio de transporte interdimensional existente: poderia agir nas sombras.
Repensando o que havia considerado antes sobre a garota, estava satisfeito que tivesse sobrevivido. Ela era o primeiro sinal que lhe foi dado de que nem todos os componentes das outras divisões eram marionetes imbecis e sem cérebro. Nobara deveria ser protegida. O pesquisador parecia ser o homem ideal para manter esta afirmativa. Levou sua mão em uma gaveta, e retirou um simples dispositivo. Arremessou-o em sua direção. — FIque com isto. Aperte o botão quando estiver em perigo ou quando precisar de ajuda. — Informou. É verdade que conseguia ver a todos os momentos todos aqueles que haviam sido infectados com seu agente patogênico, mas era impraticável a noção de assisti-los a cada segundo. E não poderia simplesmente arriscar perder a promissora tenente por não ter tido tempo o suficiente para ajudá-la. — Para uma nobrezinha, você não é tão ruim. — Comentou, dando-lhe as costas e fechando a gaveta, voltando-se para seus monitores.
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DelRey
— rose
ichirin no hana
Your words will disappear. Your house will disappear. Your name will disappear. All memory of you will disappear.
Havia muito o que se pensar, ou cogitar, mas uma única certeza tinha se formado naquele dia: Nimura, em meio a tantos desencontros, era alguém que gostaria de firmar alianças, principalmente se ainda fosse ascender a capitania da oitava divisão, com alguém como ele do meu lado, me sentia ainda mais próxima do título, por mais que entendesse que, naquele estado, com aquele nível de poder, de nada adiantaria nenhuma indicação. — É um fardo ser fraca. — desabafou. Novamente se aproximou, mas dessa vez para mais um pouco do líquido negro, precisava de um pouco mais da bebida, os próximos dias, as próximas horas, tudo seria exaustivo.
As palavras ditas naquele escritório eram mais que o suficiente para que ambos tornássemos traidores da Soul Society, mesmo assim não tinha temor ou dúvida em meu coração, pelo contrário, eu apenas conseguia me enxergar como uma futura justiceira contra as trairagens daquele bando de velho que regia a Seireitei. — Eu entendo que você prefira agir pelas sombras, mas não me deixe de fora. Se você será a sombra, eu serei o holofote. — disse, se aproximando mais um pouco da porta de saída, os minutos já avançavam e muito ainda tinha de ser feito.
— Uma marionete? Interessante. — disse, tomando no ar o aparelho que me era jogado, o analisando bem, inclusive pressionando o seu botão uma vez, curiosa com o que aconteceria. — Então vamos torcer para que ela retorne com vida. Dessa forma, só vamos precisar cortar alguns fios, certo? — me sentia irônica, mas próxima a ele, talvez não passasse de frases normais. Tinha um sorriso em meu rosto, um que traduzia o turbilhão de emoções em minha mente e em meu coração.
— Nobre? Quem sabe em breve. — conclui, deixando finalmente a sala, partindo imediatamente até os aposentos da quarta divisão, ainda não era hora de retornar a minha própria e havia alguns ferimentos que deviam ser tratados antes de qualquer missão.
As palavras ditas naquele escritório eram mais que o suficiente para que ambos tornássemos traidores da Soul Society, mesmo assim não tinha temor ou dúvida em meu coração, pelo contrário, eu apenas conseguia me enxergar como uma futura justiceira contra as trairagens daquele bando de velho que regia a Seireitei. — Eu entendo que você prefira agir pelas sombras, mas não me deixe de fora. Se você será a sombra, eu serei o holofote. — disse, se aproximando mais um pouco da porta de saída, os minutos já avançavam e muito ainda tinha de ser feito.
— Uma marionete? Interessante. — disse, tomando no ar o aparelho que me era jogado, o analisando bem, inclusive pressionando o seu botão uma vez, curiosa com o que aconteceria. — Então vamos torcer para que ela retorne com vida. Dessa forma, só vamos precisar cortar alguns fios, certo? — me sentia irônica, mas próxima a ele, talvez não passasse de frases normais. Tinha um sorriso em meu rosto, um que traduzia o turbilhão de emoções em minha mente e em meu coração.
— Nobre? Quem sabe em breve. — conclui, deixando finalmente a sala, partindo imediatamente até os aposentos da quarta divisão, ainda não era hora de retornar a minha própria e havia alguns ferimentos que deviam ser tratados antes de qualquer missão.
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Sáb Abr 06, 2024 4:25 pm por Zeitgeist
» - vc é o artu? veja vc não é o artu? n veja
Qui Jun 01, 2023 3:23 pm por antemortem
» Mugen Rin [FP] - Em construção!
Qui maio 25, 2023 2:56 pm por Wraith
» [B] El Conteo: Los Santos y Los Verdugos
Sáb maio 06, 2023 3:24 pm por Alonzo
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Sex maio 05, 2023 1:25 pm por Avaliador
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Qui maio 04, 2023 12:52 pm por Josemaría Escrivá
» [CI] Taka
Qui maio 04, 2023 12:07 pm por Zeitgeist
» Fushiguro, Toji. [F]
Qui maio 04, 2023 11:47 am por Zeitgeist