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antemortem
fated, faithful
and
fatal
fatal
A garotinha galgava em passos rápidos pela Seireitei. Anos dentro de um laboratório expurgaram qualquer resquício de etiqueta que uma vez teve; e, provavelmente, ter ninguém menos do que Nimura Kishō como seu modelo a seguir não lhe faria maravilhas neste assunto também. Desta forma, havia esquecido-se de retirar seu jaleco de pesquisadora antes de sair das barracas da 12ª Divisão, assim como, também, não tirou suas sandálias para entrar no território da Capitã Comandante. Isto havia atraído olhares de desagrado por parte dos Shinigamis que encontrou, assim como a curiosidade, também ─ afinal de contas, ela carregava uma borboleta infernal costurada e cheia de próteses robóticas. Um sinal claro de que o emissor da mensagem era a serpente da Sociedade das Almas. Parava vez ou outra para pedir direções, e, vez por outra, alguns dos oficiais apontavam-na para o lugar errado apenas para expressar seu descontentamento com seus modos ou, mais provavelmente, com o homem que lhe havia mandado até ali.
Igualmente incomodada, Aoi pensava a respeito do efeito que seu capitão causava nos demais. Provavelmente testemunharia menos atrito se servisse um Hollow. Mas, mesmo assim, não permitiria que nada a despersuadisse de servir ao homem que também temia; valorizava inteligência ao invés de força, e não encontraria alguém que tivesse mais deste primeiro atributo do que o bastardo com um prego em sua cabeça. Não demorou para que entendesse a geografia do local, e, então, dirigiu-se ao escritório de Kuina. Bateu duas vezes, e aguardou. Uns trinta segundos depois, bateu outras duas vezes. Posicionou seus braços atrás de seu corpo e fez sua melhor tentativa de um sorriso. Quando o fez, pôde jurar que a borboleta em seu ombro, de alguma forma, riu. Voltou ao seu semblante inexpressivo de sempre e bateu na porta de novo. Notando que ninguém estaria presente, um Shinigami comum retornaria mais tarde.
Aoi, por outro lado, decidiu entrar. Andejou para lá e para cá, tamborilando de um lado para o outro do escritório. Não é todo dia que se pode entrar no escritório da alma mais importante desta dimensão, não é verdade? “Dane-se”, pensou a garotinha, e então se sentou na cadeira da Comandante. Cruzou suas pernas, endireitou sua coluna e fingiu ser uma capitã, olhando para subordinados imaginários e ignorando a borboleta infernal que anunciava o trabalho que tinha para fazer ali.
Igualmente incomodada, Aoi pensava a respeito do efeito que seu capitão causava nos demais. Provavelmente testemunharia menos atrito se servisse um Hollow. Mas, mesmo assim, não permitiria que nada a despersuadisse de servir ao homem que também temia; valorizava inteligência ao invés de força, e não encontraria alguém que tivesse mais deste primeiro atributo do que o bastardo com um prego em sua cabeça. Não demorou para que entendesse a geografia do local, e, então, dirigiu-se ao escritório de Kuina. Bateu duas vezes, e aguardou. Uns trinta segundos depois, bateu outras duas vezes. Posicionou seus braços atrás de seu corpo e fez sua melhor tentativa de um sorriso. Quando o fez, pôde jurar que a borboleta em seu ombro, de alguma forma, riu. Voltou ao seu semblante inexpressivo de sempre e bateu na porta de novo. Notando que ninguém estaria presente, um Shinigami comum retornaria mais tarde.
Aoi, por outro lado, decidiu entrar. Andejou para lá e para cá, tamborilando de um lado para o outro do escritório. Não é todo dia que se pode entrar no escritório da alma mais importante desta dimensão, não é verdade? “Dane-se”, pensou a garotinha, e então se sentou na cadeira da Comandante. Cruzou suas pernas, endireitou sua coluna e fingiu ser uma capitã, olhando para subordinados imaginários e ignorando a borboleta infernal que anunciava o trabalho que tinha para fazer ali.
- Considerações:
- O tópico de origem, isto é, onde a carta foi redigida, é este.
- Conteúdo da carta:
- “Aos cuidados da Capitã Comandante Substituta Kuina,
saudações, colega capitã substituta. Espero que esta borboleta lhe encontre bem. Peço que não se importe com a garotinha que acompanha minha mensagem. Ultimamente, desenvolvi um hábito de não confiar muito nas tecnologias que vocês utilizavam durante minha ausência, então prefiro mandá-la junto de meus cientistas mais inúteis para lá e para cá! Mas não diga-a que falei isso. Esta garota é um terror brandindo lâminas. Bem, enfim; lembro-me de ter lhe dito que seria capaz de lhe providenciar o seu portal impossível em uns seis dias.
Eu o fiz em três.
Já reparei, também, todos os equipamentos do ISPD, então todo o complexo voltou a operar novamente em sua total capacidade uma ou duas horas depois de minha chegada. Me dou melhor com máquinas do que com Shinigamis, de qualquer forma, então eu também vi o reparo com urgência.
A tecnologia dele foi baseada em meu dispositivo do século passado, lembra-se? O balanceador de almas. Mas não se preocupe, este é semi inofensivo. Eu carinhosamente decidi chamá-lo de Rashōmon. A única parte desagradável que detectei é a necessidade de uma injeção em todos os que entrarão nele; é um modulador de reiryoku, e servirá para amenizar o nível de reiatsu dos capitães para que o portal fique aberto pelo tempo que precisarem. Atualmente, estou mantendo o Rashōmon em meu laboratório, então sintam-se bem-vindos para utilizá-lo assim que a situação surgir. Exijo ser avisado com antecedência, é claro. Para lhes preparar as festas, logicamente.
Pois bem. Gostaria de estar presencialmente lhe informando destas ótimas notícias, mas, neste momento, encontro-me exatamente dois dias atrasado para o encontro com os quarenta e seis deuses da Soul Society. Caso precise solicitar algo de mim, pode incluir a pequena Aoi em nossa conversa, sim? Não se preocupe, eu consigo apagar a memória recente dela estalando um de meus dedos e lhe desferindo um soco no estômago.
Até mais!”
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Gama
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青
Quem?
Quem foi?
Quem diabos foi o culpado por tudo isso?
Kuina caminhava pelos corredores da primeira divisão a passos rápidos. Passos incertos. Ela agarrava seu manto de comandante com uma das mãos, para que o vento não o levasse embora mais uma vez. Seus olhos corriam de lá para cá, se perguntando quem diabos estaria por trás disso. Quem, de todas as pessoas da Seireitei, destruiria as anotações de Ayato? E ainda por cima, quem feriria tantos oficiais apenas para usá-los como distração? Quem?
Quem?
…Quem?
Estava escuro. A lua a observava como um enorme olho esbugalhado. Já os seus olhos começavam a vacilar. Ela estava cansada. Passou o dia inteiro na quarta divisão conjurando kidous de cura. Depois, passou a tarde inteira investigando a região onde os oficiais foram atacados. No fim, não encontrou nada. E era óbvio que não encontraria nada. Tudo não passou de uma cortina de fumaça. De uma maldita cortina de fumaça! E por causa da sua incompetência, não apenas foram mandados quinze oficiais para a emergência, como também perdeu a última conexão que tinha com Ayato.
Mas… quem?
Foi o demônio. ー
Uma voz ecoou no corredor, e Kuina sentiu um frio na barriga e a adrenalina decolar. Ela se virou bruscamente, e o suor do seu rosto voou para longe. Era aquilo. Mais uma vez. Aquilo que achou ter sido uma alucinação (e talvez ainda fosse). Aquilo que insistia em aparecer para ela quando sua esperança se esgotava.
Foi o demônio.
Já foram quinze. ー
Disse a flor. Ela era pequena, como antes. Negra, com um enorme olho sem cor no seu centro. Ao invés de pétalas, ainda havia cílios. Centenas deles. Ou dezenas. Ou milhares. Não era o tipo de coisa que se podia contar. Eles apenas existiam ali, em qualquer quantidade que fosse. E dançavam, e vibravam, como se estivessem a chamando.
Kuina deu um passo para trás. E não por causa da pequena flor. Isto ela já havia visto no ninho dos vermes. Mas desta vez, algo estava diferente. Algo que ela demorou alguns segundos para perceber devido à escuridão.
“As… raízes.”
Pensou ela, e então olhou para o corredor. De alguma forma, as raízes que saíam da flor se estendiam, e se estendiam, e se estendiam. Elas se alastravam pelo corredor inteiro como uma enorme fractal, e em seguida sumiam por dentro da escuridão. Ela sequer conseguia ver o final. E quando oficiais passavam por ali, ela podia escutar seus pés esmagando as raízes, e podia vê-las escalando suas pernas, entrando nos seus narizes e ouvidos. E olhos também. E quando isso acontecia ela sentia uma enorme vontade de vomitar.
O que diabos está acontecendo?
Pelos próximos minutos, ela caminhou por aquela dimensão alternativa. Pisou por cima das raízes, e escutou várias vezes um som nojento de "crack" ao fazê-lo. E fez o possível para não olhar para os oficiais. Em direção ao gabinete, sem olhar para trás. Se entrasse lá, aquilo iria sumir. Ao menos, ela sentia isso.
Foi o demônio.
Devia tê-lo deixado apodrecer. ー
“Não”, pensou ela. “Nimura Kishou… não foi o responsável por isso. Por mais que eu não consiga confiar nele, não há motivos para que ele queira destruir as notas de Ayato.”
Não que você saiba. ー
Respondeu a flor, e Kuina mordeu os lábios. De fato, não que ela saiba. E, no fim das contas, o que ela sabia sobre esse homem? Muito pouco. Toda a informação que tinha vinha de Ayato. Ou, ao menos, do que conseguiu ler das notas dele. Mas então… e se houvesse algo a mais nas anotações?
A garota franziu a testa, e subiu as escadas às pressas. De repente, seus pés se enrolaram em uma raiz que estava mais alta que o normal, e ela caiu. Seu joelho bateu na quina, e ela precisou de alguns segundos para recuperar a compostura. Ela apoiou as mãos no chão, e levantou a cabeça. E quando o fez, viu que a flor estava no degrau de cima, com o enorme olho esbugalhado a centímetros do seu rosto, a encarando. Nesse momento, ela sentiu um frio avassalador. E sentiu como se sua alma estivesse sendo despida à força.
Ela vai matar todos nós.
O demônio ajudou.
Pro inferno com Ayato. ー
Pro inferno com Ayato. Ela tapou os ouvidos com as mãos. Essa última frase começou a ecoar na sua cabeça. E então ela percebeu que a flor estava se repetindo, como um mantra. “Pro inferno com Ayato. Pro inferno com Ayato. Pro inferno com Ayato. Pro inferno com Ayato. Pro inferno com Ayato.” Cada vez mais alto, cada vez mais estridente. Tão alto que ela começou a sentir dor de cabeça.
E então ela correu. Em direção ao gabinete, o mais rápido que pôde. E quando as raízes se retorciam no chão, fazendo de tudo para que tropeçasse, ela continuava correndo, arrebentando cada uma com os pés. Crack, crack, creck. Mais um lance de escadas. Crack, creck. Mais um corredor. Cra-creck. Até que chegou na porta.
Ela abriu, ofegante. O gabinete se revelou com um rangido. Ela olhou para trás. Não havia mais raízes. Um oficial passou, e ela se preparou para ver um caule de flor saindo da sua pálpebra, ou coisa pior. Mas nada aconteceu. Ele apenas fez uma reverência e continuou a caminhar.
Kuina suspirou.
As coisas haviam voltado ao normal. Ela olhou uma vez mais para o gabinete. Foi então que sentiu um calafrio. E suas mãos foram imediatamente até o cabo da espada.
ー Quem é você?
Perguntou Kuina à garota que sentava casualmente em cima da sua cadeira. Seus pés estavam sobre a mesa, e ela vez ou outra pegava um objeto aleatório e ficava brincando de arremessá-lo para cima. Quando ela viu Kuina, deu um sorriso largo e esquisito.
ー Você demorou mesmo, hein? A este ponto pensei que estivesse morta.
ー Quem é você?
Repetiu Kuina, e o semblante da menina ficou sério e indiferente. E então, perdeu o interesse, e voltou a brincar de jogar objetos para cima.
ー Sou Aoi. Vim aqui em nome do Nimura-sama.
A capitã arregalou os olhos. Aquele nome de novo. Não parava de aparecer. Era como se Nimura Kishou fosse sinônimo de problema.
ー E o que diabos veio f--
ー O que diabos vim fazer aqui? ー disse Aoi, enquanto tentava equilibrar uma caneta na ponta do dedo. ー Por incrível que pareça, não vim fazer nada que julgue ruim. Apesar de todo mundo nesse prédio me tratar como uma invasora.
Dito isso, ela apontou com o dedo para a varanda. Lá, iluminada pela lua, estava uma borboleta infernal com apêndices mecânicos.
ー Vim entregar uma mensagem. Só isso. E quanto antes você recebê-la, antes vou poder voltar para casa.
Kuina fitou a menina, e a menina a fitou de volta, sem desviar o olhar. Nimura Kishou realmente era um ímã de gente esquisita. A capitã andou até a varanda e deixou que a borboleta pousasse nos seus dedos. E então fechou os olhos.
ー Então ele conseguiu terminar o portal... ー disse ela, aliviada.
ー É claro que conseguiu. Esse tipo de coisa não é nada para ele, é quase entediante ー respondeu Aoi, agora tentando equilibrar uma caneta em cima da outra.
Kuina franziu a testa ao escutar sobre o "balanceador de almas" novamente. Que piada de mal gosto. Às vezes sentia que ele fazia isso só para mexer com ela. Algum tipo de perversão maluca que pessoas normais jamais entenderiam. Mas no fundo, não importa. Houve um comentário sobre uma espécie de injeção, mas Kuina não deu muita atenção. Ao menos, o portal estava pronto. Era uma preocupação a menos. E com o dia da reunião se aproximando, preocupações eram a coisa que ela menos queria.
ー Pois bem ー disse a comandante. ー Mensagem recebida. Já pode ir embora, Aoi.
ー Ceeeerto ー respondeu a garota, com um pulinho.
Por um momento, o salão ficou em silêncio. Kuina ficou observando a varanda enquanto a menina caminhava até a porta. Houve um barulho de rangido, que para a capitã pareceu 10 vezes maior do que realmente era, e Aoi se virou uma última vez.
ー Por sinal... eu vi, tá? Alguém se infiltrando neste prédio hoje mais cedo.
De repente, Kuina se virou bruscamente em direção à menina. Ela fitou Aoi com olhos arregalados, sem acreditar no que havia ouvido. Então, alguém havia visto esse invasor? Qual era a aparência dele? Era homem ou mulher? Ele trajava o manto de um shinigami? Seria ele o mesmo ryoka que invadiu a Seireitei dias atrás? Por que diabos ele precisou destruir seu armazém? Kuina cerrou os punhos, diante de tantas perguntas que estavam ecoando na sua cabeça, e então levantou a voz, mais alto do que elas.
ー Você viu?! Então... quem?! Quem foi que--
ー Brincadeeeira~ ー retrucou a garota, inclinando a cabeça com um sorriso. E a esperança de Kuina de solucionar esse mistério sumiu, simples assim, em um piscar de olhos. ー Pelo jeito que você estava olhando para os lados no corredor, e a forma como você me recebeu com esse tal que "quem é você", apenas chutei que se tratava de algo assim. Pelo visto eu estava certa, huh?
ー ...Que seja. Tem mais alguma coisa para relatar?
ー Não, era só isso mesmo.
ー Pois então vá embora.
E ela foi embora, trancando a porta com um "cleck". Kuina tomou um susto com o barulho, e se virou novamente para a entrada, com as mãos na zanpakutou. E então, quando entendeu que era apenas o portão, se sentiu uma idiota. Ela colocou a mão na testa, e percebeu que estava suada. Uma brisa gelada varreu o chão, e Kuina decidiu encerrar por hoje.
"Eu... realmente preciso de um descanso."
- Importante:
Sáb Abr 06, 2024 4:25 pm por Zeitgeist
» - vc é o artu? veja vc não é o artu? n veja
Qui Jun 01, 2023 3:23 pm por antemortem
» Mugen Rin [FP] - Em construção!
Qui maio 25, 2023 2:56 pm por Wraith
» [B] El Conteo: Los Santos y Los Verdugos
Sáb maio 06, 2023 3:24 pm por Alonzo
» [MF] アフロ
Sáb maio 06, 2023 2:39 pm por Afro
» [MF] Escrivá
Sex maio 05, 2023 1:25 pm por Avaliador
» [Operação C] Asa
Qui maio 04, 2023 12:52 pm por Josemaría Escrivá
» [CI] Taka
Qui maio 04, 2023 12:07 pm por Zeitgeist
» Fushiguro, Toji. [F]
Qui maio 04, 2023 11:47 am por Zeitgeist