Força
  • Acertar Sufocamento:
  • Manter Sufocamento:
  • Intimidar:
  • Arremesso de Armas:
  • Derrubar:

  • Fator Bônus:
    Agilidade
  • Esquiva:
  • Ocultar Presença:
  • Manipular Objetos:
  • Desarmar:
    Inteligência
  • Acerto Mental:
  • Detectar Presença:
    Velocidade
  • Iniciativa:
    Resistência
  • Resistir Fisicamente:
  • Resistir Veneno:
  • Resistência de Dano:
  • Stamina:
    Pressão Espiritual
  • Acerto com Técnicas/Equipamentos:
  • Intimidar:
  • Dano Bônus:
    Hakuda
  • Acerto Corpo-a-Corpo:
  • Dano Físico:
    Zanjutsu
  • Acerto com Zanjutsu:
  • Dano Físico:
    Kidou
  • Acerto com Kidou:
  • Dano Bônus:
Bleach
Las
Noches

1999

Inverno

Contexto Atual
Após centenas de anos com uma paz frágil sendo mantida a partir dum pacto entre Shinigamis e Hollows, as peças-chave para este falso senso de segurança foram destruídas: A morte do capitão Comandante do Gotei 13 e do Rei Hollow de Hueco Mundo foram o catalisador para uma nova tensão que se surgiu. Agora, sob a letal ameaça Quincy, ambas as raças devem tomar decisões importantes para que não sejam esmagadas.

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DelRey

[RP] Skin Of My Teeth - Publicado Dom Jan 22, 2023 11:07 pm


[RP] Skin Of My Teeth Wp6012863

Enquanto a humanidade deitava-se para dormir, a fenda rasgou os céus, cobrindo as inúmeras estrelas iluminada pela luz lunar. Uma brisa anunciou a chegada da dupla, que acompanhada de um defunto, era despejada ao mundo humano. Sobreviventes ou derrotadas, naquele instante não era relevante, expelidas do Hueco Mundo a capitã e a tenente estavam em péssimo estado, além dos inúmeros ferimentos, as duas estavam perdidas, jogadas no mundo humano, sem a chave que as permitiria retornar para casa.

Estavam em Honmachi, um distrito residencial localizado em Shibuya.
DelRey

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Midnight

Re: [RP] Skin Of My Teeth - Publicado Qua Jan 25, 2023 3:13 pm

Nona divisão Komei
A
quela sensação era boa, a sensação dos raios da luz da manhã nos meus olhos enquanto eu sentia algo quente e macio atrás da caminha cabeça. Abria os olhos lentamente e me deparava com quem desejava ver a muito tempo, Genro, via seus olhos, lembrava do seu sorriso, do seu cheiro e aquilo era tão real, a mão dele, seu toque. Acompanha a mão dele com a minha, cobrindo-a, apertando levemente. – Algo errado? A voz dele, a quanto tempo não a ouvia? Parava por um momento, apreciando aquele deleite. – Não. Respondia. E aí era quando a realidade atingia.

Eu havia conseguido responder? Minha voz saiu da minha garganta? Impossível. Sim, Genro estava ali, isso era impossível. Era um sonho, ou então..estava morta? Algumas cenas começavam a invadir a lucidez, lembrava de Las Noches, Kuina, a reunião e Denki Yamamori. Sim, eu havia perdido, nós havíamos perdido. Novamente olhava para Genro, desejava ficar ali, desejava mais que tudo aceitar aquela sensação e ficar ao lado dele mais uma vez, mas não podia, havia algo a proteger.

Então, abria os olhos novamente, dessa vez em outro lugar, olhando o céu estrelado e sentindo pequenos flocos de neve atingirem meu rosto, respirava abruptamente, pesada, como se tivesse nascido de novo. Onde estava exatamente? Será que estava na Soul Society? Ouvia ao longe o som de um apito e de algo como uma máquina se movendo, não, ali não era a Soul Society, estava perdida no Mundo Humano. Poucos segundos depois eu sentia algo quente escorrer no meu rosto e a visão ficar atrapalhada, eram minhas próprias lágrimas de vergonha.

Quando conseguia me recompor, vagarosamente ia me levantando, já não estava mais sangrando, mas as feridas doíam, tudo doía, tinha uma nova cicatriz nas costas graças ao Rei Hollow e além disso os olhos ainda estavam um pouco irritados por conta do choro e da areia. Olhava em volta e reparava estar em uma espécie de cidade mais pacata do Mundo Humano, e nesse sentido era bom que eles não nos pudessem ver.

“ Onde estão os outros?” Pensava imediatamente enquanto tentava olhar em volta, lembrava que Kuina havia sido arrastada para outro combate, e talvez tivesse ganhado? Não, ou ela havia sido mantida refém ou o pior. Percebia um pouco mais a frente algo coberto pela neve, delgado, mas algo. Me aproximava e rapidamente conseguia reconhecer as vestes, de forma apressada e até brusca começava a tirar a neve acumulada por cima do corpo da tenente Nobara e colocava a mão sobre sua garganta sentindo o calor, fraco, mas havia vida. Amaldiçoava-me por tê-la deixado entrar nessa missão, mas de fato ela se mostrou forte e confiável no combate e sem ela nossa situação seria muito pior. Puxava o corpo dela para perto de alguma árvore, para evitar que recebesse a neve indiscriminadamente e ficasse pior do que estava.

Agora, restava pensar em como voltaria para a Soul Society. Talvez pudesse abrir um senkaimon e- A ficha caia, onde estava minha zanpakutou? Sentia minha cintura mais leve do que antes e talvez pela situação deturpada em que estava não havia sentido, mas ela não estava ali. Desesperadamente olhava em volta, caminhava praticamente tropeçando pela neve densa a procura da espada, mas ela não estava ali. Sem forças, caia de joelhos e segurava o chão branco amaldiçoando os hollows, havia perdido e minha zanpakutou havia sido roubada, minha honra havia sido roubada, eu havia perdido tudo.
Eis que achava que o pior já havia passado, mas não. Ao erguer um pouco a cabeça conseguia reparar em um monte de neve bem maior que os outros, quase do tamanho de um..homem? Pensava em quem poderia ser e lembrava, sim, Noboru havia ido conosco. Apressadamente ia engatinhando até ele, mas conforme me aproximava notava, diferente de Nobora ele estava imóvel, conforme chegava mais perto notava estar rígido e ao tocá-lo percebia: não havia vida.

Os olhos arregalavam e algumas lágrimas vertiam, nós havíamos treinado a exaustão para isso, e ele, o veterano, agora estava a minha frente sem vida e eu estava ali, sem minha honra, perdida. Abaixava-me, colocando a testa sobre o ombro do cadáver, não conseguia conter as lágrimas e elas iam derretendo a neve conforme encostavam no sólido, doía, tudo. Me sentia sufocada pela dor, pela vergonha, pelo inferno que estava vivendo e não conseguia suportar.

- GAHHHHHHHHHHHHHHHHH! Era o único som que conseguia fazer, um grito surdo, um grito que ao sair sentia doer toda minha garganta, o som de alguém que somente na dor extrema conseguia emitir um som pela sua boca. Não havia mais nada, havia perdido tudo.

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Midnight

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Re: [RP] Skin Of My Teeth - Publicado Qui Jan 26, 2023 12:26 am

— rose
ichirin no hana


Your words will disappear. Your house will disappear. Your name will disappear. All memory of you will disappear.

Que frio — pensei. Já estava antes, mas agora parecia que meu corpo inteiro estava imerso em uma banheira cheia de cubos de gelo. Eu estava consciente, mas desacordada, como isso era possível? Eu não sentia mais aquela densidade espiritual ao meu redor, definitivamente havíamos deixado Hueco Mundo... talvez estivesse morta? Era uma possibilidade. Não imaginava que o pós-vida seria assim, engraçado, como uma ceifadora eu deveria saber o suficiente sobre a morte e o que vinha em seguida, não? Mas na verdade não sabia nada, sim, não apenas sobre a morta e a vida, eu não sabia absolutamente nada, era tão nova, tão ingênua, eu realmente acreditei que podia vencê-los, eu realmente acreditei nos demais capitães, em nossa comandante, mas não... nós estávamos fracos, a paz nos tornou marionetes, servindo todo dia a uma hierarquia destinada ao fracasso... bom, o destino já estava concretizado.

Tentei mover meu corpo, mas não havia força suficiente para o ato. Havia um peso em meus ombros, tanto emocional como físico, mas aquela tentativa relembrava toda a dor que se espalhava por todo meu corpo. Eu sabia que os danos eram incalculáveis, mesmo assim eles estavam ali, eles seriam uma lembrança diária da minha derrota pelos próximos dias. Também havia uma dor no meu peito, quanto maior minha consciência, maior era se tornava, forçando meus olhos a lagrimejar, mas nada escorria deles, era um misto de sentimento, de sensações.

Eu gritaria. Mas não podia.

Eu sentia saudade... da minha casa, da minha família, da minha divisão, do meu irmão. Tensai... onde viemos parar? Nosso ego foi tão grande a esse ponto? Treinamos dia e noite para esse momento, mas não era o suficiente? Que droga. Eu queria sentir seu abraço mais uma vez, seu conforto, ouvir sua voz, tocar seu rosto, eu não fui capaz de ir até você e isso dói, cada vez mais eu queria salvar você, mas ninguém foi capaz de me salvar. Fomos enganados, nos dois, por todos que permitiram nossa vinda, mas não apenas por eles, pela nossa família, eles haviam nos jogados nessa, toda essa ambição, todo esse desejo, toda essa raiva, eles eram os responsáveis.

Pai. Seu desgraçado. Tensai não merecia isso, eu não merecia isso. Eu deveria ser apenas sua menina, mas não, nos primeiros anos de vida você me deu uma espada, tinha a encontrado no mundo humano, ela era feita de um material estranho, um quanto peculiar, você sempre dizia que eu seria a melhor que você já viu e eu acreditei. Eu escolhi acreditar em você, eu escolhi acreditar em todos e por isso quase perdi minha vida.

Mas não era essa a vontade de um shinigami? Não era esse o objetivo de nossa vida? Eu lutei? Sim. Eu perdi? Sim. Mesmo assim, se não tivéssemos lutado? Qual seria o desenrolar de tudo? Lutamos em nome da paz, lutamos em nome da justiça, aqueles lixos não sabiam se comportar, nosso erro foi entrar em seu ninho, não, o seu erro, você errou comandante Kuina, eu não posso perdoar você por isso, eu não posso confiar novamente em você. Você é nossa líder, mesmo assim falhou em nos liderar, nos levou para a missão que não apenas mudou o rumo de nossa vida, mas também abalou a confiança de toda Gotei 13. Você devia nos liderar, mas você nos destruiu.

...

Eu consigo sentir um toque gélido, ele havia aliviado o peso que estava sobre minhas costas e agora estava me carregando para algum lugar. Abro os olhos. Uma luz irradia na minha direção, quase como se fosse queimar minha visão, mas era apenas a luz de um poste. Komei, a capitã da Nona Divisão. Ela estava viva... somente ela? Tento mover meu pescoço, mas não consigo, meu corpo não responde, eu apenas sinto uma inquestionável dor que talvez seja a única razão de minha consciência.

Capitã. Um titulo engraçado para aquela que estava em minha frente, ela parecia tão frágil agora, antes da reunião eu jamais ousaria questionar a força de um dos meus superiores, mas agora todos pareciam tão... questionáveis. Impotentes, fracos, inúteis. Assim como uma tenente. Mas eram corajosos, isso eu podia admitir, diferente daquele que eu nunca havia encontrado, o desgraçado capitão da oitava divisão. Kuroyami Watanabe. Seu nome parecia repetir em ciclos na minha cabeça, ele havia me designado aquela missão e alguma coisa, no fundo do meu peito, me dizia que eu finalmente iria encontra-lo, mas não, o covarde nunca apareceu, me abandonou novamente, assim como abandonou a oitava durante todo esse tempo.

Desgraçado. Covarde. Maldito.

Escutei o grito abafado, mas não conseguia me mover. Esforcei-me, permitindo que toda aquela dor estralasse todo meu corpo. Era Komei, a capitã. Ela parecia tentar gritar, diante do cadáver do sexto. Patética, ele está morto, você não ver? Ele falhou. Nós falhamos. Não chore. Não derrame lágrimas, você está viva. Você não tem direito. Eles não tinham direito. Em um movimento repentino busquei minha zanpakutou, mas ela não estava ali. Busquei pelos arredores, não havia nada, apenas neve e mais neve.

Joguei-me no chão, buscando por todo o amontoado de neve, agressivamente afastando-a com meu punho. — Cadê?! — eu não a encontrava. Ela não estava ali, ela não estava comigo. Minha cabeça começava a doer na mesma intensidade do meu corpo, novamente eu olhava na direção da Capitã, que continuava sofrendo. Eu não conseguia entender. Ela estava viva. Ele estava morto. Ela estava viva. Ele estava morto.

Ignorando toda a dor do meu corpo me arrastei até próximo do cadáver, onde estava a capitã, parada ao seu lado, encarando-a, vendo seu rosto, suas lágrimas e então encarando o cadáver. — Ele morreu. Pare de chorar. Ele é fraco. Nós somos fracas. — as palavras saiam em descontrole, em freneis, quanto mais eu a encarava, quanto mais eu falava, mais forte ficava a dor em minha cabeça.

Inconscientemente movi a palma de minha mão direita na direção de seu rosto, não havia muita força em meu corpo, mesmo assim eu tentava lhe acertar um tapa. — PARE! — gritei. O som da pele contra pele era o suficiente, toda a dor em minha cabeça se anestesiava. — Estamos vivas. Somos fracas e estamos vivas. Você não entende? Eles pouparam nossa vida. Isso significa que devemos gratidão a eles. Devemos continuar viva e treinarmos, dia após dia, até nosso reencontro. Até o dia em que mataremos todos aqueles desgraçados de uma só vez. Até o dia em que irei recuperar minha zanpakutou e fatiá-los ao meio sem temor algum. Eu lhe prometo, Capitã da Nona Divisão, Komei. Eu vou matar todos eles. — o sorriso tomava conta do meu rosto ao mesmo tempo em que me erguia diante do corpo morto e da capitã. Eu sentia um calor irradiar do meu peito, aquecendo cada parte do meu corpo, eu sentia minha cabeça arder em chamas com minhas palavras, elas representavam minha maior vontade naquele momento, a fragilidade absoluta, o fragmento que faltava em minha determinação.

Vingança ou Justiça, chame do que quiser, eu viveria em nome dessas palavras. Eu viveria pelo nosso reencontro.

— Eu vou destruir aquele maldito castelo! — conclui, cerrando os punhos.

Considerações:


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ROSE
@Hye Ri



DelRey

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Re: [RP] Skin Of My Teeth - Publicado Qui Jan 26, 2023 10:57 pm

Nona divisão Komei
O
tapa vinha duro como uma pedra, afinal a mão gelada de outra pessoa contra o rosto também gelado tinha esse efeito. Sequer havia percebido ela chegar perto e quando notava a sensação era de dor, sentia a mão dela sobre a minha face e ouvia suas as palavras duras. Ela estava certa, éramos fracas, havíamos perdido. Mas havia algo naquela frase que justificava muito bem nossa derrota, sim, ela estava certa.

Continuava a choramingar baixinho por alguns instantes até sentir as lagrimas cessarem aos poucos, os olhos doíam pelo choro naquela baixa temperatura, deveria estar fazendo já -5 graus para mais. Passava a manga do kimono ensanguentando para enxugar o restante das lágrimas enquanto notava que o sangue era prova da razão daquela garota.

Éramos fracas porque nos faltava ódio.

Os arrankars tinham ódio dos shinigamis, ódio por termos chegado mais perto da humanidade, e isso fora o combustível para sua vitória sobre nós. Pela falta de ódio desejamos a paz e por ela estávamos ali a beira do precipício. Kurosawa Nobara era mais inteligente do que parecia e talvez o choque de tudo a mudara para sempre. Quem sabe se fosse seu irmão ela não pensasse diferente? Talvez, mas isso não importava, eu não podia dizer nada.

Pensar nisso me fazia por um motivo odiar além dos Hollows a mim mesma, eu não conseguia me expressar em palavras, animais se expressavam pelo menos em som e nem isso eu conseguia. Até onde essa maldição me perseguiria?

Olhava lentamente para a tenente se levantando e reparava na mesma tragédia que a minha: sua zanpakutou fora roubada. Olhava para Noboru e notava o mesmo. Três zanpakutous. Além de ter nos derrotado, eles deveriam estar dando risada com nossos tesouros ou talvez tivessem quebrado as espadas agora para garantir que nunca mais as usaríamos. Desgraçados

Vagarosamente me levantava, e de uma forma improvisada colocava o corpo de Noboru Ohta sobre minhas costas, era como carregar uma pedra de gelo nas costas, o cadáver já totalmente tenso pelo rigor mortis, mas felizmente o frio desse lugar impedia que ele inchasse ou que ficasse disforme. Éramos fracos, mas talvez o começo da força estivesse ali. Dava um passo e um dos joelhos falhava indo em direção ao chão, mas forçava e impedia de atingir o chão, rangia os dentes, segurando com força como podia nas vestes rasgada daquele que um dia fora um homem. Esse era meu último favor e desejo ao antigo capitão, daria um funeral digno a ele, custe o que custasse.

Não olhava para Kurosawa nesse momento, mas imaginava que ela entendesse o que aconteceria a seguir, assim começava a caminhar, lentamente e com um esforço descomunal, rumo ao centro daquela cidade, onde poderia achar pelo menos algum calor para além do frio da escuridão.


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Midnight

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Re: [RP] Skin Of My Teeth - Publicado Sex Jan 27, 2023 1:07 am

— rose
ichirin no hana


Your words will disappear. Your house will disappear. Your name will disappear. All memory of you will disappear.

Pelo curto instante em que me mantive em pé, anunciando minha promessa de vingança, esqueci minhas dores, enganando-se no que por um segundo foi alívio. O frio não amenizava, apenas intensificava o que já estava na pior, e quando tudo retornou foi impossível me segurar, caindo de joelhos contra a neve, mantendo somente meus braços como apoio em uma patética posição.

Da minha boca uma tosse bruta, manchando a neve branca com meu próprio sangue. Era vergonhoso, quase que impossível de conter as lágrimas que vinham aos meus olhos, mas eu me recusava a derramá-las, pois eu sabia que aquela sensação iria passar e o que restaria seria apenas minha desonra que logo se transmutaria em força para concretizar minha vingança.

A capitã não parecia irritada, mesmo com o tapa ela apenas levantou-se, seguindo adiante. Era possível notar os tremores em seu corpo, essa mesma dor e frio era dividida com ela, mesmo assim ela estava de pé, carregando o corpo morto em suas costas. Seria mais fácil para ela deixá-lo ali, mas ela entendia o perigo que isso significaria ao mundo humano, ou talvez a Soul Society, mesmo assim eu sabia que nenhum de seus motivos eram tão racionais quanto esses.

Novamente usei toda minha força restante para se colocar de pé, apressando meus passos até que fosse possível assumir a dianteira, passando-a. — Você ainda é uma capitã, por isso irei na frente, ainda podemos nos encontrar com alguma criatura maldita atraída pela nossa densidade espiritual e se você carregará esse fardo, eu pelo menos serei útil em lhe proteger. — cada passo era uma lembrança da dor que se espalhava por todo meu corpo, mesmo assim não aceitaria fraquejar novamente, se eu me tornaria melhor que eles, meu treinamento começaria hoje.

— Komei... — interrompi meus passos antes de continuámos, virando-me em sua direção — O capitão da oitava divisão já não aparece algum tempo. É necessário que medidas sejam tomadas. Eu vou assumir a divisão que é minha por direito e espero que possa contar sua aprovação. — conclui, encarando-a mais uma vez, eu não queria intimida-la, sabia que não era capaz disso, mas eu precisava que ela enxergasse, em meus olhos, o meu profundo desejo, que enxergasse que minhas palavras não eram mentira ou somente ambição, não era um pedido qualquer, eu ainda era nova para o cargo que pretendia, mas o momento havia chegado.

Considerações:


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Re: [RP] Skin Of My Teeth - Publicado Sex Jan 27, 2023 2:25 am

脳にキく薬
solve
coagula
Restavam dezesseis minutos para que o sintetizador nulo conseguisse concluir as leituras da pressão espiritual do experimento Magnus, o que permitiria que o arquiteto por trás deste projeto desse continuidade nele. É, contudo, de conhecimento geral que os últimos momentos depois de uma longa espera são os mais indolentes, e, para distrair-se e ocupar sua mente fugaz com alguma outra atividade, Kishō decidiu acompanhar a designação que havia atribuído a Aoi, sua filha adotiva; desta forma, afundado em uma poltrona médica, anelava as dezenas de monitores que lhe transmitiam imagens em tempo real daqueles que haviam sido infectados com seu agente patogênico. Na verdade, estas telas eram a única fonte de iluminação daquele laboratório auxiliar, que adornava um aspecto de abandono, com seus equipamentos científicos jogados para lá e para cá. Não era muito, mas Aoi gostava de pensar que aquele pequeno cômodo a pertencia. De pé, tinha seus braços cruzados e um deles se levantava, permitindo que sua mão servisse de apoio para seu queixo. Durante o combate, dois monitores chamaram a atenção dos olhos curiosos que os assistiam: aqueles que pertenciam às imagens de Komei e de Kurosawa Nobara. Haviam sido, conforme a serpente havia sussurrado antes mesmo de pisarem em Hueco Mundo, sumariamente derrotadas.

E, também, um cadáver. A menina, que já estava de pé, olhou para seu mestre, como que esperando uma ordem. O cientista, por sua vez, optou por assistir a altercação mais um pouco, observando como as facetas da derrota recaíam, aos poucos, sobre cada um dos membros do lado perdedor. Estavam desesperadas, perdidas. Em conflito interno e externo. Parecia que, finalmente, alguém além de si próprio tinha seus olhos abertos ─ ainda que forçosamente ─ para o despreparo daquela que os liderava. O planejamento do capitão de fazer de seu esquadrão quase que uma entidade à parte do Gotei parecia, em passos largos, caminhar para longe de uma decisão extrema, partindo direto para o recanto do bom senso.

[...]

Uma quantidade incomum de serpentes rastejavam para fora da floresta escura que decorava o pequeno distrito. Resvalavam pelos postes, assomavam diretamente da neve ou simplesmente iam de encontro com Komei, a primeira da dupla de ceifadoras que se pôs em movimento. Silvavam de uma forma branda, pois não demonstravam, exatamente, agressão, e tampouco se sentiam ameaçadas. Elas eram o primeiro sinal. brrrrr-boooMMMmmM. E, então, a abrupta sinfonia de uma tempestade jorrava do aparente nada para rispidamente quebrar o silêncio daquela noite. Caso tivessem uma boa memória, lembrariam-se da titânica estrutura que se abriu como uma ruptura na realidade a poucos metros à frente da espadachim de madeixas púrpuras. Este era o segundo sinal. A serpente cinzenta e a sua filhote pisaram para fora do portal; Nimura apresentava um semblante cínico e ações excêntricas. Aoi não carregava emoções em seu rosto e portava-se de forma categórica e régia. — Senhoritas! — Alardeou o capitão, jocosamente levando sua mão direita na bainha de sua Zanpakutō, ajeitando os óculos em seu rosto com a mão livre. — Já terminaram vossas missões no Hueco Mundo? — Concluiu inquirindo. Sua assistente ignorava por completo a presença de todos e caminhava com determinação para o cadáver, um pouco mais para trás de onde estavam. Numa episódica demonstração de proeza física, levantou-lhe com uma mão, agarrando-lhe pelo tornozelo, e se pôs a balançá-lo para cima e para baixo, para a esquerda e para a direita, para a frente e para trás em movimentos bruscos para identificá-lo e tirar toda a neve de sua rouparia.

Num desastrado movimento, usou seu pequeno e frágil pé direito para desferir um leve chute no rosto de Noboru, limpando a neve remanescente de uma de suas bochechas para se certificar. — Aham. É ele. — Confirmou para si mesma após alguns segundos inclinando sua cabeça num ângulo desconfortável para tentar ter certeza. Pôs a outra mão em sua cintura, e depois no queixo, lembrando-se do fato de que seu mestre havia acertado sua previsão a respeito dele também. E, por fim, este pensamento serviu-lhe como um ponto de ignição para várias outras reflexões que a mantiveram parada, ali, sustentando o cadáver do capitão de alguma divisão que não se importava saber enquanto fazia seus cálculos mentais.


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Midnight

Re: [RP] Skin Of My Teeth - Publicado Sáb Jan 28, 2023 10:00 pm

Nona divisão Komei
E
ra difícil carregar Noboru, seu corpo era pesado, muito mais que o meu e além disso meu estado de saúde não ajudava nada, as feridas ainda doíam e o cansaço do corpo pelo uso do kendo era tremendo. Nobara em um ato nobre tomava a frente, afinal ainda estávamos suscetíveis ataques dos Hollows que habitavam o mundo humano e então ela falava algo incomum: algo sobre o futuro. Incomum porque bem, estávamos a pouco praticamente mortas e ainda assim ela tinha forças para pensar no futuro: almejava ascender a capitã da oitava divisão e de fato, no todo ela tinha razão, ela havia provado seu valor, não havia motivos para atrasar isso.

Eis que quando ia responde-la algo incomum acontecia, ouvia alguns sibilos cada vez mais perto e mais fortes e quando notava uma quantidade considerável de cobras surgia das profundezas da floresta, pelo susto, acabava me desequilibrando e o corpo de Ohta ia para o chão junto comigo, desajeitadamente livrava-me dele até que ouvia então um som estridente, um trovão para ser sincero e quando percebia havia uma gigantesca estrutura metálica pouco a sua frente, uma estrutura que já vira antes: Nimura Kishou.

Daquele portal surgiam duas figuras, a grande serpente e a menor, por um momento lembrava da pequena assistente do homem que injetara o veneno em si antes da missão e ai uma ficha caia. Desgraçado! Era única coisa que conseguia pensar quando via Kishou, será que aquela substância que injetara em nós na verdade nos enfraqueceu? Para ele seria bem-vindo se todos os capitães morressem. Além disso, se ele tinha aquele maldito portal, por que não usou? Ele simplesmente assistiu todos nós sermos derrotados e Noboru ser morto pelos Espadas? Imperdoável.

Então, saia do transe bem quando notava que algo acontecia um pouco atrás de si, desajeitadamente a assistente do cientista segurava o cadáver tal como um açougueiro carrega o gado, de qualquer jeito, sem qualquer respeito, ela segurava ele simplesmente como um animal e acertava sobre ele um chute, mesmo que desajeitado, verificando o estado dele. Imperdoável. Respondia para si mesma.

Aos poucos me levantava, indo até Aoi e então aproximava dela deixando toda a reiatsu vazar, sim, estava furiosa, não só com Kishou, mas principalmente com aquele pequeno ser a sua frente, filha do demônio. Quem pensava que era para poder chutar o rosto de um antigo capitão? Um capitão que morreu dando sua vida por uma causa. Imperdoável. Deixava que sua reiatsu vazasse, pressionando-a principalmente, pressionando a todos ali e por fim apenas olhava de soslaio para Nimura esperando que ele entendesse o que isso significava.

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Midnight

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Re: [RP] Skin Of My Teeth - Publicado Dom Jan 29, 2023 4:10 am

— rose
ichirin no hana


Your words will disappear. Your house will disappear. Your name will disappear. All memory of you will disappear.

Subitamente meu corpo estava em alerta, um instinto de medo e aflição, de que o pior se aproximava. Até aquele segundo eu apenas tinha me preocupado com a chegada dos malditos Hollows, talvez por isso não tinha conseguido notar a aproximação delas, o enorme ninho de cobras. Elas estavam por todos os lados, me apressei, havia jurado protege-la e assim faria. Avancei em sua direção enquanto minhas mãos moveram-se de forma instintiva até a bainha da minha zanpakutou, encontrando-se apenas com o vento, naquele instante parei, quase como se não soubesse o que fazer a seguir, eu não tinha minha espada, como lutaria? Era a única forma de combate que haviam me ensinado.

O trovão me acordou. Olhei na direção do som, constatando a chegada de duas figuras já reconhecidas: Nimura e Aoi. Como eles haviam nos encontrado? Que pergunta idiota. Ele era o capitão da décima segunda divisão, ele com certeza é capaz de saber onde está cada Shinigami vivo. Havia um certo alívio com sua chegada, não ficaria mais a deriva no mundo humano, presa a Komei e sua lástima. Ele nos cumprimentou, mas Aoi parecia cumprir ordens especificas, somente ignorando a nossa presença e se direcionando até o corpo do capitão morto que agora estava jogado no chão.

— Fomos derrotadas. — respondi de forma seca. Havia vergonha em minha fala, mas eu não podia me submeter a ela. Nossas posições se alinharam, Nimura na frente, eu no meio e Komei e Aoi atrás, eu assistia o desenrolar das cenas quase como um espectador curioso, na verdade tudo naquele capitão me levantava curiosidade. Aoi chutou o rosto do capitão, um claro desrespeito, mas ele estava morto... talvez ela apenas estivesse verificando sua condição? De maneira um pouco... bruta?

— Ei... — antes que concluísse minhas palavras, que apenas saíram abafadas, meu corpo foi submetido a densidade espiritual da Capitã, seu olhar havia mudado completamente e ela claramente exalava raiva da atitude da garota. Novamente estava pressionada por aquela sensação, era como se o ar saísse do meu peito e eu desaprendesse a respirar, minhas pernas perderam força e senti meus joelhos tocarem a gélida neve. Meu olhar estava fixo no que parecia uma pedra e o mundo parecia desacelerado em minha volta, eu podia sentir que novamente estava lá, na maldita reunião, cercada por inúmeros inimigos. Ouvi novamente a voz da comandante, ela havia iniciado tudo, mas se fizesse, eu faria. Sim, eu faria, unicamente por ele.

Encarei os arredores, não havia nada, apenas neve. Era como se em minha cabeça estivesse em um lugar, mas meus olhos não me ligavam a ele. Por um segundo aquele sentimento se apossou por inteiro dos meus pensamentos e do meu corpo, uma lembrança da minha derrota e perda. Era possível ouvir o som do mármore quebrando, o som das espadas se encontrando, o ruído vibrante da eletricidade exalando, eu estava naquela armadilhava mais uma vez e mesmo assim, não era medo o que me impedia de lutar, era receio. Uma lágrima escorreu pelo meu rosto, tocando meus lábios, aquela sensação de gosto me acordou, eu estava bem, mas não era isso que importava.

Novamente me coloquei de pé, limpando o rosto de maneira sútil, arrumando minha postura. — Capitã. — repreendi a encarando, eu reconhecia sua superioridade, mas naquele instante, estávamos entre aliados, não era momento de lutar. Esperando que fosse o suficiente para frear suas intenções, nada mais acrescentei, virando agora na direção do outro capitão presente.

— Sua chegada é um alívio, capitão Nimura.  — tentando agradar ou apenas me aproximar, caminhei em sua direção junto a bajulação. — E acredito que ela não tenha sido em vão, certo? Não sei se foi capaz de acompanhar os últimos acontecimentos, mas eles foram desastrosos e me pergunto como será que a nossa comandante conseguirá escapar de lá... talvez não importe, afinal ela se colocou lá, ou melhor, nos colocou lá. — as palavras saiam sem pudor ou tentativa de amenizar, era claro o meu descontentamento e esperava que ele, entre todos, fosse entender, já que se fosse um escoteiro fiel, não estaria vindo buscar as derrotadas, mas sim priorizaria o resgate de sua superior.

Subitamente minha expressão facial mudou, ela agora estava séria, claramente transparecendo minha preocupação. — Capitão Nimura! Por favor, me responda uma única pergunta, o tenente da terceira divisão, Kurosawa Tensai, ainda está vivo? — até aquele instante o pensamento sequer havia me ocorrido, eu apenas tinha escolhido acreditar que ele era capaz de lidar com tudo o que estava acontecendo em sua missão, mas uma vez que estava ali, diante da possibilidade, mesmo que efêmera, de uma resposta, o medo começava a se alastrar pelo meu coração, que em súplica esperava que ouvisse uma afirmação.

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antemortem

Re: [RP] Skin Of My Teeth - Publicado Dom Jan 29, 2023 1:35 pm

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Uma mecha do cabelo de Aoi foi tudo que a garota sem sobrenome conseguiu mover ao expelir sua energia espiritual. Todas as serpentes resvalaram seus olhos para fitar a capitã, protegendo a cientista. Ela que, por sua vez, não hesitou em nenhum momento; na verdade, utilizou sua mão livre para reorganizar seus cabelos, colocando o cadáver em seu ombro e aproximando-se o suficiente de Komei. — Controle-se. — Entoou em voz confiante, olhando-a diretamente no fundo de seus olhos. — Uma ceifadora sendo derrotada por escória. Você é patética. — As últimas palavras foram ditas quando Aoi já estava de costas para a garota, retornando para o lado de seu mestre, posicionando-se finalmente a alguns passos atrás dele. Kishō, por sua vez, sequer considerou alguma coisa. Não gastaria seu tempo com aqueles que julgaria inaptos, e ela sequer era o motivo de estarem ali. Considerou, também, liberar sua própria pressão espiritual para colocá-la em seu lugar, mas reconsiderou quando entendeu que ela provavelmente acabaria desmaiando ─ de novo ─ se o fizesse. Portanto, ao invés disso, limitou-se a sorrir de forma cínica diante do semblante enraivecido da capitã derrotada.

Voltou, então, sua atenção à Nobara. — Pois, senhorita Nobara, eu cheguei exatamente à esta suposição! — Comicamente referiu-se à confirmação da tenente de que haviam sido derrotadas. Ela parecia, contudo, abalada de alguma forma pela pressão espiritual de Komei. Parecia estar distraída, ou intimidada. O cientista esticou, então, sua mão direita, retirando-a do cabo de sua espada e posicionando-a no ombro esquerdo da moça de cabelos claros enquanto tencionava todos os pontos de costura de seu braço, facilmente dissipando a energia espiritual que lhe aturdia. — Acalme-se, jovem Kurosawa. — Consolava-lhe sem perder a ironia que adornava seu sorriso. Quando o fez, parecia surtir efeito, pois a garota se recuperava o suficiente para voltar a falar. — Bem, pequena Nobara, eu havia calculado que vocês seriam sumariamente derrotados, sim. Numa breve análise, encontrei trinta e duas potenciais falhas estratégicas que foram cometidas antes mesmo de vocês irem até o deserto. Imagino que este número tenha se multiplicado aos montes depois que vocês começaram a lutar. — Neste momento, sua mão já havia sido tirada do ombro da ceifadora e agora apoiava o queixo de Nimura, que olhava para o céu estrelado para coletar seus pensamentos.

Assim que a garota alardeou que tinha mais uma pergunta, o pesquisador a interrompia. — Sim, sim, tenentezinha chata… — Reclamou, baixando seus olhos de forma descompromissada. — O garotinho de cabelos azuis está vivo. — Concluiu, desprezando o rumo que a conversa tomava. — Mas, bem, acho que os Arrancar não estão felizes, também. Eles tiveram suas baixas, certo? Por incrível que pareça, a senhorita Komei ficará feliz em saber que eu visitei o Hueco Mundo. Encontrei um sujeito interessante. Como era o nome dele mesmo, Aoi? — Questionava-a na melhor das ironias. — Magnus, mestre. O primeiro Espada. — Prontamente respondia, sem manifestar nada em sua voz monótona ou em rosto já inexpressivo. — Magnus! O primeiro Espada! Acreditam que ele estava tentando atacar a pequena Alice? E não, não era um duelo para ver quem tinha o nome mais ridículo. — Dissertou. A sua boca fez a menção de que continuaria, mas rapidamente descartou a ideia pois isso lhe custaria mais tempo e ele não desejava perdê-lo ali, numa encruzilhada deserta qualquer no Mundo Humano. Então, ao invés disso, aproximou-se ainda mais de Nobara.

Notou seu desconforto físico dado o estado em que se encontrava, e, portanto, limpou a neve de suas costas com uma de suas mãos antes de posicionar o haori de capitão nelas, adornando-lhe como uma capa de inverno. — Bem, vamos nos concentrar no mais importante, sim? Pela minha matemática, vocês estão com duas Zanpakutō a menos do que deveriam ter. — Estava, agora, conduzindo a espadachim com um de seus braços enquanto caminhavam em direção ao imenso portal. Aoi havia entendido o recado, e, então, posicionou-se ao lado da abertura; como sempre, aguardaria até que seu mestre tivesse passado para que fosse a última a ir embora. — Suponho que, caso nossa estimada Capitã Comandante volte viva, vocês tomarão uma grande bronca por terem perdido uma extensão de suas almas. — Olharia para Komei, agora para trás, e sinalizaria com um meneio para que ela os seguisse também. — Por sorte, eu sou o único nestas partes que consegue lhes reaver suas brutas e desengonçadas espadas. — Auxiliaria a tenente a pisar em um degrau, depois noutro, e então a passar pela fenda interdimensional para que chegassem, de imediato, na porta da frente do Instituto Shinigami de Pesquisa e Desenvolvimento.


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Re: [RP] Skin Of My Teeth - Publicado Dom Jan 29, 2023 6:43 pm

Nona divisão Komei
M
esmo naquelas condições o que eu conseguia fazer contra Nimura era apenas aquilo, contra ele em específico: nada, contra sua ajudante: apenas uma mecha de cabelo. Era triste pensar que essa era minha força atual, será mesmo que havia conseguido dar tanto dano assim ao Rei do Hueco Mundo? Ou fora só uma questão de sorte? Havia treinado à exaustão antes da reunião e ainda assim parecia tão fraca quanto antes, por que eu não conseguia evoluir? Tornar-me forte como Genro, Ei Sei, Kuina, Ayatto, o que faltava para chegar nesse patamar? Meus olhos cruzavam com os de Aoi quando ela ousava ofender uma capitã, ainda que fosse uma cria de Kishou ela ainda era apenas um oficial, então como ela ousa- Ou melhor, por que eu me importava tanto com ela se importar? Era aí que começava a notar o nascimento de algo, uma faísca, algo desconhecido dentro de mim e por algum motivo Nimura e Aoi pareciam ser os catalisadores daquilo, ódio seria essa a resposta? Talvez fosse visível apenas para ajudante, mas se houvesse um espelho, talvez meus olhos não tivessem outra coisa além de uma expressão animalesca.

O cientista aproximava-se da jovem Kurosawa e então notava o efeito da minha ação, havia colocado uma aliada de joelhos apenas por um momento de raiva, um momento de pura emoção, havia perdido totalmente a compostura. Era esperado de nós capitães que fossemos os pilares, os exemplos perfeitos de postura e firmeza, mas agora eu parecia mais como uma gata assustada que reagia agressivamente a tudo. Se meus sogros vissem o meu estado apenas dariam risada e falariam que tinham razão quando me expulsaram da minha família, eu estava me portando como uma animal.

A história só piorava, por algum motivo Kishou decidia compartilhar a informação sobre o primeiro Espada, o qual fora em combate direto contra Alice. Minha responsabilidade era proteger Alice assim como o restante do grupo e principalmente Kuina, mas eu havia falhado em todas tarefas, ao menos ela estava viva e isso já era um alívio. Cabisbaixa, eu continuava remoendo aquelas memórias das lutas em minha luta, pensando em tudo que havia ocorrido. Não só isso, ele fazia questão de nos alfinetar quanto a perda da zanpakutou, sim, havíamos perdido algo talvez tão importante quanto nossa vida, na verdade uma própria extensão de nós mesmos e agora seriamos motivo de vergonha entre os capitães, talvez sequer poderíamos ser chamadas assim.

Até que uma palavra mudava tudo: reaver. Seria capaz que realmente Nimura soubesse o modo de fabricar as zanpakutos? Era uma técnica muito antiga, mas de fato, se houvesse alguém capaz teria de ser ele. Mais uma vez seriamos agarrados na trama doentia desse shinigami. Não havia caminho se não esse, mesmo que odiasse, mesmo que doesse admitir, era a melhor opção. Cerrava os punhos e os dentes, olhando friamente para as costas de Nimura Kishou e lembrara-se daquele semblante para sempre, reaveria sua honra e após isso daria a cerimônia necessária para Noboru, mesmo que tivesse que invadir o laboratório daquele homem e matar sua ajudante, a morte de Noboru Ohta não seria em vão.

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Re: [RP] Skin Of My Teeth - Publicado Dom Jan 29, 2023 8:22 pm

— rose
ichirin no hana


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Sua genialidade era inquestionável, mas suas razões ainda eram um completo e absoluto mistério. Trinta e duas falhas encontradas, ele sabia disso, mas em nenhum momento as anunciou em nossa partida, ou impediu a minha ou a ida de Tensai, ele perdeu um aliado e talvez haveria de perder outros, mas não se importava? Quais tinham sido suas motivações? Ou ele talvez houvesse conversado com a comandante pessoalmente? Por qual motivo a Soul Society foi submetida a uma investida tão arriscada, tão despreparada, não éramos nós a raça superior? — E não nos impediu? — retruquei ao fim de sua fala.

Não me importava com a ofensa, na verdade era quase como se não conseguisse levar ela a sério, havia um tom irônico em cada uma das suas falas, mas naquela ele deixava, através de seu descontentamento, transparecer a verdade de sua afirmação, Tensai estava vivo. Naquele instante meu corpo relaxou por completo, era como se um enorme peso finalmente deixasse meus ombros, ainda tinha muito o que se cobrar, mas pelo menos não precisaria lidar com a perda do meu irmão ainda. — É o suficiente, obrigado. — agradeci, notando sua aproximação.

Inesperadamente o capitão retirou a neve que se acumulava em minhas costas, diminuindo um pouco a sensação gélida que naquele momento já estava quase queimando minha pele. Eu não conseguia compreender suas intenções, havia uma certa aura de mistério em sua volta, mas naquele momento ele apenas parecia um gentil capitão, algo um quanto inédito entre todos os outros em que acompanhei. Ele também não era um oponente qualquer, havia sido capaz de enfrentar o primeiro espada, Magnus, protegendo Alice no processo.

— Foi um grande feito. É reconfortante saber que não tivemos somente perdas. Magnus parecia formidável, no meio dos seus companheiros na reunião, ele era o mais civilizado entre os animais. — sua fala almejava Komei, mas aquela era uma oportunidade até que única, de frente a dois capitães, não repreenderia minha própria voz.

No fim das minhas palavras, ele colocou seu manto de capitão para cobrir minhas costas. Ele era mais alto, logo me preocupei em verificar se não arrastaria pelo chão, seria um completo desrespeito ao seu gesto. Havia um certo orgulho em receber seu haori, por mais que fosse apenas uma forma de me aquecer, eu ainda sentia aquele sentimento aquecer meu peito, quase como se por um gesto qualquer, eu fosse proclamada um deles, era simbólico, talvez somente em meus pensamentos, mas eu não esqueceria um gesto como aquele facilmente.

— Correto. Mas não se preocupe, eu irei recuperá-la pessoalmente. — estava determinada de que seria capaz, por mais que os caminhos que fosse percorrer se tornassem ainda mais longo do que antes, dominaria todos os estilos marciais possíveis, aprenderia todos os encantamentos conhecidos, me tornaria única nas demais artes que não detinha tanto conhecimento, até que fosse possível recuperar a espada que me pertencia. — Bom, como você mesmo disse, caso ela retorne viva. — eu entendia que em algum momento toda aquela raiva iria passar, e talvez fosse o suficiente para que eu me arrependesse do meu tom ríspido a se referir a própria comandante, mas naquele instante, não me importava o suficiente.

De repente, toda atmosfera mudou. No momento em que fomos atravessar o portal, enquanto me auxiliava em cada passo dado, Nimura revelou mais um dos seus trunfos, algo que imediatamente trouxe-me uma enxurrada de sensações, contrariando tudo o que acreditava até aquele instante, anunciando que ele, entre todos, era capaz de recuperar nossa zanpakutou. — Mas... — as palavras não pareciam se completar, quão genial ele conseguia ser? Diante de nós, a cada vez em que revelava algo, enaltecia-se como superior — ... como? — conclui encarando-o.

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