Força
  • Acertar Sufocamento:
  • Manter Sufocamento:
  • Intimidar:
  • Arremesso de Armas:
  • Derrubar:

  • Fator Bônus:
    Agilidade
  • Esquiva:
  • Ocultar Presença:
  • Manipular Objetos:
  • Desarmar:
    Inteligência
  • Acerto Mental:
  • Detectar Presença:
    Velocidade
  • Iniciativa:
    Resistência
  • Resistir Fisicamente:
  • Resistir Veneno:
  • Resistência de Dano:
  • Stamina:
    Pressão Espiritual
  • Acerto com Técnicas/Equipamentos:
  • Intimidar:
  • Dano Bônus:
    Hakuda
  • Acerto Corpo-a-Corpo:
  • Dano Físico:
    Zanjutsu
  • Acerto com Zanjutsu:
  • Dano Físico:
    Kidou
  • Acerto com Kidou:
  • Dano Bônus:
Bleach
Las
Noches

1999

Inverno

Contexto Atual
Após centenas de anos com uma paz frágil sendo mantida a partir dum pacto entre Shinigamis e Hollows, as peças-chave para este falso senso de segurança foram destruídas: A morte do capitão Comandante do Gotei 13 e do Rei Hollow de Hueco Mundo foram o catalisador para uma nova tensão que se surgiu. Agora, sob a letal ameaça Quincy, ambas as raças devem tomar decisões importantes para que não sejam esmagadas.

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[Evento] Rashōmon 羅生門 - Publicado Ter Nov 15, 2022 6:50 pm



[Evento] Rashōmon 羅生門 3vD6OIP

Rashōmon


羅生門


As roldanas eram tensionadas enquanto as cordas e os fios de aço faziam-nas trabalhar. Uma chamativa frincha no chão, além dos particulares equipamentos para obras, fazia com que alguns dos transeuntes ─ majoritariamente Shinigamis ─ se amontoassem ao redor do local. Uma garotinha, com não mais de cento e cinquenta centímetros de altura, de pele albugínea, cabelos negros e adornando as vestimentas da Décima Segunda Divisão, parecia, estranhamente, estar comandando a operação; seus olhos resvalavam de uma máquina para a outra, de um trabalhador para o outro, examinando todos os movimentos e mentalmente realizando todos os cálculos. Suas mãozinhas, quando não segurando pranchetas para assinar documentos ou cadernos onde realizava intrínsecos cálculos, uniam-se atrás de seu corpo, prostradas para sua retaguarda. Até mesmo endireitava sua coluna para tentar parecer um pouco mais alta. Este fato, principalmente, chamava a atenção de todos exceto aqueles que estavam trabalhando. Perguntavam-se, em murmúrios, quem exatamente era a garota e, como um capitão permitiria algo tão perigoso e cuidadoso nas mãos de alguém em idade tão tenra. — Ela está sob… Kishō-sama, não?!? — Um deles espremia entre seus dentes, sendo cutucado por outros para cuidar com o volume de sua voz. Mas, mesmo assim, outro complementou: — Explica muito. Aquele cara é meio maluco. — Disse, desenhando um círculo em torno de sua orelha com o dedo indicador. E, então, um mortal olhar da pequena encarregada na direção deles foi o suficiente para dispersá-los em medo.

— Oficial Kanonji. — Calmamente direcionou-se para um dos homens que operavam as máquinas. Disse-lhe para corrigir o eixo, melhorar a inclinação e aplicar uma medida adicional de quilograma-força. Ajeitou os óculos em seu rosto, colocou suas mãos em suas costas novamente e foi inspecionar outro engenheiro. Aos poucos, então, o trabalho tomava forma e os espectadores, que fatidicamente estariam entediados dentro dos próximos minutos, começariam a entender o processo; entenderiam, também, os motivos para o capitão da Décima Segunda Divisão confiar um trabalho tão importante a uma garotinha tão jovem.

Então, de dentro da escuridão que havia sido criada rompendo o chão, algo parecia acontecer: uma grande estrutura de madeira. — Um torii?!? — Um dos componentes da audiência cativa esbravejava diante do aspecto inicial daquilo que saía do poço. Contudo, aquele “portão”, que para todos os efeitos parecia ser ordinário, carregava muito mais nuances em sua composição. — Idiota. Olhe. — Redarguia outro, apontando para determinada parte da construção antes de continuar. — Se fosse um torii comum, eles não estariam trazendo o alicerce junto. Têm pelo menos uns… — Coçou uma de suas têmporas, imerso em cálculos. — Dois metros de profundidade. Tem algo ali. — Analisou. Isto fez com que todos voltassem seus olhos para o fato que agora se tornou claro: além do torii, as rochas onde estava assentado foram trazidas junto à ele, assim como um pequeno lago que se formou em seus sopés. Não apenas o arcabouço foi trazido, mas também toda a simulação biomática em que a construção se encontrava estavam, agora, na superfície. Antes assistindo a alguma obra enfadonha, agora placas de contenção eram posicionadas em volta para que ninguém dos curiosos, que se multiplicavam aos montes, se aproximassem demais de algo importante. Aoi, a terceira oficial da Décima Segunda Divisão e a encarregada de realizar o transporte do experimento em questão, observava, do topo de uma construção próxima, o ajuntamento de pessoas. Em uma relação atípica com o homem que lhe servia como mestre e capitão, desejava manter distância mediante seus atos passados, mas episódios como este, que testemunhava agora, impedia-na de o fazer. Desejava repreendê-lo, assim como os outros, mas era inteligente demais para isto. Cultiva, em seu âmago, em secreto, o desejo de ser exatamente como Nimura. — Oficial Aoi! — Gritava um dos homens para que sua voz a alcançasse. Retirada de seus devaneios, pôde olhar, pela primeira vez, o Éden, na superfície da Seireitei. O ato de um herege em prol do bem comum. Um símbolo.

Aproximou-se e analisou toda a construção. Esta foi a vez em que mais se sentiu desafiada ─ nem um centímetro poderia estar fora de lugar, é claro. Conferiu toda a matemática, coletou amostras de todo o trabalho, registrou-o com imagens, texto e cálculo em um dossiê em forma de documento. Colocou-o debaixo de um de seus braços e deu as costas para o grande portal. — O Rashōmon está feito. Foi construído dentro de três dias e erguido em três horas. O mestre ficará contente. Concluam as obras e limpem tudo. — Partiu, de imediato, às barracas da Décima Segunda Divisão. “A serpente precisa ser informada de tudo”, ditava uma das diretrizes anexadas em sua mente. E, então, ser informada de tudo ela seria.


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Última edição por Admin em Ter Nov 15, 2022 7:12 pm, editado 1 vez(es)
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Gama

Re: [Evento] Rashōmon 羅生門 - Publicado Ter Nov 15, 2022 6:51 pm

[Evento] Rashōmon 羅生門 78zumJc

Vida: 1000/1000 Reiatsu: 740/840 Stamina: 7/7 Cansaço: 0/4


O dia hoje começou fraco.

O céu estava cinza e triste, como se não tivesse se recuperado das chuvas dos últimos dias. Aquele era um dia perfeito para ficar em casa, para deitar novamente na cama, se enrolar em lençós e travesseiros e almofadas e esquecer de tudo por algumas horas. O que Kuina mais queria era esquecer de tudo por algumas horas. Até mesmo alguns minutos já seriam um milagre.

Mas ela não tinha esse direito.

Não. Ela era capitã-comandante. E principalmente hoje, não tinha esse direito. Kuina se sentou na cama, e olhou pela janela. O vidro ainda estava úmido, e ela podia ouvir a ventania gemendo enquanto passava pelas frestas na parede. "Hoje... é o dia, não é?", pensou. Durante um bom tempo, ela havia pensando qual seria a melhor palavra para descrever o que se iniciaria hoje. Uma reunião? Não. Não parecia certo. Uma expedição, talvez? Ou simplesmente uma viagem. A palavra invasão também veio na sua cabeça, mas essa, de todas, era a que estava mais longe de estar correta. Ela passou alguns segundos ponderando sobre isso, e de repente uma voz surgiu. Quando isso aconteceu, tudo pareceu ficar mais simples.

Um passeio no inferno. ー

Disse a voz, e Kuina olhou para o chão. Lá estava ela. A flor negra com o olho esbugalhado. Estava saindo de baixo da sua cama, e a encarava, sem piscar. Seu caule se estendia até a escuridão, ao ponto de não conseguir ver onde ela se enraizava. Mas tinha certeza de que suas raízes cobriam boa parte do seu quarto. Ela pensou em como a flor tem aparecido bastante nesses últimos dias. Na verdade, é como se a cada dia ela aparecesse mais.

Um passeio no inferno.  
O demônio fez o portal. ー

Sim. Um passeio no inferno. No fundo, é isso o que eles vão fazer. Ela, e mais sei lá quantos capitães vão voltar para aquele inferno prateado. E então eles vão fazer um passeio. Kuina se levantou, e se perguntou qual foi a última vez que foi ao Hueco Mundo. "Dois anos...?", pensou. E se lembrou de como aquele dia havia mexido com ela. Os corpos empilhados no chão, o sangue misturado com areia, os gritos cheios de agonia e sem nenhuma esperança. Tudo voltava à sua mente em um piscar de olhos. Naquele dia, ela estava com Ayato. Hoje, ele não existe mais.

Era apenas ela.

Ela recolheu seu manto de comandante, que estava pendurado na parede. Por um tempo, ficou olhando o kanji ー (um) costurado no tecido. Um vento forte ameaçou escancarar as janelas, e ela vestiu o haori. Dessa vez, ao invés de pendurá-lo nas costas como uma capa, ela realmente o vestiu. E em seguida se olhou no espelho. Levou a mão até seus cabelos, longos e embaraçados, e os acariciou. "Hoje é o dia", pensou. Ela pegou uma faca, e após dois cortes precisos as mechas caíram espalhadas no chão. Aquela era a segunda vez na vida em que encurtava o cabelo. E por um momento se perguntou por que não fazia isso mais vezes.

Houve um suspiro, e então ela saiu do quarto.

[...]

O portal era imenso. Era um Torii de madeira, e estava em cima de um lago cercado de pedras. Para ser sincera, aquela era a última imagem que teria de um "portal". Mas tratando-se de Nimura Kishou, ela não duvidava da capacidade daquilo de levá-la até o Hueco Mundo. Um vento forte varreu o instituto. As águas no lago saltaram sobre as rochas, e o manto da menina dançou no ar. Estava frio, e o céu estava cinza. Ela olhava em volta, via todas as placas de segurança ao redor da plataforma, e também como havia shinigamis curiosos que se amontoavam ao redor. Não era uma maneira muito alegre de se começar uma jornada. Mas não importava. Não era como se houvesse escolha.

Kuina se agachou. Nas costas ela carregava um grande pergaminho selado e um pote de barro. Ela pegou o pote e o colocou no chão, e então o abriu. Dentro dele havia tinta. Tinta preta. Ela molhou as mãos, e desenhou em ambos os braços uma linha em ziguezague. Em seguida, ergueu as palmas à sua frente, e um quadrado azul de energia começou a surgir. Ela respirou fundo, e começou.

Rede de seda preta e branca. Vinte e duas pontes. Sessenta e seis coroas. Pegadas. Trovão distante. Cume afiado. Terra envolta. Prostração noturna. Mar de nuvens. Pálidos exércitos. Completem o grande círculo… e superem os céus.

Bakudou N. 77: Tenteikuura.


Conforme ela recitava o encantamento, diversas veias de reiatsu saíam do quadrado e preenchiam os céus. Era como uma enorme fractal que se expandia a cada segundo. Tenteikuura era um Bakudou avançado, que a permitia se comunicar com todos os capitães de uma vez só. Quando ela terminou de falar, as veias brilharam simultaneamente, e ela sentiu que a  conexão estava completa.

Ela franziu a testa, e tentou lembrar de tudo o que aconteceu até agora. Desde o sumiço de Ayato, até o "hoje". Tudo o que a levou até este lugar, neste instante. E então se concentrou, pois este era o momento de transmitir tudo isso para o resto da Gotei 13.

天挺空羅

Quem está falando é Akado Kuina, capitã-comandante dos trezes esquadrões.

Esta mensagem está sendo transmitida para cada um dos capitães da Gotei 13. Antes de mais nada, gostaria de deixar todos a par da situação atual. Muitas coisas aconteceram nos últimos tempos, e acredito que há informações que ainda não alcançaram o ouvido de alguns.

O capitão da 10a divisão, Aikyo Satoru, desapareceu.

Com isso temos um total de 6 desaparecimentos de capitães na Gotei 13. Sendo eles os seguintes. Ex-capitão da 13a divisão, Takahashi In’ei, ex-capitão da 12a divisão, Kanzen Akashi, capitão da 10a divisão, Aikyo Satoru, ex-capitã da 7a divisão, Igarashi Aika, ex-capitão da 2a divisão, Tsujikaze Awashi, e, por fim, ex-capitão-comandante das treze divisões, Ayato Ittosai.

A Seireitei está vivendo uma crise nunca antes vista em sua história. Vários eventos inexplicáveis estão acontecendo um após o outro. Ainda não sabemos o motivo dos desaparecimentos. Também não sabemos quem foi o ryoka que invadiu a Soul Society durante a Reunião de Capitães. Da mesma forma, ainda não sabemos o que é a criatura que Awashi capturou antes de desaparecer. Há muitas perguntas, e poucas respostas. Mas, neste momento, o que precisamos fazer é seguir em frente.

Hoje é o dia em que vamos para o Hueco Mundo.

Desde o desaparecimento do antigo capitão-comandante, esta é a primeira vez que ocorre um encontro formal entre Hollows e Shinigamis. Nenhum de vocês, nem eu, nem qualquer ser vivente é capaz de prever o que se sucederá nesta reunião. Por isso, mantenham-se alertas. Os que ficarem, vigiem a Seireitei, e protejam-na com suas vidas. Os que vierem comigo, afiem suas lâminas, e se preparem para o pior. O objetivo, em qualquer instância, será sempre a segurança e o bem estar da Seireitei. Hoje, com toda certeza, será um dos dias mais críticos da nossa história.

Capitão da 13a divisão, Atlantis III. O Senkaimon já foi preparado pelos integrantes da Kidou Corps. A partir de agora começa a sua missão. Quero que investigue o desaparecimento do ex-capitão Takahashi In’ei, e traga-me respostas, quaisquer que sejam. Você está livre para levar quem quiser consigo, independente do cargo. A partida será em uma hora.

Capitão da 6a divisão, Noboru Ohta, capitã da 9a divisão, Komei. Vocês irão comigo para o castelo de Las Noches. A partir do momento em que pisarem no deserto, vocês serão os meus olhos e o meu escudo. Não sabemos ainda quem é o novo regente do Hueco Mundo. Por isso, esperem por tudo.

Capitão da 2a divisão, Ei Sei, capitão da 3a divisão, Kuchiki Haarekuin, e capitão da 7a divisão, Yukimura Yuichi. Vocês serão os encarregados de investigarem o paradeiro da ex-capitã Igarashi Aika. Originalmente, essa missão foi confiada a Satoru e Yukimura, mas, com o desaparecimento do primeiro, a situação mudou. Mantenham em mente que esta é uma missão de investigação. Se os arrancars perceberem a presença de vocês, isso nos trará problemas. Então evitem conflitos o máximo possível. Priorizem o objetivo, nada mais.

A todos os que estão indo para o Hueco Mundo, apresentem-se na entrada do Instituto Shinigami de Pesquisa e Desenvolvimento em uma hora. Não serão tolerados atrasos. Dessa vez, mais do que nunca.

Fim de transmissão.


Dito isso, ela cortou o ar com as mãos, e a rede de reiatsu começou a se desfazer. Ela se sentou em uma das pedras ao redor do lago e apoiou os braços nos joelhos. E então esperou. Esperou pelos capitães. Esperou por uma solução para esta crise. E, principalmente, esperou pelo demônio, que abriria para eles o portão do inferno.


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Gama

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Baal
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Re: [Evento] Rashōmon 羅生門 - Publicado Ter Nov 15, 2022 9:36 pm

Vida: 970/970 Reiatsu: 850/850 Staminha: 7/7 Cansaço: 4/4

"Transmissão encerrada..." Disse, a voz em minha mente era bem familiar.


Nenhuma ordem em especial para eu fazer. O anúncio me tirou da realidade por um momento e fui pescado de volta quando Mr. Satim tentava sair de seu aquário subindo pela pinça em que eu estava segurando sua presa, um grilo. Impedi que o escorpião negro fugisse do aquário e soltei o grilo lá dentro para que o ferroasse e depois o digerisse de dentro para fora. Fiquei observando a cena, as quelíceras se remexendo lentamente e por fim decidi sair.


Peguei minha Zampakutõ de empunhadura verde, coloquei meu sobretudo branco sob os ombros e parti, mas para onde? Bem estive neste clima a muito tempo, talvez estivesse na hora de experimentar um pouco do deserto. Me dirigi prontamente para o Instituto de Pesquisa da 12 Divisão, o ninho da cobra como carinhosamente alguns da 11 chamava.


Lá estava o Rashōmon, um belo e forte portal construído sob fundações submersas em água. Um lugar aprazível para os olhos, apesar de não muito amigável, opressivo eu diria. A reiatsu da Capitã Geral era forte e por isso nada discreta. Abri caminho por entre os shinigamis, não precisei dizer uma palavra, saiam de minha frente como um cardume que tomava distância de um tubarão. Cheguei até a comandante rápido.


Vi Kunia em pé, á pouco devia ter dispersado o Kidou. Me aproximei a cumprimentando.


- Comandante. Só isso, não havia nada mais a dizer 



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Baal

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Noboru Ohta

Re: [Evento] Rashōmon 羅生門 - Publicado Qua Nov 16, 2022 8:31 pm

G
ēto


Os rastros imprevisíveis das linhas de fumaça de meu cigarro recém acesso enfeitam aos poucos o arrumado cômodo, deitado na cama, os olhos vazios e desfocados demonstram minha vagarosa mente. A gélida ventania assopra aos poucos da janela, renovando o ar e me trazendo para o presente com seus assobios intercalados.

É hoje... ー Um pensamento que circunda minha mente desde as 00:00 em ponto do dia prometido, se faz presente novamente. Tudo será decidido lá, naquele lugar de cinzas e morte, onde seus ditadores pensam somente em seus ilusórios bem estares, acompanhado da inevitável ansiedade, os pensamentos estrategistas buscam amenizar as probabilidades negativas, porém sem muito sucesso; Assim como a fumaça, aquela reunião seria totalmente imprevisível, como um salto no escuro, um salto único e sem volta.

Levanto da cama de modo lento, vestindo meu haori, jogando meu cabelo para trás logo em seguida; Agarro minha zanpakutou do lado direito da cama rebaixada e sigo em meu caminhar, as ordens de Kuina eram claras e diretas, porém o sumiço de Satoru afeta um pouco minha mente... Mais um.. ー Penso de forma melancólica.

Ao passar pelo jardim colorido, fixo meus olhos em nosso último ponto de encontro em minha divisão; Agarro uma pequena xícara de chá, junto a uma flor rosa, colocando-os no ponto em que o capitão havia se sentado. Descanse amigo... Repouse nesse jardim, que as flores e plantas reflitam paz em seu espírito.


[...]


A grande multidão em volta do local prometido reflete a importância de nossa missão, os olhares curiosos iam me cumprimentando aos poucos, enquanto abriam espaço para minha presença; Kuina, e uma figura que a muito tempo não reencontro, a numeração em seu haori reflete várias memórias vagas do passado, porém o imenso foco me faz ignorar e seguir na direção da comandante.
 
ー Não acho uma boa ideia confiar naquele coração desfigurado... Mas acho que não temos muitas opções, não é mesmo? ー Um suspiro enfeita minha fala, ao relembrar de Kishou e nossos desastrosos momentos juntos. ー Apesar de tudo, aquele verme trabalha bem... Não sei se felizmente ou infelizmente.

Me ponho ao lado da comandante, olhando para a água e reclamando mentalmente logo em seguida.  Argh! Calcula até a p*ta que pariu, mas não consegue fazer uma p*rra de ponte. ー Agarro meu haori levemente, o retirando do pequeno lago.


Considerações:



N


六番隊
Rokubantai


Noboru Ohta
C
Noboru Ohta

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Midnight

Re: [Evento] Rashōmon 羅生門 - Publicado Sáb Nov 19, 2022 2:55 pm





Vida: 740/740
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O temeroso dia tinha chegado, era hora de nos juntarmos e então cumprindo as ordens de Kuina seguirmos para o Hueco Mundo. Desde a última reunião muita coisa acontecera, tanto na Seireitei quanto pessoalmente. Eu tinha melhorado minhas habilidades, novos desejos, novo tenente, a invasão tinha acontecido e além disso a nova notícia: Aikyo Satoru desaparecera, bem embaixo de nosso nariz, mais um capitão era vítima do desconhecido. Em meus aposentos, sentia o ombro pesar e respirava fundo, tentando relaxar. Já eram seis capitães desaparecidos, sem contar oficiais e a tal criatura escondida.

Ouvia o restante das palavras da capitã-comandante, encontrava-me ali, de joelhos em meio ao assoalho de madeira, apenas com a luz natural passando pelo quarto, pensando nos próximos papos que deveríamos seguir. Olhava de relance pelo kimono de Genro e tentava olvidar de algumas palavras suas, o que ele falaria agora? Sua fé em Ayatto era muito grande, considerava-o quase como um pai, um mentor. E agora, eu deveria seguir o sonho dele e zelar pela paz e o equilíbrio dos mundos mais uma vez.

Me levantava, pegando a zanpakutou e colocando-a em guarda, vestia o uniforme rosa, com a capa vinho florida por trás, uma capa de cor vinho com detalhes pequenos de flores da nona divisão em dourado e o kanji nove em preto no centro do haori. (similar ao avatar). Assim, saia do quartel da nona, indo em direção à décima segunda divisão.

Ao chegar no local, a primeira coisa que reparava era na movimentação, muitas pessoas pareciam atarefadas em ajudar nos preparativos, mas dentre os presentes, os rostos já conhecidos me chamavam a atenção: Noboru Ohta, Kuina Akaido e Baal Hagane. Imediatamente cumprimentava-os com um aceno de cabeça seguido por um mais prolongado voltado para Kuina em especial, denotando a hierarquia que existia entre os capitães.

Bem que tinha ouvido falar, mas acreditar que era verdade era outra coisa, havia o boato que Nimura Kishou estava vagando por aí, não o conhecia, mas tinha ouvido falar de sua sentença a algum tempo atrás. Agora, ele parecia estar de volta e o Torii a nossa frente era sua obra. Passava a mão pela guarda da zanpakutou, apertando-a com mais força. Seria essa uma ação que Genro aprovaria? Talvez ele estaria furioso com Kuina, mas eu entendia ela, precisávamos dessa medida drástica, desse modo estaríamos cada vez mais rumo ao inferno, talvez um até mais profundo que Las Noches.


Legenda:
- Fala em sinais –
”Pensamentos”



Midnight

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Kikori

Re: [Evento] Rashōmon 羅生門 - Publicado Sáb Nov 19, 2022 4:41 pm



[Evento] Rashōmon 羅生門 Q0p8FcO

サドルへようこそ

Eu gostaria realmente de estar errado, mas meus pensamentos bagunçaram-se, entrelaçando uns nos outros. Tensai foi carregado durante todo o trajeto, e pela primeira vez, desde a última expedição eu tive pressa. O clima estava pesado e tive que me controlar para não liberar uma pressão tão esmagadora que poderia fazer com que todos naquele distrito do Rukongai desmaiassem. Uma mescla entre dever e ódio, mergulharia no desconhecido, no covil do meu maior inimigo. E além disso, levando meu tenente, e com ordens expressas de Kuina, não podia me dar ao luxo de ceder as minhas vontades. Respirei fundo e pensei em começar a voar ao lugar, mas permaneci andando naquela marcha fúnebre. Como um último sinal de respeito e temor por meu mestre, voltaria até o lugar do seu túmulo.

O caminho não foi conturbado, pra falar a verdade me mantive quieto, sem maldizer uma única palavra, o que talvez para Tensai foi um silêncio ensurdecedor. Ele nunca havia me visto quieto, além do dia em que precisei desintegrar aquele arrankar no Egito. E quando chegamos ao Instituto Shinigami de Pesquisa e Desenvolvimento o soltei finalmente, respirando aliviado e adentrando o lugar. A escrita para três " 三 " era costurada atrás do manto preto, que a partir daquele momento fazia questão de mostrar, pela primeira vez, depois de tanto tempo finalmente a terceira estava representada a mesa. Minha Shikai era carregada carinhosamente a minha frente, como um livro fechado que levitava a cerca de 40 centímetros a minha frente, acompanhando-me assim durante todo o trajeto, e se Tensai fosse observador como tinha certeza de que era, lembraria da minha Shikai, perguntando-se o por quê aquela anomalia não estava selada em forma de Zampakutou.

A grande verdade era que, por algum motivo, após chamar o nome da minha Shikai, sobre a pressão e satisfação de ter matado um arrankar, ela nunca mais havia se tornado uma espada novamente, mas se manteve como o livro que gravava e escrevia todos os meus Kidous. Talvez pela forma que minha alma havia tomado, e agora, buscava ainda mais conhecimento. Mas, naquele momento, isso era a única coisa que realmente não importava.

Tensai, a partir de agora, eu estou no meu modo sério.

Disse uma última vez antes de posicionar-me e começar a me localizar naquela estrutura, indo até o ponto que mais parecia com a pressão espiritual única da comandante, naqueles anos, eu já havia me familiarizado com ela, e provavelmente, ela comigo. Yo. Disse, cumprimentando todos que estavam ali, e orientei para que meu tenente não falasse nada com uma das mãos, sentando-me ao lado de Kuina. Deixando com que as bordas do kimono de capitão molhassem naquele pequeno lago do portão infernal. Provavelmente, meu tenente deveria estar por ali.

Respirei fundo e aguardei, com que tudo estivesse pronto.




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Kikori

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Tomita

Re: [Evento] Rashōmon 羅生門 - Publicado Sáb Nov 19, 2022 6:42 pm

11
Here comes the doctor with her pills! Yay!
Evergreen Alice

STA 9/9
HP 1000/1000
REI 1300/1300



Entre todos os sons que se podiam esperar numa hora daquelas, o de passos apressados sobre um chão de madeira rústica era o que menos se esperava na varanda da casa de uma das figuras mais icônicas da Seireitei. - HOZOIN-SAMA! - Foi o grito que ecoou por aquelas pilastras e paredes de madeira, grito esse que fez o velho, antigo capitão da 4° Divisão quase engasgar com o chá que ele tomava.

- A-Alice-chan! Que gritaria é essa? - Perguntou o velho enquanto a porta era aberta pela figura magricela de cabelos esverdeados e bagunçados, dos olhos da cor de mel escondidos atrás de um óculos torto em sua face.

- Eu preciso daquilo! - Ela disse de maneira enfática e sem delongas enquanto a sua expressão era séria. E o homem arregalou os pequenos olhos que eram quase permanentemente fechados devido as pálpebras pesadas pela idade. Naquela hora, todos ao redor viram, os olhos do grande Hozoin se abrirem quase por completo.



Eu andava de maneira apressada, carregando em minhas costas uma maleta preta, pesada e nem um pouco suspeita. O caminho para a décima segunda divisão não era tão longo, mas o fato de eu ter precisado parar na casa de meu antigo mestre fez com que meu tempo ficasse mais curto do que eu gostaria. - Preciso me apressar! - Eu dizia para mim mesma enquanto apressava o passo. Não demorou muito para eu avistar o mais novo trabalho da divisão de pesquisa. O Enorme Torii era imponente e me fez sentir um arrepio em todo o meu corpo. Uma sensação estranha surgia em meu peito, como se aquele portal e toda aquela situação me parecesse muito errada.

Eu não tinha escolhas se não ajudar, desde que a voz de minha Comandante soou em meus ouvidos um aviso de que outro capitão havia sumido, não tive como ficar parada. As palavras de Hozoin vieram como um aviso novamente em minha mente. O porque eu havia sido escolhida, o porque eu era a pessoa que deveria estar ao lado de Kuina nessas situações… Uma viagem para o mundo dos Hollows.

Meu coração disparava ao imaginar o quão perigoso isso era. Lidar com Hollows no mundo humano já me era desagradável, ir até o ninho deles me parecia pior ainda. Chacoalhei a cabeça de maneira singela enquanto a mala em minhas costas se mantinha firme, bem presa ao meu corpo por uma alça de couro. Precisava entregar aquela maleta para a Comandante…



- Porque você precisa daquilo Alice-chan? - O velho perguntou, ainda perplexo pelo pedido repentino. - Sabe que com certas coisas não se brinca. - Ele respondeu passando a mão sobre sua careca reluzente antes de se levantar com certa dificuldade para apoiar seu corpo sobre a velha bengala.

- V-Você me disse que, havia me escolhido p-pelo fato de eu ser a única a c-conseguir executar a quarta á-área da medicina. - Eu disse de maneira ainda apressada, mas ficando um pouco mais tímida pelas pessoas ao redor, se aproximando de maneira curiosa. - A-Akado-sama precisa dele… Ela está indo a-ao Hueco Mundo. - Eu disse enquanto balançava a cabeça de maneira positiva.

O velho deu um longo suspiro e logo em um gesto com as mãos, pediu para que eu o seguisse. Andamos de maneira vagarosa por conta da idade do meu mestre até a sua sala. Era um local apertado mas haviam muitos livros e bugigangas que eu tinha certeza que não eram instrumentos médicos.

- Quando eu te contei a respeito desse artefato, eu não esperava que você fosse me pedi-lo tão cedo… - Ele disse de maneira calma enquanto abria um cofre, escondido embaixo de sua mesa, da onde ele retirou a maleta. - Os dias parecem cada vez piores e essa nuvem negra não irá se dissipar sem luta… - Ele disse antes de colocar a maleta em cima da mesa e a abrir. - Você se lembra, da história disso, certo? - Ele perguntou.

Eu olhei para seus pequenos olhos cansados e idosos antes de olhar para a maleta já aberta e fitar o seu conteúdo. - Me lembro. - Disse a ele acenando com a cabeça antes de me certificar que estava tudo de acordo ali dentro. - Então, sabe que terá de ir com eles até lá… Está pronta? -

Eu engoli em seco, não queria ir até a terra dos Hollows, não queria ver o Rei deles… Mas eu precisava, precisava exercer a tradição milenar que aquele encontro demandava e ao menos, tentar estabelecer um regime de paz com os inimigos de outrora. - E-Eu entendo… Estou pronta! - Eu disse antes de pegar a maleta, agradecer a Hozoin, e sair de sua casa.



O local parecia mais agitado que o normal devida ao teor da missão no Hueco Mundo e no Mundo Humano. Não demorei muito para avistar outros quatro capitães e a Comandante. Eu estava quase atrasada, mas tive sorte de chegar com eles ainda sem terem partido. - Akado-sama! - Disse de maneira esbaforida antes de me aproximar dela, suspirando após correr tanto para chegar ao local. Pedi um minuto para recuperar o fôlego e logo me apresentei a todos.

- A-Akado-sama, permita-me ir com a s-senhora e os outros! - Disse antes de me curvar para ela e para os outros capitães ao meu redor. - N-Não vou atrapalhar v-vocês, m-mas eu gostaria de l-levar um p-presente ao Rei dos Hollows.- Eu disse antes de me levantar e aprontar para a maleta em minhas costas. - Por favor! É-É importante! - Conclui levando as mãos cerradas até a frente de meu corpo. Eu não havia sido convocada… Mas estava disposta a obedecer a minha Comandante, sua decisão me valeria mais... Mas esperava que ela me aceitasse no grupo.




Tomita

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resouzav

Re: [Evento] Rashōmon 羅生門 - Publicado Dom Nov 20, 2022 10:24 pm

[Evento] Rashōmon 羅生門 F8zsGfi
Uma brisa gelada invadia minha sala enquanto meus olhos fitavam o céu acinzentado que se estendia ao horizonte nos últimos dias. Apesar de ser um profundo admirador do céu e de suas diversas colorações, a cor opaca que cobria a Seireitei nos últimos dias era uma de minhas preferidas e, conjuntamente com o vento frio que corria pelos corredores da Gotei 13, me trazia uma peculiar sensação de conforto.

O último grão de areia corria até a segunda ambula da ampulheta que contava os segundos até que o fatídico encontro entre Soul Society e Hueco Mundo aconteceria e aqui estamos. O correr desse tempo me fizera passar por mais do que eu imaginava em um período tão curto; era como se eu finalmente pudesse entender o que significa o peso de comandar, mas da pior maneira possível. E as palavras de Kuina que subitamente germinavam em minha mente traziam consigo ainda mais do que eu poderia esperar.

Mais um desaparecimento, mais um capitão. Aquele que anteriormente deveria ser meu companheiro no lar dos hollow havia esvaecido da realidade sem deixar rastros, assim como todos os outros. Pude sentir meus dedos gelados apertando-se contra a palma de minha mão quase instintivamente quando ouvi o nome de minha capitã acompanhado de tantos outros. Antes, ao ouvir seu nome em meio a essa situação, um profundo sentimento de tristeza crescia em mim. Mas agora, algo mudara. Um ímpeto crescera em mim e, apesar de ainda sentir a angústia daquela sensação, havia algo mais. Algo que me guiava nesse caminho e que eu seguiria sem pensar duas vezes, até que pudéssemos finalizar a infeliz história que se escreve ante nossos olhos.

As palavras da comandante eram certeiras. Apesar de ser muito do que possivelmente todos os capitães estavam pensando, era importante que àquela frente a todos nós colocasse isso em palavras. Ela finalizava reforçando suas ordens anteriores e trazia o adendo que eu aguardava: quem seria meu novo parceiro na jornada pelo deserto de Hueco Mundo. Parceiros, no caso. O capitão da segunda divisão, Ei Sei, que esteve presente na reunião dos capitães anteriormente e Kuchiki Haarekuin, capitão da terceira divisão. Pouco sabia de ambos além do que se é conhecido comumente, porém a postura de Ei Sei na reunião dos capitães me confortava um pouco; ele parecia alguém muito ponderado e, ter sido escolhido para liderar a Onmitsukidō significava que ele não era qualquer um. E claro, eu não deveria esperar menos de Haareukuin; alguém que traz consigo o nome Kuchiki certamente não é capitão por pura influência política.

A ordem final era de que deveríamos nos apresentar no território do décimo segundo esquadrão, frente ao instituto de pesquisa e desenvolvimento. Apesar de preferir ter certeza antes de opinar quanto a rumores, era difícil entender o motivo da possível da soltura daquele ser. Apesar de não ter refletido anteriormente quando Kuina sinalizou isso na reunião anterior, agora fazia mais sentido seu cuidado em não anunciar aquele nome. Na época, Aika me encaminhou como representante do sétimo esquadrão para verificar possíveis sobreviventes, mas nada resistira àquilo. Todos nós temos sangue em nossas mãos, mas uma ação dessas requer responsabilidade. Tantas almas lançadas ao vento em um piscar de olhos por razão nenhuma. Imperdoável. Minha opinião quanto a Nimura Kishō é bem concreta, mas não é minha responsabilidade me preocupar com isso no momento. Meus olhos estariam abertos, mas as ordens no momento são outras; no final das contas espero que a comandante esteja certa de suas escolhas e da responsabilidade que ações como essa trarão a seu nome.

[...]

Buscava limpar minha mente enquanto me direcionava ao instituto de pesquisa e desenvolvimento. Em minha ausência o sétimo esquadrão estaria em boas mãos, então meu objetivo seria focar completamente nas ordens da comandante. Não devemos causar desordem e principalmente... Descobrir qualquer resquício do que quer que tenha acontecido com Aika. Que o vento nos guie e que possamos encontrar aquilo que buscamos.

Conforme me aproximava era possível ver o trabalho da serpente para com a Gotei 13. Um majestoso Torii de madeira encontrava-se sobre um lago cercado por pedras. O clima que nos recepcionava parecia querer nos fazer um sinal e, conforme me aproximava, podia notar o amontoado de capitães que se formava em um pequeno ponto ante ao portal. Curiosamente, parecia que alguns rostos ausentes da reunião anterior se apresentavam próximos a comandante; era bom ver que, aos poucos, o corpo de comando das divisões parecia se aproximar. Com a costumeira calma alcancei os presentes e amistosamente os cumprimentei, me colocando poucos passos atrás de Kuina. Uma sensação me dizia que logo teríamos o inicio de nossa jornada ao abismo.  


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resouzav

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Moonchild

Re: [Evento] Rashōmon 羅生門 - Publicado Dom Nov 20, 2022 11:49 pm

Rashōmon
Eu não diria que tive tempo para processar tudo aquilo  e talvez por isso eu não tenha conseguido entender a seriedade da situação. Não porque sou burro ou não leio bem o ambiente, mas porque toda aquela cena dos capitães se reunindo parecia por demais absurda para mim. Meu cabelo já naturalmente bagunçado dançava contra o vento conforme eu quase não conseguia encostar no chão para continuar correndo enquanto o Capitão Harley me puxava para frente. Ele estava de costas para mim, que não conseguia acompanhar seu ritmo com muita folga, então tudo que pude imaginar foi a expressão em seu rosto. Com fama de preguiçoso e relaxado, vê-lo avançando com tanto ímpeto e até mesmo em silêncio completo foi uma surpresa; ele nunca tinha ficado tanto tempo calado perto de mim desde que me tornei seu Tenente.

Meus olhos vacilaram para sua cintura e me assustei ao não ver sua espada ali. "Como ele está indo para uma missão sem sua arma?", pensei, mas então eu percebi que ela estava ali, sim, só não na forma usual de lâmina. Por algum motivo, sua espada estava já transformada na sua forma de livro, a Shikai do Capitão. Meus olhos se estreitaram conforme eu pensava se existia necessidade de tê-la transformada logo vide o cansaço, mas só precisei de alguns segundos para entender que não existia cansaço algum.

O Capitão tinha aprimorado sua Shikai, pelo visto.

— Entendi, senhor. O que precisar, não hesite em me pedir. — respondi momentos antes de engolir seco com a seriedade de Harley. Ele ainda não tinha me explicado em detalhes o que era aquilo tudo, mas eu sabia que logo tudo faria sentido. Tentei não olhar demais aos arredores, mas acredito que falhei; nunca tinha ido até aquele local e minha curiosidade (talvez até nervosismo) não me permitiram fingir tranquilidade. Quando me foi pedido para apenas ficar em silêncio, eu obedeci. O tempo todo há alguns passos de Harley, eu encarei o símbolo do nosso esquadrão em sua capa como um sinal de união. Logo tudo se resolveria da melhor forma possível, eu sabia bem.

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Kurt

Re: [Evento] Rashōmon 羅生門 - Publicado Dom Nov 20, 2022 11:56 pm


[Evento] Rashōmon 羅生門 6pIxU2j


A multidão abria passagem para o último Shinigami se aproximar. Um semblante tranquilo e calmo de pele morena e traços únicos; No rosto uma cicatriz vertical sob um dos olhos, que vinha acompanhada de outras duas marcas na horizontal. A esquerda na cintura, a bainha de sua zanpakutou. A direita um relevo perceptível apenas para olhos mais detalhistas, um item misterioso que carregava consigo. Seus cabelos negros e longos flutuavam de forma desleixada com o vento, amarrados em um charmoso corte samurai. Os ombros largos e torso grande, semi exposto, pareciam firmes e fortes como o tronco de uma árvore, e assim como sua barba por fazer também eram traços que possuiam seu charme.

As suas costas a imagem de um dragão desenhada; uma explosão de cores, sombras e minuciosos traços orientais que pareciam ter vida própria, com garras e olhos vermelhos que espreitavam ocultos atrás do quimono branco e do kanji da 2a divisão que o sobrepunha. A presença de Ei Sei se resumia a uma série de elementos visuais que se alinhavam numa silhueta grande o suficiente para se destacar de todos os outros capitãos ali reunidos, exceto talvez pela de Nohburo Ota, capitão da 6a divisão, e a de Baal Hagane, capitão da 11a divisão a quem ainda não conhecia.

- Comandante... Espero não ter chegado atrasado. -  As palavras referenciavam sua chegada na reunião dias antes. Depois delas, acenava com a cabeça para Kuina,  repetindo o mesmo gesto sequencialmente aos dois Shinigami citados, antes de saudar Konmei, a capitã da 9a divisão. Seus olhos apreciaram as cores de seu quimono rosa, e a forma que modelava seu corpo, dedicando um ou dois segundos para isso. Depois, deslizou lentamente o olhar para próximo do chão navegando até o pé da sua sombra, onde enfim atingiam a altura do capitão que vestia o haori da 3a divisão também o cumprimentando visualmente.

- Ei Sei, capitão da 2a divisão. - Se introduzia com sorriso simpâtico, voz imponente. O estranho carisma de um líder. As palavras também eram direcionadas para garota que vestia o haori da 4a divisão, quase na mesma altura do outro capitão e também ao lado de outro garoto, que não lhe passou despercebido atrás de seus óculos, assim como o rosto familiar do capitão da 7a divisão, também presente na reunião de dias antes.

Cumprimentou a todos de forma cordial, antes de estacionar seu foco nas pupilas de cor de mel da garota, observando seus cabelos verdes, traços finos e gentis; Elementos que compunham uma figura doce e juvenil. Talvez uma antitése perfeita a escuridão dos olhos de Kuina, as visíveis olheiras de alguém que se recusava a dormir sem antes ter preenchido uma infinidade de papeis, as cicatrizes de tipos como Noburo e Ei Sei, ou a postura de Konmei, uma capitã mais velha.

Ele pausou. Quis perguntar o nome de ambos, mas não o fez já que pareciam estar distraidos em sua própria discussão. Sabia que tudo tinha seu devido momento, e que isso podia esperar a menos é claro, que o fizessem, ai neste caso não poderia impedir. A frente de seus olhos agora, encarava de baixo pra cima a vil criação de Nimura Kinshou. Talvez estivesse diante da maior tecnologia existente de deslocamento já fabricada por algums ser vivo.

- Ele conseguiu mesmo então... - Disse ao lado de Kuina. Com o olhar também consultou Noburo, buscando sua aprovação. Ei Sei teve um rápido flashback da reunião que tiveram dias antes, relembrando o momento em que o nome de Nimura havia sido mencionado, das reações adversas a sua liberação, e também de quatro dias atras, quando encontrou-se com Kuina e Satoru no ninho dos vermes. A visão de seu rosto modificado, em virtude de seus experimentos parecia se retorcer em um sorriso de pura perversão. Uma imagem que o perseguiu em pensamentos desde então. Estranhamente também lembrou que foi a ultima vez que ouviu falar de Satoru, o que lhe incomodava.

- E Satoru? - Questionou ainda encarando a criação do ex-prisioneiro, definitivamente a silhueta mais imponente do local, embora já soubesse a resposta que seria dada pela comandante.


Técnicas:
Itens:

Vida: 1500/1500 Reiatsu: 940/940  Stamina: 0/9 Cansaço: 0/4



Última edição por Kurt em Seg Nov 21, 2022 12:01 am, editado 1 vez(es)
Kurt

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DelRey

Re: [Evento] Rashōmon 羅生門 - Publicado Dom Nov 20, 2022 11:59 pm

no rose left on the vines...

Noite anterior, Rose.
Uma carta? Como era possível que após tanto tempo afastado, ele simplesmente envia a uma carta? Seria finalmente o anúncio em que deixaria ao seu cargo? Seria a comunicação de sua morte? Ou talvez o desaforo de uma ordem? Era imprevisível, mesmo que fosse ao meu capitão, eu sequer recordava ao seu nome por completo. Permaneci todo o caminho aflita, sem trocar sequer uma palavra com Rin, que notando ao meu estado, preferia por não puxar nenhum diálogo também.

...

Quando chegamos a divisão, fui avisada da melhora de Hikari, que já estava liberada dos aposentos da terceira divisão. No entanto, não havia tempo para cumprimenta-la, indiferente ao assunto abordado naquela folha de papel, o simples ato do seu envio, era o suficiente para se considerar urgente. Quando adentrei ao meu escritório, agradeci a companhia de Rin, dispensando-o. Em sua saída, girei a pequena chave, trancando-me naquele espaço. Sentei-me na fria cadeira metálica, respirando enquanto encarava ao papel. Quando a súbita coragem me alcançou, abri ao envelope, desdobrando a folha em camadas.

“Kurosawa Nobara, meus cumprimentos. Esta é uma missiva de seu capitão, Kuroyami Watanabe. Muito em breve uma comitiva partirá ao Hueco Mundo, e, pelos meus cálculos, acredito que será um dia após a chegada desta curta, mas importante, mensagem. Como notado, minha ausência provisória não me permitirá cumprir as minhas obrigações quanto a este compromisso. Kuina-chan com certeza ficará decepcionada. De todo modo, sabendo de seu desempenho como tenente da oitava divisão, não temo em lhe permitir, talvez ordenar, a ida como representante oficial da nossa divisão. Caso decida por ir, saiba que ficarei demasiadamente contente. Nos vemos em breve, com certeza.”

Entre todas as possibilidades que haviam se passado em meus pensamentos, aquela seria a mais inesperada. De alguma forma, mesmo que não houvesse nenhuma notícia de seu paradeiro, não sobre meus conhecimentos, ele mantinha o monitoramento sobre a oitava divisão, vigiando não apenas aos meus afazeres, mas compartilhando dos acontecimentos presente atualmente na Seireitei. Sendo assim, talvez sequer estivesse distante de nós, ou em alguma missão de risco, por mais perigoso que fosse, novamente meus pensamentos questionavam aos seus motivos.

No entanto, mais uma vez, cabia a minha responsabilidade assumir aos seus deveres, representar toda a nossa divisão em uma excursão ao Hueco Mundo parecia demais até mesmo aos meus desejos, o que de fato eu poderia demonstrar? Não havia capacidade ou conhecimento o suficiente para opinar em assuntos urgentes, não teria poder o suficiente para lutar ao lado de capitães ou desa fiar a espadas, o que eu significaria em meio aquilo? Apenas uma formiga, pronta ao abate pelos pés de quem quisesse pisar. Ao mesmo tempo, em uma oportunidade como essa, jamais poderia me permitir negar ao seu desejo, e na menor chance em que havia de me provar, eu tinha de agarrar.

...

Naquela noite, dormi tranquila, acordando-me mais cedo que o habitual. Durante a manhã, os meus dias incansáveis de treinamento repassavam como flashes em meus pensamentos, relembrando-me, pouco-a-pouco, de que eu estava melhor do que no dia em que enfrentei a Uta. Mesmo assim, não era o suficiente, havia aquele constante temor de que tudo desmoronaria em minha ausência, além da possibilidade, mais que provável, de minha morte naquela comitiva.

Reuni aos oficiais da divisão ainda cedo, especificamente ao grupo em que me acompanhava diariamente. Hikari, como esperado, foi designada a função de manter ao funcionamento da oitava divisão, subdividindo suas tarefas com os demais quatros oficiais que estavam presentes ali. Por mais que apoiassem minha ida, suas feições deixavam claro as dúvidas em seus pensamentos. — Bom, se por algum motivo eu não retornar, devo concluir informando que o capitão também sinalizou o nosso encontro em breve, acredito que isso signifique que logo ele retornará. — minhas palavras soariam confiante, como haviam de ser, mas por nenhum momento eu acreditaria naquelas palavras, não enquanto não estivesse cara-a-cara com o próprio.

Antes de minha saída, surpreendi-me com a chegada de uma nova carta ao meu escritório, dessa vez, ela pertencia a Tensai. Escrita rapidamente, estava até mesmo um pouco ilegível, mas compreensível para aquela que cresceu ao seu lado. Nessa mensagem, Tensai informava de sua própria partida, não como um chamado, mas como um aviso, naquele instante, senti o meu rítmico cardíaco acelerar, até aquele momento nenhum temor havia me feito fraquejar, mas imaginar que Tensai também partiria ao Hueco Mundo, me fazia temer não apenas por sua vida, mas por tudo o que ele poderia presenciar.

Por sorte, a mensagem de Tensai havia algo a mais, a pequena localização daquela excursão, algo que o capitão não havia informado em sua mensagem. Mediante aquilo, não havia mais o que esperar, firmei a zanpakutou em sua bainha e parti imediatamente a décima segunda divisão. Chegando ao local, reconheci algumas figuras importante ao local, o que já era de esperado. Passei adiante, aproximando-me da capitã-comandante com tamanha insegurança, mas absoluto respeito. — Comandante, me chama Kurosawa Nobara, tenente da oitava divisão. Ontem à noite, recebi a uma carta de meu capitão, ordenando que partisse como representante de nossa divisão, no entanto nada mais me foi informado. Permita-me perguntar, onde me faço necessária? — por mais diretas que fossem as minhas palavras, eram igualmente pronunciadas em um tom respeitoso, oferecendo-me ao que ordenasse, em um momento importante como aquele, jamais tomaria ao tempo da figura mais importante entre todos os presentes.


Kurosawa Nobara:
Faniahh/Lala/Cyalana


DelRey

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antemortem

Re: [Evento] Rashōmon 羅生門 - Publicado Seg Nov 21, 2022 7:32 pm

脳にキく薬
solve
coagula
O dia, hoje, começou interessante.

É difícil saber quando um dia começa, é importante notar. De dentro do laboratório, é sempre noite. As luzes são sempre artificiais. E, sinceramente, eu raramente preciso, de fato, saber. Quando eu construí meu portal, bem, o portal daquela menininha ingrata, eu presumi que era de madrugada. E, na verdade, era o começo de uma tarde ensolarada.

Mas hoje é diferente.

Quando estamos próximos a um evento importante, tenho de me obrigar a acompanhar a futilidade do ciclo natural das coisas corriqueiras; dia e noite, sentimentos de meus colegas de profissão, responsabilidades, essa baboseira toda que me afasta daquilo que realmente importa.

Contudo, como eu mencionei, o dia de hoje começou interessante.

Acredito que uma leva bem grande de meus caros companheiros capitães irão para o Hueco Mundo. Eu votaria em exterminar todos os componentes daquela racinha de Hollows, mas não acho que minha opinião seja bem vista nos tempos contemporâneos. E, portanto, eles irão numa ilustre missão diplomática! — Quer parar de ajeitar esse haori, Aoi? — Esta garota está insuportável desde que soube desse pequeno evento. — Você é um capitão. Seu haori têm de estar bonito. — E, então, lá vai ela fazer mais costuras nele. É assim que tenho certeza de que ela é uma alma artificial: uma filha biológica minha jamais seria tão ajustada.

Enfim. Como eu ia dizendo. Espere. O que eu estava dizendo? Sim. Missão diplomática. Não é que eu não confie neles, diga-se de passagem. Na verdade, os invejo. Enérgicos, bonitos, atléticos e talentosos. Todos são mais ágeis, ou mais fortes, ou mais corajosos do que eu.

Porém, eu sou mais inteligente que todos. E paranoico. Uma combinação letal.

E, bem, você sabe como vai o ditado, certo?

Apenas os paranoicos sobrevivem.

[...]

Comoção interessante do lado de fora. — Entoava Aoi; era pequena, tinha olhos entediados e cabelos numa tonalidade escura de cerúleo. Os óculos, neste momento repousando em sua cabeça como uma tiara, refletiam o brilho dos equipamentos. Apertando seus olhos, observava da alta torre de observatório do complexo laboratorial o ajuntamento dos líderes do Gotei 13, logo ao lado de fora. O pesquisador-mor, por outro lado, distraía-se com uma bandeja repleta de seringas com um líquido atípico. Suas mãos eram maniprestas o suficiente nesta arte para administrar uma tarefa que exigiria o auxílio de máquinas. — Sim, bem… — Elevava um dos tubos, dando dois tapas nele com o dedo médio para verificar sua densidade. — Ao menos nós conseguimos colocar o portal do lado de fora. Se tantos brutamontes entrassem em meu laboratório, seria desagradável. — Posicionou o último dos recipientes na bandeja, segurou o punho de uma mão com a outra em suas costas e olhou para as câmeras de segurança, que também mostrava-lhe os arredores do portal. Pensou nas habilidades individuais de cada um e quantos deles voltariam vivos. Não muitos, concluiria. Mas, contanto que sirvam à ciência, não teria problema; o resultado não seria afetado.

Kuina. Jovem. Uma marionete da Central 46. Um Shinigami que tenha o mínimo de respeito próprio entenderia que não serve para o papel de comandante e negaria. Portanto, podemos presumir que seja uma covarde; o que não é de todo ruim. Aumenta suas chances de sobrevivência enquanto que diminui as chances de lidar rápido com a escória de Hueco Mundo, prejudicando todos nós. A boa e velha política. Viva.

Baal. Um troglodita tão resistente quanto burro. Provavelmente irá pular em direção ao primeiro sinal de confronto como um cão faz com um pedaço de carne. Capitão recente, ainda que um Shinigami experiente. Ter vivido tanto tempo quanto aparenta ter vivido me diz que, de alguma forma, ele sabe o que está fazendo. Ou apenas não encontrou um objeto inamovível. Ou simplesmente não existe uma lâmina grande o suficiente para bipartir este homenzarrão. Vivo.

Noboru. Igualmente burro. Honestamente acredito que eu conseguiria matar ele e o Baal escrevendo uma equação de balanceamento químico e lhes mostrando. Ele é um pouco mais sério, entretanto, mas é mais jovem, e, portanto, inexperiente. Ainda assim, vale a pena observá-lo. Morto.

Komei. Jovem. E burra. Você está notando uma tendência entre meus capitães aqui? Oh, céus. Talvez eu deva mandar o Akatsuchi fabricar alguns caixões. Bem, ela é muda. Isso é preconceituoso de minha parte? Foi a primeira coisa que notei. Não parece forte o suficiente para ser uma capitã, nem inteligente o suficiente, nem experiente o suficiente. Kuina, parece que você encontrou competição! Mas não por muito tempo. Morta.

Harekuin. Porquê seu sobrenome é Kuchiki? Presumo que ele não saiba como as coisas funcionam por aqui. Mas não é tão burro, por incrível que pareça. Ainda que ele tenha cara de criança. Talvez seja um daqueles prodígios que eu ouvi falar que existem no Mundo Humano? Não sei muito sobre ele. Supostamente, é bom em Kidō. Mas não possui experiência em combate. Estou ansioso por seu desempenho, e portanto lhe darei um voto de fé. Vivo.

Alice. Alice? Espere. — Aoi, que diabo de nome é Alice? — Inquiri. — Acho que é grego. Uma variação de “Adelaide”. Mas, também, pode ser uma variação francesa de “Adaliz”, “Alesia”, “Aliz”, mestre. — Redarguiu, entediada, observando o grupo. — Ehm… certo. — É jovem demais. Parece… boazinha demais. Como uma pequena princesa que acha que o mundo é um mar de rosas. Geralmente ela não seria permitida neste tipo de missão. Mas, geralmente, nós teríamos um Capitão Comandante útil. Infelizmente não é o caso, pequena princesinha franco-grega. Morta.

Yuichi. Pesquisei suas notas na Academia Shin'ō. De acordo com os mangás do Mundo Humano, este é o pequeno prodígio cujo corpo eu desejo roubar com meus dotes ofídicos depois que ele estiver fraco o suficiente para que eu o faça! Ele é interessante. Estou ansioso para saber de suas habilidades. Ele não parece ter o intelecto de uma dobradiça de porta ─ característica rara entre os capitães ─ e, ainda que inexperiente, parece saber o que está fazendo. Vivo.

Tensai. Espere, quem é esse? Morto. Mas ele gosta de livros. Caso ele não morra, irei lhe mostrar o que ando escrevendo.

Ei Sei. Bem, desta vez não preciso perguntar para Aoi. É chinês. As cicatrizes e marcas de batalha em seu corpo denotam experiência em combate. Lembro-me dele no Ninho dos Vermes, apesar de nunca termos conversado em questão. Não parece ser um imbecil. Desejo, e muito, saber quais são suas habilidades. Ele parece ser interessante. Vivo.

Nobara. Jovem, cabelo colorido, transtornos psicológicos, inexperiente. Desconheço sua personalidade. Caso covarde, viva. Caso corajosa, morta.

Bem, parece que isso é tudo que temos até agora. Uma ótima seleção de desajustados. Agora, precisamos apenas aguardar que a entropia e a seleção natural façam seu trabalho. Eles não parecem compor um grupo estrategicamente avançado, mas eu não espero que os Hollows tenham nada mais sofisticado do que isso. Torço para que presenciem algum combate; precisam de experiência e entender como as coisas funcionam de verdade. — Os preparativos foram concluídos, Aoi. Estamos indo. — Deixei que carregasse a bandeja e todo o resto que fosse necessário.

Fim do interlúdio.

[...]

Arco IISolipsismo, ou a arte dos nomes se desintegrarem de meus lábios.

O som das pequenas rodas de um carrinho que carregava algumas bandejas, empurrado por Aoi, enunciava a chegada do arquiteto. — Olhe só, Aoi. Quantos rostos novos! — Entoou Nimura, amigavelmente sorrindo enquanto girava o parafuso em sua cabeça uma ou duas vezes. — Sim. — Confirmou a garotinha que o acompanhava, com semblante e tom de voz muito menos amigáveis; circunspectos e formais. — Sejam bem-vindos à casa de meu mestre. — Gentilmente virou a palma de uma de suas mãos para a serpente, introduzindo-a, com cautela. — Este é o Rashōmon. — Apontou para o portal. Portava-se como uma capitã durante o diálogo.  — Ele consegue suportar a energia espiritual de vocês, de certa forma, e se manter aberto por dez horas. — Continuou, deixando claro o tempo limite que eles teriam para realizar suas missões e voltar. Lentamente caminhou, enquanto articulava, em direção às bandejas. Em uma das mais inferiores, retirou um pequeno recipiente de vidro. Parecia conter areia num tom desbotado. Neste momento, o cientista havia se tornado apenas uma silhueta sorridente, ao fundo. Suas mãos estava prostradas para trás, e estava olhando ou para sua aprendiz ou para seu portal. — Digo que pode comportar todos vocês “de certa forma”, pois será necessário que recebam uma descarga destes reguladores de reiryoku. — Apontou para as seringas. O propósito superficial disto era que entendessem que não entrariam no portal caso não recebessem a dose. — O meu mestre e eu iremos realizar a manutenção do portal, e, portanto, ficaremos aqui, na Soul Society. — Nimura tirou este momento para observar a reação dos capitães; à mercê de sua boa vontade. À mercê dele não tropeçar e apertar o botão que explode o portal com todos eles lá dentro. Esperou que Kuina entendesse o que queria dizer. Serpentes não são aprisionadas.

Aoi abriu o pote de vidro que segurava, e despejou toda a areia nos sopés do portal. Não se importou em explicar o que estava fazendo. Era melhor que não soubessem, afinal de contas. Quando o fez, sons de trovão e de explosões ocuparam o anteriormente silencioso céu. Os espectadores assustaram-se, e alguns correram com as fortes rajadas de vento que galgavam para fora da grande estrutura. A menininha, acostumada com o processo, meramente caminhou para o lado das bandejas, pegou a primeira seringa, bateu nela duas vezes e realizou um curto esguicho para confirmar sua funcionalidade. — É obrigatório, então, que todos vocês recebam uma dose do regulador. Deseja ser a primeira, Capitã Comandante? — Interpelou, olhando-a diretamente nos olhos. Nimura, por outro lado, avaliava todas as características que Aoi exibia. Pensou no quão difícil seria replicar todo o conjunto em uma alma modificada, mas o quanto valeria a pena. A garotinha era excepcional. Colocou uma das mãos dentro de seu haori, e retirou dele uma espécie de transmissor, ou radar. Olhou para os presentes, pensando em alguém adequado para carregar o dispositivo ─ e a missão que ele oferece.

Resvalou os olhos entre todos mais uma vez. Ei Sei, talvez? Não, ele provavelmente não aceitaria nada de mim. Acharia que é uma bomba ou um dispositivo que defrauda fóruns ou algo do tipo. Decepcionante. Oh, se somente um assassino loiro sem nada a perder e com sede de sangue aparecesse aqui, atrasado para entrar no portal, e eu pudesse utilizar meu bom e velho poder hierárquico para ordenar que ele trouxesse-me o cadáver que eu desejo!!! Senhorita ciência, por favor me conceda os poderes da aleatoriedade da análise estatística e me dê meu assassino!

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Gama

Re: [Evento] Rashōmon 羅生門 - Publicado Ter Nov 22, 2022 9:56 pm

[Evento] Rashōmon 羅生門 78zumJc

Vida: 1000/1000 Reiatsu: 740/840 Stamina: 7/7 Cansaço: 0/4


O primeiro a chegar foi Baal.

ー Capitão Hagane ー cumprimentou ela, e ergueu o rosto, pois tinha que olhar bem para cima para encará-lo nos olhos. Ela não sabia muito sobre Hagane Baal. A 11a divisão nunca despertou seu interesse. Eram soldados, nada além disso. Lutavam porque sim. Se arriscavam porque sim. Alguns ー raros ー providenciavam um motivo, que era sempre uma de três coisas. Ou lutavam para escapar da pobreza, ou porque era tudo o que sabiam fazer, ou porque era “divertido pra caralho", como disse um oficial na época em que ainda era uma tenente. Ela nunca entendeu essa última. Se perguntou em qual categoria Hagane Baal se encaixava.

Só isso. Não havia mais nada a dizer.

Em seguida veio Noboru Ohta. Kuina deu um sorriso ao vê-lo. Ela estava se perguntando como ele deveria estar se sentindo após a notícia sobre Satoru, mas ele parecia bem. E isso era muito bom. Precisaria dele inteiro para o que quer que estivesse os esperando no deserto.

ー É exatamente como você falou ー respondeu ela e olhou para o céu. ー No fundo, não há outra escolha. O ISPD não iria funcionar sem a presença daquele homem.

Concluiu, e viu Ohta se sentando ao seu lado. Uma brisa gelada varreu o lago.

Em seguida chegaram Komei, Kuchiki Haarekuin e um rapaz. Kuina sabia quem era ele. Havia tomado um tempo para memorizar o rosto de todos os tenentes da Gotei 13. “Kurosawa Tensai”, pensou ela. Talvez o shinigami mais novo que ela já viu até hoje. Um pequeno prodígio vindo de uma família rica.

ー Não mencionei nada sobre tenentes, capitão Kuchiki. Trazê-lo até aqui significa que pretende levá-lo consigo? ー disse ela, suspirando. E então encarou o tenente. ー Já há pessoas o bastante nesta--

Akado-sama!

Kuina se virou, de repente.

ー Alice…!

Disse a comandante, e então Alice fez um sinal com a mão para que a esperasse recuperar o fôlego. “Ela veio correndo até aqui?”, pensou, e franziu a testa diante da agitação da menina.

ー Um… presente?

Um presente para o Rei Hollow? E ela também queria ir ao Hueco Mundo? Kuina cruzou os braços, confusa. Primeiro veio Kuchiki trazendo o seu pequeno tenente, e agora Alice veio literalmente com um presente. Aquele grupo mais parecia se preparar para uma festa de aniversário do que para uma missão. Kuina olhou para ela, sem jeito.

ー Alice-san, lamento, mas acredito que já há pessoas o bastante nesta--

Antes que pudesse terminar, mais duas pessoas chegaram ao portal e a cumprimentaram. Yukimura Yuichi e Ei Sei. Enfim, dois rostos que ela estava esperando ver. Quando Ei Sei lhe dirigiu a palavra, ela se levantou e olhou para o portal.

ー Nimura Kishou construiu esse portal em apenas três dias ー disse a ele, e mais um vento forte jorrou a água para fora do lago. ー Honestamente, por mais que chamem este homem de demônio… algo nesse nível, eu não considero nada menos do que um milagre.

Houve uma pausa.

ー Também não tive notícias de Satoru desde que nos despedimos no Ninho dos Vermes. Não sei para onde ele foi, nem com quem se encontrou. E muito menos como ele desapareceu ー disse, e então o fitou. ー Eles não param… os desaparecimentos. A cada semana nós perdemos mais um.

Seus olhos estavam cansados, como sempre, mas desta vez transmitiam algo a mais. “Aceitação” talvez fosse a palavra mais adequada. Olhos de quem já não aguentava mais se surpreender. Ela o encarava, como se perguntando se isso a fazia uma pessoa ruim.

Comandante.

Mais uma voz. Kuina se virou, e antes que ouvisse seu nome, ela já sabia quem era. Kurosawa Nobara, irmã de Kurosawa Tensai. Mais uma atrasada para a festa de aniversário. Kuina olhou em volta, e percebeu que já haviam se tornado um grupo de 10 pessoas. Por um instante, ela achou engraçado. Havia um shinigami para cada Espada em Las Noches.

ー Kurosawa Nobara, ー disse Kuina, e deu um suspiro, pois sabia que não iria conseguir terminar a frase seguinte. ー Fico feliz que tenha vindo até aqui, mas infelizmente já há pessoas o bastante nesta--

E parou.

Ela estava determinada a terminar aquela frase, independente de quem aparecesse por trás daquelas grades. Mas mais uma vez, ela parou, e sentiu um calafrio insuportável nas suas costas. Parou, pois havia sentido a presença dela. E desde aquele dia maldito no fundo daquela caverna, não havia como esquecer a presença dela. Kuina se virou para trás, e lá estava. A cobra. Nimura Kishou.

[...]

ー Sim, eu serei a primeira.

Disse Kuina, se aproximando da menina e estendendo o braço. Ela, por um momento, chegou a contemplar a possibilidade de haver algo a mais nessa vacina. Mas não deu muito gás aos pensamentos. No fim, não havia escolha. Eles precisavam passar por esse portal. Por isso, ela se fez de exemplo. Olhou nos olhos de cada um dos presentes, e por fim olhou nos olhos de Kishou. Eles continuavam insolentes como sempre. Na verdade, pareciam muito mais vívidos. Luz solar e liberdade realmente faziam a diferença em uma pessoa.

Aoi injetou a dose em Kuina. A agulhada incomodou, e ela pôde sentir o líquido se espalhando pelo seu corpo. Quando removeu a seringa, uma pequena trilha de sangue vazou do braço. Kuina não sabia se a criança aplicava mal, ou se o fez de propósito para tentar arrancar alguma reação interessante dela. Mas a comandante não reagiu. Ela girou o braço, e em seguida estalou os dedos. "Houve um formigamento inicial, mas não sinto nada de estranho", pensou, e então deu um suspiro de alívio.

Ela se afastou da menina, e então fitou os shinigamis. Até então ela estava certa de que deveria impedi-los de vir, principalmente pela segurança deles. Alice não estava acostumada com esse tipo de coisa. E os irmãos Kurosawa ainda eram tenentes. Mas podia ver nos olhos de cada um que estavam determinados. Principalmente Alice. Kuina se perguntou do que se tratava esse tal "presente". Mas então decidiu que perguntaria mais tarde.

ー Kurosawa Nobara, Kurosawa Tensai, Evergreen Alice. Dou-lhes permissão para virem conosco. No entanto, tenham em mente uma coisa. Para onde vamos, não existem aliados. Por mais que esta seja uma missão diplomática, eles são Hollows, e nós somos Shinigamis. Não esperem empatia de Hollows, em nenhuma circunstância. É possível que as coisas deem errado, e que tenhamos que lutar. Se isso acontecer, não será possível garantir a segurança de ninguém. Se estão cientes disso, e ainda assim pretendem vir, estão livres para fazê-lo.

Concluiu, e então se virou para o portal. Ela deu o primeiro passo na água, e um trovão rompeu os céus. Ainda que fosse de dia, o céu já estava escuro por causa das nuvens. E agora havia uma ventania gelada e constante. Ela deu o segundo passo, e flores negras surgiram na beira do lago. Uma, duas, três, cinco, seis, sete. Elas surgiam, e surgiam, e conforme Kuina se aproximava do Torii, elas cantavam.

Passear no inferno.  
Passear no inferno.  
Passear no inferno.  
Passear no inferno. ー

No último instante Kuina parou, e sentiu um calafrio imenso no seu corpo, como se estivesse saindo de dentro da sua alma. Por um momento, ela viu a imagem de Nimura Kishou fechando o portal antes que eles saíssem. E também viu todos os capitães presos no Hueco Mundo, sem ter como voltar. Presos no inferno. De repente, ela ficou ofegante, e quando olhou para as flores, viu que elas pareciam estar rindo. Kuina balançou a cabeça, com força. Que merda ela estava pensando? Não é hora para isso. Concentre-se. Vai dar tudo certo.

Afinal, eles só estavam indo passear.


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Gama

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Re: [Evento] Rashōmon 羅生門 - Publicado Ter Nov 22, 2022 11:39 pm

G
ēto


Escuto as palavras de Kuina reafirmando minha questão, apenas prolongo o silêncio, focando minha mente na missão.

A pequena reunião perante o grande Torii se fazia presente conforme o tempo passa, os rostos jovens e inexperientes que surgiam faziam-me engolir seco, suas feições distraídas levam imagens de mortes em minha mente, já a presença de alguns capitães alivia este mesmo sentimento, enquanto outros despertavam revolta em meu âmago.
Trazendo tenentes para um lago de crocodilos... Idiotas. Todos morrerão, e eu, idiota como sou, tentarei proteger na quentura da batalha. ー Suspiro, trazendo a mão direita para a testa.

Cheiro de podridão. ー Um pensamento ecoa em minha mente ao sentir a presença de Nimura por perto. Ao observar o inseto, o reflexo me faz segurar o cabo de minha zanpakutou, levantando-me rapidamente e fixando mortalmente o homem-parafuso. Suas falas ecoam por um ouvido e saem pelo outro, meus pensamentos giram em torno de revolta e homicídio, Que ideia merda. ー Martelo a afirmação em minha mente repetidamente ao observar Kuina recebendo a injeção em seu braço.
Ao terminar, avanço na direção da garota, porém passo direto e fico de cara a cara com o inseto.
 
ー Eu vou voltar verme imundo, e se descobrir alguma gracinha... Te coloco de volta na cadeirinha do castigo. ー Aponto o dedo na direção do rosto de Nimura, e logo após estendo o mesmo braço para a cientista aplicar a dose do líquido suspeito. Caminhando para o portal logo em seguida, bufando em pausas curtas.




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Baal
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Re: [Evento] Rashōmon 羅生門 - Publicado Qua Nov 23, 2022 2:45 am

Vida: 970/970 Reiatsu: 850/850 Staminha: 7/7 Cansaço: 4/4

A comandante me cumprimentou, ela e Alice eu acho, todos me chamavam pelo nome de meu Clã, Hagane, aço. Devolvi todos os cumprimnetos com um meneio de cabeça, estava absorto no que se desenrrolaria dali em diante. O clima estava bom, familiar, parecia uma reunião de familía, coisa boa, até chegar o Dêmonio, Coisa Ruim, Diabo, Cu Froxo.

Ele explicou tudo que dizia respeito ao tal portal, sua natureza e como ele aguentaria nossa pressão espiritual pelo período de dez horas. Quando a falação terminou finalmente ele disse o que era necessário. A tal injeção, um dispositivo a ser colocado em nossas veias para resistirmos mais um pouco lá dentro e aguentar a pressão.

A comandante geral foi a primeira a entregar o braço e dar as ordens, Noburo o segundo, sem antes antes praguejar e ameçar nosso amigo da 12a. Eles superstimam de mais a víbora, ela vai acabar de matando um dia, talvez hoje.

Logo me aproximei da menina com a seringa. Senti a agulha e o formigamento da substância subindo em minhas veias, frio ao mesmo tempo que ardente fazendo minha pele formigar.

O tormento havia passado, a comandante deu as ordens e agora a ação tomava lugar, bastava cruzar os portal quando permitido.

207
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Baal

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Re: [Evento] Rashōmon 羅生門 - Publicado Qua Nov 23, 2022 4:40 pm

02
Here comes the doctor with her pills! Yay!
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Era uma comoção. Kuina não me parecia a mais feliz das pessoas ao meu redor, todos os comandantes e até mesmo dois tenentes pareciam meio tensos. Eu pisquei algumas vezes, confusa, aquilo não era uma missão diplomática? Encontrar o Rei, fazer um acordo e deixar as diferenças de lado para encontrarmos um caminho melhor para o futuro de nossas espécies… Parece que nunca havia sido a prioridade não é mesmo? Eu suspirei baixinho quando a Comandante foi interrompida. Sei que ela só quer proteger a todos e uma missão daquelas era no mínimo mais arriscado que o normal.

Eu não estava com medo, medo é algo muito relativo, era mais para uma ansiedade da missão que eu havia ganhado desde o dia em que eu e a Comandante nos especializamos com o velho Hozoin. As palavras de meu mestre ainda ressoavam em minha cabeça. Inocência. Seria esse sentimento necessário mesmo? Eu confiava no velho e sabia que ele não brincava com as coisas, foi por isso que me mantive confiante, agarrando a alça da maleta em minhas costas.Não demorou muito para mais de nós nos reunirmos ali e eu aproveitei para reparar um pouco em cada um deles.

Baal era o que mais se sobressai sobre o grupo. Ele era muito alto, bem mais velho e seu porte causava espanto em até mesmo shinigamis mais jovens. Mas eu sabia que ele era uma pessoa respeitosa e muito habilidosa com a arte do hakuda. Já havíamos nos cruzado antes no dia do incidente com o Hollow invasor. E assim como ele, Komei também estava por ali. A mulher era muito bonita e eu já a tinha visto antes naquele mesmo incidente. Ela era uma pessoa um pouco fechada, talvez pelo fato de não possuir a capacidade de falar era mais dificil de se comunicar e expressar o que pensava. Infelizmente eu não sabia a linguagem de sinais, mas eu podia começar a pensar em alguma coisa para ajudá-la a voltar a falar… O dever de um médico é sempre melhorar a vida das pessoas não é mesmo?

Meus olhos continuaram circulando e logo vi o capitão da 3° Divisão junto a seu tenente. Eles eram dois garotos tão baixinhos e tão adoráveis, logo dei um leve sorriso para eles. Eu costumava atender meninos daquela altura no hospital, mas eles eram crianças, tão jovens… Esses dois, para terem os cargos que tinham, ou eram realmente muito poderosos, ou tinham muito mais idade do que aparentavam. Acontece. E está tudo bem. Me perguntava se eu ainda era mais alta que ambos, mas não estava tão próxima deles para medir as alturas.

Logo avistei o capitão da 2° Divisão, Ei Sei. Eu já havia lido a ficha médica dele e a mesma não me restava dúvidas de que o homem era um dos mais fortes que tínhamos na Gotei 13 no quesito saúde. Não tinha quase nada lá, o homem não pegava nem resfriado, eu estava muito curiosa para saber qual seria seu segredo para tal feito. Ele me comprimentou de longe e retribui com uma reverência cortês e um sorriso. Não tínhamos muito tempo para bate papo.

Noboru, capitão da 6° e Yukimura, Capitão da 7° também se faziam presentes. Eu nunca tive a oportunidade de conhecê-los melhor também, infelizmente os deveres de nossas divisões e o fato de que eu não estava na reunião dos capitães nos fez sermos conhecidos apenas de nomes e de vista. Noboru era sem dúvida o que mais se destacava, e talvez isso não fosse algo positivo. Suas queimaduras podiam até ser símbolo de um capitão poderoso e muito respeitado pelas habilidades de batalha, mas eu só conseguia pensar em como ele deve ter sofrido. Eu, com apenas mãos e pés marcados pelo fogo, ainda sofria de dores algumas noites… Imaginar o corpo todo daquela maneira era aterrorizante. Talvez eu devesse pensar também em como eu poderia ajudá-lo…

Yukimura, porém, era o total oposto. Seu rosto era limpo e belo. Diferente de Ei Sei que tinha uma beleza mais máscula e rústica, Yukimura tinha uma feição delicada, como uma lótus sozinha em um lago banhado pelo luar. Eu pisquei algumas vezes e logo senti minhas bochechas corarem. Sacudi a cabeça rapidamente e pude notar que tanto eu quanto ele tinhamos olhos quase da mesma cor. Me perguntava como seria se eu tivesse um irmão mais velho, e talvez Yukimura poderia chegar próximo a se aparentar caso isso fosse realidade.

Rapazes, homens e garotos. Kuina e Komei eram as duas únicas mulheres depois de mim, mas ambas eram muito distantes, mas logo chegou uma figura que, aparentemente, estava mais próxima de mim. A Tenente da 8° Divisão era muito bonita e se me lembrava bem, muito competente. Jovem, graciosa, como uma rosa do deserto, mas espero que essa rosa não tenha espinhos. Dei um singelo sorriso para ela antes de ver a presença do Capitão da 12° Divisão se aproximando junto a sua assistente.

O homem era peculiar mas não de uma maneira boa, suas feições não eram agradáveis e havia algo em sua expressão corporal que me era anormal, talvez o jeito magricelo de um cientista me fosse estranho, afinal lidamos com guerreiros mais corpulentos normalmente, fora o parafuso na cabeça, aquilo realmente era estranho. A garota que o acompanhava tinha um olhar vazio, quase como os de uma boneca, mas ela tinha boa dicção para explicar as coisas.

Com a presença dos dois, o clima havia ficado pesado, mais do que o normal entre todos ali em frente ao Torii. Eu havia ouvido boatos, afinal a ala médica é a que mais recebe pessoas de todas as divisões, informação nunca passa despercebida. Boatos de que o homem era um ex-presidiário, tirado do ninho dos vermes para construir o portal que iria nos levar ao Hueco Mundo. Eu não colocava minha mão ao fogo por alguém que tinha um histórico a esse ponto, embora seu crime não me fosse conhecido plenamente ainda. Provavelmente os outros sabiam mais do que eu para terem tal reação.

A Comandante foi a primeira a tomar a dose do estabilizador, que nos permitiria ficar no Hueco Mundo sem tantos problemas por um período de tempo razoavelmente bom. Eu olhei para aquelas seringas e suas agulhas e vi a garota aplicando-a na comandante, de maneira bem amadora, diga-se de passagem. Após Kuina receber a sua dose, ela se voltou novamente para mim e para os tenentes, o que me fez ser pega de surpresa.

Era claro que ela não queria que eu fosse, afinal, o que a ‘’princesinha’’ iria fazer no deserto cheio de monstros? Voar em um tapete voador é que não ia ser. Mas ela mesmo assim me deu permissão para ir. Fiquei surpresa ao ouvir os nomes dos tenentes, eles realmente eram irmãos como eu havia ouvido em boatos. Interessante. Só me fez pensar que ambos eram realmente muito fortes e como deveria ser legal ter um irmão ou uma irmã, privilégio que eu jamais teria.

- N-Não se preocupe Comandante, e-eu ficarei bem. - Eu esperava, pelo menos. Mas não tinha escolha senão seguir o que meu instinto me dizia. Fazer o que era preciso, ajudar a todos e entregar aquele presente… Essa era a minha missão. Os contratempos provavelmente viriam, e lutar, se fosse necessário, seria feito… Embora a minha especialidade fosse outra. Suspirei quando vi Kuina entrar no portal e logo outros o fizeram na minha frente.

Quando chegou a minha vez, eu olhei para a pequena Aoi e dei um sorriso para ela, deixando que ela aplicasse a injeção em minha pele, e como suas mãos eram inexperientes para tal fato, a picada foi mais incômoda que o normal e logo senti o meu braço formigar. Eu não disse nada, não sou do tipo que repreende os oficiais dos outros, até porque ela não tinha essa obrigação perante ao propósito de sua divisão. Apenas usei um relance da minha reiatsu para curar a pequena picada para que não sangrasse em minhas roupas.

Segurando firmemente a caixa nas minhas costas, dei um leve suspiro antes de me aproximar para atravessar o portal. A voz de Hozoin ainda ecoava em minha mente e eu sabia que somente eu era capaz de fazer aquilo que ele mesmo não havia conseguido fazer… O passo final havia sido dado e a escolha feita quando dei o último passo da saída da Seireitei, mas o primeiro em direção ao Hueco Mundo.




Tomita

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resouzav

Re: [Evento] Rashōmon 羅生門 - Publicado Qua Nov 23, 2022 8:29 pm

[Evento] Rashōmon 羅生門 F8zsGfi
O ambiente lentamente era preenchido por ceifadores. Além dos oficiais de diversas divisões e da capitã-comandante encontravam-se mais seis capitães e dois tenentes. Na reunião anterior minha confiança vacilara quando pensava em minha experiência comparada a dos outros capitães, mas agora parecia que eu não era o mais jovem dentre os líderes da Seireitei.

Visualizando rapidamente os presentes, pude refletir rapidamente sobre o que deveria esperar de nossa pequena excursão ao lar dos hollows. Além dos capitães anteriormente convocados por Kuina, podíamos ver Baal Hagane e Evergreen Alice. O primeiro não escapava do que eu esperaria do líder da décima primeira divisão: grande e coberto por músculos. Seu físico era ainda mais aparente do que o de Ei Sei, o que indicava que não era um homem fácil de se lidar no campo de batalha. Sua presença talvez fosse uma peça interessante na reunião com os espadas.

Já Alice, capitã da quarta divisão, parecia ainda mais jovem do que eu e conseguia emanar uma aura de tranquilidade, o que era conveniente quando pensamos que seu esquadrão é responsável pela saúde de todos os outros. Ela carregava consigo uma enorme maleta em suas costas o que inicialmente me deixava confuso. Talvez dentre todos os presentes ela fosse a mais otimista quanto a um acordo de paz com os arrancars; mesmo tendo votado pela paz anteriormente, era difícil acreditar que retornaríamos daquele lugar em completo acordo com o rei hollow e sua guarda.

Junto do capitão Kuchiki podia-se observar seu tenente, um jovem garoto e, pouco tempo depois, a chegada da tenente da oitava divisão, que logo descobriria ser irmã do anterior, aparentemente tão jovem quanto. Apesar da aprovação de Kuina quanto a participação de ambos na missão, um calafrio passava por minha espinha quando pensava no que encontraríamos em Hueco Mundo. Quanto mais aliados melhor, certo? Provavelmente, porém o pensamento de que vidas tão jovens poderiam se perder em meio a noite daquele lugar me causava um estranho desconforto.

[...]

Quando o recente nomeado capitão da décima segunda divisão apareceu com uma de suas oficiais busquei aparentar neutralidade, mesmo sendo difícil esconder minha desconfiança para com suas intenções. Apesar de seu tom amigável, a garota que passava todas as orientações quanto ao portal me emanava uma aura muito mais parecida com o que eu esperaria do cientista. Por fim, deveríamos estar de volta em dez horas e, para que o aparelho suportasse nossa reiatsu, teríamos que tomar uma dose de um regulador de reiryoku. Apertei os dentes quando a garota apática anunciou a segunda informação. Ele não é confiável, mas ela fizera questão de ressaltar que não seguiríamos sem tomar a injeção.

Acredito que todos pensávamos a mesma coisa, mas Kuina foi a primeira da fila a estender o braço e aceitar o que quer que fosse aquilo em sua corrente sanguínea. No final das contas talvez esse fosse o traço que mais me admirava nela: ela queria demonstrar sua bravura e tomar a frente. Os capitães da décima primeira, sexta e quarta divisão a seguiram e eu fui o próximo. A despeito de minhas incertezas não havia outra escolha, então apenas esperei que a garota fizesse o que deveria ser feito e segui em direção ao torii. Meu objetivo agora era buscar respostas, lidaríamos com Kishou quando voltássemos. A partir de agora apenas uma coisa se passava por minha mente: encontrar Aika.

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Re: [Evento] Rashōmon 羅生門 - Publicado Qua Nov 23, 2022 8:36 pm

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Aos poucos, alguns rostos já conhecidos foram chegando, e ao lado de Kuina, pude perceber que por diversas vezes foi interrompida e mal conseguiu falar. É por esses motivos que eu não conseguiria ser comandante, provavelmente eu já teria surtado, Tensai. Disse no pé do ouvido do meu tenente, esperando que minhas palavras não causassem alarde algum. A capitã-comandante, provavelmente, teria medo de que Tensai, ou mesmo sua parente atrapalhassem a missão, mas na verdade, o único motivo que iria funcionar como um limitador pro meu ódio contra aqueles seres asquerosos era só e somente a segurança dos mais novos e mais fracos. Eles eram o ponto mais importante daquela missão.

Além disso, poderia argumentar por horas o porquê levar Tensai, todos os seus Kidous deveriam ser úteis de formas que provavelmente mal ousava citar, se o capitão do garoto escolheu um caminho ofensivo, Tensai era o melhor usuário de Bakudou que conhecia. E não ficava para trás quando o assunto era conhecimento sobre as artes do caminho espiritual que usávamos. Eu era o melhor ataque, e o meu tenente, a melhor defesa dentre todos ali. E estando do lado dele, eu poderia me soltar ainda mais durante algum possível embate, tendo certeza que seria resguardado pela sua técnica.

De qualquer forma, me mantive quieto no decorrer das coisas que foram acontecendo, até que finalmente apareceu. Não era uma presença que me fazia temer, mas era tão inteligente quanto maligna.

"Mas de médico e louco, todo mundo tem um pouco"

Andejei até o lugar aonde o homem com pregos na cabeça estava, tal como sua assistente que era extremamente gatinha. E com as bochechas rosadas e uma face extremamente boba esperei com que fosse furado pela seringa suspeita. Não conhecia muito sobre a índole do sujeito, tampouco as suas intenções e pela primeira vez, fui anti-vac.

Não era agradável a sensação, nem nada do tipo, mas era reconfortante. Sentir o líquido entrar e se misturar nos âmagos da minh'alma. Olhei para o querido capitão e comandante da divisão de pesquisas da seireitei, agradecendo-o, tal como a sua assistente que parecia tão inteligente quanto o próprio capitão. Me desloquei instintivamente após até o portal, aonde esperaria Tensai e a outra criança para que ambos, entrássemos juntos no portal e a partir dali, provavelmente, eles estavam sobre a minha responsabilidade, e assim sendo, os defenderia mesmo que custasse minha vida.

E mesmo depois de tantos anos, voltava ao Hueco Mundo, aonde meu mentor, e meu esquadrão foram aniquilados. Minha prometida esposa, e os meus melhores amigos. Embarcaria naquela viagem, sem ter certeza da volta.


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Re: [Evento] Rashōmon 羅生門 - Publicado Qua Nov 23, 2022 10:06 pm





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A reunião se tornava bem mais populada do que Kuina havia previsto, não só os convocados estavam ali, como somavam-se a eles primeiro o capitão da Décima divisão, seguido do tenente da terceira, a capitã da quarta e a tenente da oitava. Essas novas presenças me deixavam incomodada, primeiro pois apesar de estarmos indo para uma missão diplomática, a Soul Society havia sido recém invadida por um de nossos anfitriões, isso complicaria muito a conversa e com certeza as coisas não caminhariam pelo tom mais ameno e a presença dos tenentes ali dificultava bastante, afinal, querendo ou não eles seriam nossa responsabilidade. Em segundo lugar, com a maior parte dos capitães indo para o Hueco Mundo, ficaríamos vulneráveis, e isso deixava por desejar no quesito de guardamos a Seireitei enquanto os 13 Guardas da Corte. Em especial, a presença de Alice era algo perigoso, ela era nossa mais valiosa linha de defesa, parecia uma pessoa eficiente no que fazia e bem quista por Kuina, entretanto poderia ser arriscado leva-la, tínhamos um risco real de entrar em combate contra os Espadas e em uma fuga poderíamos acabar perdendo nossa principal oficial de cura. Era isso, eu teria de me opor a presença deles ali.

Olhava primeiro para Alice, com um certo olhar de preocupação, ainda mais quando ela falava sobre um presente ao Rei-Hollow. Eu entendia o lado da etiqueta e cortesia, mas como poderíamos prever a reação do rei? Talvez ele simplesmente se sentisse revoltado pelo presente e isso fosse a fagulha para iniciar essa guerra que duraria mais outros séculos. Por outro lado, era interessante de ver a coragem dela.

Ei sei parecia ser o mesmo de sempre, uma pessoa madura e responsável, e mesmo que seus olhos tentassem de uma forma deselegante me devorar, entendia que no fundo ele era uma das figuras de maior confiança ali, não pelo cavalheirismo, mas sim pela sua capacidade enquanto capitão. Esperava que ele pudesse usar desse potencial para ajudar Yuichi, dentre todas as nossas funções naquele evento, com certeza a missão deles seria a mais perigosa. Iriam se infiltrar no território inimigo e enfrentar qualquer tipo de inimigo sem apoio dos outros capitães. Como poderia encontrar Aika um dia se Yuichi morresse? Como poderia me perdoar com Genro e ela se falhasse no meu dever? Tentava encontrar alguma força superior no meu ser e torcia para que a dupla voltasse bem e achasse a antiga capitã.

Por fim, olhava para os dois tenentes, havia um boato que ambos eram irmãos ou parentes, não sabia se era verdade, mas se fosse tínhamos um sério risco. O que aconteceria se um deles caísse e o outro se abalasse ou tentasse salvá-lo? Pensar nisso só piorava o futuro cenário. Apertava novamente a guarda da espada, dessa vez com mais força, agora eu entendia o sentimento de Noboru e Kuina, era como se tivéssemos o mundo nas costas, nosso dever era para com a Soul Society e não só com nossa divisão.

Virava-me para Kuina, dando um passo para protestar contra a presença dos outros ali, mas a comandante tomava sua decisão e seu veredito, estavam aprovados para ir desde que estivessem decididos a aceitar o risco e esse risco era muito grande. Quase como um instinto, abria suavemente a boca como se fosse falar algo, porém sabia que nada sairia dali. Não só pela minha mudez, mas a ordem da capitã-comandante era absoluta, deveria ser. Agora, nos restava torcer pelo melhor e lutar como nunca lutamos antes.

[...]

Eis que uma presença estranha, na verdade duas delas, faziam um arrepio percorrer minhas costas, a primeira era uma garota, muito estranha, praticamente uma criança de aparência que falava tal como uma capitã, para ter esse conhecimento e essa postura, ou deveria ter uma idade muito superior ao que eu achava, ou então tinha algo nefasto por trás daquilo tudo. De toda forma, não era de se estranhar, afinal o homem atrás dela, também chamado de O demônio era capaz disso e de muito mais segundo o que ouvira. O Rashomon era apenas uma prova de suas capacidades, seu feito que levou 30 mil almas também era outro, não havia limite para a inteligência daquele homem e isso era talvez um ofensor para a paz tão grande quanto a revolta dos Espadas. Kuina estava fazendo apostas altas, a primeira por liberar aquele homem, a segunda por tentar controla-lo. Com certeza quando a informação de que Nimura estava livre começasse a circular por ali, todas as tropas sentiriam isso, sentiriam no fundo uma revolta, e controlar isso era complicado, precisaria tratar isso muito bem com Kuina, afinal esse era um dos deveres da nona divisão. Por outro lado, pessoas desse tipo não eram fáceis de controlar, na verdade mal eram controláveis, para eles estarem cedendo seu tempo algo de igual ou maior valor deveria ser entregue, então o que Kishou estava ganhando ali?

A jovem terminava de explicar e a mensagem era simples, deveríamos jogar segundo as regras do cientista e só assim poderíamos seguir com nosso objetivo. Não era o melhor cenário, mas era o único. Olhava novamente para Kuina, estávamos colocando muito em risco, todavia estávamos sobre o julgamento dela, e eu precisava acreditar nele. Acredito eu que numa tentativa de reafirmar sua confiança, ela tomou a liderança e foi a primeira cobaia, apesar de sua reação breve a dor nada demais aconteceu, o que mostrava que superficialmente aquela injeção deveria ser segura.

Os seguintes iam um a um, até que o tarado capitão da terceira era o último, o que significava que era minha vez antes dos tenentes. Aproximava-me de Aoi, puxando um pouco da manga e dobrando-a para que ficasse mais fácil, vinha a pontada e o incomodo da seringa, mas era breve. O que quer que fosse, estava feito.
Sendo assim, me apressava em cruzar o portal e logo observava a escuridão que levava ao outro mundo, não havia nada, era um absoluto silêncio, um prenúncio do que estava por vir em Las Noches: A morte. Pisava com o primeiro pé para dentro e na sequência o segundo, observando a passagem atrás de mim fechar aos poucos, respirava pesadamente e fechava os olhos por um segundo, entendo que dali para frente seguiríamos outro rumo, não havia mais volta, estávamos indo encontrar o rei da morte.

Seguia entre as tropas, passando primeiro por Alice Evergreen e dando-lhe um sorriso gentil, esperava que ela tomasse cuidado, depois passava por Yuichi, tocando seu ombro por um momento, com um olhar um pouco preocupado, mas depois que se convertia em uma face de confiança, afinal sabia do potencial dele. E por fim, seguia entre os capitães, ficando ao lado de Kuina, tomando minha posição como guarda da capitã-comandante.



Legenda:
- Fala em sinais –
”Pensamentos”




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Midnight

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DelRey

Re: [Evento] Rashōmon 羅生門 - Publicado Qui Nov 24, 2022 5:59 am

no rose left on the vines...

Atualmente, Rose.
Não era necessário sequer uma única palavra, a desaprovação dos superiores era clara através de seus excessivos olhares, que em grande maioria demonstrava o desconforto e temor não somente com a minha chegada, mas também com a de Tensai.  Naquele instante, as memórias de um passado familiar eram inevitáveis, cercada por tantas figuras potentes, reduzia-me a nada e mesmo assim, não me importava. Não que a opinião dos presentes não fosse relevante, mas minha maior preocupação ainda era cerca de Tensai.

Por mais que também fosse jovem, minha aparência ainda podia enganar, enquanto a sua com certeza atraia as declarações de morte inevitável. No entanto, lembrei-me de que ele não andava desacompanhado, e a presença de seu capitão talvez fosse suficiente para acalmar aos demais, enquanto eu, mais uma vez sofria com o descaso daquele que era responsável pela oitava divisão, enviado em seu nome, para a sua missão, em seu lugar. Em meio aquilo, restava-me apenas uma única pergunta: onde estavam esses olhares de julgamento, de temor, de desaprovação quando por meses a oitava divisão permaneceu unicamente aos cuidados de uma tenente?

Mantive a postura a todo momento, se estava segura de seguir aquela missão, não podia transparecer as inseguranças que se espalhavam por todo o meu corpo. O início de sua resposta, que não havia sido finalizada, era o suficiente para entender: a comandante também não aprovava minha ida. Mas até que ordenasse ao meu retorno, não recuaria com sua presença, mantendo-me confiante. No momento em que sua atenção havia sido tomada, pude finalmente prestar melhor atenção nos demais presentes.

Ao meu lado, a gentil capitã da terceira divisão. Assim como faziam comigo, era possível sentir, mesmo que em menor escala, a desaprovação em sua ida. No entanto, talvez pela minha inexperiência, contrariava aquela ideia num todo, ela era a maior figura médica naquele lugar, por qual motivo devíamos partir em uma missão tão perigosa sem o acalento de sua presença? Não apenas me confortava com sua ida, mas também com o gentil sorriso em que me presenteou, respondendo em mesmo tom, com uma leve inclinada em meu rosto, demonstrando respeito.

Outra figura chamou a minha atenção, o capitão da décima primeira divisão, ele não parecia se importar com a minha presença, sinceramente, ele sequer parecia se importar com algo naquele momento, era um verdadeiro soldado, perfeitamente designado para aquela ocasião. Quanto ao capitão da sexta divisão, talvez o seu olhar fosse o mais desafiador, era curioso, pois por mais que fosse possível sentir seu desagrado, ele não parecia capaz de assumir uma outra feição além daquela.

A jovem, bela e elegante capitã da nona divisão tomava-me o fôlego com sua presença, entretanto minha admiração logo esvaiu-se ao notar que, entre todos, ela talvez fosse a que menos se agradasse com a minha ida. Mais uma vez, enquanto caminhava com os olhos, encontrei-me diante do pequeno capitão da terceira divisão, aquele que mais nutria respeito entre os presentes, somente por conta da sua ligação a Tensai, pois por mais que houvesse temor em meu coração, sabia que diferente do meu superior, aquele jamais abandonaria ao seu tenente.

E ao segundo e sétimo capitão, apenas me resumi a aceitar aos seus olhares, fugindo da tentativa falha de decifrar aos seus pensamentos. Um era acompanhado de um sorriso que cumprimentava a todos e o outro carregava a uma expressão fria e intimidadora. Esses não permitiam dúvidas quanto as suas habilidades, eram, junto ao capitão da décima primeira, as espadas da Gotei 13.

Por mais que a comandante ainda fosse a figura mais importante daquela excursão, a presença daquele talvez houvesse ainda mais importância naquele momento. Era possível sentir que sua chegada exterminava qualquer pensamento que ainda estivesse voltado a minha ida. O capitão da décima segunda divisão, era, talvez, o mais enigmático e curioso capitão entre os presentes, ao mesmo tempo que sua aura emanava conhecimento, ela também emanava perigo, me constrangendo com o simples ato de sua presença. Até o momento de sua primeira fala, sequer havia notado que ele estava acompanhado do que parecia uma assistente, essa que havia ficado responsável pela instrução de como tudo se prosseguiria.

Atualmente, Thorn.
Quando o primeiro som de trovão rasgou aos céus, eu despertei. Não era possível notar a um padrão exato em nossas substituições, no entanto quase sempre era possível sentir que essa era uma forma de rose se refugiar de seus próprios pensamentos. Enquanto absorvia a explicação que era dada, meus olhos mantinham-se no capitão, enquanto uma dúvida se criava em meus pensamentos: seria ele possível de nos curar? Bom, não me importava ou interessava essa resposta, pois nunca seria necessário.

Injeção talvez fosse a coisa mais inesperada em todo aquele processo, mas eu não tinha conhecimento suficiente para contestar a sua obrigatoriedade, ou sequer cabia a mim contestar algo que era recebido de bom grato pela comandante. Estando em suas costas, imaginei que seria a próxima, mas ao perceber a movimentação dos demais, aguardei parada, deixando aos superiores a vantagem ou desvantagem da iniciativa.

Rose definitivamente iria até Tensai nesse momento, trocaria algumas palavras e passaria ao seu lado pelo portal a frente, no entanto isso apenas alimentaria as dúvidas de nossos superiores, uma vez que em meio a sua permissão a comandante havia confirmado o nosso parentesco, por sorte, rose não estava ali e me limitei a um olhar em sua direção, que se recebesse, notaria a ausência de sua verdadeira irmã.

Quando a nona passou, cansei-me de esperar, seguindo em sua direção. Próximo a assistente, mais uma vez aproveitei-me para discretamente encarar ao seu capitão, em uma espécie de fascino e respeito, talvez por culpa disso, mal senti a picada da agulha, sendo acordada com sua notificação para que prosseguisse. Com os fios loiros voando na direção do forte vento, dei os passos finais adiante para aquela viagem, sentindo todo meu sangue queimar com a chegada daquele momento.

Por fim, adentrei ao portal.


Kurosawa Nobara:
Faniahh/Lala/Cyalana


DelRey

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Moonchild

Re: [Evento] Rashōmon 羅生門 - Publicado Qui Nov 24, 2022 10:16 pm

Rashōmon
Posições de liderança me deixavam nervoso. É verdade que enquanto Tenente eu preciso ter algum quê de líder, mas nada se compara a ser responsável em tempo integral por tantas pessoas quanto um Capitão é. Ainda de pé atrás de Harley, eu me mantive observando com certa ansiedade os meus arredores. Meus olhos e cabeça se moviam de forma discreta na tentativa de não deixar óbvio quem eu estava analisando, embora eu soubesse que para pessoas tão bem treinadas quanto aquelas o mero mover da íris era o suficiente para que entendessem serem o alvo da atenção de alguém. Com a chegada de Nobara, ajustei meus óculos no rosto com a mão direita; eu sabia que não podia impedi-la de estar ali e minha carta provavelmente era o motivo dela ter aparecido. Ainda assim, eu me preocupava. Me preocupava com o fato dela estar com aquela responsabilidade que tanto me assustava em seus ombros há semanas, talvez meses até onde pude ouvi-la comentar. A ausência do seu Capitão era estranha, já que nunca tinha ouvido falar em um líder de Esquadrão se ausentar por tanto tempo. Isso unido ao fato daquela reunião ser completamente não usual não servia para me deixar mais calmo com toda a situação.

Por outro lado, nunca foi do meu feitio recuar por nervosismo. Isso eu sabia que Harley tinha completa noção, do contrário não teria me escolhido para ser seu escudo.

Eu inclinei a cabeça levemente de uma forma que minha orelha ficasse mais próxima da boca do Capitão quando ele pareceu informar algo. Eu não me senti no direito de falar alguma coisa na presença de todas aquelas pessoas e com aquela atmosfera tão densa que eu quase poderia cortá-la com minha zampakutou, então apenas acenei concordando com seu comentário. Eu realmente compartilhava daquela mesma opinião. Se ser um Capitão parecia assustador, ser a Capitã-Comandante chegava a ser impensável.

Eu sabia que a presença de Nobara e eu seria, em algum momento, uma pauta. Ora, se apenas Capitães foram convidados, era de se imaginar que Tenentes fossem considerados no mínimo desnecessários para aquela missão; ou, no pior dos casos, um empecilho. Ainda assim, eu confiava nas minhas próprias habilidades. Não apenas nas novas Artes Demoníacas que eu aprendi, mas também na utilidade que minha espada podia ter caso aquilo tudo escalasse para o pior. Apesar de seu poder ser específico e conhecido apenas por Nobara, Harley e alguns poucos Oficiais, nenhum deles negaria o nível de impacto que aquele tipo de habilidade poderia ter em uma reunião como a que estava por vir.

O temperamento de Harley também era uma preocupação. Eu ainda lembrava de como ele pulverizou o Arrancar que nos atacou no deserto e como pareceu satisfeito com aquilo. Eu também sabia bem que ele poderia se sentir impelido a repetir tal feito assim que alguma palavra atravessada fosse lançada por um Hollow para si. Eu não podia impedi-lo com força bruta, afinal seu poder destrutivo supera o meu em centenas de anos de experiência de combate, mas eu acreditava ser capaz de usar as palavras certas para fazê-lo hesitar o suficiente para se acalmar. A Capitã-Comandante talvez não soubesse onde estava se metendo quando chamou meu Capitão para uma missão diplomática com Hollows, então talvez o meu papel de Tenente fosse tomar de conta desse problema. "Eu posso fazer isso", me convenci em pensamentos.

Eu esperei que Harley fosse tomar sua injeção e cogitei me oferecer para ir primeiro, mas percebi ser um cuidado desnecessário depois da própria Comandante o fazer. Assim sendo, me mantive inexpressivo durante todo o processo; não para parecer forte, mas por estar tão concentrado em meus pensamentos e planos. Quando voltei a me aproximar do Capitão, eu finalmente soltei a primeira frase desde que chegamos naquele lugar:

— Você está bem, senhor?

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Kurt

Re: [Evento] Rashōmon 羅生門 - Publicado Dom Nov 27, 2022 12:29 am


[Evento] Rashōmon 羅生門 6pIxU2j


Ei Sei assentiu a resposta de Kuina, fechou os olhos e tragou seu cachimbo. Em sua mente um turbilhão de imagens, várias delas recapitulando a estranha forma que Satoru agia antes de desaparecer. Na época sequer tinha conhecimento sobre seu estranho interesse acerca do processo de Hollowficação. Lembrou-se de ter encontrado algum comentário a respeito em um relatório dos arquivos da Omtsukido, um dossiê empoeirado, mais escondido do que deveria considerando a importancia de seu conteúdo. Ali havia uma lista com nomes estranhamente ligados por interesses obscuros; Hollowficação, espionagem, experimentos humanos, aquele tipo de informação que não se reunia com apenas uma ou duas semanas de investigação. Havia herdado muito desse tipo de material do ultimo comandante da 2a divisão, Awashi, agora também desaparecido. Itens que separados pareciam contar uma história, como um quebra cabeças no qual algumas peças pareciam perdidas.

Sua inflexão acabava quando ouvia a voz da tenente da 8a divisão. Ela parecia sugar-lhe de volta para a realidade. Seus olhos a avaliaram por poucos instantes, suficientes para encontrar uma jovialidade familiar com a mesma que viu segundos atrás  no rosto dos integrantes da 4a e 3a divisão;  Um tipo que ainda não conhecia a mesma quantidade de campos de batalha que a aquela altura talvez nem ele mesmo conhecesse. Quinhentos anos, tantas cicatrizes depois, e algumas memórias simplesmente lhe abandonavam como se tivessem decidido partir. Seu racício parecia estar quase sempre ligado a estranha sensação de djavu que conectava essas memórias perdidas que iam e voltavam em momentos  importantes, quase sempre em flashback. Algumas vezes até trocava o nome de alguns dos outros capitões. Talvez por isso simplesmente havia desistido de decora-los, ao invés disso se guiava através dos kanji desenhados em seus Haori. Foi feliz com a decisão, especialmente levando em conta que estes desapareciam aos montes.

A cena em particular lhe trouxe o momento em que pediu permissão para ingressar em seu primeiro confronto, o olhar sério de Ayato, seus braços descobertos com biceps a mostra, o corpo saudável de um jovem despido de cicatrizes, experiência ou barba. Horas depois naquele mesmo dia, também havia pela primeira vez tirado uma vida. Uma vida que parecia real, diferente da vida de um Adjulcha ou Hollow menor. A vida de um ser que racíocinava e se comunicava da mesma forma que reconhecia como civilizada. Na época não houve questionamento, ele apenas o fez sem hesitar com um corte limpo e rápido na horizontal ao comando de Ayato. Sangue para todos os lados. Os olhos rebuscando de canto a aprovação de seu líder. Mãos que tremiam de forma intensa com a sensação da adrenalina. A cena se repetiu tanto que em determinado momento se tornou algo trivial. A barba cresceu, a tremedeira sumiu, assim como a explosão de adrenalina que sentia depois. Apenas o olhar de canto permaneceu lá. E agora nem ele existia mais.  

Por mais que forçasse, não conseguia imaginar a cor vermelha sob aquelas delicadas madeixas rosadas no mesmo tom do vestido de Konmei, ou sob a pele semi pálida sem marcas de expressão, ainda que isso não o impedisse de reconhecer as habilidades de qualquer um no posto de tenente, ainda mais em tenra idade. Seus olhos desviaram novamente, dessa vez perseguindo a voz de Nimura.

Assim que o viu sua expressão mudou; Fechou os olhos e cruzou os braços. Sua vontade naquele momento era soca-lo. Não possuia uma razão, mas queria muito faze-lo. Sua feição simplesmente incomodava Ei Sei de uma maneira inexplicável. Talvez fosse sua arrogância. O desdém em seu olhar. A estranha sensação de que ele tinha até mesmo uma lista, separando um por um aqueles que ele julgava apto e inapto. Ele se forçou a encara-lo por um instante, talvez para constatar os benefícios da luz do sol à sua pele pálida, costurada e anti natural. Imediatamente reparou que parecia muito mais vívida levando em conta a ultima vez que haviam dividido o mesmo ambiente. Também viu um sorriso ensaiado, dentes amarelados e um parafuso que certamente não deveria estar ali.

Sua presença vinha acompanhada de uma estranha garotinha a qual se referia como Aoi, cujos olhos profundos lhe traziam a mesma sensação de encarar uma boneca de pano apesar de seu esforço em tentar transmitir alguma naturalidade em suas ações. Parecia se portar como alguma espécie de auxiliar, concubina ou subordinada. Por um instante Ei Sei procurou a presença do tenente que havia conhecido semanas antes. Um garoto tão estranho quanto, com quem havia dividido o campo de batalha.

[...]
As explicações não lhe pareciam convincentes o bastante, mas a aquela altura já estava cansado de esperar. Kuina foi a primeira, para dar exemplo, uma decisão política. Quando se aproximou na sua vez, Ei Sei teve de curvar-se para que pudesse ficar na mesma altura da pequena assistente.

- Acho que talvez possa precisar de uma agulha maior. - Brincou, a observando com olhar afiado, em busca de alguma reação. Quando a agulha perfurou sua pele injetando o estranho líquido ele sorriu com sua simpatia casual.

- Ei Ei, vá com calma, eu estava brincando. - Piscou para ela com um dos olhos, antes de caminhar na direçao do portal. Passou por Nimura com passos lentos e não fez contato visual. Quando lhe ultrapassou, sequer olhou para trás.



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Kurt

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Re: [Evento] Rashōmon 羅生門 - Publicado Dom Nov 27, 2022 1:40 am


No topo do Monte Sökyoku, sentado na beira com os olhos fechados, se perdia em pensamentos vazios a respeito do passado que teve com seu ex-capitão, um irmão e mentor, ainda desaparecido sem explicações aparentes, além de um palpite de um louco. Nas memórias surgiram momentos de dificuldades e de glória, em uma cena lembrou-se de uma missão em que todo o batalhão havia sido exterminado por uma criatura feroz e incompreensível, Awashi estava de pé e sacrificou a vida diversas vezes para conseguir proteger seus aliados, mesmo que o único que ele conseguiu proteger foi Aizawa, o brilho em seus olhos não havia sumido, ele não desistiu em momento algum, mesmo com todas as vidas sendo perdidas naquele dia, a gratidão por ter protegido seu tenente era demonstrada em todos os momentos que passaram juntos, um breu  junto de uma corrente negra manchava essa memória e o jovem assassino abria seus olhos, se perdeu em pensamentos e seu tempo estava curto para a missão que foi designado.

Saltando do monte, sustentando seus pés em uma estrutura para outra em grande velocidade, se colocou na rota para a Décima Segunda Divisão, com os olhos semicerrados e semblante inexpressivo continuou sua caminhada tranquila para o centro de pesquisa, alguns sons emitidos do portal começavam a reverberar por onde andava, resquícios de reiatsus conhecidas sumiam repentinamente, estava acontecendo a visita para o Hueco Mundo, pouco importava um tratado de paz para Kuramoto, seu objetivo era trazer a cabeça do Ryoka que invadiu a Seireitei e fugiu sem punição alguma, uma missão dada diretamente pela própria Capitã Comandante, o prazer de assassinar um ser racional de outro Mundo fazia o sangue ferver em níveis colossais, a empolgação se convertia em pensamentos intermináveis de puro prazer sádico.

- Sumiu. Agora que essa desastrada saiu daqui, eu poderei invadir aquela dimensão e dar um fim no desgraçado que invadiu aqui em minha ausência, pouco me importa essas merdas de paz, são Hollows é impossível haver qualquer tipo de acordo. -

Tagarelava pensamentos vivos, enquanto era barrado por um cientista desengonçado, com os olhos frívolos analisava aquele esquisito ficando com raiva conforme via seu jeito de falar e andar. - Senhor Shinigami, você está atrasado! Nosso Capitão está para fechar o portal, suponho que não irá conseguir ir nessa expedição há temp--! - Em uma velocidade agressiva, passava pelo corpo do subordinado de Nimura, derrubando-o com brutalidade buscando a direção do portal o mais rápido que conseguia, saltava as unidades e burlava os caminhos diretos com atalhos pelos telhados e frestas. De cócoras em uma mureta, analisava o local. - Ali! - Saltou pegando impulso no muro, pousando alguns metros de Nimura Kisho, encarando o homem com uma feição impaciente.

- Ei, essa merda cintilante precisa funcionar mais uma vez, tenho assuntos pessoais para tratar nesse Mundo cheio de Hollows indefesos, tratado de paz é o caralho, antes da paz tem que vir a doutrinação. - Olhava friamente para os olhos do cientista, não o julgava de forma alguma, o tratava como trataria qualquer um, pouco importava os motivos de seus atos, a única curiosidade na mente deturpada de Kuramoto à respeito de Nimura seria em sua capacidade de aniquilar tantas vidas de uma só vez, no entanto, eufórico e preocupado se conseguiria atravessar o portal, deixou esses questionamentos para um outro futuro encontro.

- Aquele escrotinho com as línguas de um réptil, eu dei uma carta para aquela viborazinha covarde, sugiro que ele tenha te entregado, caso contrário, diga adeus para o seu tenente. -

Colocava as duas mãos na parte de trás da cabeça, apoiando as palmas umas nas outras, os braços pareciam duas borboletas inertes, mostrava tranquilidade e naturalidade em suas ações e ameaças, entreolhou os pés e a cabeça de Kisho, volvendo seu olhar para seus olhos.

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antemortem

Re: [Evento] Rashōmon 羅生門 - Publicado Dom Nov 27, 2022 2:33 am

脳にキく薬
solve
coagula
Eu pedi.

E, então, a senhorita ciência atendeu.

Um troglodita ladino acostumado a arrancar cabeças. Então quer dizer que ainda se fazem bons Shinigamis como antigamente? É ótimo saber que, dentre os esquadrões que oscilam entre burrice e negligência, temos alguns bons potenciais espalhados no meio. Não muito inteligente, a julgar por sua forma de se referir a um capitão e por ser incapaz de ter noção de tempo. Mas é astuto; mesmo não entendendo nada quando olha para o Rashōmon, consegue dizer que é um portal. Pensando bem, demorei para sentir sua energia espiritual enquanto se aproximava. A Aoi conseguiu perceber e, por isso, ela havia posto sua mão no cabo de sua espada. Mas ela é assim mesmo. Então ele é rápido. A julgar pelas marcas em seus punhos e em seus dedos, pelas cicatrizes que carrega e pelos músculos, está acostumado com o combate. A julgar por seus atributos, digo que seja um membro das táticas secretas. E, então, sua braçadeira me diz que ele é um tenente. Interessante.

Olá! Como é seu nome, tenente mau humorado?

Questionaria Nimura. Em um único e súbito movimento, estava, agora, a centímetros de distância do jovem assassino. Diferente de seu ouvinte, não demonstrava pressa alguma em seus afazeres. Colocava as mãos nas mangas opostas e sorria, olhando-o dos pés à cabeça; neste momento, a diferença de altura entre capitão e tenente era ressaltada. A assistente do pesquisador, entendendo que os movimentos e o tom de voz de seu mestre indicavam que o garoto não era uma ameaça em potencial, soltou sua lâmina e voltou a reorganizar os utensílios que trouxeram para o lado de fora. Poucos segundos depois, Nimura cogitava tomar uma decisão. Calculava variáveis e possíveis acontecimentos em todos os eventuais cenários. — Então você não gosta de paz, tenente mau humorado? — Apesar de seu sarcasmo exterior, ouvia-o com cautela. Mesmo que o ninja parecesse um maluco degenerado, poderia ter sua medida de utilidade em tempos como este.

Uma carta. De fato, ele não a havia recebido. Mas o capitão já entendia o possível motivo. — Peço mil perdões, tenente mau humorado! Acontece que… bem, eu o havia criado num laboratório, certo? — Kishō olhava para o céu, artisticamente, utilizando uma das mãos para girar o parafuso em sua cabeça antes de escondê-la na manga mais uma vez. — Mas eu notei algumas falhas nele. Essa é a beleza da ciência, mau humorado-kun. Quando você não gosta de uma criação, você pode simplesmente explodí-la. — Explicou. Porém, ainda que sem a transmissão de informações, era um homem sábio. Estava ciente do que precisaria trazer daquela dimensão e do perfil de alguém que poderia realizar aquele objetivo em questão. — Mas! Não se decepcione, mau humorado-kun. — Continuou, tirando as mãos de dentro das mangas e pondo-as dentro de seu haori branco.

O pequeno aparelho emitia algumas luzes, parecia ter um gráfico em sua tela e acompanhava alguns botões. O seu funcionamento era extremamente simples, afinal de contas o homem que o criou pensou que entregaria-o para alguém cujos dotes intelectuais… não eram exatamente notáveis. Jogou o dispositivo para aquele que o ouvia. — Eu ia mandar minha pequena Aoi fazer isto para mim, mas acho que você é mais adequado. — Não por diferença em habilidades, afinal de contas a menininha era atemorizante em combate. Mas devido à diferença de situações: mesmo que Nimura não fosse um ótimo entendedor de pessoas, era possível notar, nos olhos de Aizawa, que não tinha nada a perder. — Assim que chegar em Hueco Mundo, aperte este pequeno botão lateral. Isto fará aparecer um mapa que te levará para o que desejas. Lembre-me de trazer o corpo, sim? — Retomou seu tom sarcástico ao concluir a frase. Olhou para sua aluna, e, assentindo, já havia transmitido o recado. Em passos leves, Aoi espalhou novamente mais um pouco da areia nos sopés do portal, reabrindo-o com força total para ser utilizado mais uma vez.

Ah, uma última coisa. — Levantou seu indicador direito de forma cênica, enquanto a mão esquerda girava o grande pedaço de metal que atravessava sua cabeça mais uma vez. Quando entoou a frase, sua assistente imediatamente sacou uma seringa. Estava surpresa por seu mestre desejar utilizar um vírus tão precioso em um indivíduo que não ocupava o posto de capitão, mas não ousaria questioná-lo. Ela lembrava, afinal de contas, o que ele havia acabado de fazer com Mikan. — Isto é um vírus que me permite ver o que você ver. Poderei estudar os Hollows melhor desta forma. Acabei de falar para os capitães que ele não era nada disso, então trate de me ajudar, em troca, nisto, hein? — Concluiu. Não sentia necessidade de ocultar algo de um homem como Aizawa, afinal de contas. Ele era interessante demais para isso.

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trashscoria

Re: [Evento] Rashōmon 羅生門 - Publicado Dom Nov 27, 2022 3:25 am


Os boatos diziam que Nimura era um mau presságio e um psicopata inconsequente, em uma primeira análise Aizawa considerou o sujeito espontâneo, não havia enfeite em seu modo de agir, era original representando genuinamente suas ações como bem quiser, aquilo era liberdade.

- Kuramoto Aizawa, seu retardado. -

Notou que a menina que estava próxima se colocava em alerta, em um piscar dos olhos, Kishö encurtou a distância, de conseguinte, a cobaia nova se desguarnecia do cabo de sua zanpakuto, pouco se sentiu ameaçado com esses atos, qualquer um que se mostraria um empecilho, Aizawa ceifaria sem piedade e remorso. Por fim, o cientista dizia uma informação que agradava Kuramoto, com um sorriso de canto e perdido em pensamentos, tentou tocar no parafuso atravessado na cabeça daquele louco.

- Se esse parafuso rodar, você meio que fica mais louco? Deve ser por isso que essa bosta está ai. HAHAHA! - As mãos desciam e ficavam largadas colada no corpo. - Entendo, é uma pena que você tenha feito isso, eu poderia faze-lo de uma forma mais brutal, eu imaginava que ele fugiria para minha divisão após minha falsa proposta, no final, nem para serpentear por ai ele serviu, hein? Que criação mais inútil, diziam que você era o melhor por essas bandas de ciência. Entreolhou Aoi e o portal, caminhando para mais próximo no aglomerado de energia, dedilhou no cabo da katana, ouvindo as últimas palavras do pálido capitão. - Sabe, não é que eu não me importe com a paz, mas, toda minha vida me prometeram que matar meus alvos traria paz para Rukongai e até hoje isso nunca aconteceu, eu estou cansado dessa promessa de paz, se ela existisse de verdade, gerações anteriores teriam conseguido, certo? Estou indo punir um rebelde e nada mais que isso. -

Caminhou mais alguns passos quase entrando no portal. - Kuina me pediu a cabeça e você o corpo, seria intrigante ver os olhos dela se aterrorizando ao saber que o corpo foi entregue à você, no dia em que você foi solto eu nunca tinha testemunhado tamanho desespero e cansaço. Me dizer o que essa merda faz, não tem significado nenhum para mim, se eu trazer o corpo para você será para punir Akado Kuina de esconder informações de mim, mesmo me pedindo para invadir a Central 46, uma pequena vingança e nada mais que isso. Se essa esquisita me furar com essa porra, a mão dela virá junto comigo no Hueco Mundo, e, obrigado por isso. - Guardou nas vestimentas o radar que Nimura havia criado para a busca de um Espada em específico, o assassino entrava no portal e aguardava seu destino no outro lado de uma dimensão nunca antes explorada pelo mesmo.


HP ─ 500/500 RE 900/900 ST 0/7 CA 0/04

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