1999

Ícone : Mensagens : 792 Data de inscrição : 25/09/2022

The Walking Sand

TRAMA| Walking Sand | -x- Post:01 / 12

"EU VI O DEUS DO DESERTO"

Enredo: Há quantos anos este mundo existe, afinal? Milhões? Bilhões? Por quantos éons a amaldiçoada civilização dos Hollows vêm se ploriferando neste universo solitário? Eram questões aparentemente inúteis, mas quando param para pensar...A verdade é que as almas corruptas jamais foram postas em perigo. Eram como uma praga necessária para a manutenção do equilíbrio dos três mundos - Um pilar maligno, ainda que fundamental para a sustentação de todas as coisas. Porém, no momento em que nos encontrávamos, após tantos anos, talvez os hollows estivessem, pela primeira vez, em perigo. Não era necessário ser um grande guerreiro para perceber que algo havia mudado no Hueco Mundo. Os desertos, ainda que infindáveis pela areia cinzenta, eram repletos de vagantes. Hollows - Irracionais ou não, festejavam as suas vidas medíocres. Guerreavam, formavam suas tribos e inimizades, assim como em qualquer outro lugar do universo. Do alto do palácio, os Arrankar conseguiriam perceber que o vasto deserto agora parecia um oceano sem vida. Não mais haviam os migrantes. O vento gélido da perpétua noite sombria batia, e com ele, um ensurdecedor silêncio. Estavam sozinhos?

Não. Havia algo mais.
Algo que ainda não poderiam compreender.

[...]

Foi como um relâmpago. De repente, um hollow cruzava os corredores do majestoso palácio real. Mesmo não sendo um membro de Las Noches, o arrankar que vestia trapos imundos carregava consigo uma série de feridas brutais. Seu corpo, ensanguentado, parecia perder a força de pouco a pouco. Um de seus braços havia sido decepado, e mesmo assim, encontrava forças o suficiente para alcançar a sala do trono, onde estava o rei. As portas da sala foram abertas de maneira repentina, e o invasor desconhecido caiu sobre o grandioso tapete vermelho, ofegante. Uma série de fraccións vinha até a presença do rei, observando o homem que lentamente tentava recompor-se.

— "Majestade...." — Ele tinha dificuldades para falar. — "Salve-nos...Por favor...O nosso vilarejo, todos estão mortos! Foi o deus do deserto! Ele...Ah...." — E antes que pudesse continuar, sua vida enfim se esvaiu. O corpo gelado caiu sobre o solo, com os olhos ainda arregalados.

Os fraccións observavam, em choque. O que diabos estava acontecendo? Por que tantos hollows haviam sido mortos - E por quem, afinal? Caberia a Yamori e seus subordinados descobrirem o que estava a ocorrer nos desertos do Hueco Mundo.

Considerações:
@Markiuse @Sortudo

Este é o primeiro post da missão referente à trama "The Walking Sand". Como narrador, aconselho que leiam o post inicial do Midnight para se situarem no plot geral desta missão. Será uma missão Rank A para ambos, como descrito no pedido. Estejam atentos a cada post. O Tópico de dados será aberto logo em breve. Neste primeiro post, a narração será livre.

Qualquer coisa só chamar no discord: Wraith#5694

Ícone : Mensagens : 230 Data de inscrição : 10/08/2022

[Trama] — The Walking Sand. Denki_yamori_with_gecko_no_bg

守宮

HP: 1200/1200; Reiatsu: 1150/1150; Stamina: 11/11

Fui interrompido com uma notícia de alguns Fráccions, um Arrankar estaria vindo ao palácio trazer notícias urgentes, curioso para mim. Receber criaturas de outras vilas não era comum, eram raros os momentos em que eles saiam de suas tocas para uma conversa, na maioria das vezes preferiam evitar se envolver diretamente com os Espadas e a realeza. Imaginava ser algo importante, me locomovia para a sala do trono e ficava no aguardo de sua chegada.

Alguns minutos se passaram e o sujeito entra pela porta, sem alguma cerimônia, de forma desesperada, parecia ser o último sobrevivente de uma guerra brutal. Seu desespero assustou os Fráccions do castelo, gerando uma grande aglomeração e bagunça no salão real. Tento entender suas poucas palavras ditas para mim, mas antes que pudesse perguntar qualquer coisa ele cai duro no chão.

Por alguns segundos fico observando e tentando entender a situação, me mantenho imóvel e quieto sentado no trono. Finalmente decido me aproximar do corpo caído, pedindo espaço para todas as outras curiosas criaturas ao seu redor.

- Peço a todos que fiquem calmos, por favor, voltem às suas rotinas, preciso observar o que aconteceu com o sujeito e tentar entender suas palavras. Não espalhem informações duvidosas antes de minha autorização. Dispensados!

Ao me aproximar do defunto, ajoelho e começo a analisar todo seu corpo, tentava identificar feridas, suas vestes e biotipo, tentando entender de qual das regiões ele poderia ser originado. Tento sentir também sua assinatura de energia e entender quem havia feito aquilo.

- Curioso, Deus do Deserto, nunca ouvi nada parecido, talvez seja uma entidade de milênios. Preciso investigar mais.

- Vocês dois, Creme e Crack, chamem nossos melhores Espadas para cá imediatamente! Ryugan e Kana.

Considerações:

Denki Yamori

Ícone : Mensagens : 256 Data de inscrição : 17/11/2022

Acordei com duas batidas secas em minha porta. Desde que matei Aldebaran, perdi um pouco da vontade em lutar, ou melhor, não estava tendo o estímulo necessário para tal. Haviam se passado quase um ano, ou mais até, de quando os Ceifeiros vieram até o Hueco Mundo. Nós, Arrankar’s, não nos movemos em busca de uma vingança, pelo menos não abertamente. O Rei, apesar de suas palavras na noite de cremação dos que morreram em combate, parecia mais preocupado em fortalecer nossas defesas do que devolver todo o mal que eles nos fizeram, na mesma moeda.

— Já vou. — Disse sonolento, com passos lentos na direção da colossal porta. Por ser o novo Espada Uno, havia conseguido um novo quarto que mais parecia, de tão grande, um andar inteiro dentro do Palácio de Las Noches. Abri a porta vendo um dos fraccions do Rei. O semblante dele parecia estranho, assustado com algo.

— O Rei solicita a presença do senhor na sala do trono. — Consenti com a cabeça, tentando entender o motivo dele estar tão agitado e de Denki solicitar minha presença. Mal nos vimos durante o ano, apenas algumas raras vezes.

Vesti meu sobretudo branco, característico dos Arrankar, deixando o número Um estampado em meu peito amostra. Peguei a Tormenta, colocando-a embainhada nas costas. Estava pronto para ir e, diferente da pressa que o fraccion mostrava em me alertar, fui calmo, a passos vagarosos na direção de onde Denki estava.

Chegando, vi um corpo ao centro, parecia morto, com Denki próximo dele. Me aproximei sem entender nada. Por que ele queria a minha presença para analisar um corpo, assim como ele aparentemente estava fazendo?

— Matou esse ai, lagartão? — Próximo, vociferar, com um tom irônico em minhas palavras.

— Não me chamou aqui pra limpar o chão, né? — Gargalhei, me aproximando ainda mais para ver, de perto, o corpo do morto. Algo chamava a atenção de Denki e eu tinha intenção de descobrir o que.

HP: 800/800 l RE: 1200/1200 l ST: 7/7 l Cansaço: 0/4

Considerações:

Vantagens e Desvantagens:

Técnicas:

Ícone : Mensagens : 205 Data de inscrição : 13/04/2021

Las Noches-Sala do Rei

Vida: 900/900 – Reiatsu: 900/900 – Stamina: 8/8 – Cansaço: 0/4

A porta batia, e com ela vinha o seu chamado.

- O-o... rei solicita a sua presença, T-terceira Espada. - informou, com a voz trêmula, o Fraccióne do outro lado da bestial porta de pedra.

- Então chegou a hora… As coisas já estavam ficando um pouco monótonas por aqui. - E com o ranger daqueles pedregulhos, refinados com cortes brutais dentre toda a sua extensão, o semblante de Kana poderia ser visto pela escuridão.

Somente a sua singela presença pelos corredores foi o suficiente para paralisar alguns Arrancars de medo, pois conheciam a sua lenda, a história por dentro daqueles salões. Era provável que já soubessem da sua batalha com Kuina, mas isso pouco a importava. Seus passos eram firmes e demonstraram sem palavras o poder que ela possui.

Muita coisa havia acontecido com ela desde esse último ano, e talvez a maior delas foi a fusão de suas antigas Zanpakutous. Agora, prendia em suas costas, sua nova arma de destruição, um machado. Fora isso, e algumas coisas relacionadas ao seu estilo de luta, poderia dizer que o tempo a ajustou melhor a sua verdadeira identidade. Continuava voraz como sempre, em busca de invadir a Soul Society e punir aqueles Shinigamis imundos.

Chegou à sala observando tudo ao seu redor, e o que antes parecia ter sido o palco de curiosidade dos mais fracos, era vez de uma meticulosa investigação com relação a um corpo localizado no centro. Ela franziu a testa, em confusão e frustração, e apontou com seu dedo em sua direção.

- Mas é pra isso que você me chamou?! - dando uma breve pausa para bufar ar quente pelo nariz - Pra ver um corpo morto?! - reclamou pela falta de ação. Apesar de saber se expressar e não ser completamente idiota, aquilo estava além da sua compreensão. Em sua ilusória expectativa, haveria de ser chamada em momentos de guerra, de conflito, e aquilo parecia mais uma tarde no Las Noches, pelo menos sob os seus próprios padrões.

Seu manto era branco, como o de todos os outros Espadas, cobria sua cintura como um vestido e possuía um top por volta de todo o seu peito. Seus dentes afiados reluziam conforme falava, enraivecida por ter chegado tarde demais, nem ao menos visto as últimas ações do defunto. E seu número, 3, aparecia nitidamente pela lateral do seu pescoço.

- Eu estava muito ocupada… Ocupada.. - por um momento, deixou claramente óbvio que montava em sua cabeça mentira fajuta, para dar a todos ali - Envolvida no meu plano para matar de uma vez por todas a capitã-comandante! - disse com convicção, já que a confiança é a alma do negócio, apesar de que qualquer um ali poderia saber que estava mentindo. A brincadeira acabou quando de fato percebeu a figura com quem também dividia o salão, já que ele também permanecia sob os chamados do rei, e naquele momento, parou com as gracinhas.

- Se eu fui chamada com você, é porque precisamos agir.. Não é mesmo, Ryugan? - diria diretamente para o seu companheiro Espada, mantendo um firme olhar sobre ele e depois para Denki.

Considerações:

Ícone : Mensagens : 792 Data de inscrição : 25/09/2022

The Walking Sand

TRAMA| Walking Sand | -x- Post:01 / 12

"EU VI O DEUS DO DESERTO"

Enredo: Chegavam os convocados da majestade antropomórfica do Hueco Mundo. O rei, em confusão, aproximava-se do corpo gélido daquele quem recém caíra diante teus pés. Ele parecia ser um Arrankar comum, como os tantos outros que foram acolhidos no interior de Las Noches, como servos fiéis dos lendários Espadas. Porém, ele não viria até este lugar, mesmo que em completo desespero, sem deixar algo para alertar àqueles que pudessem ouvir a tua mensagem. Por baixo de suas roupas, na região do peitoral, havia uma folha rasgada, com inscrições de sangue na mesma. Ele havia escrito uma breve mensagem, prevendo que sucumbiria, eventualmente, aos seus grotescos ferimentos de batalha. Quando o mais próximo - Denki, colocasse suas mãos no objeto, teria em vista a mensagem repassada pelo homem.

Vila de Caelem.
Noroeste. 94 km.
Salve-nos!

Era tudo o que estava dito na carta. Com as coordenadas do vilarejo consumido pela calamidade em mãos, tanto o rei como seus dois leais subordinados poderiam, enfim, traçar seus caminhos ao longo do impiedoso deserto cinzento de sua perpétua dimensão noturna. Afogados pela escuridão eterna - Jamais destinados a verem a luz do dia, haviam mistérios ocultos por debaixo da terra. Demônios que eles despertaram pela própria tolice. Os fraccións abririam caminho para o trio, escoltando-os até os portões.

Daquele ponto em diante...
Só Deus sabe o que aconteceria.

Considerações:
@Markiuse @Sortudo

Segundo post da trama "The Walking Sand".
Tópico de dados foi aberto. Peço que cada um role um dado de investigação ( Mod de inteligência ), com dificuldade 13.
Só não tirar 1 e tá bom kkkk.

Qualquer coisa só chamar no discord: Wraith#5694

Ícone : Mensagens : 230 Data de inscrição : 10/08/2022

守宮

HP: 1200/1200; Reiatsu: 1150/1150; Stamina: 11/11

Ao ouvir as baboseiras dos Espadas eu reviro os olhos e continuo na minha investigação. Percebo um pedaço de papel dentre os trapos do falecido e pego para ler. Antes de dizer aos outros o que estava escrito me levanto calmamente e me viro para continuar a conversa.

-Bem que eu queria que fosse apenas uma sujeira para você limpar, Ryugan, mas infelizmente o buraco é mais embaixo.

As palavras de Kana me inspiram, fico feliz que ela esteja se dedicando em planos, por mais que parecesse que foi uma ideia inventada naquele momento para se justificar, por qualquer motivo que fosse.

-Que interessante, Kana! No caminho podemos conversar melhor sobre seu plano e extrair as melhores opções. - Dizia para ela com sinceridade.

Explico para ambos a situação do defunto, que clamou por ajuda do reino para defender sua vila de um “Deus do Deserto”. Mostro para eles o papel com as informações, sem entender exatamente o que dizia. Um pouco constrangido mostro o papel pra Espada Uno na intenção dele conseguir nos guiar melhor que eu.

- Bom... Aparentemente são coordenadas da vila, poderia confirmar para mim, Ryugan?

Após descobrir vamos saindo do castelo para seguir nossa missão pelo deserto, a brisa fria parecia perfurar meus ossos, o céu cinzento e silencioso me assustava, nunca tinha visto Hueco Mundo dessa forma... [/color]

Considerações:

Denki Yamori

Ícone : Mensagens : 256 Data de inscrição : 17/11/2022

Antes de Denki me responder, mais uma Espada chegou no grandioso cômodo. Kana, recém promovida, assim como eu, mostrava entender ainda menos do que estava acontecendo, assim como eu.

— Então você não matou a Kuina? — Soltei um sorriso sincero. Não é como se aquela mulher pudesse ser morta tão facilmente.

— Bom… não faço ideia do por que estamos aqui, mas pelo visto é isso mesmo, Kana. — Respondi à ela quando comecei a escutar o Rei. Escutei as explicações com cuidado para me atentar aos detalhes. Um Arrankar aparecer do nada, rogando algumas palavras ao vento sobre um Deus atuando no nosso deserto, sem sequer identificarmos ele antes trazia um sinal alarmante. Significava que não tínhamos poder suficiente para mandar em todo o Hueco Mundo. Muito pelo contrário.

Peguei o papel com minha própria mão, aproximando mais dos meus olhos. Não sabia ler tão bem quanto outros, mas, com certeza, conseguiria analisar o que estava escrito.

— Hm… bom, não tem muita coisa não lagartão. De fato são coordenadas, assim como o nome do vilarejo. CA-Eee-LEM. Acho que é isso que tá escrito, a letra é muito feia. — Mascarei minha falta de inteligência, colocando a culpa em quem quer que tivesse escrito aquilo.

Foquei em olhar um pouco o corpo, assim como as vestes dele e buscar, principalmente, o que pudesse ter causado a morte dele; um ferimento fatal, que provavelmente estivesse marcada na pele do morto, ou algum resquício de Reiatsu que tivesse feito ele morrer.

Depois, me preocupei em seguir os passos de Denki, atrás dele, enquanto focava em Kana.

— Como foi a sua luta com aquela maldita? — Perguntei. Meu interesse era claro e carregado de esperança em meu âmago para, um dia, causar toda a dor que a maldita raça dela tentou nos infligir.

HP: 800/800 l RE: 1200/1200 l ST: 7/7 l Cansaço: 0/4

Considerações:

Vantagens e Desvantagens:

Técnicas:

Ícone : Mensagens : 205 Data de inscrição : 13/04/2021

Las Noches-Deus do Deserto

Vida: 900/900 – Reiatsu: 900/900 – Stamina: 8/8 – Cansaço: 0/4

Em seus gestos e palavras, a última coisa que ela poderia esperar do Rei seria a sua reação genuinamente interessada na desculpa esfarrapada que ela tinha dado. Por um momento seus olhos se arregalaram e expressaram confusão, como se ela sentisse que ele era tão burro quanto ela. Como se houvesse sido pega de surpresa.

- Ele não pode estar falando sério?! Eu sou tão boa mentindo assim?! - e logo, seu rosto de confusão se transformaria em orgulho, fecharia seus olhos e manteria um sorrisinho indiscreto, até ele mencionar conversar ao longo da jornada. Nesse momento, abanaria com as mãos na frente de seu corpo, dizendo - Muito bem, mas é que está cheio de falhas.. E-eu acho melhor deixar pra outro dia.

Naquele momento, o Rei passou a revistar o corpo no meio do cômodo, e Kana foi cutucada pelo primeiro Espada, ou ao menos não poderia deixar de se sentir caçoada. - Não…. Ela fugiu como um ratinho desesperado. - responderia, contra a própria vontade. - Mas ela apelou, não valeu! - morderia seus lábios, enquanto faria uns grunhidos de birra de criança.

Ela não podia julgar muito bem o que ainda estava acontecendo, mas sentia pelo seu nariz o cheiro de sangue, e aquele arrancar morto carregava consigo um sentimento de desespero. Por mais que estivesse morto, era como se ela tivesse uma intuição de que a sua partida não fora através de um confronto Hollow-Hollow comum. Mesmo assim, era incapaz de deduzir algo a mais, se não fosse pela própria explicação de Denki.

O Rei parecia tão perdido quanto ela, dependendo de Ryugan para agir pelas coordenadas no papel, mas ela não o julgaria, já que sequer perceberia essa sutileza. Cruzaria os braços, conforme terminaram de examinar o corpo, e diria - Então é isso, estão tentando causar terror na gente. Justamente os pesadelos. - Em seu interior sabia a gravidade daquela atitude, pois apesar de ser relativamente nova no Hueco Mundo, sabia que ele era regido por medo e poder. Se não eram capazes de manter o controle pela simples presença e ameaça que deveriam causar, então já era sinal de que alguma coisa estava errada.

- Muito bem, parece que temos que lembrá-los do porque estão sobre as nossas ordens. - diria, se revirando pelo salão e andando com os dois para a saída, escoltados pelos Fracciónes. Pelo caminho, sentiu o gelado do deserto soprar em seu rosto, um mal presságio acompanhava a brisa, mas em seu coração restava a calma de alguém confiante o suficiente pra saber que ela seria capaz o suficiente.

Antes de pisarem com firmeza no deserto e tomarem viagem, responderia a Ryugan. - Eu nunca me senti tão viva em toda a minha vida, se é que isso pode fazer algum sentido. - Olhando para o céu escurecido do Hueco Mundo, poderia aproveitar aquela sensação de desconforto para mover suas próximas palavras - Ela não era um adversário formidável, mas durante a luta se tornou um. Em seus olhos restaram a frieza que eu buscava aniquilar, e aquela espada… Demoníaca espada. Somente me lembro de seus olhos pulsando e me observando. Da próxima vez, eu vou decepar a sua cabeça.

Considerações:

Ícone : Mensagens : 792 Data de inscrição : 25/09/2022

The Walking Sand

TRAMA| Walking Sand | -x- Post: 03 / 12

"EU VI O DEUS DO DESERTO"

Enredo: Ryugan, mesmo não sendo o exemplo formidável de inteligência no Hueco Mundo - Era um guerreiro experiente, e facilmente seria capaz de detectar marcas que seres pouco acostumados com a carnificina deixariam passar batido. Primeiramente, todas as suas feridas eram idênticas. Fossem elas no peito, pernas ou costas, todas tinham marcas circulares, como se uma boca houvesse lhe mordido até arrancar-lhe a carne e os ossos. Do que restou de seu braço decepado, poderia-se notar que haviam irregularidades no local do ferimento, indicando que, mais uma vez, o trauma havia sido causado por uma espécie de besta feroz. Poderia muito bem ser um mero Arrankar brincando de Deus com sua ressurreción, mas não havia vestígio algum de reiatsu no corpo daquele hollow morto. Era como se até...Nada houvesse lhe atingido. Uma sensação estranha - Tocar aquelas feridas faziam os pelos de Ryugan se arrepiarem, e um frio na espinha percorrer o seu corpo. Aquilo não era obra de um hollow comum.

Yamori não muito também demoraria para perceber que a zanpakutou carregada pelo Arrankar estava em falta - Apenas o seu cabo restava. Da lâmina, nada além de lembranças. Suas roupas haviam sido consumidas, bem como os ferimentos. Ele não sangrava, e suas feridas mortais abertas estavam completamente necrosadas, como se estivesse apodrecendo vivo. Um poder capaz de banir a existência de um hollow e impedir a sua regeneração? Soava estranho. Aquele homem havia sido acometido por algo muito além de um mero traidor.

Um demônio.

[...]

Partiriam em sua jornada para Caelem, a partir dos portões colossais da fortaleza central do Hueco Mundo. Em seu longínquo trajeto para a vila arruinada, logo notariam a ausência de vida nos desertos. Poucos hollows poderiam ser vistos, e aparentemente tentavam se esconder, como se um inimigo invisível estivesse lhes perseguindo. Fossem eles tão inteligentes quanto Adjuchas ou ignóbeis como Gillians, todos eles, por instinto, pareciam evitar a rota que levava até a vila acometida pela desgraça. O tempo passou-se lentamente, e sob o céu da perpétua noite, os sinais da morte começavam a se tornar evidentes na areia.

Incontáveis corpos no chão. Todos eles mutilados das piores formas possíveis - E com as mesmas características apresentadas no corpo do sobrevivente que alarmou Yamori. Carruagens estilhaçadas e construções arruinadas estavam por todos os lados. Era um cenário de guerra, mas onde nenhuma gota de sangue havia sido derramada, sequer. Silêncio absoluta consumou os arredores de Caelem, exterminada pelo conflito macabro e obscuro. Chegando na vila, mais do mesmo. Era uma cidade fantasma.

Lhes restava nada além de investigar o cadáver do que um dia foi uma próspera vila.
Tudo era motivo de suspeita. Os corpos no chão, as construções destruídas, os transportes destroçados. Cada detrito contava. A areia parecia funda, como se fora movediça. Um mistério cercava o recinto.

E não dava mais para voltar atrás.

Considerações:
@Markiuse @Sortudo @Coca

Terceiro post da trama "The Walking Sand".

Qualquer coisa só chamar no discord: Wraith#5694

Re: [Trama] — The Walking Sand. - Publicado

1999

Inverno

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