A minha missão era de puro combate. Minha recente evolução talvez fora percebido para a totalidade daqueles que designavam. Naquele momento, posicionei minha katana em minha cintura e fui correndo até o portão, aonde embarquei, guiado por uma borboleta infernal, até o lugar em qual eu iria rondar. Estava em forma de espirito, meu haori bem posicionado, limpo e um pouco rasgado nas extremidades (dado o seu uso, que convenhamos, não era habitual).

Estava tranquilo, não encontrei nenhum plus em lugar nenhum por falar a verdade, o que era deveras estranho, aquela calmaria e quietude não eram normais no mundo humano. Num mundo como aquele, com ressentimentos e arrependimentos, e com sensações de dever não cumprido, frequentemente as almas penadas ficavam rondando pelas cidades. E quando o desespero tomava conta, tornavam-se hollows. Mas, para aqueles que eram achados pelos shinigamis, iam para a Soul Society.

Que estranho, já era pra ter visto pelo menos um hollow, ou um plus por ai. Comentei, enquanto cheguei num lugar que mais parecia uma praça de execução abandonada. Uma grande guilhotina no meio do lugar, com um palco e um grande circulo que provavelmente, ficavam cheios de pessoas naquele tempo, enquanto estava sendo utilizada. Pra falar a verdade, ao topo da noite, aquela hora da madrugada, era até bom que as ruas estavam vazias, pois não interromperiam a matança.

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Mal pude entender quando vi aquilo, um mix de emoções e sentimentos me invadiu, e eu só conseguia pensar de quantas formas diferentes eu iria partir aqueles malditos. Um a um, iria os mandar para o inferno, afinal, eles tinham decidido o próprio destino quando fizeram aquilo. Dez hollows juntos em um grupo, devorando as partes de um plus, pareciam propositalmente estar lhe deixando assustado. Não. Desesperado.

Eu não consegui reagir a tempo e a corrente em seu peito rompeu, liberando uma pressão espiritual extremamente potente: ele estava se tornando um hollow. Você não vai ter o mesmo destino do que eles. Usei Shumpo para me aproximar de forma instintiva cortando em dois a cabeça do plus, um pouco antes de sua mascara terminar de se formar. Ele caiu no chão e se desfez, sendo enviado as pressas para Soul Society. Naquele mesmo instante, manifestei minha insatisfação com uma pressão da minha própria energia, tão pesada que parecia palpável.

Dois dos dez hollows ajoelharam-se naquele mesmo instante, enquanto eu sumia e repentinamente aparecia aos céus. Parecia dançar sobre suas cabeças, e quando notaram, três dos dez estavam no chão. Minha pele ficou vermelha, vascularizada. Um instinto superior se manifestou, e eu estava extremamente irritado com aquilo que tinha acontecido. Mal tive tempo e quando me dei conta. Mais um caiu.

Os movimentos eram suaves, o balançar da zampakutou sútil. Os movimentos mal podiam ser descritos, tamanho o ódio que sentia, e o balançar era belo. Para trás, deixava um rastro de sangue que só se efetivava quando embainhei minha espada novamente, longe do local. Três hollows estavam no chão em um piscar de olhos. Meus olhos pretos como o orvalho da noite, e minha pressão os intimidava, de uma forma que mesmo um capitão poderia ter dificuldade. Não que fosse forte, mas em tais circunstâncias, minha intimidação foi feita como crítica.

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Naquele mesmo instante, parti novamente para cima dos hollows. Pulei. Num instante estava frente a os dois maiores hollows do grupo. Rodei o quadril desferindo um único arco de corte que despedaçou os maxilares dos oponentes. No entanto, não havia sido o suficiente para conseguir despedaçar suas máscaras, e por isso, tomei um soco no estomago que me lançou longe, batendo contra uma estrutura que parecia um arco feito de concreto. No entanto, o urro de dor que eles lançaram, me fizeram sacudir o corpo, bater contra a poeira feita com o impacto e me impulsionar na própria estrutura que havia batido.

Tornou-se um ataque frontal contra os mesmos dois que outrora ataquei. Um giro que me tornou um movimento de peão, resolvendo o problema com aqueles. Partindo em pedaços tão pequenos que eu mesmo não pude contar. Eles naquele mesmo momento, foram despedaçados, parecendo evaporar logo após. Afastei-me naquele mesmo instante, sendo atacado por uma enxurrada de golpes. Bloqueando aos poucos com defesas armadas consegui mitigar o dano. No entanto fui lançado contra a parede numa sucessão de ataques devastadores.

Colocado contra a parede, fui forçado a realizar minhas preces. Se eu pudesse contar pelo menos uma única vez com ajuda externa, naquele momento, eu podia ganhar. Mas, com minhas forças quase acabando, logo iria desmaiar, e ser devorado por aquele grupo.

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Quando colocados na parede, com medo de morrer, existiam duas possibilidades: recuar, ou lutar. Como covarde que era, nunca imaginei que conseguisse agir em desvantagem e naquele momento eu só pensava em sobreviver. No entanto, sobre provação, senti como se falassem ao pé do meu ouvido: Chame pelo nosso nome

Uma explosão súbita de reiatsu aconteceu, lançando os hollows longe o suficiente para me dar tempo de reação, e quando achei uma janela boa o suficiente para contra-ataque, parti mais dois ao meio. O brandir da lamina parecia fazer um barulho estranho, como risos medonhos. Restavam três, um dos quais me lançou uma energia estranha. Identifiquei prontamente: Bala. Naquele mesmo momento me vi numa única saída, corri em zigue-zague em velocidade extrema, me afastando da linha de fogo do monstro, enquanto que estivesse nas suas costas aceleraram ao máximo, pulando nas suas costas e tentando fincar a minha zampakutou contra seu pescoço.

E só a retirei, quando o corpo sem vida, caiu no chão. No entanto, tomei um soco no rosto assim que cai, perdendo minha Zampakutou e estando desarmado contra dois hollows. Murmurando, precisava confiar no meu instinto pra recuperar minha espada e levar aqueles dois seres para o inferno.


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Os dois vieram pra cima ao mesmo tempo, e com uma agilidade que dispensava comentários passei por debaixo das pernas de um dos hollows. Deslize até minha arma e a peguei com a mão direita. Sobre a minha destra coloquei força e parti para cima dos dois seres imundos e pulei. O primeiro foi desfeito com um corte de cima para baixo, partindo o em dois. E quando ia ser alvejado pelas garras do outro ser, parti seu braço ao meio com um bloqueio armado. E assim, derrubei os dois últimos hollows, e me lancei ao chão.

Existiam muitas coisas que me confundiram, como quem havia falado comigo enquanto estava a beira da morte, ou da onde eu havia tirado forcas para continuar. Mas o certo era que naquela missão, havia me tornado mais forte, e isso me deixava feliz.

Pouco a pouco me tornava menos covarde, e quando meu capitão retornasse, talvez pudesse pedir alguma promoção ou algo do tipo. Com uma sensação de dever cumprido peguei uma borboleta infernal passeando e retornei a seireitei. Minha cabeça viajou pelos flashs daquela luta, e com toda a certeza, depois daquilo eu nunca mais seria o mesmo, meu poder, minha força e minha experiência aumentaram consideravelmente.


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