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Data de inscrição : 16/04/2021
Idade : 23
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Wings of Freedom
Sempre que íamos juntos em missão, Aizawa fazia-me esperar do lado de fora de seu dormitório enquanto ele se aprontava. Nunca me permitira sequer espiar seu quarto. Sua cama, cortinas, cor das paredes eram uma incógnita. Não sabia nem se o homem de fato tinha uma cama ou um daqueles colchões infláveis que demoram uma eternidade para encher. E imagino que não seria o único objeto inflável em seu domínio, se é que me entende. Uma ironia agradável do destino me concedera a missão de limpar seus aposentos enquanto o tenente da segunda divisão estava distante graças a uma expedição. — Insistir sete mil seiscentas e vinte e três vezes valeram a pena! Finalmente eu vou ver o seu tão precioso quarto que você esconde de todo mundo, Ai-chan!— Bom, tinha isso também. Fazia uns quinze anos para mais desde a primeira vez que eu pedira a Central por esta missão. Talvez eles estejam com baixa no pessoal da quarta divisão, mas não importa.
Toc. Toc. Toc. Ai-chan? — Toc. Toc. Toc. — Ai-chan? — Toc. Toc. Toc. — Ai-chan? — Nenhuma resposta obtive da porta metálica a minha frente, o que já era esperado. Isso não mudava o fato de que eu já me habituara com o passar dos anos - tal como um trabalhador fordista - a realizar três sequências de três batidas na porta de Aizawa. Na primeira vez o homem, ironicamente, pedira para que eu sempre batesse oitenta vezes em sua porta para ter certeza. Na primeira vez que o fiz, achou engraçado; na segunda já não vira tanta graça assim; na terceira abriu a porta na sétima batida e me ameaçara com a Zanpakutō. Optamos - ele optou - por um total de nove batidas, então. — Estou entrando. COM LICENÇA!!! — Girei a chave reserva que havia pego minutos antes na Central e girei a maçaneta com toda a calma do mundo. Que mistérios me aguardavam do outro lado daquela porta? — Mas que MERDA é essa? — Parecia que o furacão Boohnobos havia bagunçado o quarto todo. Colchão virado ao contrário, uma das cortinas quase caindo e das duas umas: ou teria que reviver o peixinho dourado de ponta-cabeça no aquário da escrivaninha ou teria de enviá-lo ralo abaixo. — Ah, Ai-chan...Eu só não fico nervoso com você porque você teve resfriado e problemas de pele recentemente. — Foi essa a solução que encontrou para os papéis higiênicos gosmentos encontrados no chão, próximos a uma loção hidratante. Ao fechar a porta do quarto - tinha que começar a trabalhar, afinal - notei que havia uma folha de caderno pendurada com durex sobre ela. A mensagem não era "Pau no cu de quem tá lendo", apesar de ser igualmente desagradável.
Ele me conhece mesmo! Sabendo que eram altas as chances de eu pedir uma missão dessas, Kuramoto fez QUESTÃO de ser o mais nojento possível! COMO VOCÊ É ENGRAÇADINHO, KURAMOTO AIZAWA! — Mãos a MLK FILHA DA PUTA obra. — exclamei, colocando as mãos em meus bolsos e tirando de lá um par de luvas brancas de látex. Corria o risco de pegar uma doença se manejasse de mãos nuas os objetos do quarto de Aizawa. Um risco que eu não estava tão disposto a correr. Minha primeira atitude foi recolher os dejetos que estavam no chão. A maior parte se destinava ao lixo, outras aos armários e a maior parte foi empurrada para debaixo de sua cama. Parecia um destino digno para aquelas revistas indecentes, afinal. — Uau...Como é que esse cara consegue andar com essa lata de baygon no meio das pernas? — O que eu poderia fazer? Abri sem querer naquela página sem querer e vi sem querer algo que sem querer vi. A vida é dura. E não só a vida, percebo.
Levei cerca de vinte minutos para tornar o chão do quarto 'transitável'. Varri por alguns minutos desleixadamente, apenas para dizer que o fiz. Fios de cabelo - que eu não sabia dizer de qual parte do corpo eram, já que Aizawa guardava uma gilette cheia de pentelhos debaixo da cama - aglutinaram-se nas fibras da vassoura, movendo-se em conjunto com o objeto que eu manuseava. Com o pé esquerdo - enquanto o outro permanecia no chão - pisei na fibra da vassoura desde a extremidade superior até a inferior, removendo qualquer porcaria que ainda estivesse presa e amontoando todo o lixo em uma pilha. Varri o aglomerado até uma pá, demonstrando menor aptidão para tal do que eu esperava. — Ah, essa merda do cacete... — Não é como se eu fosse alérgico, mas a sujeira que entrava em meu nariz dava-me vontade de espirrar. — Botafotchim! — espirrei. Por sorte, havia uma bolinha perdida de papel higiênico amassada para limpar meu nariz. Por azar, não estava limpa como eu imaginei. E eu só descobri na hora do contato.
Certo, falta só fazer a cama! — Eu não acreditava que já estava acabando. Depois de trocar as cortinas cagadas e trazer um peixinho dourado a vida com uma massagem cardiovascular, ajeitar os lençóis e travesseiro era tarefa de criança. Dobrei os lençóis e na hora que apalpei os travesseiros de penas, notei que algo se escondia debaixo do travesseiro. — Não sabia que o Ai-chan gostava de brinquedos... — Um boneco da capitã-comandante e um de um boneco cabeçudo descansavam na cama. — Já sei, ele vai achar engraçado...Deve achar engraçado? — As mãos ágeis deram vida a minha maior obra de arte antes de eu enfim deixar os aposentos de meu amado amigo.
Toc. Toc. Toc. Ai-chan? — Toc. Toc. Toc. — Ai-chan? — Toc. Toc. Toc. — Ai-chan? — Nenhuma resposta obtive da porta metálica a minha frente, o que já era esperado. Isso não mudava o fato de que eu já me habituara com o passar dos anos - tal como um trabalhador fordista - a realizar três sequências de três batidas na porta de Aizawa. Na primeira vez o homem, ironicamente, pedira para que eu sempre batesse oitenta vezes em sua porta para ter certeza. Na primeira vez que o fiz, achou engraçado; na segunda já não vira tanta graça assim; na terceira abriu a porta na sétima batida e me ameaçara com a Zanpakutō. Optamos - ele optou - por um total de nove batidas, então. — Estou entrando. COM LICENÇA!!! — Girei a chave reserva que havia pego minutos antes na Central e girei a maçaneta com toda a calma do mundo. Que mistérios me aguardavam do outro lado daquela porta? — Mas que MERDA é essa? — Parecia que o furacão Boohnobos havia bagunçado o quarto todo. Colchão virado ao contrário, uma das cortinas quase caindo e das duas umas: ou teria que reviver o peixinho dourado de ponta-cabeça no aquário da escrivaninha ou teria de enviá-lo ralo abaixo. — Ah, Ai-chan...Eu só não fico nervoso com você porque você teve resfriado e problemas de pele recentemente. — Foi essa a solução que encontrou para os papéis higiênicos gosmentos encontrados no chão, próximos a uma loção hidratante. Ao fechar a porta do quarto - tinha que começar a trabalhar, afinal - notei que havia uma folha de caderno pendurada com durex sobre ela. A mensagem não era "Pau no cu de quem tá lendo", apesar de ser igualmente desagradável.
Ele me conhece mesmo! Sabendo que eram altas as chances de eu pedir uma missão dessas, Kuramoto fez QUESTÃO de ser o mais nojento possível! COMO VOCÊ É ENGRAÇADINHO, KURAMOTO AIZAWA! — Mãos a MLK FILHA DA PUTA obra. — exclamei, colocando as mãos em meus bolsos e tirando de lá um par de luvas brancas de látex. Corria o risco de pegar uma doença se manejasse de mãos nuas os objetos do quarto de Aizawa. Um risco que eu não estava tão disposto a correr. Minha primeira atitude foi recolher os dejetos que estavam no chão. A maior parte se destinava ao lixo, outras aos armários e a maior parte foi empurrada para debaixo de sua cama. Parecia um destino digno para aquelas revistas indecentes, afinal. — Uau...Como é que esse cara consegue andar com essa lata de baygon no meio das pernas? — O que eu poderia fazer? Abri sem querer naquela página sem querer e vi sem querer algo que sem querer vi. A vida é dura. E não só a vida, percebo.
Levei cerca de vinte minutos para tornar o chão do quarto 'transitável'. Varri por alguns minutos desleixadamente, apenas para dizer que o fiz. Fios de cabelo - que eu não sabia dizer de qual parte do corpo eram, já que Aizawa guardava uma gilette cheia de pentelhos debaixo da cama - aglutinaram-se nas fibras da vassoura, movendo-se em conjunto com o objeto que eu manuseava. Com o pé esquerdo - enquanto o outro permanecia no chão - pisei na fibra da vassoura desde a extremidade superior até a inferior, removendo qualquer porcaria que ainda estivesse presa e amontoando todo o lixo em uma pilha. Varri o aglomerado até uma pá, demonstrando menor aptidão para tal do que eu esperava. — Ah, essa merda do cacete... — Não é como se eu fosse alérgico, mas a sujeira que entrava em meu nariz dava-me vontade de espirrar. — Botafotchim! — espirrei. Por sorte, havia uma bolinha perdida de papel higiênico amassada para limpar meu nariz. Por azar, não estava limpa como eu imaginei. E eu só descobri na hora do contato.
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Certo, falta só fazer a cama! — Eu não acreditava que já estava acabando. Depois de trocar as cortinas cagadas e trazer um peixinho dourado a vida com uma massagem cardiovascular, ajeitar os lençóis e travesseiro era tarefa de criança. Dobrei os lençóis e na hora que apalpei os travesseiros de penas, notei que algo se escondia debaixo do travesseiro. — Não sabia que o Ai-chan gostava de brinquedos... — Um boneco da capitã-comandante e um de um boneco cabeçudo descansavam na cama. — Já sei, ele vai achar engraçado...Deve achar engraçado? — As mãos ágeis deram vida a minha maior obra de arte antes de eu enfim deixar os aposentos de meu amado amigo.
HP ─ 400/400 RE 300/300 ST 3/3 CA 0/04
- Considerações:
- Missão Rank D
Enredo: Arrumar o quarto do tenente da 2ª divisão Kuramoto Aizawa (@trashscoria) '-'
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Mensagens : 792
Data de inscrição : 25/09/2022
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Wraith
Situação: Aprovado
Considerações:
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
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Sáb Abr 06, 2024 4:25 pm por Zeitgeist
» - vc é o artu? veja vc não é o artu? n veja
Qui Jun 01, 2023 3:23 pm por antemortem
» Mugen Rin [FP] - Em construção!
Qui maio 25, 2023 2:56 pm por Wraith
» [B] El Conteo: Los Santos y Los Verdugos
Sáb maio 06, 2023 3:24 pm por Alonzo
» [MF] アフロ
Sáb maio 06, 2023 2:39 pm por Afro
» [MF] Escrivá
Sex maio 05, 2023 1:25 pm por Avaliador
» [Operação C] Asa
Qui maio 04, 2023 12:52 pm por Josemaría Escrivá
» [CI] Taka
Qui maio 04, 2023 12:07 pm por Zeitgeist
» Fushiguro, Toji. [F]
Qui maio 04, 2023 11:47 am por Zeitgeist