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Wraith
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HP: 900 / 900 || REI: 1240 / 1240 || ST: 11 / 11
[ 60 ANOS ATRÁS ]
Nas terras ermas no pálido horizonte do Hueco Mundo, eu me encontrava. Solitário sob o luar prateado e permanente do submundo das almas impuras, minha existência questionável se mantinha agarrada ao mais primitivo instinto da vivência de tudo aquilo que é vivo: Sobreviver. Com o corpo manchado pelo sangue de Hollows que havia acabado de devorar, carregava em minha mão esquerda a cabeça do último que tive o prazer de lhe retirar a vida. Eu não sentia nada - Felicidade, tristeza ou satisfação. Eu o fazia para não desaparecer na curta memória deste plano maldito, abandonando minha mente em prol de viver oculto nas sombras como um predador de uma noite que jamais cessará.
O Silêncio perdurara por incontáveis minutos, ou seriam horas? Eu já não mais tinha noção de tempo. Caçar, Devorar, Caçar...Devorar. É o que fiz durante as últimas décadas, atormentado pelas lembranças obscuras de uma época a qual eu já não conseguia mais me lembrar. O que eu estava fazendo naquele pesadelo interminável? A pergunta seria respondida no momento em que me depararia com um cenário de matança entre os vazios que vagavam através dos desertos cinzentos. Em uma poça de sangue clara, meu reflexo era mostrado diante de meus olhos pela graça agourenta da lua prateada.
— "...Eu?" — Me perguntei. — "...Yura...Eu..." — Continuei, tocando a máscara.
Tanto tempo passei calado que quase havia perdido a habilidade de me comunicar racionalmente. Apenas grunhidos e palavras simples formavam frases curtas enquanto eu admirava - Ou enojava a minha própria imagem. A máscara chifrado com longos cabelos negros desfiados, um corpo pálido e coberto por escamas reforçadas. Digno de um Vasto Lorde; Raça Suprema que reinava acima de qualquer Hollow, e ainda sim, tão insignificante. Não havia sentido em minha existência, e cada segundo dela era torturante. Porém, eu não tinha a ambição de me manter como um mero espectador da realidade, que apenas observaria as mesmas coisas acontecendo ao longo da eternidade: Eu precisava agir.
Então, voltei os meus passos - Mas não antes de pressentir uma Reiatsu monstruosa. Estava ligeiramente próxima; Além do amontoado de cadáveres em meio ao deserto cinzento. Imediatamente, cessei o que estava fazendo e suspirei, como se estivesse pronto para o combate. Conversar? Interagir? Eu desconhecia qualquer meio de humanidade. Tudo o que me bastava era saciar a minha fome.
Mas...Será mesmo que não havia chance para mudar? Que eu estava condenado a vagar desta forma até meus últimos suspiros?
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| N° de Palavras: 432|
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Aurum
Momento Mori
Eu sou eu sou. Contra mim nem mesmo o futuro e as amarras do destino se firmam. Eu destruirei os que querem me dar fim e eu serei o que sou pela eternidade.
Morte era tudo que existia no Hueco Mundo. Há muito ele estava ali, por estas terras desagradáveis e há muito ele se tornara mero expectador do mundo, um grande pilar neutro que se sustentava por conta unicamente de seu poder. Não havia nada que o intimidasse e nem ninguém que, até então, pudera com seu poder. Nada o subjugara.
Magnus caminhava tranquilo. Vestido com uma armadura de ossos de cor doentiamente branca e com uma capa roxa que lhe pendia dos ombros, parecia um cavaleiro dos mitos mortais. A verdade é que utilizava a capa como um símbolo. Um símbolo de um passado distante, quando Las Notches era governada por um estandarte – pela racionalidade, pela consciência, pelo poder sábio. Um silencioso protesto que morreria tão somente quando aquele estandarte fosse destruído. E não o seria.
Enquanto caminhava, sentiu um cheiro conhecido. Cheiro de carnificina, de morte e de destruição. Não que a morte de hollows fosse realmente impactante. A morte humana não era. A de shinigamis menos ainda. Morte, enfim, era uma passagem. E tudo que existia – novamente refletia – nos vastos territórios daquele Plano era essa passagem. Sorte – ou azar – dos que passavam. O que havia para além da morte?
Ressureição, talvez? Uma nova vida na pele dos que você mais desprezara, para sentir o amargor de ser aquilo que você mais odiava? Ou, talvez, apenas o absoluto vazio da inconsciência e da inexistência, a verdadeira e absoluta morte pelo esquecimento?
Ninguém resiste sem poder e ninguém tem poder sem destruir tudo a seu caminho. Uma lei natural dificílima de ser quebrada – ou até mesmo rachada.
Quanto mais caminhava, mais aquele cheiro pútrido o enchia as narinas. Passando calmamente pela fileira de corpos ao chão estirados, viu ao horizonte um ser jovem, cuja reiatsu fugia de seu corpo em ondas, descontrolada.
O Vasto Lorde identificou nele outro de sua espécie, um também Vasto Lorde, só que a máscara persistia em seu rosto. Não era, enfim, um arrankar. Seu maior poder era a consciência – e ela era que ele não possuía. Magnus há muito não via outro igual e, normalmente, se visse, o destruiria. Mas a expressão da criatura bestializada parecia buscar a consciência, apenas não sabia como o fazer. Os olhos da besta pareciam reflexivos, como se buscando entender quem era o antigo rei dos hollows.
— Você é uma criatura curiosa. — Magnus apontou com a cabeça para os cadáveres, circularmente. — Obra sua? — Questionou, impassível, enquanto ficava há alguns metros de distância, buscando compreender se via um adversário ou o que. Talvez a besta não soubesse se expressar em palavras – e não fosse entender as suas – o que o obrigaria a fazê-la despertar.
Magnus caminhava tranquilo. Vestido com uma armadura de ossos de cor doentiamente branca e com uma capa roxa que lhe pendia dos ombros, parecia um cavaleiro dos mitos mortais. A verdade é que utilizava a capa como um símbolo. Um símbolo de um passado distante, quando Las Notches era governada por um estandarte – pela racionalidade, pela consciência, pelo poder sábio. Um silencioso protesto que morreria tão somente quando aquele estandarte fosse destruído. E não o seria.
Enquanto caminhava, sentiu um cheiro conhecido. Cheiro de carnificina, de morte e de destruição. Não que a morte de hollows fosse realmente impactante. A morte humana não era. A de shinigamis menos ainda. Morte, enfim, era uma passagem. E tudo que existia – novamente refletia – nos vastos territórios daquele Plano era essa passagem. Sorte – ou azar – dos que passavam. O que havia para além da morte?
Ressureição, talvez? Uma nova vida na pele dos que você mais desprezara, para sentir o amargor de ser aquilo que você mais odiava? Ou, talvez, apenas o absoluto vazio da inconsciência e da inexistência, a verdadeira e absoluta morte pelo esquecimento?
Ninguém resiste sem poder e ninguém tem poder sem destruir tudo a seu caminho. Uma lei natural dificílima de ser quebrada – ou até mesmo rachada.
Quanto mais caminhava, mais aquele cheiro pútrido o enchia as narinas. Passando calmamente pela fileira de corpos ao chão estirados, viu ao horizonte um ser jovem, cuja reiatsu fugia de seu corpo em ondas, descontrolada.
O Vasto Lorde identificou nele outro de sua espécie, um também Vasto Lorde, só que a máscara persistia em seu rosto. Não era, enfim, um arrankar. Seu maior poder era a consciência – e ela era que ele não possuía. Magnus há muito não via outro igual e, normalmente, se visse, o destruiria. Mas a expressão da criatura bestializada parecia buscar a consciência, apenas não sabia como o fazer. Os olhos da besta pareciam reflexivos, como se buscando entender quem era o antigo rei dos hollows.
— Você é uma criatura curiosa. — Magnus apontou com a cabeça para os cadáveres, circularmente. — Obra sua? — Questionou, impassível, enquanto ficava há alguns metros de distância, buscando compreender se via um adversário ou o que. Talvez a besta não soubesse se expressar em palavras – e não fosse entender as suas – o que o obrigaria a fazê-la despertar.
HP: 1000 / 1000 || REI: 1000 / 1000 || ST: 10 / 10
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Wraith
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HP: 900 / 900 || REI: 1240 / 1240 || ST: 11 / 11
[ 60 ANOS ATRÁS ]
A Aproximação do outro me colocara em uma situação de extrema confusão. Em minha frente, estava um humano? Não - Impossível. O Rosto visível deixava a entender que poderia até mesmo se tratar de um delírio meu, mas a pressão monstruosa da energia que advinha de seu corpo logo cortara tal possibilidade. Era a primeira vez em minha curta vida que presenciava um Hollow capaz de se manter vivo sem a máscara. Mais do que isso: Um Hollow...Inteligente. Ele me analisava de cima a baixo, e questionava-se quanto a mim. Logo, sua voz indagou-me se o massacre fora obra minha. Joguei a cabeça para o lado para observar a pilha de mortos por um instante, antes de voltar a fixar os olhos no que se encontrava a minha frente.
— "N...Não." — Ditei, com certas dificuldades. — "...Vo...V...Você...Q-quem...? Quem...Você....é?" — Continuei com dificuldade em organizar as palavras de maneira racional e entendível, buscando compreender a criatura a minha frente.
Não demonstrei agressividade, pois havia encontrado um alguém que havia alcançado o que eu mesmo vinha sonhando há várias décadas. Vaguei por mais de um século em busca de romper as barreiras naturais de um Hollow; Nunca me desprendi de minhas memórias enquanto em vida, e talvez este fosse o único motivo pelo qual eu houvesse sido capaz de manter a minha consciência. Mesmo que vagamente, lembrava-me de como era o mundo lá fora. Eu não queria retornar, mas também não desejava acabar como daquela vez.
Dei um passo a frente após o meu questionamento, curvando o meu corpo parcialmente - Como um animal curioso, eu analisava cada detalhe do desconhecido, desde o seus pés até os ínfimos detalhes de seu rosto. Ele era anormal em todos os aspectos. Eu já havia matado centenas, talvez milhares de Hollows, mas nenhum deles emanava a mesma energia ou sequer tinha uma aparência similar a este. Era perturbador imaginar que algo tão próximo do humano estivesse em minha presença. Eu fui criado pelo rancor. Mas não me permitiria ser dominado por ele.
— "...M-Máscara...? Você...Humano? H-Hollow?" — Continuei, lhe indagando sobre sua verdadeira origem.
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Aurum
Momento Mori
Eu sou eu sou. Contra mim nem mesmo o futuro e as amarras do destino se firmam. Eu destruirei os que querem me dar fim e eu serei o que sou pela eternidade.
Magnus o olhou com certa cautela, buscando compreender o que aquela criatura estava sentindo. Fome, raiva, ódio talvez? Mas não era o que aparentava. O Vasto Lorde mais velho sentia um completo vazio vindo da criança, como se ela buscasse compreender o que estava acontecendo.
— Eu sou como você, criança. Mais velho, mais poderoso, mas essencialmente como você. — Magnus sorriu, se aproximando do Hollow. — Você consolidou-se nessa forma hollow há pouco, percebo. Se alimentou de muitos, não é? — Magnus ficou há uns cinco metros dele. — Você deseja o que eu possuo? Consciência?
Magnus despejou sua reiatsu na área ao redor. Uma densa coluna de energia vermelha irradiou do corpo do Antigo Rei, vaporizando as rochas ao redor. A energia não ameaçava o hollow.
— Eu posso te oferecer a oportunidade de se tornar tão poderoso quanto eu, de me superar um dia. — A energia dissipou-se. — O que você deseja? Deseja poder se tornar um ser de poder inigualável e descobrir os prazeres, mas também desprazeres, deste vasto mundo em que somos condicionados a existir? — Magnus questionou-o, seus olhos brilhando num vermelho aterrorizador, mas claramente amigável. — Eu te ofereço mais que poder, criança. Te ofereço a chance de se compreender.
Magnus via naquela criatura uma oportunidade de corrigir erros antigos, de permitir que alguém trilhasse seu próprio caminho e descobrisse suas próprias ambições. O prazer dos conscientes deve ser a gana por conhecimento.
— Eu sou como você, criança. Mais velho, mais poderoso, mas essencialmente como você. — Magnus sorriu, se aproximando do Hollow. — Você consolidou-se nessa forma hollow há pouco, percebo. Se alimentou de muitos, não é? — Magnus ficou há uns cinco metros dele. — Você deseja o que eu possuo? Consciência?
Magnus despejou sua reiatsu na área ao redor. Uma densa coluna de energia vermelha irradiou do corpo do Antigo Rei, vaporizando as rochas ao redor. A energia não ameaçava o hollow.
— Eu posso te oferecer a oportunidade de se tornar tão poderoso quanto eu, de me superar um dia. — A energia dissipou-se. — O que você deseja? Deseja poder se tornar um ser de poder inigualável e descobrir os prazeres, mas também desprazeres, deste vasto mundo em que somos condicionados a existir? — Magnus questionou-o, seus olhos brilhando num vermelho aterrorizador, mas claramente amigável. — Eu te ofereço mais que poder, criança. Te ofereço a chance de se compreender.
Magnus via naquela criatura uma oportunidade de corrigir erros antigos, de permitir que alguém trilhasse seu próprio caminho e descobrisse suas próprias ambições. O prazer dos conscientes deve ser a gana por conhecimento.
HP: 1000 / 1000 || REI: 1000 / 1000 || ST: 10 / 10
Palavras: 231
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Wraith
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HP: 900 / 900 || REI: 1240 / 1240 || ST: 11 / 11
[ 60 ANOS ATRÁS ]
Aquele homem era como eu, um Hollow. Porém, a falta da máscara - Ao menos completa - Me deixou perplexo. Ele era a imagem que eu sempre busquei alcançar: A de um ser que transcendesse as leis da natureza impostas sobre nossa raça vulgar; Que pudesse discernir sobre seu próprio ser, e assim, seguir em frente, motivado pelas suas próprias ambições. Nem mesmo eu, um dos poucos conscientes neste mundo, tinha vontade própria. Meus instintos sempre gritaram mais altos do que a racionalidade, e no fim, eu me equiparava a qualquer outro bárbaro selvagem que vagasse através das terras ermas deste mundo tão sem cor. A voz do mais velho era reconfortante - Como se fora um sábio, não soltei sequer um ruído enquanto lhe escutava com atenção. Após se aproximar, ele perguntou a mim se o que eu desejava era a consciência. Apenas continuei observando-o, até que liberara uma quantidade de energia massiva pela área. Ela, no entanto, não me era ameaçadora. A Vaporização das rochas soava menos como uma intimidação e mais como o fruto de compreender a sua própria existência. Era a recompensa pelo esforço de alcançar um nível além do estimado para qualquer Hollow.
— "Eu nunca vi alguém igual. Nenhum hollow sequer se compara a este que se encontra em minha frente. Sua postura, sua aparência, seu poder e inteligência. Ele é um espelho de minha mente...Por mais que meu corpo jamais seja capaz de alcançá-lo." — Pensei.
Meus pensamentos eram claros, mas minha voz era incapaz de seguir o ritmo de minha mente. Sempre pensante, buscava entender o que eu mesmo era e o meu objetivo nesta terra. O dom da reflexão me concedeu uma mente brilhante, mas o corpo era submetido às anomalias brutais que por muitas vezes ofuscavam o meu intelecto. Do que adianta a inteligência em uma terra de monstros famintos e irracionais, afinal? Por muito tempo pensei que nada, mas ao ver este homem...Esta figura me fez mudar de ideia. Havia algo além que poderia me aguardar. A oportunidade que sempre busquei, de encontrar a luz no fim do túnel. De me redimir desta carcaça sombria que molda meu corpo pútrido e ensanguentado pelo sangue de milhares que cruzaram o meu caminho.
Me submeti. Ajoelhei-me a frente do homem, com um dos joelhos dobrado e o outro no chão. Curvei também o torso e me mantive em silêncio durante alguns poucos momentos. Era uma resposta que não exigiria sequência, mas eu precisava me expressar. Eu tinha em mãos a chance de compreender as profundezas de meu espírito, mas não antes de conhecer aquele em minha frente. A oportunidade dourada advinda dos céus sombrios deste submundo; Uma chance em um milhão, que por uma caso viera a se encontrar comigo.
— "Por...Fa-Faovr...Me d-diga...Que-m...Quem...É...V-você?" — Lhe questionei. Eu precisava saber. Queria saber o que era aquilo na minha frente. Não parecia um hollow, e nem um homem. Aos meus olhos, era uma divindade. Em minha mente, aquilo não poderia ser nada menos do que intervenção divina. — "Eu...E-Eu aceito...P-preciso...Deixar...Es-Esta casca...Vazia...P-para trás...!" — Finalizei, referenciando ao meu próprio corpo como nada além de uma mácula por nascer na escuridão deste plano.
Então, estiquei o braço direito, abrindo o palmo.
Aguardei a resposta do outro, em completo silêncio. A hora da verdade havia chegado. Ou para mim haveria silêncio, ou haveria glória.
Não havia um meio termo como resposta neste mundo.
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| N° de Palavras: 594|
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Aurum
Momento Mori
Eu sou eu sou. Contra mim nem mesmo o futuro e as amarras do destino se firmam. Eu destruirei os que querem me dar fim e eu serei o que sou pela eternidade.
Magnus observava as reações do hollow sem consciência, e surpreendeu-se ao ouvi-lo. Ele curiosamente podia comunicar-se, ainda que de modo primitivo. O tempo era cruel. Séculos poderiam se passar, mas Magnus jamais esquecer-se-ia de que em algum momento estivera desalentado como o ser à sua frente.
A verdade é que os arrancars – aqueles que livraram-se do jugo de suas máscaras – eram a exceção. Essencialmente os hollows foram criados com o simples objetivo de alimentarem-se e de subjugarem os seres sob seus dentes, sem realmente pensarem a respeito. Eram guiados pelo instinto, pela vontade animalesca que surgia de seu cerne e se manifestava através do agir dos corpos, correndo e comendo.
Os hollows, em sua maioria, eram condenados ao perecimento, para que pudessem voltar ao ciclo da vida e da morte. Alguns eram eliminados para a eternidade, rompendo este ciclo. Mas hoje esses casos eram exceção.
E alguns, como era o futuro da jovem criatura à sua frente, tinham a sorte de subsistir.
— Eu me chamo Magnus, criança. — O Vasto Lorde sorriu e se aproximou, ao vê-lo ajoelhar-se diante de si. — Sou uma existência entre as mais antigas que pisam sobre essas ermas terras, um vagante que observa o mundo desde muito antes de você despertar. — Então concentrou uma densa quantidade de reiatsu em sua própria mão direita e tocou-lhe a máscara na extremidade esquerda. Puxá-la-ia. — Não tema a dor, ela valerá a pena. — E segurou-lhe a mão estendida com sua mão esquerda, a fim de mantê-lo imóvel. A dor que sentiria seria excruciante, como nenhuma outra que já sentira. Seria o puro terror, mas um terror recompensado com doce mel. — Conheça a luz, Arrancar! — E, enfim, puxou. Uma coluna de energia surgiu do corpo da criatura junto de seu agourento grito de dor, desintegrando tudo que existia num raio de cinquenta metros. Embora Magnus nada tivesse sofrido, todo terreno ao redor foi feito em pó.
Magnus afastou-se do Vasto Lorde prostrado e o olhara. Ficou satisfeito ao notar que sobrevivera. Agora ele ganharia poderes além de sua pobre compreensão, como o que utilizava agora vulgarmente. A resurrección irradiava um incomensurável poder, que deveria ser selado na forma de uma zampakutou. E foi o que Magnus fez, ao concentrar sua reiatsu nas palmas de suas duas mãos, irradiando tanta pressão espiritual que o ar rachou, e apontou-as para a criatura que, lentamente, teve a resurrección decomposta na forma de uma bela lâmina, que repousou na vertical diante do, agora consciente, hollow prostrado.
— Como se chamas, Arrancar?
A verdade é que os arrancars – aqueles que livraram-se do jugo de suas máscaras – eram a exceção. Essencialmente os hollows foram criados com o simples objetivo de alimentarem-se e de subjugarem os seres sob seus dentes, sem realmente pensarem a respeito. Eram guiados pelo instinto, pela vontade animalesca que surgia de seu cerne e se manifestava através do agir dos corpos, correndo e comendo.
Os hollows, em sua maioria, eram condenados ao perecimento, para que pudessem voltar ao ciclo da vida e da morte. Alguns eram eliminados para a eternidade, rompendo este ciclo. Mas hoje esses casos eram exceção.
E alguns, como era o futuro da jovem criatura à sua frente, tinham a sorte de subsistir.
— Eu me chamo Magnus, criança. — O Vasto Lorde sorriu e se aproximou, ao vê-lo ajoelhar-se diante de si. — Sou uma existência entre as mais antigas que pisam sobre essas ermas terras, um vagante que observa o mundo desde muito antes de você despertar. — Então concentrou uma densa quantidade de reiatsu em sua própria mão direita e tocou-lhe a máscara na extremidade esquerda. Puxá-la-ia. — Não tema a dor, ela valerá a pena. — E segurou-lhe a mão estendida com sua mão esquerda, a fim de mantê-lo imóvel. A dor que sentiria seria excruciante, como nenhuma outra que já sentira. Seria o puro terror, mas um terror recompensado com doce mel. — Conheça a luz, Arrancar! — E, enfim, puxou. Uma coluna de energia surgiu do corpo da criatura junto de seu agourento grito de dor, desintegrando tudo que existia num raio de cinquenta metros. Embora Magnus nada tivesse sofrido, todo terreno ao redor foi feito em pó.
Magnus afastou-se do Vasto Lorde prostrado e o olhara. Ficou satisfeito ao notar que sobrevivera. Agora ele ganharia poderes além de sua pobre compreensão, como o que utilizava agora vulgarmente. A resurrección irradiava um incomensurável poder, que deveria ser selado na forma de uma zampakutou. E foi o que Magnus fez, ao concentrar sua reiatsu nas palmas de suas duas mãos, irradiando tanta pressão espiritual que o ar rachou, e apontou-as para a criatura que, lentamente, teve a resurrección decomposta na forma de uma bela lâmina, que repousou na vertical diante do, agora consciente, hollow prostrado.
— Como se chamas, Arrancar?
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Wraith
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HP: 900 / 900 || REI: 1240 / 1240 || ST: 11 / 11
[ 60 ANOS ATRÁS ]
Seu nome era Magnus. Um nome o qual eu me recordaria para o resto de meus dias. Segurou com firmeza a máscara que obscurecia o meu verdadeiro rosto com a mão destra, firmando o meu corpo ao segurar o meu braço esticado. Ele ditava que seria uma dor infernal - Insuportável, mas que me recompensaria com a própria luz. Eu não me importava. Que caíssem rios de sangue de meu corpo, eu não poderia dar para trás. Não em um momento como este. Fora rápido: Ele puxou a máscara com tanta força e velocidade que meus olhos mal tiveram tempo de processar a informação. Fios de carne e sangue voaram através de minha visão deturpada, e então, a explosão de energia. A dor era, verdadeiramente, indescritível. Deixei soltar gritos completamente desesperados de completa agonia, enquanto meu corpo se alterava para uma forma completamente diferente. O terreno ao redor fora destruído, mas o poder de Magnus fora o suficiente para conter a insanidade que ecoava de minha alma e a selar na forma de uma espada.
A poeira então, baixou aos poucos. Olhando para baixo, ofegante - Notava meu corpo desnudo. Não mais me via como um monstro. Meus braços, pernas e torso eram como os de Magnus. Eu podia ver, com detalhes, toda a minha musculatura. Sentia a densidade de minha carne, e os movimentos vívidos. O corpo era proporcional e esbelto. O buraco vazio moveu-se do peito para a lateral esquerda do abdome. Além disso, cabelos caíam até meus olhos. Eram negros, porém macios como seda. Observei minhas mãos e unhas durante alguns instantes, antes de tocar o meu rosto empalidecido. De pele lisa, conseguia compreender o que havia me tornado. Deixei, para sempre, aquela casca vazia para trás, de uma vez por todas. Eu me aproximei do estandarte divino de Magnus. Ainda no chão, de joelhos, tomei a espada com minha mão direita, e subi levemente meu rosto, para encarar o outro de frente.
— "É Michikatsu." — Ditei, me levantando, aos poucos. — "Yura Michikatsu." — Finalizei.
Era sabido que depois daquilo, partiríamos para caminhos opostos. Porém, nosso breve encontro mudara para sempre o meu ser. Eu não compreendia emoções ou sentimentos, mas sentia a necessidade de respeitar aquele homem. Não tive a coragem de tirar meu olhar dos olhos de Magnus, e por fim, curvei-me mais uma vez em sua direção. Graças a ele, havia enfim concretizado o meu desejo de encontrar a luz. Mas, agora, só cabia a mim trilhar o caminho para cumprir as outras ambições que por tanto tempo me foram restritas. Dei as costas ao outro.
— "Me lembrarei de ti para todo o sempre, Magnus. Trilharei um caminho diferente de você, eu imagino. Mas até lá...Agradeço-lhe, de alma." — Ditei.
Seria a primeira e única vez que agradeceria a alguém. Não um fingimento - Era genuíno.
Então, parti, sem olhar para trás. Estava na hora de perseguir os horizontes. Estava na hora...De encontrar o meu destino.
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-> RP com @Magnus.
Número de posts indefinidos.
O Flashback se passa há 60 anos no passado.
Finalização da RP.
| N° de Palavras: 499|
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Midnight
@Magnus @Wraith
Ótima RP, realmente deu para entender melhor a relação entre os dois e é algo que sei que vocês irão explorar bem nas próximas. Por se tratar de uma RP livre e vocês não terem 5 posts cada um, infelizmente não concederei XP, mas novamente enalteço a qualidade dos posts e da narrativa.
Ótima RP, realmente deu para entender melhor a relação entre os dois e é algo que sei que vocês irão explorar bem nas próximas. Por se tratar de uma RP livre e vocês não terem 5 posts cada um, infelizmente não concederei XP, mas novamente enalteço a qualidade dos posts e da narrativa.
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